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Um Homem Renovado

Prólogo

Só pode ser uma deusa.

Quando O'Connor conseguiu convencer a sua amiga que estava recuperado ele levou-a a uma loja para comprar um vestido em qual ela poderia o acompanhar no evento daquela noite.

Ele não queria ir sozinho enfrentar os inimigos frente a frente depois de anos.

O'Connor se olhava no espelho da loja que acabara de entrar para ajudar sua amiga escolher uma roupa elegante. O tempo parecia ter parado para ele, mesmo que ao acordar do pesadelo ele tenha mudado tanto. Ele mesmo não se reconhecia. Tudo mudou, desde o físico até a personalidade. O’Connor de antes não gostava de espelhos, mas esse de agora não ligava. E o reflexo que ele se espiava era admirável. Um lindo homem com ombros fortes e robusto. Coluna ereta, braços e pernas grossas. Seu cabelo bem penteado, mas sem efeito de gel, com um belo corte da moda que destaca seu queixo rígido. Seus olhos agora não são mais profundos. Refletiam uma piscina azul sobre aqueles cílios grandes e formosos.

Sabrina sempre o dissera que seus cílios eram de dar inveja, porque muitas mulheres desejavam um cílios daqueles e não tinham. A não ser por implantes.

A recepcionista e atendente nem disfarçavam como admirava o homem ali na loja esperando a amiga experimentar as roupas. O'Connor ouviu até suspiros. E isso muito o agradava. Ele sorriu de lado. Jogando seu lado despojado e sexy, sorrindo malicioso, seduzindo ainda mais as mulheres ali presente.

— Então como estou? — Sabrina saiu do provador. Tímida e corada. O vestido a deixava muito sexy e sensual, modelando suas curvas e deixando um grande decote. Mas nada vulgar, somente muito sexy.

O'Connor ficou sem palavras, e engoliu em seco quando notou que não sabia o que dizer. Notando que ele estava demorando a responder ficou muito envergonhada, pensando que estaria ridícula.

— Sabia, não ficou bom. — ela fez um biquinho insatisfeito e virou as costas.

Rápido O'Connor a pegou pelo pulso e a girou, ela bateu contra o peito másculo dele. Levantou o olhar e seus olhos se uniram, porque O'Connor também a olhava com fascínio.

— E esse! Está perfeita! — ele sussurrou tão perto, que o hálito quente e fresco dele sabor menta a deixou mais quente do que o toque de sua mão em seu pulso.

— Só pode ser uma deusa.

O'Connor também sentiu um calor subir. Suas estranhas dentro da barriga estremecerem, e ele lutou com uma possessividade de tocar aqueles lábios rosados naturalmente que nunca tinha notado até então.

Ele retirou algumas mechas de fios de cabelo preto do rosto angelical de Sabrina e se deixou admirar. “ Como nunca tinha notado em como ela era linda. Eu era cego?”

— Fica linda ruborizada! — ele esfregou as costas dos dedos da maçã do rosto dela, com delicadeza como massagear pétalas de rosas delicadas. Ele sorriu, porque também descobriu que ficou ousado.

Ela se afastou dele dando um tapinha em seu ombro.

— Para vai! — ela virou o rosto envergonhada, pensando que o amigo estava zoando e quebra o encanto.

O’Connor então tem uma ideia para fazer parte de sua vingança.

— Quer ser minha esposa?

Um

Em um bairro nobre de Sydney, Austrália, Tiner estava em mais um dia de compras para sua amada, para a casa nova. Feliz estava imaginando que logo estaria casado com o grande amor de sua vida.

— Senhor Tiner, o senhor não se arrependerá! Esses móveis são raríssimas madeiras de boa qualidade exclusivas de nossa loja e do mundo. — a vendedora diz toda orgulhosa por essa venda muito boa.

— Vou levar essa poltrona também, junto com aquelas almofadas. — ele aponta com classe.

— Você não acha que é um exagero!? — Sabrina sua amiga remexe o nariz com desgosto. Ela sempre estava com ele, unida. Temia pelo amigo. A qualquer minuto sabia que poderia se decepcionar com a sua futura noiva esnobe. Ela não confiava naquela mulher.

— O senhor não se arrependerá! Por favor sente-se enquanto eu fecho a conta. — ignorando a companheira de seu cliente a mulher fez questão de não perder a venda.

Sabrina fica indisposta, e sem nenhum entusiasmo. Resolve se despedir do amigo e ir embora. Estava cansada daquela palhaçada. Depois de tudo que fez para abrir os olhos do amigo e ele não acreditar. Na verdade estava farta. De sofrer sozinha.

 — Ah Sabrina, vai me deixar sozinho! — exclamou triste.

Ele lhe deu um beijo na maçã do rosto.

— Você não está precisando de mim. E além do mais estou atrasada para a reunião.

— Tudo bem vai! — ele a abraçou. Vamos jantar hoje à noite?

Sabrina suspirou ponderando e consentiu. E virou as costas.

 Se virando novamente para a vendedora ele sorriu.

— Obrigado! Aqui meu cartão. — Tiner entrega o cartão e se senta, seu telefone vibra em seu bolso.

 Tiner pega o celular e verifica a chamada. Era sua linda pretendente.

— Oi amor! — porém ele guarda seu sorriso quando a escuta do outro lado da linha.

— Tiner, Tiner. Como é bobinho. — ela dá uma gargalhada. —Te liguei para dizer que estou indo embora. Eu nem deveria ligar. Mas acho que deveria te explicar que estou indo embora com o meu verdadeiro amor. — Outra risada.

— Vai que você como louco que é por mim sairia à minha procura. Então estou te avisando para me esquecer porque nunca quis ter alguma coisa contigo. Eu tinha um asco quando me beijava. Você já se olhou no espelho. Para ver como é patético e nada bonito ou gostoso. — desta vez ela bufou. — Foi difícil fingir orgasmo contigo.

Tiner deixou o telefone cair e se levantou procurando por um espelho.

— Senhor, senhor, se sente mal ? Ajuda! — a funcionária gritou quando viu que Tiner tremia.

— NÃO QUERO AJUDA! — ele gritou, fazendo os funcionários se afastarem assustados.

Então ele se olhou no espelho.

Tiner Olsen. Um rapaz de vinte dois anos, filho único herdeiro da maior multinacional do país. Porém era muito ingênuo.

Seu porte físico era um pouco exagerado na gordura, ou seja considerado gordinho. Mas não gordo, gordo, não tinha um físico musculoso. Mas era alto. 1,72, cabelos castanhos médios crespos, porém exagerado no gel. Foi criado com a avó, Carmen Olesen, e seu avô Alfred Olesen. Porque seus pais viviam viajando. Então os avós o encheram de mimo e o protegeram demais debaixo de suas asas, não deixando o pobre Tiner descobrir como as pessoas eram cruéis.

Seus olhos eram em um profundidade cristalina, num azul bem piscina. Não havia marcas de espinhas graças aos bons cremes caros que comprava para passar no rosto.

Ele nunca tinha se achado bonito, entretanto tão pouco feio. Mas agora se olhando no espelho e lembrando das palavras cruéis de Tiffany. Sentiu o homem mais feio da face da terra.

Se afastou do espelho e deu um soco.

— Cancele a compra! — falou ríspido.

— Ss…enhor, seu cartão…não — a mulher nervosa dirigiu a palavra quando o homem se afastava para fora da loja.

 Não teve resposta.

Ele inspirou fundo para continuar a processar seu dia.

Deu a volta no carro

Ele chega até seu carro e resolve fazer uma chamada a seu contador.

 A chamada continua dando caixa postal e ele tenta novamente.

Dois

'Não acredito que ele fez isso comigo! Por quê?Eu te considerava amigo'

Depois de várias tentativas no telefonema, ele tira a chave do seu carro do seu bolso do paletó, o destrava e abre a porta e entra. E tenta ligar novamente.

'Seu maldito! Você está fugindo de mim, mas vou te encontrar e você vai me dizer porquê fez isso e vai me pagar caro.'

Ele temia pelo pior porque Caio foi o homem que apresentou Tiffany a ele. Ele poderia ser ingênuo mas não era burro.

Então ele resolve ligar para sua empresa. E finalmente alguém atende.

— Alô! — suspiro do outro lado da linha.

— Tiner, sou eu Sabrina.

— Me dê boas notícias, por favor.

— Vou ser direta, quase te deixaram na falência… — pausa do outro lado da linha. Ele arregalou os olhos e começou a suar frio e sentir um nervosismo.

—, quase perdeu tudo, mas perdeu a empresa, seu dinheiro, seus bens, estão embargados os investimentos e ações.

Tiner estava em transe. ,— foram eles? — ele perguntou.

— Se seus avós não tivessem feito uma poupança que você herdará só depois da morte deles, você estaria arruinado. — Ela sentiu seu coração ser esmagado imaginando como ele estaria sofrendo naquele momento. —Tiffany e Caio usaram a influência que deram a eles, e eles fizeram empréstimos, venderam ações, cortou o orçamento dos pagamentos dos colaboradores da empresa e como não pagou a dívida o banco tomou tudo que colocaram em barganha caso não pagasse. E como não pagou as dívidas imposto pela entidade de seus país, o governo também embargou e o pior que o empréstimo que fizeram transferiram para uma conta deles lá na Suíça e te deixou sem nada. — Nisso Tiner já estava gelado e branco como papel suando frio.

Sabrina não queria ser ela a dar aquela notícia horrível, de tanto que tentou alertá-lo.

Sabrina parou de falar, porque um pouco ela se sentia culpada, porque afinal já desconfiava de Tiffany e Caio, mas não fez nada pois achou que daria uma solução. — Sinto muito, mas deveria abrir falência e com o pouco que te restou abrir outra firma ou outro negócio. Sei que não queria ter que trabalhar com seus pais, mas talvez possa ser a solução. Afinal aquela empresa é sua.

Tiner suspirou fundo e logo rugiu um grito rouco. Ele começou a chorar. E desligou o telefone. Tudo que tomaram dele ele construiu com suas próprias mãos, com seu mérito. Lógico que com um empurrão dos seus avós, mas se não fosse sua força de vontade e disposição. Nada teria progredido.

— Malditos! — Socou o volante

 Sabrina nem conseguia mais falar , sentou se no chão estava embaraçada e tremendo diante da notícia que deu. Seu mundo acabará desmoronando junto com Tiner e não só porque ficou sem seu cargo, mas era porque seu coração estava partido dolorido junto ao homem a quem confiava em outra pessoa.

Tiner dirigindo rápido em direção onde ele acreditava que poderia encontrar os amantes, ele foi acelerando, sem se importar com o trânsito dirigindo feito um louco, quando ele notou um caminhão a frente na pista ele tentou desviar… mas… estrondos vinham na sua direção e tudo ficou embaraçado diante dos seus olhos. Pessoas pararam e gritaram e desciam dos seus veículos.

O carro de Tiner estava capotado e ele estava deitado sobre o teto, pois ele não tinha colocado o cinto. Um requisito de vida ainda era presente, ele soprou o ar com força e sussurrou: ‘ a minha vida não pode acabar assim! Eu queria...’ Logo ele desmaiou.

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