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Desejos Sufocados

Capítulo 1: Convivência

[Lidiane] 👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽

[Thaís] 👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽

No pequeno e aconchegante apartamento compartilhado por Thaís e Lidiane, a organização imperava, mesmo com o espaço limitado de uma kitnet de dois quartos. Sem uma sala de estar, o ambiente consistia apenas em uma cozinha e um banheiro, os quais as duas dividiam.

Lidiane, com seu quarto decorado com cores vibrantes e flores, refletia uma personalidade extrovertida. Seus brinquedos eróticos e objetos íntimos espalhados pelo cômodo sugeriam uma vida sexual ativa, mas secreta. Enquanto isso, Thaís mantinha seu quarto mais arrumado, embora com alguns desleixos, como cadernos espalhados e roupas amontoadas dentro do guarda-roupa.

Entre Thaís prestes a sair para o trabalho e Lidiane retomando seu turno, uma discussão habitual se desenrolava. Lidiane começou:

"Bom dia, Thaís. Você esqueceu de levar o lixo pra fora."

Thaís olhou para Lidiane e respondeu: "Ahã, você esqueceu, né? Nós trocamos a tarefa. Você disse que se eu lavasse o banheiro, você iria levar o lixo pra fora por duas semanas. Então, ainda é sua semana."

Lidiane fez uma careta. "Sério? Puts, eu esqueci. Não lembrava disso."

"É claro," respondeu Thaís com um sorriso irônico, "você está tão ocupada me irritando. Vou nessa tchau."

Depois de um longo dia de trabalho na loja de tecnologia, e o encontro quase raro com Thaís Lidiane toma um banho relaxante, deixando a água quente aliviar o estresse do dia. Enquanto se enxaguava, não pôde deixar de lembrar dos inúmeros brinquedos eróticos que ocupavam seu quarto, testemunhas silenciosas de sua frustração sexual.

Após se vestir, Lidiane encontrou seu namorado e juntos foram para a terapia de casal. Sentados no consultório do psicólogo, Lidiane desabafou sobre sua dificuldade em sentir prazer. O psicólogo ouviu atentamente e, após um momento de reflexão, começou:

"Agora, Lidiane, me conte um pouco mais sobre sua experiência sexual. Você já conseguiu sentir prazer com outras pessoas antes?"

Lidiane suspirou e respondeu: "Não, doutor. Além de sentir uma grande sensibilidade à dor, nunca consegui chegar ao ápice, nem mesmo quando estou sozinha."

O psicólogo assentiu compreensivamente. "Entendo. Vamos adotar uma nova abordagem para lidar com isso, mas primeiro precisamos entender melhor a dinâmica do seu relacionamento. Há quanto tempo vocês estão juntos?"

"Há quanto tempo vocês estão namorando?"

"Três anos." Lidiane fala.

"E desses três anos, vocês nunca conseguiram ter algum satisfação sexual?"

"Olha, a gente tenta de tudo. Vamos dizer que eu senti menos dor em algumas vezes, mas confesso que nunca consegui... nunca consegui chegar lá, no ápice da relação."

"Vamos com calma agora. Como eu disse, vamos dar tempo ao tempo. Por enquanto, vamos tentar estabelecer apenas para você tentar se entender, conhecer seu corpo e tudo. Você já tentou explorar seu corpo sozinha?"

Lidiane fica um pouco vermelha

"Eu tenho vários tipos de brinquedo, mas confesso que nunca tive coragem de usar. Eu os tenho em casa apenas para... sei lá. As pessoas sempre acham que sou muito ativa, e por eu ser assim, sinto vergonha de falar, mas acabo deixando transparecer, para as pessoas, que sou completamente dinâmica.

"Entendi, não precisa continuar. Vamos marcar para a próxima semana, se você quiser. Tudo bem? mais antes, posso te passar o telefone, de uma educadora sexual?".

" Não acho que seja necessário, por isso estou procurando um terapeuta de relacionamento." Falou Cláudio.

" Me desculpe, acho que cada casa um Caso, sua namorada acabou de dizer, que não consegue sentir prazer em uma relação sexual, acho que precisa de uma ajuda específica."

" vamos ver, quem sabe no futuro." Claudio não gostou nem um pouco desta conversa.

Cláudio fica Irritado, segurando o braço de Lidiane enquanto saem da sala

"Por que você teve que falar sobre isso na sala? Agora todos vão pensar que sou ruim na cama." ele fala bravo.

"Cláudio, isso não é sobre você. Você notou que eu falei sobre minhas limitações?".

" Agora serei alvo de piadas. Não quero nem mais olhar para a cara daquele terapeuta e pensar que sou a pior pessoa na cama do mundo." diz Cláudio com ódio.

"Não distorça isso, não ter nada a ver com você." Lidiane tenta argumentar."

" Quer sabe, chega para mim, acabou".

"Por favor, entenda. Eu não quero terminar, Cláudio. Eu só quero resolver isso."

"Se você se importasse comigo, não faria isso. Você fez de propósito. Acabou e não quero mais te ver."

Cláudio saiu deixando- a sem carona, ela pegou um Uber.

Ao chegar em casa, Lidiane se depara com Thaís na cozinha, o que a irrita.

"Por que você está em casa mais cedo?" Lidiane fala irritadas vendo a bagunça que Thaís estava fazendo.

"Acabei sendo dispensada mais cedo por causa das horas acumuladas. Sei que você não suporta minha presença, mas prometemos evitar brigas, certo?" Lidiane, frustrada, apenas bufa em resposta e se retira para o quarto.

Lidiane entra no quarto e começa a chorar. Para ela, Cláudio não era apenas um namorado, mas uma espécie de status. Ela o amava, é claro, mas também o via como o namorado perfeito - bonito, atraente e admirado por todos. No entanto, por trás dessa fachada de perfeição, Cláudio era extremamente egocêntrico, tornando o relacionamento extremamente abusivo. Mas Lidiane preferia ignorar esses sinais, pois para o mundo exterior, eles eram o casal perfeito.

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Apesar de não se suportarem, Lidiane e Thaís decidiram dividir um apartamento por questões financeiras e de conveniência. Ambas trabalhavam em uma empresa de tecnologia, mas em departamentos diferentes. Lidiane, que sempre sonhou em trabalhar na área de tecnologia, acabou sendo designada para o setor de marketing da empresa. Por outro lado, Thaís trabalhava na área operacional, realizando testes nos produtos antes de serem entregues aos clientes.Apesar das diferenças e do clima tenso entre elas, a dinâmica parecia funcionar por enquanto. Lidiane trabalhava pela manhã, enquanto Thaís assumia o turno da tarde. Essa divisão de horários permitia que elas compartilhassem o apartamento sem muitos conflitos de agenda.

Lidiane retorna à cozinha e se depara com a bagunça deixada por Thaís.

"Você vai limpar tudo isso, né?" Lidiane questiona, com semblante irritado, enquanto Thaís dá de ombros.

"Claro que sim, não adianta pegar no meu pé agora, deixa eu comer meu lanche." Thaís responde, indiferente.

"Como você consegue comer essas porcarias, faz mal à saúde, sabia?" Lidiane comenta com nojo.

"Ah, desculpe-me, não te ofereci." Thaís mostra um lanche simples, feito com pão de sal, ovo frito e mostarda.

"Eca, que nojo." Lidiane faz uma careta de desagrado.

"Lidiane, você deve ser uma patricinha chata, para car..." Thaís pensa no que vai dizer e decide interromper, continuando: "Deixa eu comer meus lanches em paz."

"A Érika e a Amanda vão vir aqui para conversar, então você poderia dar o fora, tipo ir parar seu quarto e sumir, mas antes limpe tudo isso." Lidiane fala com tom autoritário, irritando Thaís.

"Quando elas vão chegar?" Thaís pergunta.

"Umas 19:00 mais ou menos."

"Legal, agora ainda é 18:32, tenho uns minutos antes, então deixa eu comer aqui sozinha." Thaís responde.

Lidiane encara Thaís com ódio, mas Thaís mantém o olhar firme, demonstrando que não vai se rebaixar.

Capítulo: 2 Convergências

Enquanto Lidiane conversa na cozinha com suas amigas, Thaís aproveita para tomar banho. No chuveiro, ela relaxa com a água batendo em suas costas e molhando seus cabelos. Ao pegar a Gillette, percebe que está cego e fica irritada ao notar que está bastante peluda. Ela pensa:

"Caramba, o que está acontecendo comigo? Ou eu esqueci de passar a Gillette esta semana, ou meus pelos estão crescendo rápido demais. Que raiva!"

Enrolada na toalha, Thaís vai até a gaveta do banheiro procurar a Gillette, mas acaba ouvindo a conversa entre Érika e Lidiane.

Érika diz para Lidiane:

"Você é um vulcão na cama, né? Todos os Gatinhos do serviço, falaram que você faz isso e aquilo."

Lidiane responde, mentindo:

"Claro né, eu sou bem resolvida, não tenho frescuras."

Thaís pensa consigo mesma:

"Nossa, como podem ser tão indiscretas? Falar dessas coisas assim tão abertamente... Essas meninas, viu?"

De volta ao chuveiro, ela tenta usar sua própria Gillette, mas percebe que precisa comprar uma nova urgentemente, senão vai parecer as mulheres das cavernas.

...----------------...

Na loja de tecnologia, Thaís está no trabalho quando recebe um papel de uma senhora que precisa buscar uma televisão. Ela lê todas as informações do papel, vai até o estoque, pega a televisão e a entrega para a cliente. Thaís explica:

"A televisão não pode ser testada aqui, mas estou te dando esse papel de garantia. Por favor, não o perca. Se houver algum problema, você tem três dias para trocar. Passado esse prazo, entre em contato com a assistência do seguro."

A mulher agradece e parte. Logo em seguida, outra pessoa se aproxima, solicitando um papel para retirar um notebook. Thaís pega o papel, verifica as instruções e diz:

"Ah, entendi. Um notebook como este, certo?" Ela abre o notebook, conecta-o à tomada, faz alguns testes e confirma que está tudo em ordem. Em seguida, entrega o notebook à cliente junto com o certificado de garantia.

Erika se aproxima de Thaís com uma expressão de preocupação e diz:

"Tatá, você poderia fazer um favor para mim?"

Thaís, com uma ponta de impaciência, responde:

"Fala."

Erika continua:

"Você mora com a Lidiane, certo? Eu acho, só acho, não tenho certeza... Mas acho que ela terminou com o namorado dela."

Thaís arqueia uma sobrancelha, surpresa com a notícia, e responde:

"Ih?"

Erika prossegue, quase suplicando:

"Ela não gosta muito de falar sobre essas coisas, então, por favor, tente tratá-la bem esta semana."

Thaís questiona:

"Tratá-la bem, o que isso significa para você?"

Erika explica:

"Tipo, pare de implicar com ela, ofereça ajuda, seja gentil."

Thaís pondera por um momento e responde:

"Não posso prometer nada, mas posso tentar, está bem?"

Erika fica aliviada e diz:

"Ótimo."

Thaís pensava no caso da Lidiane, percebendo que as coisas não estavam boas ela, que frequentemente falava sobre seu namorado, alguém que Thaís só tinha visto algumas vezes e achava bastante antipático. Se de fato tivessem terminado, Lidiane estaria sofrendo muito. Enquanto ela refletia sobre isso, é interrompida por Lidiane na sua frente, chamando-a.

"O Esquisita, estou aqui há um tempo esperando você, e você está olhando para o nada, entrou em Nárnia foi?", provocou Lidiane.

Lidiane era muito bonita, com cabelos longos loiros e olhos verdes, mas Thaís não conseguia ignorar o aspecto desagradável de sua personalidade. Apenas concordou em alugar a casa com ela porque Érika intermediou tudo.

"Lidiane, o que quer?", Thaís respondeu, irritada.

"Eu vou viajar hoje, por isso estou fazendo hora extra, para ficar livre amanhã", explicou Lidiane.

"Legal, e aposto que você não veio me contar essa novidade, não é mesmo?", provocou Thaís.

"Não mesmo, estou deixando aqui algumas regras para você seguir na minha ausência", disse Lidiane, entregando um papel para Thaís.

Thaís leu imediatamente.

"Não entrar no seu quarto? Ok. Não usar seus produtos cosméticos e shampoo. Entendi, seus cremes de cabelos não servem para mim. Não levar ninguém na casa sem avisar. Ok, ok. Levar o lixo? Lavar o banheiro? O Lidiane, é seu dia de levar o lixo, já que você esqueceu da última vez, e o banheiro vai ficar por minha conta de novo?"

"Eu vou viajar, Thaís, não dá para deixar as coisas desarrumadas", justificou Lidiane.

Thaís lembrou do que Érika pediu para ela.

"Ok, ok, só isso né?" perguntou Thaís.

"Sim, agora vou me divertir", respondeu Lidiane animada.

Uma amiga de Lidiane passou pelo lado delas e comentou.

"Aposto que você e seu namorado vão ficar trancados no quarto fazendo de tudo, né, sua safadinha."

Lidiane ficou sem graça, mas não podia negar sua reputação de garota fogosa e maluquinha.

"Claro, você acertou", rebateu Lidiane.

Isso fez Thaís revirar os olhos e pensar: "Será que estou fazendo papel de otária enquanto essa pervertida vai se divertir?".

Prazer e Desilusões Noturnas

Ao retornar para casa à noite após um longo dia de trabalho na loja de tecnologia, Thaís se depara com o vazio do ambiente e a solidão que paira no ar. Ela suspira pesadamente, sentindo-se cansada e desanimada. Sem muita disposição para cozinhar, Thaís vai até a cozinha e abre a geladeira em busca de algo para comer. Com a despensa quase vazia, ela opta por pegar o que encontra pela frente: bolachas, chocolate e outras guloseimas.

Enquanto devora os petiscos, Thaís se deixa levar pelos pensamentos sombrios que a assolam. Em meio a mordidas nas bolachas, ela murmura para si mesma:

"Sua tonta, quando teve tempo de falar pra ele que gostava dele, não o fez, agora é tarde demais, ele vai se casar."

Ao encostar a cabeça no balcão, Thaís tenta sufocar o choro enquanto relembra cada conversa que teve com Adriano. A voz dele ecoa em sua mente, relembrando o pedido que fez mais cedo:

"Você topa ser minha madrinha de casamento?"

Essas palavras ressoam dolorosamente em sua mente, trazendo à tona a realidade do que ela aceitou. Thaís lamenta consigo mesma:

"Por que eu disse sim, que merda Thaís, o que há com você? Vai sofrer assistindo de camarote."

Ninguém, nem mesmo sua sombra, sabia desse amor secreto que Thaís guardava a sete chaves. Embora fosse alvo de fofocas sobre sua falta de feminilidade e seu suposto interesse em mulheres, Thaís nunca se importou com esses comentários. Na verdade, até achava conveniente que as pessoas pensassem assim, pois assim jamais descobririam seu amor platônico por seu grande amigo Adriano.

Enquanto Thaís sofre com a decisão que tomou, ela decide quebrar uma de suas próprias regras. Mesmo depois de quase um ano morando naquela kitnet, ela nunca havia entrado no quarto de Lidiane, mas a curiosidade era irresistível.

"O que será que tem no quarto dessa pervertida?", ela se pergunta enquanto adentra o cômodo. Para sua surpresa, encontra um quarto encantador, com cores vibrantes, papel de parede florido e vasos de flores na janela. Nas prateleiras, há miniaturas lindas e um brinquedo erótico.

"Aff", ela murmura, decidindo não explorar mais a fundo. Respeitando a privacidade de Lidiane, Thaís fecha a porta e retorna ao seu quarto. Lá, deita-se na cama ainda chorando, pega o celular e começa a assistir filmes.Optando por comédias românticas, ela busca algum alívio para sua tristeza. O sono acaba vindo, embalado pelo filme que assiste, levando-a para um descanso temporário.

Enquanto isso, Lidiane se frustra ao se deparar com o bolo que seu ex-namorado, Cláudio, havia lhe dado. Ele havia prometido passar o dia com Lidiane em uma casa de campo para conversarem, mas não apareceu. Em vez disso, ele enviou uma mensagem dizendo que estava indo viajar com os amigos.

"Desculpe, em só te mandar mensagem agora, fui para a praia em Santos com amigos, volto só daqui uns 3 dias, foi mal Lidi."

Lidiane não consegue conter as lágrimas e, desapontada, chora enquanto chama um Uber para voltar para casa nas altas horas da madrugada.

Enquanto dormia, Thaís teve um sonho com Adriano e acordou suada, molhada e assustada. Ela pensa em lavar o rosto, mas hesita:

"Bom, posso sonhar com ele antes dele ser oficialmente casado."

Ela luta contra seus desejos, resistindo à tentação de se tocar, mas o desejo é avassalador. Ela começa a levar suas mãos em direção ao abaixo de seu pijama, mas rapidamente as retira:

"O que está fazendo, sua louca?"

Apesar de relutar, o desejo é irresistível. Thaís finalmente cede e coloca suas mãos em suas intimidades, começando a acariciar-se. Ela tenta abafar seus gemidos e respiração, mesmo sabendo que está sozinha em casa.

"Só vou até aqui, não vou me aprofundar, não quero fazer isso". Ela pensa.

Cada toque traz um prazer intenso, embora seus gemidos e respiração ofegante, estão abafados não passem despercebidos por Lidiane, que entra em casa. A porta do quarto semiaberta permite que Lidiane veja Thaís, a quem ela sempre considerou careta, tendo um prazer que Lidiane fingia para todos ter. Quando Thaís finalmente alcança o ápice, Lidiane tenta se esconder para não ser vista, mas acaba caindo no chão, fazendo um barulho alto.

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