Baldi (Papai) isso é ridículo! Eu grito chorando.
"Pah"
Baldi bate em meu rosto.
- Não fale assim com seu Pai. Eu exijo respeito Kali Bai Kapadia.
- Claro que exije. O Sr é machista. Para que gastou tanto dinheiro me mandando estudar na América? Para no fim eu ser apenas uma esposa qualquer? Eu pergunto.
- Vishnu (Deus de luz e vida) que lhe fez nascer. E ainda lhe fez mulher. Poderia ter me dado outro filho varão. Mas mandou você. Provavelmente você era má em outra vida. Diz Baldi
- Essa conversa é ridicula. Não vou me casar com ninguém. Eu nem sei quem esse homem. Isso é uma total insanidade. Não vou ficar discutindo com o Sr Baldi. Eu digo e saiu andando.
- Não lhe mandei sair. Ainda não acabamos...volte aqui Kali. Ele grita enquanto eu me afasto.
- Anishaaaaaaa!!!! Baba grita chamando minha Mamadi (Mamãe).
Eu vou para meu quarto. E em segundos Mamadi entra correndo e fecha a porta. Baldi ainda gritava.
- Kal (apelido carinhoso para Kali). Por quê fica a discutir com Baldi?
- Mamadi eu não quero me casar com ninguém. Quando eu decidir me casar, será com alguém que eu ame. E não com um desconhecido. Eu digo enquanto a abraço.
- Kal você sabe que desde sempre foi assim.Veja eu e Baldi, também fomos arranjados e somos bem felizes. Ela diz enquanto acaricia meus cabelos.
Ela me vira de costas, pega uma escova, desfaz a minha trança e começa a escovar o meu cabelo.
- Mamadi vocês são felizes porque a Sra faz tudo que Baldi quer. E eu não sou assim. Eu digo.
- Filha é a nossa tradição. Não se feche a algo que pode ser uma benção. Mamadi diz.
- Por favor Mamadi. Não faça isso comigo. Eu digo chorando.
- Sinto muito filha. Mas já está decidido. Seu casamento será em dois dias. A família Sharma só estava aguardando você retorna para a India. Não temos mais porque adiar.
- Mamadi...eu sei o que é estar com um homem que eu ame. Eu amava meu namorado e sei o quanto...
- Por Ganesha (deus que remove obstaculos) não me diga que não é mais pura??? Ela pergunta impressionada.
- Claro que não Mamadi. Me guardei, exatamente para me entregar por amor. E não com qualquer um...como querem que eu faça.
- Minha doce guerreira! Não é o fim do mundo. Mas um novo começo. Ela diz, beija minha testa e saí.
Eu fui para os Estados Unidos estudar medicina para cuidar e ajudar as mulheres do meu País. Já que a Índia ocupa o 1° lugar no ranking mundial de lugar mais perigoso para mulheres. Vivemos em uma sociedade majoritariamente masculina. Onde mesmo com todos os esforços do governo para acabar com toda essa violência, não há resultados positivos.
As mulheres são assediadas na rua por vários homens, são vitimas de estupro por parte de desconhecidos e por seus maridos.Vitimas de assassinato, inclusive pelo seu marido ou família do marido muitas vezes para ficarem com o dote (valor pago pela família da noiva) antes do casamento. Fora as crianças que são obrigada a casar com adultos. Sem mencionar nos constantes abortos de crianças do sexo feminino. Já que ser mulher é apenas uma despeza. Não temos valor. Sem falar nas muitas mulheres que vivem em trabalho escravo. E minha infância não foi diferente, da maioria das mulheres que vivem aqui.
Eu acreditei que teria uma vida diferente. Que faria algo por outras pessoas. Mas agora descobri que não.
Me olho no espelho, lamentando por retornar ao meu País. Deveria ter seguido a vida na América. Mas agora o meu destino é esse.
Após chorar inconsolada. Resolvo conversar com Baldi.
Quando me aproximo da sala ele estava sentado, Mamadi massageava os seus pés enquanto ele fumava um charuto e conversava com Kabir o meu irmão mais velho. Fico parada no canto da parede escondida para ouvir a conversa.
- Sim, Baldi estamos expandindo as nossas lojas por Mumbai e Bombaim. Se continuarmos assim, em menos de 5 anos seremos os maiores fornecedores de tecidos da Índia. Diz Kabir.
- Perfeito. Estamos a honrar a nossa casta Vaixás. E agora com o casamento da sua irmã com um membro da casta Brâmanes, aumentará a nossa reputação. Todos sabem que a família Sharma é popularmente conhecida por suas relações internacionais e diplomáticas. Isso nos garantirá acesso a produtos exclusivos e importados sem qualquer barreira legal. Tudo que precisamos para expandir os negócios e sermos os maiores da Índia. Diz Baldi.
- E Kali já aceitou o casamento? Pergunta Kabir.
- Como prevíamos ela não aceitou assim tão fácil. Baldi responde.
- Eu avisei Baldi! Enviar ela para Ámerica teria dois lados. Um positivo que seria ela estar fora enquanto firmavamos negócios e ganhavamos tempo e o ruim é que ela poderia retornar com ainda mais convicções e sonhos. Fala Kabir.
- Sua irmã sempre foi determinada e guerreira. E não sei porque não pode ser como outras mulheres e simplesmente obedecer. Veja a sua mãe e a sua esposa, mulheres como manda a tradição. Diz Baldi acariciando o rosto de Mamadi.
Toda essa conversa e essa cena me enoja. Como eu gostaria que Mamadi fosse mais forte, mais corajosa e não um tapete que Baldi pisa em cima.
O meu nojo dá lugar a raiva e eu resolvo confronta - los.
- Então é isso? Me mandaram para outro País para fazerem as coisas erradas de vocês sem ter ninguém para dizer a verdade? Eu grito.
Baldi olha para Kabir e acena com a cabeça.
Kabir se levanta e vem na minha direção. Eu sei o que isso significava, que o meu Pai havia lhe autorizado a me punir como sempre fez durante a minha infância.
Kabir me segura pelo cabelo e me arrasta.
- Me larga desgraçado. Me solta seu maldito. Eu te odeio, te odeio. Eu grito enquanto ele me arrasta. Ele abre a porta do quarto e me joga la dentro.
- Quando vai aprender que quem decide e quem manda é o homem. Ele grita.
Eu me levanto com ainda mais raiva e dou um soco com toda a minha força em seu rosto arrancando sangue. No mesmo instante ele me segura pelo pescoço apertando e me tira do chão. Eu começo a ficar sem ar e a me debater.
- Sorte que seu casamento é em dois dias. Ou ia te dar uma surra como nunca fiz. Mas veja pelo lado bom. Quando se casar me livro de você e você será responsabilidade do seu marido. Kabir diz e continua apertando meu pescoço comigo fora do chão até que desmaio...
RAJ:
- Baldi (Papai) você e Mamadi estão em que século? Não precisa de nada disso. Eu digo sentado a mesa enquanto tomavamos chá.
- Filho você é o mais velho dessa família e já passou dá hora de ter uma boa esposa. As suas irmãs casaram. Falta você filho. Diz Mamadi.
- Não ainda falta Amaya. Digo com irônia.
- Amaya é uma criança ainda. Ela diz.
- Me deixem ao menos conhecer uma boa mulher e me casar por amor. Eu digo.
- Claro que não. Você teve várias namoradas e não se casou com nenhuma. Diz Baldi.
- Ha Ha Ha. Eu não achei a mulher certa. Eu digo rindo.
- Isso prova que você não sabe escolher. Então escolhemos por você. Diz Mamadi ao tocar a minha mão.
- E o que essa mulher tem dê tão especial? Eu pergunto.
- É linda, jovem, inteligente, acabou de se formar em Medicina. Diz Mamadi.
- Ao menos ela é uma Brâmane (casta)?
- Não, ela vem de uma família da casta Vaixás (casta) que conseguiram ter ascensão. Diz Mamadi.
- Vocês realmente se superarão. Eu tenho uma linhagem nobre e querem que eu me case com uma mulher de linhagem inferior? Uma mera comerciante? Isso é um absurdo! Eu grito.
- Não seja ingênuo. Não escolhemos Kali apenas pela sua linhagem, mas também pelo potencial que ela tem. Diz Mamadi.
- Essa não é a nossa tradição. Eu falo irritado.
- Não é tradição, mas a nossa lei nos permite casar com alguém de casta diferente.
- Então porque não escolheram uma Dáliti? Eu questiono ainda mais bravo.
"Pah"
Mamadi me dá um tapa no rosto.
- Não fale essas besteiras. Dálitis são impuros. Mamadi grita furiosa.
- Mamadi eu agradeço os seus esforços, mas não vou me casar com nenhuma estranha. Eu digo e me levanto da mesa.
- Raj Lal Sharma. Se não se casar com a jovem Kali será deserdado, pegue as suas roupas e vá embora sem nenhum centavo meu. E esqueça que já fez parte dessa família. Diz Baldi com seriedade.
- Engraçado, quando eu estudei, trabalhei e ajudei a empresa crescer estava tudo certo. Sou amado e o melhor filho do mundo. Mas porque não quero me casar com uma mulher que vocês escolheram, então sou descartável. Eu digo irritado.
- Que bom que você compreendeu. Responde Baldi.
- A sua futura esposa já sabe do casamento, já pagaram o dote e seu casamento será em dois dias. Concluí Baldi.
- Como é? Dois dias? O Sr andou bebendo? Eu digo inconformado.
- Respeite o seu Baldi rapaz. Ninguém lhe deu o direito de desrespeita - lo. Grita Mamadi.
- E eu? Quem me respeita? Eu pergunto.
- A discussão acabou Raj. Está decidido. Diz Baldi.
Eu pego minhas coisas, meu carro de luxo e vou para o escritório. Trabalhar sempre foi uma terapia para mim. Meu desejo era jogar tudo para o alto e cancelar esse casamento ridículo. Mas também sei as consequência irreparaveis que me trará.
- Bom dia meu amigo. Diz Odara meu sócio e amigo de infância.
- Bom dia, o meu dia começou péssimo. Eu digo.
- O que houve? Ele pergunta.
- Baldi e Mamadi me arrumaram um casamento. Eu digo e ele me olha estranho, desviando o olhar.
- Você sabia! Eu não acredito Odara. Eu digo.
- Baldi veio falar comigo, mas eu não podia lhe contar desculpe. Ele diz.
- Veja pelo lado bom, a sua noiva é muito bonita. E quem sabe não conseguem ser felizes. Ele diz.
- Ah sim. Vou comemorar! Eu digo com irônia.
- Pense bem Raj. Você terá novas oportunidades só por ser casado. Sabe que homens casados demonstram responsabilidade e estabilidade. Ele diz.
- Você e Baldi são iguais. Só pensam em negócios. Eu digo
- Espero que pelo menos eu tenha uma vida sexual agradável que essa mulher não seja frigida. Eu digo pensativo.
- Esse é o amigo que eu conheço. Ha Ha Ha. Apreciador de mulheres. Ele diz rindo alto.
- Isso tudo ainda é muita loucura. Muita loucura.
- Vai morar na sua casa? Ele pergunta
- Claro que não. Baldi não quer que eu siga a tradição. Então eu vou seguir, e vou morar na casa de Baldi. Até porque a minha casa é onde me escondo. Não quero que ninguém fique me incomodando. Sem falar que ela é uma desconhecida. Não sei se ela sabe fazer as coisas, pelo menos lá Mamadi poderá ensina - la.
- Coitada dessa jovem! Ha Ha Ha! Diz Odara rindo alto.
- Verdade, Mamadi consegue ser bem ruim quando deseja. Por trás daquele sorriso lindo, tem um coração frio. É melhor ela ser obediente. Eu digo pensando alto.
- Amigo precisamos escolher a sua roupa e a roupa dos padrinhos. Ouvi dizer que será uma festa enorme e luxuosa. Que irá durar mais de 5 dias. Ele diz.
- Uau! O pai da noiva deve ter muito dinheiro então? Até porque ele quem banca a festa. Eu questiono.
- Ele é o Rei dos Tecidos. Eu respondo.
- Nossa. E você reclamando por ela não ser uma Bramani. Diz Odara.
- Você sabe o que significa Kali? Eu pergunto.
- Sim. Ha Ha Ha Sra da Destruição. Ele diz rindo muito.
- Qual a graça? Não tem como isso dar certo Odara. Eu digo de forma pessimista.
- Se ela não for como você deseja. Peça o "Triplo Talaq" - Talaq (Divórcio).
- Você sabe que o Triplo Talaq não é algo justo. Que a mulher sai sem nenhum direito.
- Mas e o seu direito. A lei islâmica garante o seu direito ao Divórcio Instantâneo. E só dizer três vezes a palavra Talaq e pronto. Estão divorciados.
- Não seja hipócrita. Por mais que a Índia tenha sim, a pessoa que tem por religião o Islamismo também temos o Hiduismo. E você e eu meu caro amigo. Somos Indus. Eu digo
- E daí a lei está para todos.
- Quanto absurdo Odara! O judiciario proibe o triplo Talaq. Eu digo
- Absurdo nada. Se a mulher também quiser o triplo Talaq é válido sim. Até porque o judiciário não pode se entre por em nenhuma religião. Ele diz.
- Antes de pensar em divórcio preciso pensar em casar primeiro não acha? Eu digo
- Ha Ha Ha. Esse casamento já está certo amigo. Vai pensar em mais o quê? Ele diz rindo.
- Espero que ao menos ela seja bonita. Eu digo pensando alto.
Acordo estou no chão, com dor no pescoço. E vou para o banheiro e tomo um banho.
Como eu odeio esse lugar. Porque tive que retornar, eu estava iludida pensando que poderia fazer algum bem ao meu próprio povo.
"Drim, Drim, Drim"
Uma chamada de John
- Oi John. Eu atendo.
- Sua vaca. Porque não me ligou? Ele diz bravo.
- Vaca não! Vaca é sagrada ai na Índia. Sua galinha. Ele diz.
- Me perdoe amigo. Tanta coisa aconteceu. Eu digo quase chorando.
- Ah não! Você chorando? Então foi algo bem sério. Ele diz.
- Foi sim John. Eu digo com as lágrimas rolando.
- Me conte logo. Ele diz agoniado.
- Eu nem sei por onde começo. Eu digo
- Pelo começo ué. Você desembarcou no aeroporto em Nova Deli...agora continua amiga. Ele diz.
- Meus pais me esperavam no portão de desembarque com um papel escrito. "Bem-vinda de volta!" e eu continuo contando a história.
- E agora terei que me casar! Eu digo
- Mas com quem? E quando?
- Em dois dias. Eu respondo
- Quê? Que loucura. E quem é o cara? Me mostra a foto, quero ver se é gato. Ele diz.
- Esse é o problema. Eu nem sei quem ele é. Nunca vi...só sei que ele é um Bramanes. Eu respondo.
- Bra...o quê? Ele pergunta.
- Bramanes, lembra eu te expliquei. Aqui temos uma separação por castas.Uma maneira de dividir os indivíduos em grupos dentro de uma sociedade.Eu digo.
- As castas indianas são hereditárias: a condição do indivíduo passa de pai para filho e cada integrante só pode se casar com pessoas do mesmo grupo. As castas também estão relacionadas com a ocupação profissional de cada família. Eu explico.
- Segundo a tradição, as quatro castas se originaram do corpo do deus Brahma (o criador).
Os brâmanes teriam surgido da cabeça do deus. Os xátrias, dos braços. Os vaixás, das coxas/pernas. E os shudras, dos pés. Já os dalits teriam surgido da poeira dos pés, portanto, não têm casta. Eu digo.
- Ou seja meu futuro marido é da maior casta. Tipo um principe de sangue azul. A lei aboliu o sistema de castas em 1940 pois é um sistema opressor e excludente. Mas isso ainda está enraizado em nossa cultura. Eu concluo.
- Nossa amiga, que barra. Vou torcer por você.
- Não se preocupe, tenho meus planos. Vou fazer ele se divorciar bem rapidinho. Eu digo.
- Cuidado amiga, eu sei que os "boy" ai são agressivos, machistas e dominadores. Ai como eu queria um cho alfa desse me dominando. John diz suspirando.
- Se controla amigo. Ha Ha Ha. Eu digo rindo.
- Desculpe amiga, estou sem boy faz um bom tempo. Ele diz.
- Me fala não tem nenhum indiano gostosão que possa me apresentar? Ele diz.
-.Amigo sabe que aqui homossexuais não são bem vistos. Eu digo com certa angustia.
John e meu amigo desde o primeiro semenstre da faculdade. Um americano focado e dedicado. Que assumiu a sua sexualidade desde adolescência. De acordo com meus princípios religiosos a sua escolha não é a correta. Mas aprendi também a não julgar, a amar e respeitar a todos. Independente de suas escolhas. E John é a melhor pessoa que eu já conheci.
E hoje se tornou um grande médico.
Durante a nossa formação chegamos a dividir um apartamento e ele sempre foi bom em tudo que fazia. Sem falar que cozinhava com maestria. Desde então somos melhores amigos.
- Amiga volte para a America. Sei que você foi com sonho, tanto quanto utópico. Mas aqui é seu lugar. Ele diz.
- Eu adoraria John. Mas pelos meus pais eu não posso. E tem mais você me conhece sabe que sou decidida, um pouco persistente...
- Hum! Teimosa você quis dizer. Ele me interrompe.
- Também. E conhecendo bem a minha cultura machista, meu futuro marido não vai me aguentar por muito tempo. Tenho certeza que ele vai pedir o divórcio. E honestamente...estou contando com isso. Eu digo.
- Amiga, se eu fosse você não contava com isso...eu ouvi dizer que os indianos tem o sexo tântrico e o kama sutra. Amiga você é virgem não sabe das coisas. Mas se seu futuro marido for bom na coisa, dúvido vocês se separarem. Ele diz.
- Esse é o ponto. Eu não vou me entregar a ele. Só vou me entregar ao homem que eu realmente amar. Eu digo.
- Por favor amiga, cuidado. Esse jogo pode ser perigoso. Eu sei que as taxas de feminicidios na India são muito alta. Eu não quero que você vire estatistica. Ele diz com angústia.
- Não vou virar. Eu respondo.
- Amigo preciso ir, hoje começa os preparativos do casamento. São tradições e cerimonias cansativas e longas.
- Boa sorte amiga. Depois quando puder me conte como foi. Estarei aguardando notícias. Te amo! Ele diz e encerramos a vídeo chamada.
Logo minha mãe chega com suas amigas e vizinhas e começam a preparar os cuidados. E iniciam então os desenhos com Hennas. Minhas mãos e pés são desenhados com figuras e imagens que lembrasse e tivesse algum significado para mim e minha família.
Meu sári (tecido longo que é enrolado e preso ao corpo formando um vestido), era vermelho com dourado.
No casamento indiano a cerimônia e a festa são cheias de cores e muitas flores coloridas, utiliza - se muito a cor vermelho, laranja e dourado.
Os desenhos demoram algumas horas para serem feitos e tanto eu como as convidadas passamos por essa tradição.
Em seguida eu e o noivo recebemos um banho com ervas para trazer boas energias. Mas cada um em seu lar.
E assim seguimos para os preparativos. A cerimônia em si aconteceria apenas no dia seguinte.
Quando chega a noite e a casa fica calma e silenciosa...começa a bater um nervosismo misturado com medo. É triste e angustiante não saber nada sobre o outro. Casar com um total desconhecido.
E Jonh estava certo, e se ele for um homem ruim, e se ele me machucar e se ele me agredir.
Tantas dúvidas começaram a surgir que acabei perdendo o sono e não consegui dormir. Passei a noite acordo e vi o sol nascer.
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