...*A**tenção* ⚠️...
"Não Fuja de Mim" narra as trajetórias de personagens extraídos da obra, "O CEO Cego e os Olhos da Cuidadora". Caso tenha chegado até aqui por acaso e opte por familiarizar-se com o enredo anterior, sinta-se à vontade para fazê-lo. Se desejar prosseguir diretamente com esta leitura, gostaria de recebê-lo(a) calorosamente e desejar-lhe uma experiência enriquecedora ao longo do livro.
A autora
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Dentro do imponente escritório da presidência da SpectraTech Solutions, Maurício Fontana, irmão do CEO Alexander Fontana, está sentado na sofisticada cadeira de couro, ticando uma caneta prateada enquanto observa o ambiente ao redor. As paredes revestidas por superfícies inteligentes exibem análises de dados em tempo real, refletindo a grandiosidade da empresa líder mundial em tecnologia e segurança cibernética. Seus olhos circulam o ambiente ao redor, por fim são atraídos para um porta-retratos contendo uma foto feliz dos recém-casados, seu irmão Alexander e Safira, a mulher que Maurício "amava".
Mauricio Fontana
"Veja que otário que sou!"
Pensou Maurício consigo mesmo, enquanto seus olhos se fixavam na foto.
"Estou aqui, sentado na cadeira do meu irmão, enquanto ele se diverte pelo mundo em lua de mel com a mulher que amo."
Maurício respirou fundo e com um gesto impetuoso, virou a foto para baixo e se levantou da cadeira, passando as mãos pelo cabelo em um gesto de frustração. Antes que seus pensamentos tumultuados o dominassem completamente, a porta se abriu, revelando Olivia Montenegro, a secretária de Alexander.
Erguendo uma das sobrancelhas, Maurício encarou Olivia, sua mais recente fonte de distração. Ela entrou na sala com a cabeça baixa, pedindo licença e informando sobre algumas alterações na agenda para os compromissos do dia.
Olivia Montenegro
Com um suspiro, Olivia disse:
— "Com licença senhor, Já alterei todas as informações no sistema da IA Ária, você pode consultá-la sempre que tiver alguma dúvida."
Maurício assentiu em silêncio, observando-a enquanto ela se movia pela sala apreensiva. Seus sentimentos conflitantes continuavam a perturbando, enquanto lutava para manter o controle sobre suas emoções.
Olivia, após falar, caminhava de volta em direção a saída do escritório. Ela sentiu seu coração disparar quando ouviu a voz de Maurício ecoar atrás dela.
— Olívia!
Com seu nervosismo habitual, ela pressionou os olhos por um instante, fez uma breve careta e respirou fundo enquanto pensou:
"Merda, por que você não esquece o meu nome e simplesmente me ignora como costumava fazer antes?"
Ao se virar, encontrou Maurício caminhando em sua direção. Ele se aproximou, encarando-a de perto, quase sentindo sua respiração, e perguntou com um tom desafiador:
— Você realmente não vai pedir desculpas?
Gaguejando um pouco, Olivia tentou reunir sua coragem enquanto respondia:
— Pedir desculpas por que, senhor?
Maurício lançou um olhar provocativo e disse:
— Meus pés estão roxos de tentar dançar com você na incrível festa de casamento do meu irmão, e você ainda pergunta?
Olivia sentiu o rubor subir às suas bochechas enquanto recordava o momento em que Maurício a convidou para dançar na festa de casamento de Alexander. Ela tinha recusado educadamente, mas ele insistiu e pelo que se recorda não pisou nos pés dele nenhuma vez, ambos dançaram silenciosamente, ele está apenas querendo provocá-la como tem feito ultimamente, só pode ser.
— Desculpe, senhor!
Murmurou ela, prendendo a respiração com a proximidade de Maurício.
— Se me lembro bem, eu recusei o convite, foi o senhor quem insistiu."
Maurício observou-a por um momento, avaliando-a, antes de dar de ombros casualmente.
— Então, agora a culpa é minha? Sou eu quem deveria te pedir desculpas, então?
Olivia não ousou responder, mas enquanto respirava fundo, seus pensamentos gritaram:
"Deus, esse homem quer me enlouquecer só pode ser isso."
— Tudo bem!
Disse Maurício, afastando-se um pouco.
— Deveria ter dito que não sabia dançar.
Olivia sentiu-se insultada pelo comentário de Maurício e começou a formular uma resposta afiada, pronta para confrontá-lo, mas então, contendo suas palavras, respirou fundo outra vez e optou por manter sua compostura. Em seguida, simplesmente assentiu começando a sair da sala, enquanto seus pensamentos protestavam com veemência:
"Não sou uma boa dançarina? Não sou uma boa dançarina? É sério que ele me disse isso?"
Ela questionava a si mesma, indignada com a atitude de Maurício.
" Esse idiota roubou todo meu ar enquanto dançávamos emudecidos, como se tivéssemos engolido a língua. Tá certo que agora sou apenas uma secretária, mas o que ele não sabe é que já fui professora de dança antes de começar a trabalhar aqui, e agora ele tem coragem de me dizer isso? Deus me dê paciência!"
Enquanto Olivia se perdia em seus pensamentos, Maurício observava-a atravessar a porta da sala com um sorriso irônico nos lábios. Ele se perguntava se estava sendo cruel ao provocá-la, mas rapidamente descartou essa ideia. Para Maurício, era apenas mais um jogo divertido em seu dia, e ele estava determinado a se divertir às custas de Olivia.
"Estou sendo malvado por provocá-la?"
Questionou-se mentalmente, enquanto seu sorriso se alargava.
"Não. Isso é divertido, e o dia está apenas começando, querida Olivia."
Com um riso suave, Maurício voltou sua atenção para sua mesa de trabalho, ansioso para ver o que o resto do dia reservava e quais novas provocações poderia criar para a secretária intrigante de seu irmão.
Ao se aproximar de sua mesa, Olivia se sentou, tentando respirar fundo para acalmar os nervos. Um vislumbre da dança com Maurício invadiu seus pensamentos por um instante, e ela sentiu seu coração se derreter, mas logo o ódio se sobrepôs quando ela se lembrou do comentário recente dele.
"Que imbecil!"
Pensou, tentando se recompor e concentrar-se no trabalho.
"Água, preciso de água para acalmar os nervos".
Concluiu, percebendo que sua garrafa estava vazia. Levantou-se e seguiu até o bebedouro para reabastecê-la.
Ao retornar à sua mesa, a voz da IA Ária ecoou no ambiente de trabalho, anunciando uma chamada urgente de Maurício. Preocupada, Olivia se perguntou o que teria acontecido.
Abandonando a garrafa de água em cima da mesa, ela saiu correndo e entrou na sala da presidência, agitada:
— Já estou aqui, senhor. O que aconteceu?
Maurício a encarou e perguntou com um tom de urgência:
— Onde estava? Te chamei três vezes.
Olivia respondeu rapidamente que foi tomar água, e perguntou a razão para tanta urgência. Com um sorriso desdenhoso no rosto, Maurício explicou que estava revisando um contrato importante e precisava de um lápis grafite.
Olivia olhou para o porta-lápis na frente dele, onde havia vários lápis disponíveis, e questionou nervosa, tentando respirar fundo:
— Um lápis grafite?
Maurício confirmou com um aceno de cabeça e disse:
— Sim, um lápis grafite. Agora, por favor, traga-o o mais rápido possível. Temos muito trabalho a fazer.
Quase soltando fumaça pelas narinas, Olivia pegou o lápis cinza destacado pela logomarca da empresa. Ela se curvou sobre a mesa e posicionou o lápis bem na frente do rosto de Maurício, enquanto disse com uma voz carregada de sarcasmo:
— Aqui está, senhor. Deseja mais alguma coisa, com muita urgência?
Maurício, desafiador, soltou os papéis em cima da mesa e levantou-se também, curvando-se sobre a mesa para encará-la de perto. Ele pegou o lápis, mas continuou encarando Olivia, com um sorriso travesso nos lábios.
— Tem outra coisa a mais que eu posso desejar com muita urgência.
Provocou ele.
— Mas tenho certeza de que esta necessidade você não poderia suprir, ou poderia?
Olivia se sentiu constrangida por um instante diante da insinuação de Maurício, mas logo se recompôs, fuzilando-o com os olhos. Seu humor oscilava entre a raiva e o desconforto enquanto ela intercalava o olhar entre a boca e os olhos dele.
Maurício, por sua vez, continuava imóvel, desfrutando do jogo de provocação que havia iniciado. Seus olhos faiscavam de diversão enquanto ele mantinha o olhar fixo nos de Olivia.
Enquanto os dois se encaravam, em meio à tensão provocada por suas trocas de olhares, Isadora, a irmã gêmea de Maurício, irrompeu na sala chamando pelo irmão.
— Mano, preciso falar com você sobre o relat...
Ela interrompeu abruptamente seus passos, ao perceber a tensão entre Maurício e Olivia.
Maurício: (rapidamente consertando sua postura) Ah, Isadora!
Isadora: Desculpe, eu não sabia que estavam ocupados. Eu posso voltar depois!
Maurício: Não, não! Não precisa, estamos só resolvendo alguns assuntos aqui. Olivia, você já pode ir!
Olivia começou a se retirar, aliviada por sair daquela situação constrangedora.
Isadora: Tudo bem por aqui? Parece que interrompi algo...
Maurício: Imprensão sua. O que você quer?
Isadora: Espera um momento. Eu te conheço e vocês pareciam...
Maurício: Ah, para de insinuar as coisas, nem tudo o que parece é.
Isadora: (com um sorriso travesso) Eu posso até estar enganada, mas vocês dois formariam um belo casal.
Maurício: (tentando disfarçar) Isadora, não comece...
Isadora: É sério, irmão. Eu vi a forma como vocês dançaram no casamento do Alex, e eu não fui a única a notar a química entre vocês.
Maurício: (com um suspiro) Assim como você e o Lucas também tem química, mas nem por isso...
Isadora: (interrompendo) Não vamos começar com isso agora. Nem fale nesse idiota!
Maurício: Eu só não entendo vocês dois. Se amam tanto, por que insistem nesse vai e vem? Vocês já não são adolescentes. Podiam aproveitar a vida juntos, serem felizes, ou terminarem tudo isso de uma vez.
Isadora: (com um olhar pensativo) Talvez dessa vez agente não tenha mais volta.
Maurício: Talvez seja melhor assim. Mas isso é uma conversa para outro momento. Agora, você não vai dizer o que queria?
Isadora: Precisamos discutir os números do último trimestre. Parece que tivemos uma alteração...
Enquanto Isadora continuava sua explicação sobre o relatório, Olivia se sentia cada vez mais frustrada com a situação com Maurício.
"Quem ele pensa que é?"
Pensava ela com indignação.
"Eu não supriria outras necessidades? Talvez até pudesse, mas depois de cinco anos, não mais."
Ela respirou fundo, tentando acalmar os pensamentos tumultuados que a invadiam.
"Ele sabe que sua presença me deixa nervosa. Só não entendo por que, depois de cinco anos, é que começa a se importar com isso e a encher minha paciência do nada."
Olivia pegou seu celular e abriu uma foto ao lado de sua irmã. Uma lágrima escorreu pelo canto do seu olho ao observar a foto delas juntas.
"Ah, minha irmã, quanta falta você me faz!
Murmurou ela para si mesma, sentindo um aperto no coração ao se lembrar de todos os momentos que compartilharam e do apoio incondicional que sempre recebeu dela.
"Você já não está mais aqui, mas continua viva em meu coração e eu jamais quebrarei nossa promessa, eu juro."
Enquanto Maurício e Isadora, permaneciam juntos na sala, Olivia continuava absorta em seus pensamentos. No entanto, tempos depois, após Isadora se retirar, ela logo foi trazida de volta à realidade quando a voz da Ária, indicou uma nova mensagem de Maurício.
— Olivia, preciso que você venha até minha sala imediatamente!
Suspirando, Olivia se levantou, preparando-se mentalmente para mais uma interação com seu provocador "chefe".
Ao entrar na sala, Olivia foi recebida com um olhar crítico por parte dele.
Maurício: Olivia, sente-se. Precisamos discutir alguns assuntos.
Olivia: (com um suspiro) O que é agora, senhor?
Maurício: (olhando diretamente nos olhos de Olivia) Então, Olivia, sempre imaginei que você fosse uma excelente secretária, mas tenho notado que ultimamente você tem estado um pouco distraída no trabalho. Algum motivo para isso?
Olivia engoliu em seco, sentindo a tensão entre eles aumentar a cada palavra que ele dizia.
Olivia: (tentando manter a compostura) Não, senhor. Estou apenas tentando me concentrar em fazer o melhor trabalho possível.
Maurício: (com um sorriso irônico) Ah, claro. Mas será que seu melhor é realmente suficiente? Afinal, como secretária, você tem certas responsabilidades...
Olivia sentiu um soco no estômago ao ouvir suas palavras. Mesmo que ela soubesse que tinha feito um trabalho excepcional, o questionamento de Maurício a deixou se sentindo inadequada e insegura.
Olivia: (com voz firme) Meu trabalho sempre foi impecável, senhor. Se houver alguma insatisfação, estou disposta a corrigir com meu chefe quando ele retornar.
Maurício: Ah claro, mas até lá, o que faremos com seus erros? Relevamos?
Olivia: (Fechando os olhos e respirando fundo). Quem sabe se o Senhor, me disser onde estão meus erros, eu possa corrigí-los.
Maurício olhou em volta da sala procurando uma desculpa e seus olhos pousaram sobre uma pasta, ele rapidamente a pegou e jogou na frente dela:
— Estava analisando alguns dos relatórios que você preparou esta semana, e tenho algumas preocupações.
Olivia: (franzindo a testa) Preocupações? Mas eu revisei todos os relatórios várias vezes. Estou confiante de que estão corretos.
Maurício: É exatamente isso que me preocupa. Você está tão focada em ser perfeita que está deixando de lado outros aspectos importantes do seu trabalho.
Olivia: (sentindo-se frustrada) Eu não entendo. Sempre dei o meu melhor aqui na empresa. Por que de repente isso não é suficiente?
Maurício: (observando-a atentamente) Eu não estou dizendo que seu trabalho é ruim, Olivia. Apenas estou questionando se você está realmente se esforçando ao máximo. Afinal, você sabe como é importante manter os padrões de excelência aqui na SpectraTech.
Olivia se levantou com uma fúria contida, seu coração batia forte enquanto tentava manter a compostura diante das palavras de Maurício. Assentindo, ela respondeu com uma mistura de determinação e resignação:
— Pode deixar, senhor. Conheço os padrões de excelência da EspectraTech, e se isso te deixa satisfeito, prometo tentar me esforçar mais. Deseja mais alguma coisa, senhor?
Maurício também se levantou, sentindo um nó no estômago ao perceber a intensidade contida na voz de Olivia. Ele respondeu com um tom leve de provocação:
— Desejo, mas nem tudo aquilo que desejamos podemos ter, não é mesmo?
Olivia engoliu em seco, fechando os olhos brevemente para conter a torrente de emoções que ameaçava transbordar. Quando os abriu novamente, encarou Maurício diretamente, concedendo-lhe razão:
— O senhor tem toda razão. Nem tudo que desejamos podemos ter. Devemos nos conformar com isso.
Sua resposta saiu carregada de uma pontada de tristeza, e Maurício pôde ver esse sentimento nos olhos dela quando os encarou profundamente. Por um instante, ele se sentiu perdido, confrontado com a vulnerabilidade que Olivia mostrava tão raramente. Assentindo, ele decidiu encerrar o assunto:
— Tudo bem, eu já disse tudo que tinha para dizer. Agora pode retornar aos seus afazeres.
Em um tom um tanto deprimido, Olivia murmurou um "Com licença" e saiu da sala. Maurício ficou perdido por um momento, questionando o porquê o olhar dela o afetou tão profundamente. Sentindo uma pequena pontada de angústia, ele decidiu concentrar seus pensamentos em seus afazeres, deixando as reflexões sobre aquele momento para depois.
Ao deixar a sala, Olivia sentia o peso das palavras dele ainda ecoando em sua mente. Ela se dirigiu ao banheiro, um refúgio familiar onde já desabafara suas angústias por diversas vezes. As lágrimas começaram a escorrer silenciosamente por seu rosto enquanto ela se deixava sucumbir à dor e tristeza acumulada.
Após um tempo, sentindo-se um pouco mais calma, Olivia decidiu ligar para Lila, uma de suas recentes melhores amigas. Ela sabia que Safira, sua outra amiga, estava em lua de mel e não queria interromper esse momento especial entre os recém-casados. Com um misto de esperança e desespero, Olivia discou o número de Lila, que atendeu com entusiasmo.
Lila: Alô!
— Oi, Lila! É a Olivia... Será que você poderia ir até meu AP hoje à noite? Preciso desabafar.
Disse ela, sua voz embargada pela emoção.
Lila, que estava empolgada ajudando outras mulheres nas aulas terapêuticas de artesanato na casa para mulheres vítimas de violência, prontamente concordou em visitá-la.
— Claro, amiga! O que aconteceu?
Perguntou Lila, preocupada.
Olivia respirou fundo antes de responder, sentindo o peso da situação.
— Mal o meu chefe viajou e o imbecil do Maurício Fontana está tornando minha vida um inferno.
Desabafou ela, sua voz carregada de frustração.
Lila assentiu do outro lado da linha, solidária.
— Entendi. Não se preocupe, estarei lá para você. À noite estaremos juntas.
Assegurou ela.
Olivia agradeceu a amiga entusiasmada, sentindo um alívio ao saber que teria alguém para compartilhar suas preocupações.
Depois de trocarem mais algumas palavras, Olivia desligou a chamada e ligou para Mag, a babá de seu filho, para saber como ele estava. Mag prontamente respondeu, enviando uma foto do Noah, o adorável filho de Olivia de um ano e seis meses.
Ao ver a imagem reconfortante de seu filho, Olivia sentiu seu coração aquecido. Ela sorriu enquanto enviava uma mensagem de amor para ele mentalmente:
— Mamãe te ama muito, meu filho. Infelizmente, preciso trabalhar, mas espero um dia poder passar mais tempo com você. Por enquanto, para nos sustentar, preciso tolerar o idiota do s... bem, do irmão do meu chefe, porque nem isso ele é, e se acha cheio de direitos. Mas eu suporto, suporto tudo por você, meu amorzinho.
Com um novo senso de determinação, Olivia voltou para seu espaço, alimentada pela força inabalável do amor de mãe.
Horas mais tarde...
Já se aproximava quase do final do expediente quando Lucas Russo, amigo íntimo da família Fontana e perturbador nato, apareceu na presidência para perturbar o juízo de Maurício.
Lucas, conhecido por sua personalidade extrovertida e carismática, era o melhor amigo de Alexander Fontana, líder da Spectratech Solutions.
Diante de tanta perturbação, Maurício se questionou como seu irmão Alexander suportou uma amizade tão chata ao longo dos anos. Lucas respondeu prontamente, com um sorriso nos lábios:
— Ele suportou da mesma forma que você, meu caro Maurício.
Maurício arqueou uma sobrancelha, esperando por uma explicação mais detalhada.
— Está certo que nossa amizade começou com Alexander, mas hoje em dia, eu me tornei mais um membro da família Fontana. Todos naquela casa preferem me suportar do que me ver partir.
Maurício balançou a cabeça com um sorriso irônico.
— Você se aproveita da tolerância e do coração bondoso da minha família e se acha o máximo por causa disso.
Lucas riu, reconhecendo a verdade nas palavras de Maurício. Depois de um momento de silêncio, ele mudou de assunto, propondo uma saída noturna:
— Que tal sairmos esta noite para distrair a mente? Estou cansado de ficar deprimido em casa pensando na Isadora.
Maurício ergueu as sobrancelhas, surpreso com a sugestão.
— Você realmente não pretende voltar com ela, então?
Lucas suspirou, revelando suas preocupações:
— Isadora é como uma droga viciante. Quando menos espero, tenho uma recaída. Mas minha mãe está me pressionando para que eu me case e lhe dê netos. Essa pressão só aumentou depois do casamento do Alexander, e agora ela está cozinhando meu cérebro.
Ele falou com um tom reflexivo, ponderando sobre seu futuro.
Lucas: As coisas com Isadora têm sido um ciclo de avanços e recuos. Já namoramos, tentamos um relacionamento aberto, ficamos de vez em quando... Mas a juventude está se esgotando, e acho que já passou da hora de pensar no meu futuro.
Com um tapinha nas costas de Maurício, Lucas lançou sua proposta final:
— E então, topa sair pela noite comigo em busca de nossas futuras esposas? Sei que sua mãe não vê a hora de você se casar também. Estamos ficando velhos, meu amigo.
Maurício ficou hesitante diante da proposta de Lucas, mas este lhe assegurou que seria apenas uma noite de diversão para começar.
Lucas: Não se preocupe, meu caro chatonildo. Você sabe que quando estamos juntos em uma balada, somos dois imbecis, mas é sempre uma experiência memorável, além disso, já chamei o André para nos dar um apoio moral, ele vai com agente.
— André? Nem vem! Da última vez que vocês dois me arrastaram para aquele ridículo baile de máscaras, nunca mais saio com vocês dois de novo.
Maurício respondeu, lembrando-se do evento com desgosto.
Lucas riu, tentando minimizar o desastre daquela noite.
— Aquele dia não foi tão ruim assim.
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