Rael
Sou um homem de 40 anos que praticamente criou os irmãos sozinho. Thomas Karvell tem 30 anos e Ambrose Karvell tem 18 anos.
Thomas tinha apenas 12 anos quando nossa mãe faleceu após dar a luz Ambrose e eu na época tinha 22 anos, era obrigado a cuidar de um pai alcoólatra que morreu atropelado 2 anos depois que a nossa mãe, mas criei eles sozinho.
Thomas não me dá trabalho, ele me ajuda muito nos "negócios" da família, "os dois", e é um cara muito zen no estilo namastê.
Já Ambrose se culpa por nossa mãe não ter resistido ao parto, e quem contou para ele foi uma babá que demiti no mesmo dia. Como ela teve a audácia de contar isso para uma criança de 9 anos às vésperas de seu aniversário? Odeio babás, são inconvenientes e se acham as sabidas.
Eu era um cara feliz e completo até que um filho da puta matou a minha mulher quando nosso filho tinha apenas 1 aninho de idade, ela se chamava Karen Soutiê... Éramos felizes. Ela tinha 27 anos na época em que foi assassinada e eu surtei. Apaguei o infeliz com minhas próprias mãos no mesmo dia, meus irmãos e meu filho Jordan são o que me prendem aqui e não posso abandoná-los.
Eu comando o império de Whisky Karvell, tem nosso nome porque a receita dele é do meu bisavô que teve a idéia maravilhosa de adicionar um toque de baunilha a bebida já que minha bisavó adorava.
Quando assumi a empresa com 18 anos não acreditei na miséria que meu pai tinha deixado aquele lugar. Como eu falei ele era alcoólatra e isso o prejudicou muito, levei quase 10 anos para trazer a empresa de volta a sua glória e riqueza.
Meu segundo império é a máfia de cassinos, sou dono de 95% dos cassinos de Los Angeles, todos são meus e uso também para alguns outros "negócios" com outras náfias de confiança.
Para que tudo funcione perfeitamente meus irmãos e minha fiel assistente, Corina Phillips, 30 anos, estão ao meu lado firme e forte.
O que está me preocupando recentemente é Jordan. Seu aniversário de 7 anos será em um mês, mas ele parece triste. Crianças gostam de aniversário e ele não parece estar feliz com o dele e isso também me deixa infeliz porque meu filho não está feliz.
Jordan é meu coração fora do peito, não vejo minha vida sem ele. Paro o meu mundo pelo dele a qualquer momento que ele precisar de mim.
Estou indo para casa mais cedo hoje pois quero conversar com ele. Chegando em casa vou até seu quarto e o vejo estudando, meu orgulho.
— Oi filhão. — beijo o auto de sua cabeça e dou uma olhadinha rápida em seu caderno — Então meu filho, você ainda não me disse qual tema vai querer para o seu aniversário e já estamos praticamente em cima. Corina precisa organizar tudo logo para que seus amiguinhos possam curtir junto com você.
— Pai... Eu não gosto da Corina, já te falei isso. E não quero festa de aniversário esse ano. — Ele está visivelmente triste.
— Filhão, Corina já não vem aqui exatamente por você não gostar dela, não sei de onde saiu essa implicância toda. Ela que fica responsável pelos seus aniversários desde que você tinha 3 anos de idade e sempre arrasa em tudo. Mas não é isso que quero saber de você agora... Por que não quer comemorar seu aniversário esse ano?
— Não quero que fiquem me enchendo de perguntas que não quero responder! Pai por que não posso ter uma babá? Todos os meus amigos tem e eles me disseram que é como ter uma segunda mãe. Que elas são amorosas e que fazem sanduíches, que brincam com eles e ajudam no dever de casa.
— Eu sou amoroso com você e faço sanduíches para você. Também brinco com você e seus tios também assim como todos nós te ajudamos na lição de casa. Tá, eu sei que às vezes você faz sozinho, mas não vejo motivo de precisar de uma babá já que está desse tamanho e consegue ser mais responsável que o seu tio Ambrose.
— Pai, o senhor não vai entender nunca... Preciso terminar a lição de casa, por favor, feche a porta quando sair e já comi um sanduíche não vou descer para jantar hoje.
Ele vira para a mesa e volta a focar no caderno, Jordan tem meu temperamento e quando está assim é porque o assunto acabou e ele não quer falar mais.
Não quero uma idiota intrometida dentro da minha casa fazendo a cabeça do meu filho contra mim. "Uma babá"... Mas o que ele parecia querer mesmo é algo que não posso dar mesmo com todo dinheiro que temos, amor maternal. Porém, Jordan não deixa a Corina se aproximar dele e ela sempre foi amorosa e gentil com ele.
Não posso mais pensar nisso, preciso ir para o meu segundo "trabalho" e esse cobra mais de mim do que o necessário, heranças familiares cobrança dobrada.
Chegando no Cassino Imperial, Atílio Rivera, um de meus subchefes vem até mim apressado.
— Ela já está no salão novamente e dessa vez veio com dinheiro e está na mesa de Black Jack.
— Mas que merda! Como deixaram ela entrar de novo? Eu já tinha proibido a entrada dela aqui. Olho para o outro lado e vejo, Bernard Fork, meu outro subchefe, vindo em minha direção.
— Ela veio acompanhada da amiga milionária e como era uma convidada da amiga não podemos proibir sua entrada.
— Não tirem os olhos daquela ratinha. Quero pegá-la, quebrar suas pernas e mãos, ela só precisa cometer mais um vacilo e a terei onde quero e quando a forca estiver em seu pescoço vou puxar com toda força. — Abro um sorriso diabólico imaginando a ratinha na minha ratoeira.
— Rael... — Bernard fala cauteloso — Ambrose está no andar de cima. Bêbado de novo. Já pedi para não servirem mais bebidas para ele e já falei com o Thomas para vir buscá-lo, mas sabe como o Ambrose é né?
— Quem serviu o primeiro copo de bebida para ele quero na rua. Eu já avisei para todos aqui que não era para servi-lo e se insistisse era para me ligar que eu viria aqui e isso não aconteceu. Quero todos que serviram ele de olho na comissão fora daqui em cinco minutos.
Ele me olha e depois sobe, vou em seguida até a área vip para ver meu irmão caçula desmaiado de bêbado. Odeio quando não cumprem as minhas ordens.
Jordana
Sou Jordana Levyle e tenho 26 anos, minha vida foi ótima até meus 16 anos, depois daí só ladeira abaixo. Vou contar um pouco do que aconteceu:
Minha mãe, uma boa filha da puta se apaixonou pelo nosso jardineiro, meu pai era dono de imobiliária que trazia uma grana forte para casa, ele é um amor ou melhor era.
Como eu disse, minha mãe se apaixonou pelo nosso jardineiro que era 15 anos mais jovem que ela na época e como eles queriam viver esse amor minha amada, só que não, mãe deu um golpe no meu pai vendendo a imobiliária para os concorrentes e sumindo com todo o dinheiro.
Meu pai ficou desesperado e bebeu muito, em uma noite chuvosa ele estava ao volante bêbado demais, até onde sei o carro capotou umas 7 vezes até parar onde parou na beira de um penhasco.
Nesse desastre meu pai ficou sem os movimentos do pescoço para baixo e não falou mais desde então, hoje ele vive em um asilo por escolha própria e eu dou meu jeito de pagar para ele ter tudo do bom e do melhor lá.
O visito sempre que posso, na época de tudo eu namorava um bastardo idiota que só de pensar no nome me faz mal e a única coisa que sobrou do meu relacionamento com ele foi a inabalável amizade que tenho com a irmã dele, ela é minha melhor amiga.
Enora Danwis, de 27 anos, é simples e nem parece uma milionária, ela gosta das coisas simples da vida e sua bissexualidade deixa sua vida bem movimentada. Ela não fica nem 6 meses com alguém, vamos supor que ela esteja em um relacionamento com um cara e aí aparece uma garota que seja seu tipo, ela não pensa duas vezes e já cai em uma aventura... Rsrs.
Mas ela não trai a pessoa, Enora termina numa boa para o caso de um replay. Ela me ajudou muito financeiramente no início de tudo, mas Andrew, meu ex babaca, descobriu 1 ano depois que Enora estava me ajudando e bloqueou as contas e cartões dela para que não me desse mais nada.
E claro que ele veio com uma proposta ridícula que eu fiz questão de responder com um belo tapa na cara dele e uma joelhada tão bem dada que Enora me disse que ele andou estranho por mais de uma semana.
Depois de tudo isso tive que me virar para continuar pagando as coisas para o meu pai, arrumei alguns trabalhos, mas o que ganhava era muito pouco até que um casal de irmãos gêmeos que conheci em um dos meus empregos me ensinou alguns truques para ganhar um dinheiro extra pelos Cassinos da cidade.
Deu super certo até que fiquei na mira do chefão dono da porra toda, apesar de nunca ter visto ele e não saber de quem se trata meus amigos me disseram para não irritá-lo. Então comecei a ir em cassinos diferentes pela cidade.
Só que está ficando cada vez mais difícil me esconder dele, da última vez que fui quase fui pega por Bernard Fork, e até onde sei ele costuma abusar de mulheres como eu antes de decidir seu destino.
Mas, como eu disse apenas "soube" não sei se é verdade mas também não quero saber né gente. Hoje a Enora me convidou para ir no cassino Imperial e lá tudo é muito luxuoso e tenho certeza que posso ganhar uma grana forte lá, não é minha primeira vez lá.
Porém, dá última fui expulsa a mando do filho da puta do dono porque ele percebeu que eu não estava jogando limpo. Mas hoje estou ao lado da minha amiga milionária, Enora Danwis, e sou convidada dela.
Enora conseguiu tudo de volta há 1 ano atrás e queria voltar a me ajudar, mas não quis, já estou acostumada a me virar e não posso viver minha vida toda dependendo da minha amiga, ela me deu de presente o look de hoje, maquiagem e cabelo.
E como o lugar que vamos hoje é muito luxuoso ela caprichou em nós hoje. Vou direto para a mesa de Black Jack é onde tenho mais sorte.
— Amiga... — Enora me chama — Vou até o bar para dar início a minha noite e em meia hora estarei de volta.
— Traz algo para mim, pode ser aquele Whisky com sobrenome de Playboy iludido. — Mando um beijo para ela.
Enora sai rindo e eu me concentro de volta na mesa já que minha amiga deixou quase 100 mil dólares em fichas comigo... Droga, não ganhei nada na mesa de Black Jack então parti para a mesa de 21 e também não ganhei nada.
Sério que hoje vai ser assim? Decidi ir para a roleta e apostei todas as fichas da Enora e nada, mas aí um cara me disse que a casa emprestava fichas.
Valores bons de fichas e pensei: "Por que não né?" Vou usar meu pequeno "dom" para ganhar e vai dar tudo certo.
Tomei coragem e peguei emprestado com o cassino 500 mil dólares de fichas e se eu ganhasse poderia pagar para Enora o que me emprestou e ainda ficaria com um bom dinheiro.
Volto para a mesa de 21 e lá eu só preciso distrair um pouco o crupiê que vai dar tudo certo. Tudo errado... Deu tudo errado.
E por idiotice minha perdi. Quando penso em sair correndo vejo duas figuras que me seguram e apesar de lindos ninguém na minha situação quer ver Atílio e Bernard.
— Então, delícia acho que precisamos dar um passeio agora. — Atílio abre um sorriso maldoso.
— Olha, muito obrigada pela gentileza, mas acho que peguei um resfriado e preciso me cuidar agora mesmo. — Eles me seguram mais firme ainda.
Cadê a Enora que não voltou? Só pode está transando em algum dos banheiros por aí. Me levam para o terceiro andar e me obrigam a sentar até que escuto a voz sensualmente sexy de um homem vindo da direção da mesa, mas a cadeira está virada para o outro lado e quando ele se vira...
— E não é que eu peguei a ratinha que estava me roubando? Deve saber quem sou, né?
Aí meu Deus. Fudeu. É o cara do império de bebidas com sobrenome de Playboy iludido. Não... Espera. Aí sua idiota, ele é dono da porra toda e vai foder até sua alma.
Deus eu sei que já te pedi muito, mas uma ajudinha aqui é bem vinda. E é como se ele me respondesse: Lamento Jordana, a sorte não está a seu favor.
Rael
— O que eu deveria fazer com uma ratinha como você? — seu olhar atrevido me desafia — Se eu apenas quebrar seus lindos dedinhos será que você aprende? Ou será que se eu torcer seus pulsos fará você pensar no que fez? Tentador... Tenho várias opções de puni-lá e todas elas te deixará com muita dor e me deixará muito feliz. Agora me diz, ratinha, como você pensa em me pagar?
— Aceita bolo? Olha, eu sei fazer um bolo de chocolate perfeito. Sei também fazer docinho, qualquer tipo, sei cozinhar muito é só escolher que preparo algo para o senhor e esses dois cavalheiros, tão educados. — "A minha vontade mesmo e xingar eles de tudo que me vier a mente, mas estou em desvantagem aqui." - pensamento de Jordana.
— Eu acho que ela está pensando que você paga isso tudo para sua cozinheira, Rael. — Atílio zomba dando risadas.
— Garota, você tem noção do que vai acontecer com se não pagar o que deve para ele? Garota, você está doida para virar adubo de planta... — Bernard avisa sério.
— Te garanto que serei o adubo mais lindo que já viu. As plantas vão crescer tão lindas que vão virar estrelas de revistas. — Jordana debocha.
— Já chega! — grito perdendo a paciência — Você não está levando nada a sério aqui, né ratinha?
— Para de me chamar de ratinha! Meu nome é Jordana Levyle. Jor-da-na. Que saco... Agora eu sei porque a bebida tem sobrenome de Playboy iludido... Meu Deus.
— Do que você está falando sua louca? — Ela me olha e ri, minha vontade de esgana-la aumenta em 1000, vou até ela e seguro firme em seu pescoço, quando começo a apertar Corina entra correndo sem bater.
— Rael, é o Jordan. Ninguém consegue encontrá-lo na sua casa. Ele não saiu de lá, mas ninguém consegue encontrá-lo.
— Vamos, agora mesmo! Bernard, traz essa ratinha também, ainda não terminei com ela.
Entro no meu carro e Bernard entra também empurrando a ratinha com ele. Não muito tempo depois já estamos em minha casa pego a ratinha pelo braço e jogo no meu escritório depois tranco a porta enquanto escuto meus irmãos gritar por Jordan, o que me surpreende é que Ambrose ainda está bêbado, mas não desiste de procurar o sobrinho.
— Enquanto isso no meu escritório —
— Eu preciso sair daqui. Essa droga de porta deve ter aço no meio dela. Já empurrei, soquei e chutei e ela nem faz barulho. Já sei vou olhar nas gavetas, vai que encontro uma chave reserva. — estou vasculhando tudo até que uma voz me dá um baita susto e essa voz vem de um sofá que está bem no canto da sala lugar para onde não olhei desde que cheguei aqui.
— Meu pai odeia que mecham nas gavetas, e ele também odeia que estranhos entrem aqui. Acho melhor você parar agora mesmo ou será punida... E eu me chamo Jordan, como você se chama?
— Você é quem eles estão procurando. Me chamo Jordana, Jordan! Nossos nomes são parecidos... — Sei que não é legal usar crianças, mas é a minha vida que quero salvar aqui... — Então Jordan, nossos nomes são parecidos e eu te achei que tal você pedir para o seu pai me liberar e perdoar minha dívida, hein?
— Eu não sou idiota e você não vai me usar. Você não me encontrou, eu já estava aqui e meu pai não perdoa dívidas, principalmente se envolve dinheiro, ele não está onde está perdoando devedores.
— Mas que pirralho filho da put... "O Playboy iludido entra no escritório e me pega com o filho dele." - penso.
— Você estava aqui esse tempo todo? Jordan, não faça mais isso comigo de novo está me ouvindo?
— "Se ela quis se aproveitar de mim vou me aproveitar dela também." — Pai essa moça, o nome dela é Jordana e gostei muito que nossos nomes sejam parecidos, ela me disse que está com uma dívida que não tem como pagar então tive uma ótima idéia... Ela pode ser minha babá e trabalhando para nós ela paga a dívida dela.
— É o que pirralho? Não posso trabalhar de graça para vocês. Eu tenho outras dívidas para pagar.
— Do que você chamou meu filho? Está querendo muito morrer, né ratinha? Jordan, não sei se é uma boa idéia. Você já viu que ela não é nem um pouco amorosa ou calma ou gentil...
— Pai, ela não ousaria fazer nenhum mal a mim, ela tem amor a vida dela, e não é má pessoa. É apenas impulsiva... Eu quero que ela seja minha babá. — Jordan olha para a ratinha e dá seu melhor sorriso e corre até mim me dando um abraço. Ele sabe que adoro quando faz isso... — Pai, eu posso colocar ela na linha.
Ele sussurro no meu ouvido.
— Ok! Você será a babá do meu filho. Já que ele faz tanta questão de tê-la ao lado dele. Mas terá sempre alguém de olho em você não se atreva a fazer nenhum mal contra meu filho ou darei você para os meus tubarões de estimação comer. Você vai receber apenas 20% por cento do seu salário para manter seu pai onde está. E sim, sei tudo sobre você. Apartir de hoje você irá morar aqui e atenderá todos os desejos do meu filho. O resto do seu salário será para pagar sua dívida comigo!
— Desse jeito vou ser babá até dos seus bisnetos. Eu sei muito bem que o valor é alto e não quero trabalhar para sua família a vida toda.
— Tenho outros tipos de trabalho para você que serão feitos a noite quando Jordan estiver dormindo, vai te ajudar a liquidar sua dívida mais rápido.
— Querido, serei babá do seu filho não sua prostituta. Tire seu cavalinho da chuva se está pensando que vou deitar na sua cama.
— Mas que ratinha iludida. Você nem faz meu tipo, se enxerga garota. Você vai trabalhar no cassino. Jordan, leve sua babá para o quarto que você achar melhor e amanhã continuarei minha conversa com ela.
— Obrigado, pai. Eu te amo. Venha Jordana, você vai ficar no quarto de frente para o meu.
Ele sai puxando a "babá" pela mão com um sorriso enorme no rosto enquanto ela parece desesperada.
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