"As amarras do destino não poderiam ser mais certeiras quando coloca dois corações amargurados unidos num mesmo laço."
Butterfly
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Princesa Sama.
Os seus longos cabelos negros são um contraste harmonioso com o rosto arredondado de belos traços delicados e olhar firme e misterioso.Uma doçura na voz e a essencial beleza das deusas antigas.Ela é a filha amada de Signar e Biona. Soberanos de um reino milenar, escondido nas montanhas da antiga Irlanda.Tem um destino a cumprir e fará de tudo para evita lo.
Rei Darius II
Um conquistador de Reinos temido a muitas montanhas de extensão. O olhar de imponente persuasão faz extremecer quem o recebe em se.Tem belas mulheres a seu dispor, mas o coração endurecido não tem chave para entrar.Fará de Sama sua esposa.Mas,não tem ideia do que o aguarda com ela.
Duas vidas, dois corações e um destino.
E a historia deles começa assim:
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
Artous é um reino sub existente.Que não necessita de ajuda e apoio de nenhum outro para se manter por séculos.
Sama será a próxima soberana.Ela está sendo preparada desde que o irmão herdeiro se fora.Embora seja muito jovem para tal encubência, os pais já idosos , não tiveram opção desde que o irmão de Sama sumiu.
E as tábuas da antiga profecia dizem: Vida longa a rainha!
Ama a Seth.O rapaz mais cobiçado do reino. Filho do chefe da guarda. Um guerreiro de excepcionais qualidades ,o próximo comandante do exercito. Não muito numeroso, mas, bem preparado, afinal, Artous, nunca guerreou .A sua dificil localização geográfica, e a natureza pacífica,desencoraja a outros povos conquistadores. Diferente dos outros povos, só querem permanecer, permanecer , perdurar.Preferem a capacidade de sobrevivencia dos nômades, que o principio ativo da guerra por território dos Vikings.
Embora , a abundância de uma pedra rara, despertasse interesses.O caminho do reino , é um mistério para muitos.
E alguns que se aventuraram , vieram a perder-se nas montanhas de similar aparência.
E do lado de cá, alguns curiosos com o outro lado, tambem tentaram sair.E os que conseguiram, nunca voltaram para contar a historia.
Esta é a lei local.Se for, não volte. Nunca mais.
O irmão mais velho de Sama foi um deles. Juntou um grupo de outros rapazes de espirito aventureiro e arriscaram se por entre as montanhas.Já fazem 7 anos, Sama era apenas uma menina quando o pai em angústia iniciou as buscas. Alguns foram encontrados, despedaçados por feras montanhenses.Mas dele, nenhum sinal.Talvez tenha conseguido, ou não. Seja como for, Signar nunca cansou de procurar.
Enfim, o que resta é aceitar e seguir com ela sendo a próxima soberana.Ela está feliz.Apesar da falta do seu irmão.
O dia do casamento com Seth se aproxima.E as moças da fortaleza se mobilizam em organizar os preparativos.
Sama está radiante, afinal, é com Seth que irá se casar. Eles tem um romance carinhoso desde a adolescência, e quando o conselho decidiu em favor dele, o coração de Sama rejubilou-se.
No mesmo dia recebeu uma carinhosa carta de amor,E um beijo apaixonado embaixo da árvore que escolheram para simbolo do seu amor.Ele era o seu anseio desde que era só uma mocinha. Hoje com 21 anos, a confirmação do amor dos Preparafoi a escolha do conselho.E a pedra angular do destino unindo dois seres de encaixe perfeito.
Ele, o destino. Que escreve retinho em linhas tortissimas. Prepara surpresas que até o mais sensivel dos advindos, duvidaria.
Sama e Seth
Feitos um para o outro.Um laço sem pontas soltas.
- Senhora Sama o que acha deste ramalhete para o seu buquê?
Uma de suas damas pergunta com botões vermelhos de uma rosa rara de beleza invejável a outras.Tão bela quanto o sorrido que os lábios finos esboçam.
-Este é mais bonito.
Outra diz apresentando um ramo grande de miosótis do campo.Amarelos e brancos.Cor e luz. Contra o fogo ainda escondido do vermelho vivo de um botao rosáceo.
Dificil escolha.Ela pensa alternando o olhar brilhante entre os dois.Quer tranquilidade ou paixão ardente?
A porta de madeira larga se abre. E as amigas entram em seus aposentos com outros tipos de enfeites e véus de diversas cores, com tecidos para enfeitar a cerimônia.E um falatório sem fim a confunde. Sama ri da pequena bagunça.
-Calma meninas. Ainda temos tempo.
-Tempo? O casamento é depois de amanhã.
Ânika a sua primeira dama e amiga pessoal cai na cama repleta de tecidos e olha com grandes olhos brilhantes o vestido pendurado num canto do quarto.Certa inveja chega sorrateira.Pois tambem nutria sentimentos secretos pelo rapaz.Pois afinal,ele é considerado o melhor partido para qualquer moça que se prese.Mas não se chateia.Sua amiga está feliz.E ainda nutre a esperança que o irmão de Sama um dia retorne.Este sim a amava e ela culpa se por não ter dado lhe uma chance antes que sumisse.
A manhã está linda e o sol reflete seus raios de aprovação sobre o tecido branco com detalhes bordados a mão pelas mais talentosas de todo a Artous.
-E afinal, isto tudo- Sama mostra ao redor- São apenas detalhes, o que importa é o amor que eu e ele sentimos um pelo outro.
- Um amor lindo. Afinal, você merece. Em breve serão o casal mais importante de toda a Artous.
Isso sim, dá um certo frio na barriga. Ser a soberana de todo um povo. É uma responsabilidade grande para alguém tão jovem.
Mas, terá Seth a seu lado. Forte, viril e valente. Ele a força e ela o coração. Assim diz Rafhá o líder espiritual da fortaleza.
Então, na empolgação do momento,ela se deixa levar e também mergulha nos preparativos do tão sonhado casamento .
O vestido o véu, as flores do buquê, o caminho com o tapete silvestre e a tiara que todas as noivas da familia Kalligan usam. As banquetas preparadas em fileira para os convidados mais nobres e a arena para o povo comum.Que tão alegremente veio prestigiar o evento.
A princesa irá se casar numa cerimônia aberta.Quebrando todos os protocolos.Pois o que era para ser restrito a família em poucas pessoas foi aberto a todos ,ela quer o povo a seu lado .Se é para iniciar a trajetória como soberana, que seja com justiça.
Apenas o ritual sagrada do entrelaces de fitas seria reservado.
É uma dança cerimonial que os noivos fazem com os braços entrelaçados com uma única fita olhando-se nos olhos com as mãos sobrepostas no meio de uma roda de fogo.A cerimônia Sagrada .É preparada pelos xamãs do reino e poucos teriam acesso.
Ela viaja através da janela do quarto aonde foi cuidadosamente preparada com banhos especiais e essências afrodisíacas para as núpcias. Com sorte , engravidaria em sua primeira noite E o próximo herdeiro de Artous já estaria escolhido. Seria a prova de que de fato, a profecia sagrada do fogo, se cumpriu como tinha que ser.
Sacode a cabeça em negativo, ao lembrar-se das palavras que ouviu de uma das xamãs no meio do ritual sagrado da escolha do noivo.Ela disse em lingua antiga.E incrivelmente apenas Sama ouviu."Morte no véu ".
No dia não deu importancia. Pois ao indagar os pais, eles nada ouviram. Sama sonhou com estas palavras por algumas luas E pediu até chás calmantes para voltar a dormir. Sobre o sonho não relatou a ninguém. Talvez tenha sido apenas um devaneio um pensamento tolo ou uma visão erônea que teve, assim espera. Mas, vez ou outra,aquelas palavras horriveis saltavam em sua mente.
Sama tem o pensamento despertado ao ouvir o som das trombetas anunciando a entrada do noivo com sua familia ,seguido de oficias do exército , escolhidos por eles. No caso seus amigos pessoais.
Ele está tão bonito.
Roupas de festa de cor branca com detalhes dourados .A espada enfaixada de branco e aquele sorriso meigo apesar do tamanho amedrontador do rapaz.
Seth é o marido perfeito.E agora mais nada estará entre eles.
A fila de damas com vestidos de cores diversas abre se em corredor para que a bela e feliz noiva passe por ele. A frente sua dama Ânika joga as pequenas pedrinhas brilhantes para que a futura rainha passe.
Os pais, monarcas sábios e reluzentes aguardam no final do corredor ao lado de Seth e os pais dele no lado oposto.
Será um sonho? não . É real E ela irá se casar.Com ele.Seu amor de infância.
Uma indescritível alegria enche o seu coração a cada passo que avança em direção ao amado .Ele palpita enlouquecido ao sentir as mãos de Seth segurando as suas .Recebe o buquê da mãe e um afetuoso beijo na testa de seu amado pai.Toma lugar a frente de Rafhá e respira fundo.Falta pouco agora para mergulhar nos braços de Seth como sempre sonhou .
"Morte no véu "
Por favor , deuses antigos. Arrastem estes pensamentos para longe de mim.
SIGNAR E BIONA
Alguns dias antes...
-Soberano?
A voz firme de Thanus , o leal e cruel comandante do poderoso e implacável exercito de Nifgall chama por seu senhor.Que mantém os fixos no homem amedrontado e maltrapilho a sua frente, é Apenas o olha, porque o pensamento vagueia por um limbo em algum lugar que ele não saberia dizer.Ouve mas continua disperso.
-Fale Thamus.
-Estamos aguardando apenas a sua presença à frente do exército, Senhor .
-Decidi ficar.A rainha , chegará embreve e anseio por novidades que trará do alem mar.Ela ficará enfurecida se não me encontrar em seu retorno.
O olhar firme de Darius pousa no comandante de face endurecida.Queria ter encontrado ao menos o esboço que fosse de um sorriso. Mas, ao invés disso, apenas formalidades de súditos receosos em desagradar o grande monarca e serem punidos de forma severa.Ele tornou se uma lenda,mostruosa e arrogante de maldade, igual ao pai.Queria ter feito diferente.Mas o peso do cargo, precocemente jogando em seus ombros jovens, o obrigaram a ser este muro de impiedade.Sem sorrisos, afetos ou misericórdia. Afinal, é senhor de 9 fortalezas e numeroso povo de cerviz celta está sob seu comando.Se fraquejar, um incontável número de homens e mulheres paga.E o império iniciado por seus ancestrais lendários,e continuado por Darius I deve ser mantido a todo custo. Dotado de articulada capacidade de liderança, inteligência excepcional e, pulso firme, tem mantido esta ordem física para também manter a espiritual .E se depender dele, continuará assim.Sorrisos? Espera recebe-los um dia de um herdeiro que sua esforçada rainha que viaja com frequência em busca de fertilidade lhe dará.Mas traz de volta apenas decepção e a vergonha continua a cobrir o leito dos dois.
Com isso, ele começou a se casar em aliança com vários povos.Alguns de bom grado, e a outros teve que de certa forma convencer a ceder.Com o mínimo de sangue derramado . No entanto, as conquistas foram passando de boca a boca, de nação a nação e hoje, sua temida fama de usurpador de tronos se espalhou. Nem todos conhecem seu real segredo.Que no fundo só quer um herdeiro legítimo.Coisa que busca a uma década inteira.
-Como queira milord.
Thanus bate no peito e sai de frente.E proibido virar as costas de uma vez ao poderoso Darius I I.
-Thanus?
É vez do monarca falar .
- Sem sangue desta vez. O infeliz colaborou e se ele é quem diz ser.Embreve Nifgall terá mais um reino a seus pés.E o rei mais uma bela esposa em seu harém.
-Sim senhor.Farei o possível. Senhor.
Thanus sai e o soberano solitário volta os seus pensamentos ao nada.
A rainha chega alguns dias depois da partida do exercito.E a comitiva de boas vindas a aguardava. As outras oito esposas a aguardavam enfileiradas. Ela gosta de ser recebida assim, com toda a pompa que julga merecer. Afinal é a primeira ,Aquela escolhida para comandar o reino ao lado de Darius.Um casamento por interesses. Acordado entre os pais quando ainda eram bem jovens .Dois grandes povos que juntos conquistariam o mundo. E estão em caminho disso .No século XIV a terra pouco povoada era tomada a força e ferro das espadas.O exercito de Nifgall e a eximia cultura da luta e os armamentos da nação do ferro de onde a belíssima rainha veio, tornavam se a cada dia , mais invencíveis.
Darius a esperava como de costume. No topo da bela escadaria de pedras talhadas a mãos .Anseia ver em seus olhos resposta. Ela lhe sorri satisfeita. E lhe dá a mão para ser beijada. No entanto, o rei esperançoso a toma nos braços. Não é seu costume. Mas naquela manha precisava daquele abraço.Não é loucamente apaixonado por ela mas aprendeu a conviver de forma respeitosa e carinhosa. Recebe dela o que dá. Há harmonia e companheirismo entre os dois e , as outras, sabem bem o seu lugar no meio do casal.
As mulheres sorriem entre se do gesto. Querendo para se, um pouco daquele afeto. Darius cuida bem de todas, cobrindo as com luxo e conforto . Dá o que se espera de um marido as sue esposas, mas só a rainha tem atenção especial .E todas a respeitam por ser a primeira. Embora muitas vezes Tâmisa exagere em seus excessos de bajulação. E por vezes, Longe dos Olhos do marido trata as outras em desigual desvantagem.Fazendo delas um pouco mais do que servas.E o rei ocupado em seus afazeres, pouco se atenta a isso. E assim ,a convivência entre todos se dá em rotineiras tarefas e poucas mudanças. Apenas quando Tâmisa viaja , elas tem certo descanso de suas mimarias em busca de atenção. Nenhuma foi capaz de dar um herdeiro ao rei , mas apenas ela tinha o privilégio de buscar recursos em outros povos .
Parece até uma maldição: Sucesso na mão de ferro da conquista , e um monarca com tantas mulheres a seu dispor,que ironicamente continua sem herdeiros.
Sobem ao leito, e com os tratamentos trazidos do oriente , tentarão mais uma vez , o tão sonhado filho que a sociedade exigente e implacável lhes cobra.
****************
Em Artous, a historia é outra.
Não há esperança e nem piedade segundo as ordens de Thanus. Já que o monarca confiou em suas mãos essa missão fará o que for preciso para voltar com a Vitória .Com uma luneta de alcance olho de peixe,ele observa a cerimônia no meio da Fortaleza .Tem espiões infiltrados ha muitas luas .Que sorrateiramente se misturaram com o povo e enviavam informações através de pássaros de longos voos.
Sabe a quantidade de homens, de armas e o preparo de cada um deles na defesa da Fortaleza. O lugar tem muros muito altos mas o seu interior não é bem guardado .
Confiam-se muito na difícil localização e o fato de nunca terem sido encontrados por outros povos, mas o que eles não contavam é que um filho da terra voltasse dando o caminho a seus inimigos.
Halth ,irmão de Sama que fora capturado as portas do reino inimigo e mantido cativo por sete anos .E que lutava a todo custo para voltar pra casa, finalmente depois de sete anos pode ser julgado pelo monarca pessoalmente, que ouviu a sua história e resolveu confiar no que o rapaz dizia .
Fez um acordo.
A vida, pela submissão do reino. Era de se esperar uma vez que nunca amou o lugar como os locais , e sempre teve desejo de voar ,e se pudesse salvar a vida, a coroa que lhes era por direito, seria submissa a Darius.
Uma boa proposta para o monarca que não gostava de derramar sangue pelo poder . Preferia um bom acordo com outros reinos do que, matar para tomar o seu lugar .O casamento era o meio mais simples, e menos agressivo.
E o interesse por mais uma bela esposa , com as riquezas que Halth minuciou possuir em seu territorio,foi uma bela tentação ao monarca ambicioso por mais uma conquista .Afinal, Artous era lendária. Uma vez que nunca encontrou se alguem oriundo de la.Se estivesse mentindo.O implacável Thanus não deixaria viventes para contar historia.
-Espero que não esteja mentindo e que de fato seja o herdeiro desta terra e tem uma bela esposa para o meu Senhor .Ou as grades desta gaiola serão a ultima visão em vida que teus olhos verão.
Ele foi transportado num jaula fortificada.
-Eu juro que não estou mentindo senhor, tenho uma irmã na flor dos seus 21 anos que cederei em casamento ao senhor Darius, se me deixasse voltar para casa.Sou herdeiro de toda esta Terra Essa Fortaleza me é submissa pois meus pais são monarcas aqui .
O rapaz diz entre trêmulo aterrorizado e esperançoso de novamente olhar nos olhos de sua mãe e abraçá-la .Quem sabe com os anos que se passaram o exército tenha se fortificado e possam dar cabo desses tiranos .Ou não. Neste caso todos terão que dar adeus a bela e doce Sama.
-Ei...O que temos ali...é um casamento. E pelo jeito, de nobres.Pois há uma festa sem tamanho preparada.
O coração de Halth se agita seria o casamento de sua irmã ?Se assim for.Ninguem sairá vivo deste acordo .
-Solte-me e deixe-me ver com meus próprios olhos senhor assim direi de quem se trata a cerimônia .
Thanus faz o meneio de cabeça e um dois soldados armados solta o rapaz da gaiola , este pega a luneta de sua mão e atenta firmemente para cerimônia .
-Por todos os deuses da Irlanda. É minha irmã e esta se casando.O senhor precisa impedir ou o que levará para seu monarca ? uma mulher deflorada ao invés de uma virgem ?
Thanos Mira o rosto do homem com uma raiva incomum. Será que foi enganado ?
Pega o pela gola da camisa e o levanta
-Estás mentindo para mim ?Ou me tens por tolo?Se tua suposta irmã se casar jogo te daqui mesmo deste penhasco.
- É ela.Mas podemos impedir.
Halth Arregala os olhos e sente o sopro da morte no bafejar furioso de Thanus.
-Mate o noivo, ou nós dois teremos muito o que explicar a teu soberano, se eu estarei morto, tu, morreras pelas mãos dele.
Thanus solta o no chão e ele machuca se mais ainda, pois veste roupas maltrapilhas e apenas um casaco de pele de lobo foi lhe dado para cobrir os ombros.Pois na prisão poucos direitos tinha e banhos eram raros.
- Aonde está o arqueiro? Chamem o agora mesmo.
Dentro da fortaleza, os olhos dos noivos brilham em alegria indescritível. O xamã profere as palavras sagradas em línguas antigas dos celtas, nórdicos de séculos , nas tradições da união. Na cultura, duas almas casadas, nunca mais andarão sozinhas.
E após a leitura das letras escarlates do livro das almas, ele se prepara par os unir eternamente.
Sama fecha os olhos por alguns segundos, quer ouvir as palavras e guardar na memória, pois quando os abrir, ela e Seth já serão um.
De repente gritos e ela abre ligeiramente os olhos, e no véu branco gotas de sangue espirraram , e ela não crê no que vê. Seth tem os olhos desvanecidos e aos poucos o aperto em suas mãos afrouxa, o sangue escore pelo canto de sua boca.
Sama olha pára o coração e uma flexa lhe atravessou de um lado a outro.
-Nãoooo!
Ela grita em desepero e tenta segura lo nos braços.
-Não meu amor, não morra, olhe pra mim, olhe pra mim.
Deita a sua cabeça no colo e o sangue vermelho suja o branco do vestido e ela sente o escorrer atravessando o vestido.
Uma correria se frenesa, e ele tenta sorrir para segurar a vida que esvai de seu corpo.
-Sama, eu te... amo...o...
Uma ultima golfada jorra e ele fecha os olhos .
Sama o aperta contra o corpo e os pais tiram o filho do colo da moça.O desespero toma a todos. Seth está morto.
Soldados e pessoas comuns se misturam pois ninguém sabe de onde a flexa veio . Gritaria, medo e incertezas chocam se contra os corações antes alegre do povo de Artous.
Os pais de Sama correm ao amparo da filha e tentam leva-la para dentro dos portões, ela está em choque e vê a confusão mais não ouve vozes. Apenas ecos de lamuria . Pois outras pessoas começam a ser atingidas, sem que se saiba de onde o ataque surgiu.
Os primeiro minutos se passam e a maioria do povo já encontrou abrigo, e o pai de Seth toma posição com o exercito em direções diversas, tentando entender a natureza do que acontece.
Ele pede silencio ao povo, ao ouvir o som de um trompete de guerra do alto da montanha oposta a fortaleza e só assim , conseguem ver a artilharia de soldados com armaduras de couraças e ferro. Uma surpresa a todos, pois o ferro, é acessório raro para muitos povos ainda.
-Ouçam todos os habitantes de Artous. Aqui quem vos fala é Thanus, comandante do exercito invencível de Nifgall. E venho em nome do rei Dários II, e o decreto é: Rendam se ao domínio do soberano de Nifgall ou sofram as conseqüências.
Um burburinho se faz, de cochichos e choros contidos do povo.
O pai de Sama sai de detrás da porta de madeira que estava parcialmente fechada. Sama está estática, sendo abraçada pela mãe, que quase palpa a dor que a filha está sentindo.
-Eu sou Signa, senhorio de Artous. Desça aqui para que possamos ver de quem de fato se trata, pois povo nenhum jamais soube o caminho de nossa casa, queremos saber como chegou aqui.
Thanus pega Halth pelas roupas e o mostra ao pai.
-Conhece este infeliz? Pois foi ele quem nos trouxe a te.
O pai suspira ao ver a condição deplorável do filho, ao menos está vivo, mas porque trouxe os inimigos a seu povo? Diante das circunstâncias anslisadas em poucos segundos ,só há uma coisa a fazer.
-Abram os portões e que o exercito de Nifgall entre.
Não há mais nada o que fazer.Eles estão com seu filho e trm vantagens incontáveis. . Pois os inimigos declarados são números e estão em vantagem sobre as montanhas que cercam a fortaleza. Se revidarem, a morte de todo o povo, será certa. E afinal, seu filho está ali. Alegria e dor se conflitam.Olha para o corpo de Seth , com a mãe debruçada sobre ele e a filha ensangüentada nos braços de Biona. Já tiveram perdas suficiente.
Thanus desce as montanhas e entra pelos portões, com seu poderoso armamento de flecheiros e espadachins treinados. E lá Signa ao lado de seu amigo , pai de Seth aguardavam, com seus poucos soldados armados para defender a punho se preciso seu senhor.Ficam frente a frente.
-Então é verdade que este infeliz é herdeiro desta maravilha...
Halth é jogado aos pés do pai que o abraça tocando seu rosto. A emoção é inevitável, por aquele que já julgavam morto.
-Filho, estais vivo.
-Meio vivo , meu pai.
Signar volta se para Thanus.
-E o que querem de nós, somos um povo pacífico. Nunca fizemos mal a aninguem, vivemos de nosso plantio e animais .Nunca atacamos ninguém e nem temos aliança estrangeira.
-É isso o que o nosso rei quer. Aliança, proteção, provisões. Além da mão de tua filha para nosso soberano. Metade de tuas riquezas, armas de guerra e donzelas para os homens de nossa terra, e vejo que aqui, tem isso em abundância.
Ele passeia os olhos pelas damas e belas moças que estão nos cantos aonde puderam se encolher.
-E se não cedermos, o que acontece?
Thanus ri de canto, pois conhece bem aquela falsa coragem que se manifesta antes da morte.
-Em algumas horas este lugar será apenas um monte de cinzas. Não tem como recusar, teu filho fez um acordo com Dárius. A vida dele, pela servidão de seu povo. Olho por olho, pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará por sua vida.
Halth mira o rosto do pai.
-Sinto muito pai, fiz por minha vida.
-Está tudo bem filho.
A conversa baixa não deixa dúvidas da concordância do pai.
-Tudo bem, dou a nossa servidão a teu rei, mas deixe meus filhos aqui. É tudo o que nos restará.
- Em hipótese algum cederei a te, nada do que pedes. Não me ouviu? É Dárius, ele agora é senhor de quase metade do mundo que conhecemos. Nada pode ser negado a ele. E se eu não levar tua filha comigo, ninguém sobrará desta terra para contar o que houve, eu juro em nome de "hades"
Sama solta os braços da mãe e corajosamente puxa uma espada da bainha de um dos soldados de Artous e empunha contra a garganta do grande Thanus.
- Se não tirares teus homens daqui a agora mesmo eu mesma te matarei com minha espada, infeliz. Já tirou tudo o que tínhamos, o que mais ainda quer? Eu nunca serei esposa de teu tirano rei.
Aonde ela encontrou aquela coragem? Nem ela mesma sabe. Mas ver seu amado morrendo em seus braços atravessado por uma flecha no coração, o lugar aonde ela morava, doeu mais que a dor que imaginaria sentir em ver seu povo despedaçado.
Thanus afasta a espada com a mão e cobre o corpo pequeno com o vestido manchado de sangue cujos olhos o olham desafiadora.
-Daria uma ótima rainha se já não existisse uma em Nifgall, mas serás uma excelente esposa a meu senhor.
-Eu nunca me casarei com teu tirano.
Ela bufa para se. O ódio toma o seu coração antes aflito.
-Então prepare se para ver todo o teu povo morrer diante de teus olhos. Por que te deixarei por ultimo para que vejas a desgraça que tua ousadia causou.
- Prefiro morrer do que ser dada em mulher ao homem responsável por minha infelicidade.Eu amaldiçoou Nifgall e todo o seu povo.
A mão grande de Thanus espalma um tapa certeiro no rosto bonito.E Sama cai, Halth vai em seu amparo e abraça a irmã.
- Sama, me perdoe, não tive escolha. Fui eu quem fiz este acordo, para que pudesse voltar a ver nossos pai e a te.Por favor irmã, eles chegariam aqui de qualquer jeito. Tem espiões infiltrados, que nem sei como conseguiram entrar. Se eu não fizesse este acordo, talvez agora seriamos todos espíritos no mundo de nossos deuses.
Ele segura o rosto da Irmã, que está dividida entre a emoção de revê-lo e a raiva pelas palavras egoístas. Ele a vendeu por sua vida.
- Por que fez isso comigo irmão?
- Para salvar nossas vidas.Por favor, não deixe estes homens matarem nosso povo.Olhe ao redor. Somos os soberanos deles, a vida deles está em nossas mãos, eu fui tolo em tentar fugir do meu destino, mas o mesmo destino me trouxe de volta, agora, irmã, cumpra o teu.Por nosso povo, por nossos pais.
Sama se levanta do chão e olha ao redor, e como se fosse uma visão estranha, ela vê olhos e rostos daqueles que conhece a olhando de volta. Halth tem razão, o povo depende deles. Embora a dor em seu peito seja dilacerante, ela tem a responsabilidade de salvar aquela gente.
Caminha passos precisos até Thanus e continua a encara-lo, o rosto vermelho pelo choque grosseiro da pesada mão em seu delicado rosto.
-Então será assim, como determina o poderoso Dárius. Eu vou, mas antes, deixe me enterrar o meu amado, para que leve ao menos este luto comigo.
- Que assim seja, corajosa filha de Signar.
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