Emilly Barbieri Vizzini
Chefe da máfia italiana ‘Cosa Nostra’
Eu sou o tipo de mulher que você observa em silêncio — não por falta de palavras, mas por receio de pronunciá-las na minha presença. O meu nome vem depois da minha reputação. E quando eu chego, o mundo desacelera.
O meu olhar é o primeiro aviso. Olhos claros, azuis e intensos, penetrantes, como lâminas de gelo que atravessam a alma de quem tenta mentir para mim. Eles não pedem permissão — eles examinam, julgam, e se necessário, condenam. Minha pele é pálida como porcelana, marcada pela frieza de quem já viu demais e sentiu de menos.
Os cabelos? Escuros como a noite mais densa, caindo em ondas perfeitamente rebeldes, como eu. Há um caos controlado neles, uma elegância que não precisa de esforço. Nada em mim é casual — cada fio, cada curva, cada palavra, foi moldado para intimidar e fascinar ao mesmo tempo.
Meus lábios vermelhos são meu selo de guerra. Quando sorrio, é o tipo de sorriso que faz homens esquecerem o próprio nome... e lembrá-lo gravado numa cicatriz mais tarde.
Visto preto. Sempre. A cor do poder, da ausência de fraqueza. Meu casaco de corte impecável não é moda — é armadura. Não peço respeito. Eu inspiro medo, e isso basta.
O meu rosto pode parecer o de uma musa clássica. Mas não se engane: há mais veneno na minha beleza do que em qualquer arma que eu possa carregar.
Eu não ando. Eu marco.
E eu não vim ao mundo para ser domada.
Desde pequena, aprendi que, para vencer alguém, é preciso lutar.
Tenho muitos nomes: Diavolo (diaba), Angelo della morte (anjo da morte), e o mais temido de todos... Dannazione (Maldita).
Mesmo cercada de amor, nada é suficiente para curar certas feridas — a dor da desilusão, a solidão, e, principalmente, a traição.
Já senti cada uma dessas na pele.
tenho 23 anos e sou a chefe da máfia italiana. Comando o maior esquema de tráfico de armas da América Latina. Nunca viram o meu rosto, nunca me prenderam. Sou ardilosa, habilidosa. Confio em poucos, e jamais ando sozinha.
O Consigliere e o Conselho vivem insistindo para que eu me case e tenha um herdeiro para a máfia. Mas casar? Ter um filho? isso nunca. Não porque eu não queira... mas porque jamais colocaria alguém que amo nesse inferno que é o submundo criminoso.
Sou inteligente, estratégica, mas também emocional — quando necessário.
Você pode estar se perguntando: Emilly, você tem família? Amigos?
Tenho, mas, se dependesse da minha família de sangue, eu já estaria morta.
Amigos? Apenas dois: Guilherme Ricci — meu braço direito — e meu Consigliere.
Guilherme salvou a minha vida aos 12 anos, no dia em que a minha mãe me abandonou nas costas da minha falecida tia Marina. Foi nesse mesmo dia que a minha tia morreu num incêndio... e Guilherme me tirou de lá. Anos depois, fui adotada por Don Calogero Vizzini, que havia perdido seu único filho, Pedro, em um acidente.
Ele me criou como filha. Foi ele quem me ensinou a lutar, a atirar, a torturar e a sobreviver. O resto, aprendi sozinha.
Criei meu próprio império dentro da máfia. E me tornei o que sou hoje: a mulher mais temida da Itália.
Tive outro nome. Um passado. Mas deixei tudo para trás.
Hoje, o meu único foco é o poder. E a máfia.
Se me perguntassem o que é a máfia, eu diria:
"É uma pirâmide de silêncio. Cada degrau, um segredo. No topo, o capo — o patriarca implacável, cujas ordens ecoam como trovões. Abaixo, soldados — força bruta. E os Consiglieri — sussurradores de intrigas e manobras. A Omertà é o véu que cobre seus crimes. E a violência... a única linguagem que todos entendem."
Hoje tenho um encontro com aquele merda do Felipe — um chefete de droga metido a esperto que resolveu misturar as porcarias dele com as minhas armas. Sou zelosa com o meu trabalho, e se não fosse por esses idiotas, meu império já teria desandado. Aqui, ou você vira tubarão, ou é devorado vivo por um e eu sou o maior predador que já existiu.
Enquanto caminho pelos corredores da minha empresa de fachada, o meu secretário me acompanha, repassando a minha agenda:
— Senhora, hoje a senhora tem reunião com o sócio majoritário da Fila às 15h40. Em seguida, reunião com a administração e o RH. À noite, o jantar com o cliente VIP, Alexandre Henrique.
— Que horas é o jantar? — pergunto, já entrando no elevador.
— Às 19h30, senhora.
— Ótimo. Remarque a reunião com o RH para amanhã às 8h30.
— Sim, senhora.
Hoje aquele desgraçado do Felipe vai me pagar...
Ao sair do elevador, os funcionários me cumprimentam com um aceno discreto, e meus saltos ecoam pelo assoalho. Entro na sala de reuniões. Todos se levantam. Sento. E, só então, eles se sentam.
— O que temos para hoje?
— Senhora, o setor financeiro caiu bastante após o investimento na Adidas. A situação está crítica.
— Quanto foi o investimento?
— Cem milhões...
— Quanto ainda temos?
— Tirando o fechamento do mês, restarão apenas sessenta milhões.
— E os outros investimentos?
— Se conseguirmos fechar com a Fila, estimamos um retorno de trinta milhões...
— Eu perguntei isso? — interrompo, irritada. — Quero saber quanto tempo falta para aqueles abutres me pagarem.
Ele engole seco segurando os documentos com as mãos trêmulas.
Era só o que me faltava...
— Não sabemos ao certo... O gestor deles alega que ainda não conseguiu gerar o comprovante de renda mensal...
Bati a mão na mesa. Todos se calaram, assustados.
— Eu não quero saber, porra!! Se estiverem tramando algo... vão se arrepender amargamente.
Cruzei as pernas, cliquei a caneta com firmeza.
— Me informem assim que resolverem isso.
Levantei e fui para a minha sala. Assim que me sentei, o telefone tocou.
— Oi, gata... — era o maldito do Felipe. — Queria saber quando será a exportação das armas.
— Está misturando as suas merdas com o meu carregamento de novo, caralho?
— N-não, senhora!
— Quero você comigo às 17h. Nem pense em atrasar ou eu arranco a sua cabeça.
— Tá bom, vou estar onde você quiser. — o tom era puro sarcasmo.
Insolente...
— Vai ser no cais. Vou te mandar a localização.
Desliguei antes que ele terminasse a frase.
\_**Flashback**\_
Eu tinha 12 anos. Dois garotos me espancavam no meio da rua, enquanto eu implorava por socorro.
— Você é filha da prostituta, é? Responde, sua anêmica!
— Me... me deixem... por favor...
Eles chutavam o meu estômago, meus braços, rosto. até que cuspi sangue. Fui deixada lá, jogada no frio. Caminhei cambaleando até a casa da minha tia. Quando entrei, encontrei Marina caída no chão, coberta de sangue.
— Filha... corre... — foi tudo que conseguiu dizer antes da explosão na cozinha.
O fogo começou a se alastrar. A fumaça me cegava, o meu corpo ardia. Eu gritava. E chorava até que um homem alto e musculoso apareceu no meio dos escombros...
\_**Fim do flashback**\_
Apertei o meu colar com força, tentando conter a raiva.
Mais tarde, fui até minha mansão, escolhi a melhor roupa de combate — não que ele merecesse — e dirigi meu Impala Sedan 1967 até o cais.
Felipe já me aguardava com um sorriso zombeteiro no rosto.
— Boa tarde, bela dama...
— Poupe sua ladainha. Me diga por que diabos está misturando as minhas armas com a porcaria do seu pó?
— Precisávamos economizar no combustível, senhorita...
— Quem é que te paga?
— Você...— Respondeu ele indiferente.
— E o dinheiro que eu mando não é suficiente, caralho?
— É sim, senhorita...
— Então tire as suas drogas de perto do meu carregamento. Ou da próxima vez, não será só uma conversa.
— Isso não vai acontecer, gata... — disse com escárnio.
Nem precisei olhar pra saber: a sua gangue estava atrás de mim.
Esse merdinha quer morrer.
— Hahaha...
— Você se acha demais só porque comanda um tráfico de merda! Não vou deixar uma mulher me humilhar, sua vadia.
— Quanta ingenuidade...
— Ingênua é você por achar que eu ficaria parado te ouvindo...
Todos vieram de uma vez pra cima de mim — um bando de amadores desesperados. Eu só acendi o meu cigarro, tragando com calma, como quem observa um espetáculo ridículo. Quando estavam prestes a me encostar, dei um salto mortal, saquei a arma da cintura e explodi as cabeças de todos, uma por uma, sem apagar o sorriso do rosto.
Felipe, vendo o massacre, veio pra cima gritando, cego de ódio. Tentava me acertar com socos desajeitados, mas eu desviava como quem dança — fluida, entediada. Em um dos movimentos, agarrei o pulso dele e torci com força, arrancando um grito agudo. Imobilizei o infeliz e apaguei o idiota com um único soco, seco e certeiro.
Meu telefone tocou. Atendi com a mesma frieza com que mato.
— Fala. — respondi, soprando a fumaça.
Era o meu secretário.
— Senhora, estou ligando para lembrar do jantar desta noite...
Olhei o relógio. 18:30. Uma hora pra voltar e me transformar de assassina para a mulher mais desejada do salão.
— Estarei lá. — respondi sem emoção. E desliguei.
Suspirei fundo.
— Ser a chefe da máfia italiana não é pra qualquer um... — murmurei, com um meio sorriso nos lábios.
Disquei outro número, direto e preciso.
— Boa noite, madame...
— Vou precisar de um lugar discreto pra guardar um passarinho metido a gavião.
— Me envie a localização, eu mesmo vou buscar o brinquedo. — respondeu ele com diversão na voz.
bando de sádico.
Desliguei. Quando virei pra sair, senti algo prender meu pé.
Felipe. Com a cara arrebentada, ainda tentava me xingar.
— Va... vadia...
— Ainda acordado? — levantei a perna e meti o salto na cara dele — Está na hora das crianças irem dormir.
Ele apagou na hora. Dei meia-volta e fui pra casa. Silvia, minha governanta, veio ao meu encontro e tirou minha jaqueta com o respeito habitual.
— Vai jantar em casa, senhora?
— Não. Pode descansar, Silvia.
— Sim, senhora...
Ela se retirou, como mandava o figurino. Subi ao meu quarto e fui direto ao closet. Escolhi um vestido vermelho vinho, justo na medida, com um decote em V e uma fenda elegante. O tecido? Veludo francês. Importado pelo meu estilista pessoal.
Hoje o cliente é um garanhão famoso da indústria da moda. Está interessado em mim há tempos — vou dar a ele um gostinho, talvez. Ou só usar o encontro pra desestressar.
Depois de um banho quente, finalizei a produção. Onde eu passo, eu sou notada — não só pelo rosto, ou pelo corpo. Mas pela maneira como carrego minha própria existência. A postura de quem manda, e sabe disso.
Passei meu perfume floral. Desci as escadas devagar, como se o mundo tivesse que esperar por mim. Escolhi o meu Bugatti La Voiture Noire vermelho (cor vinho) e dirigi até o restaurante.
Ao chegar, o chofer pegou a chave. Entrei. O lugar era bonito... mas nada me impressiona mais. Quando você atinge o topo, o luxo vira rotina. Tudo passa a ser um teatro montado pra agradar os outros. Eu só assisto.
Avisto o lindo na mesa. Quando os nossos olhares se cruzam, ele derruba o vinho e mancha o próprio terno. Um desastre. E, pela leitura labial, consigo ver exatamente o que ele está dizendo.
— Merda... — li seus lábios.
Sentei à mesa.
— É... eu... me chamo... qual é o meu nome mesmo?
Sorri de canto.
— Alexandre Henrique?
— Isso! — respondeu, rindo de nervoso.
— Recomendo o macarrão ao molho bolonhesa, senhorita — disse o garçom, chegando ao meu lado.
— Pode ser...
— de vinho?
Olhei para Alexandre e sem desviar os olhos, falei:
— Italiano. Safra 2003. Tinto, encorpado... forte. Uma escolha previsível — comentei, sem olhar para o garçom. — Mas aceitável.
Ele mordeu os lábios com fogo nos olhos...
No jogo da sedução, eu sempre brinco com a presa. Até descobrir até onde ela aguenta...
Até quando você vai aguentar Alexandre?
Será a minha putinh@ essa noite?
Ele mordeu os lábios, tentando conter o desejo, mas eu conheço aquele olhar. Está à beira de explodir de tesão — e é exatamente assim que eu gosto. No jogo da sedução, eu não conquisto… eu caço. Brinco com a presa até levá-la ao limite, até o instante em que o controle deixa de ser uma escolha.
Sexo e crime têm muito mais em comum do que as pessoas gostam de admitir. Ambos envolvem tensão, poder, prazer... e sangue. No fim, é sempre sobre quem está por cima — literalmente ou não.
— Eu ouvi dizer que a senhorita era linda, mas vê-la pessoalmente... é quase uma tortura.
Disse ele, sem desviar os olhos da minha boca, como se cada palavra que eu dissesse fosse uma ordem que ele mal podia esperar para obedecer.
— Não vai pedir nada? — questionei, inclinando levemente a cabeça e cruzando as pernas com elegância calculada.
— Ah, claro... Vou querer um macarrão italiano ao molho. De bebida, quero o mesmo que a senhorita à minha frente.
— Boa escolha — respondi com um sorriso enviesado, como se já tivesse previsto cada passo dele.
O garçom recolheu os cardápios e se afastou rapidamente. Ele também não conseguia me encarar por muito tempo.
— Então, senhor Alexandre... o que você realmente deseja?
— Há tantas coisas que eu quero... tantas posições... — respondeu, mordendo o lábio inferior, tentando me provocar, mas falhando miseravelmente em esconder o rubor que tomava conta do seu rosto.
— Eu quis dizer sobre a nossa colaboração — cortei, mantendo o sorriso. O tipo de sorriso que deixaria um homem confuso entre querer fugir ou ajoelhar.
Enquanto falava, meus olhos se desviaram ligeiramente para a lateral do salão. Uma mulher ruiva me encarava como se pudesse me matar com os olhos. Pobrezinha... insegura demais para sequer tentar.
— Ah, sim... — retomou ele. — Estou buscando uma oportunidade para abrir uma agência de modelos. Só preciso de investidores certos...
Voltei a olhar para ele e ri internamente. Tão previsível. Quanto mais eu provoco, mais eles se desmancham. Todos esses homens têm a mesma fraqueza quando encaram uma mulher como eu — beleza com veneno, poder com um sorriso.
E eu? Eu só estou me divertindo antes do próximo jogo.
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Revisado...
Continua...
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curtem e comentem 🦋
_Emilly_
Eu não fui completamente sincera com vocês. Há algo que nunca contei…
Tenho TOC. Não é o tipo leve, é algo mais profundo — uma aversão crua ao toque. Quando alguém me encosta sem permissão, a sensação que me percorre não é apenas incômoda… é insuportável. Chego a ficar furiosa.
E agora estou presa numa armadilha: o homem à minha frente, meu cliente, insiste em me tocar. Nas mãos, na cintura, no rosto. Está ultrapassando todos os meus limites — e estou a um fio de perder o controle.
— Tire as mãos de mim.— Falei fria.
— O quê?
— Eu não gosto de ser tocada.
— Mas você flerta comigo... e agora solta isso do nada?
— Isso não é flerte. É controle.
E você não me toca sem permissão — a não ser quando eu quiser, no momento certo.
— E, só pra deixar claro... vai ser só sexo. Nada além disso.
Ele parece confuso por um segundo, mas logo tenta esconder o desconcerto com um sorriso malicioso. Eu o encaro sem piscar, inclinando a cabeça devagar, como uma predadora prestes a atacar e murmuro com um meio sorriso frio:
— Vamos cortar o teatro... Que tal pular as preliminares? — Falei impaciente.
— Caralho... Eu adoro mulher mandona. Mandona e sexy, então... desarma qualquer um. Mas relaxa, eu não me apego.
— Ótimo. Então decide logo... vai me levar pra cama ou vai continuar falando como um garoto impressionado?
Ele engole seco, desarmado, e chama o garçom às pressas para pagar a conta.
Em silêncio, seguimos para o hotel.
Eu nunca precisei pedir duas vezes.
Dentro do quarto, o jogo virou um espetáculo de desejo e controle.
Ele tentou me dominar com seus beijos frenéticos enquanto me tomava sobre a penteadeira, mas bastou um movimento meu para tomarmos um novo rumo. Joguei-o na cama e montei sobre ele como quem toma posse de algo que já lhe pertence. Meus quadris se moviam em ritmo acelerado, cada subida e descida arrancando dele gemidos de puro êxtase. Suas mãos apertavam minha cintura, tentando acompanhar o compasso insaciável que eu impunha.
— Meu Deus... que mulher...
Eu estava no controle — como sempre.
Segurei seu pescoço, as minhas unhas cravadas como uma ameaça silenciosa. Já era o sétimo orgasmo dele. O meu? Apenas dois. Nada satisfatório.
"Que tédio."
Outro gemido dele. Outro fim sem graça.
O levei ao banheiro e o empurrei sob o chuveiro. A sua boca desceu até mim, obediente. Sua língua encontrando meu ponto exato com precisão, lambeu com força e ritmo, até que eu estremecesse em sua boca, arfando.
Sentei-o no vaso sanitário, subi sobre ele com firmeza. Ele mal teve tempo de reagir — já estava dentro de mim novamente, urrando como se não suportasse mais um segundo daquela entrega.
— Porra… você é demais…
Eu o montava com selvageria, impondo um ritmo intenso, quase cruel. Quando percebi que ele estava à beira de desabar de novo, mudei. Diminui o ritmo, puxei sua nuca e o beijei — não costumo fazer isso, mas minha semana exigia um pouco de luxúria extra.
Enquanto nos movíamos juntos, aumentando a velocidade até perdermos o controle, gozei mais uma vez sentindo seu corpo estremecer sob o meu.
Aproximei meus lábios do seu ouvido e sussurrei, rouca:
— Hoje... você é o meu brinquedo.
Ele se arrepiava cada vez que eu tomava o controle — e passamos a noite inteira nesse jogo carnal. Só paramos às cinco da manhã. O coitado estava destruído, mas se dependesse de mim, ainda duraria mais algumas horas…
Cinco orgasmos me bastam para considerar a noite aceitável. Homem que deseja me satisfazer precisa ter mais do que desejo — precisa ter culhão. Eu não sou fácil. Por isso, passo meses sem tocar em ninguém. Até encontrar uma presa que, ao menos, consiga me entreter.
Saí assim que ele apagou. Voltei para casa, tomei um banho quente, lavei o cabelo e hidratei a minha pele com cuidado. Depois de secar os fios, cobri os chupões com base e caminhei até o meu closet de lingerie.
Como vou torturar um verme hoje, escolhi algo escuro.
Vesti-me com precisão. Um rabo de cavalo alto, perfume marcante, scarpin preto impecável, os acessórios certos e minha bolsa favorita.
Pronta. Cheirosa. Intocável.
Na cozinha a minha cozinheira já havia preparado meu desjejum. Dei um sorriso e uma piscadela antes de comer rapidamente. Logo após, fui até a garagem e entrei no meu bebê: um Impala que ronrona como um amante fiel. Cruzei a rodovia com agilidade e cheguei à empresa às 6:30.
No escritório, esperei o dia começar, observando a cidade pela janela. Flashes da minha infância invadiram meus pensamentos — o beijo molhado do único garoto que amei, as surras injustas da minha mãe, a promessa sob a chuva gelada… e a morte da minha tia.
Tudo isso dançava na minha mente até que um toc toc me arrancou do transe. O relógio marcava 7:30.
— Entra.
Era o meu secretário. Entrou com um cappuccino e alguns papéis.
— O que tem para hoje?
— Almoço com os sócios da Nike às 11:40 e uma reunião com os acionistas às 15:45.
— Para a tarde é só isso?
— Sim, senhora.
Ótimo. Vou ter tempo para resolver aquele probleminha...
— Pode sair.
— Sim, senhora.
Comecei a trabalhar. Duas horas depois, um novo toc toc. Sem levantar os olhos das folhas, falei:
— Entre.
— Senhora, tem um cliente na entrada querendo falar com a senhora.
— Quem é?
— Alexandre Henrique. Do jantar de ontem.
— Puta merda… — Falei enquanto massageava as têmporas.
—Libera a passagem.
— Sim, senhora...
Quando mais rápido eu resolver isso, melhor.
Quinze minutos depois, nova batida na porta.
— Entra.
Falei sem paciência.
Ele entrou. Estava com raiva nos olhos e um desejo fervente no olhar.
— Sente-se.
Apontei para a cadeira à minha frente enquanto clicava na caneta, ainda focada nos papéis.
— O que deseja?
— O que eu desejo? Você só pode estar de sacanagem comigo...
Levantei o olhar e encarei seus olhos com firmeza. Procurava por um fiapo de razão ali — não encontrei.
— Nenhuma mulher me levou à beira do colapso igual a você. Estou loucamente apaixonado, porra.
— Acredite… isso pra mim é rotina.
— O quê??
— Não me leve a mal, Alexandre Henrique. Eu fui clara: foi casual. E não vai se repetir.
— É assim que você vai brincar comigo? É assim que brinca com os homens?!?
— Eu não brinquei. Te avisei desde o início.
— E se eu quiser mais uma vez? Por favor… Eu não sei o que fazer sem você na minha cama.
— Se na primeira já se apegou, imagine na segunda. E saiba: eu sou uma mulher direta. Não repito a mesma comida.
— Isso não vai ficar assim... Você vai ser minha!
Sorri de canto, provocante. Inclinei-me sobre a mesa, olhos nos dele, e falei com ironia:
— Essa eu vou pagar pra ver...
Ele tentou roubar um beijo. Fui mais rápida, me afastei com classe e apontei para a porta.
Seu olhar queimava, com aquele desejo nítido de homem contrariado.
— Eu vou, mas volto pra buscar o que é meu...
Saiu pisando firme. Sentei-me com um sorriso debochado.
Homens…
O dia passou entre negócios e aborrecimentos. Às cinco horas, fiz a ligação.
— Como está o meu passarinho?
— Quietinho, chefe.
— Vocês não encostaram no meu bebê, né?
— Só amolecemos ele pra senhora.
— Ótimo. Em quinze minutos estou aí.
Peguei a minha máquina e cruzei a fronteira de Florença ouvindo ópera. Quando cheguei, estacionei com elegância, desci com calma e fui entrando no galpão assobiando a melodia. Fui recebida por homens armados em ternos impecáveis.
Eles eram meus. Me pertenciam.
— A senhora chegou?
— Como está o meu passarinho?
— A donzela está dormindo.
Ele sorria como um psicopata. Não me importo. Desde que sejam leais, o resto é apenas detalhes.
Avancei até o centro do galpão. Lá estava ele, acorrentado, sem camisa, todo surrado. Dormia como um bebê.
Ri alto. Peguei um balde de água gelada e despejei nele com gosto. Ele acordou atordoado.
Sentei diante dele com as pernas cruzadas. Elegância sempre.
— Put@ do caralho!!
Foi quando um dos meus homens deu-lhe um soco no estômago e ele vomitou com força.
— Mas que merda! Vocês, limpem essa merda.
— Sim, senhora...
Peguei a minha bolsa, liguei a gravação no celular e entreguei a um dos rapazes.
— O que você pretende fazer, sua vadia?
Tirei o meu canivete da bolsa. A lâmina deslizou pelo rosto dele com lentidão. Meu sorriso não deixava dúvidas — era um aviso.
Parei a lâmina no pescoço, sobre a carótida. Continuei assobiando a ópera descendo a lâmina até chegar e parar no seu pau.
Ele tremia.
Que divertido!
— Sabe o que acontece com quem me desrespeita?
— Eu não quis... por favor...
— Existe uma regra na máfia que sigo à risca: “Algumas coisas não se fazem por vingança nem por dinheiro, mas por honra e respeito.” Eu mato qualquer um que ouse me desrespeitar.
Ouvi os pingos caindo no chão.
Ele se mijou.
Afastei-me com nojo e fui lavar a perna.
Homens e seus paus desgovernados...
Quando voltei já estava tudo limpo.
— Quem é você? Que porra pensa que está fazendo? Essas armas nem são tão importantes assim! Eu só cumpria ordens! Você me mandava as mensagens, eu embarcava as cargas e recebia... Qual o motivo desse inferno todo?
Meus homens riram. Alguns fizeram sinais de “você está fodido”.
— Ah, é mesmo. Esqueci de me apresentar.
Estendi a mão.
— Muito prazer… Emilly Barbieri Vizzini.
Ele congelou. Arregalou os olhos. O terror em seu rosto era delicioso.
— Me... Me perdoa… por favor, eu não sabia! Me poupe!
A gravação seguia. Quanto mais rápido terminasse, melhor. Eu ainda teria que enfrentar aquele maldito conselho — estão me pressionando para dar um herdeiro à máfia.
Malditos.
— Vamos encerrar logo isso. Meu tempo vale mais do que a sua vida.
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Curtem e comentem ✨✨
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Continua...
⚠️Alerta de gatilho⚠️
_Emilly_
Adoro ver o medo tomar conta deles — é como uma música para meus ouvidos.
Já faz minutos que estou instalando um terror psicológico nesse idiota inútil. Agora ele chora feito criança, mas eu nem comecei a brincar de verdade ainda.
— Por favor, chefe! Me perdoa por ter te desrespeitado. Juro que nunca mais faço isso... Me poupe, POR FAVOR!!
— Na máfia, Felipe, tudo que temos são princípios. Eu não faço exceção.
Viro-me lentamente para o celular e, com voz firme, anuncio:
— Rispetto é o que nos define. Que os jogos comecem...
O caos explode. Os vermes ao redor não escondem a ansiedade pelo que está por vir. Um dos meus homens se aproxima, trazendo uma mesa repleta de instrumentos de tortura, que posiciona ao meu lado. Meus dedos passeiam pelo arsenal até escolher.
— Esse.
Seguro uma furadeira com um sorriso frio. Os olhos dele se abrem ainda mais, aterrorizados.
— O que você pretende fazer com isso?
Aproximo-me devagar, sem tirar os olhos dele, e ligo a furadeira numa tomada próxima.
— Soube de uns podres seus, Felipe.
Ele permanece mudo, dominado pelo medo.
— Sabe o que mais valorizo na vida?
Os olhos dele nunca deixam a ferramenta. Eu me aproximo, passo a passo, quase sussurrando:
— Bambini. Já salvei incontáveis crianças da rua, mas também despachei inúmeros pedófilos — torturando cada um até que suas vidas se esvaíssem lentamente, envoltas em agonia.
— Não... por favor!
— Mas o que realmente me causa nojo no seu currículo ridículo?
Faço uma pausa que pesa como um golpe.
— O estupro da sua própria irmã. E o assassinato da sua mãe na frente dela. Isso não tem perdão.
O silêncio se espalha entre todos presentes. as suas expressões se tornaram sombrias, sufocadas.
— O que ele merece, rapazes?
Um grito uníssono corta o ar:
— TORTURA!!
— Ouviu, Felipe? Você vai morrer.
— NÃO, POR FAVOR! EU ME ARREPENDI! ME REDIMI COM A CAROL... POR FAVOR, CHEFE!!
— É isso mesmo, Carol?
A irmã dele surge atrás, acompanhada por dois homens meus. Seus olhos vermelhos e inchados denunciavam lágrimas recentes. Resgatei Carol, uma menina de 14 anos, de um bordel, depois de checar a ficha de Felipe esta manhã.
— Não é verdade...
Ela chora, tentando ocultar a dor, mas não consegue.
— Ele me machucou demais... Ele...
Fica sem palavras, afogada no pranto.
— Fale o que ele fez, Carol.
— Sua vagabundinha! Cala essa boca!
Com um chute certeiro, faço ele grunhir de dor. Carol dá um passo à frente, reunindo toda coragem que lhe resta.
— Ele abusou de mim e do meu irmão. Depois matou a nossa mãe na nossa frente. Eu corri com o Vitor, mas ele nos encontrou. O meu irmão se colocou na frente para me proteger... Depois... ELE MATOU MEU IRMÃO E ME JOGOU NUM BORDEL!
•••
A garota caiu de joelhos e começou a chorar sem parar... Aquilo me cortou o coração de uma forma jamais vista, eu vou fazer ele sofrer até o último momento da vida dele.
— Olha o que temos aqui rapazes...
Liguei a furadeira e fui passando bem perto do seu rosto apavorado.
Gritei de forma irônica com uma animação falsa:
— UM PEDÓFILO!
Todos começaram a gritar:
— MAT@ ESSE LIXO DO C@RALHO!!! M@TA ESSE MERDA!!!
Dei um sorriso maníaco para ele e comecei a arrancar a sua calça com o meu canivete, ele chorava e tentava se espernear mas estava completamente amordaçado!
Por fim arranquei a sua cueca e o pau broxa dele saltou para fora. Peguei a furadeira e comecei a perfurar a cabeça do seu pênis enquanto ele gritava desesperadamente de dor.
— AAAAAAAAAAHHHHH POR FAVOR, NÃO, NÃO, NÃO....
Perfurei até grudar o parafuso na cadeira e depois retirei a furadeira deixando o seu pau grudado na cadeira com o parafuso. Ele gritava e tentava se soltar, porém era impossível ele conseguir se soltar, alguns dos meus homens gargalhava enquanto outros vomitavam. Olhei para a Carol e ela estava com uma expressão neutra como se estivesse horrorizada com tudo aquilo...
Dei um sorriso reconfortante para ela e depois me levantei e escolhi o meu próximo item de tortura. Ele gritava muito e já estava me aborrecendo, então decidi fechar a boca dele de vez ( se é que me entendem )...
Peguei uma agulha junto com uma linha e comecei a costurar a boca dele lentamente enquanto ele tentava se debater, mas os meus homens me ajudaram a manter ele quieto. Depois de costurar a boca dele eu fui até o carrinho que estavam as ferramentas de tortura e acabei escolhendo uma linha de anzol. Peguei a linha com uma luva própria e fui retirando a pele do pau dele lentamente, ele se debatia muito o que facilitava mais o processo. Quando eu terminei, o pau dele estava só a carne viva e jorrando sangue do parafuso... Com a sua inquietação ele acabou rasgando a cabeça do pau com o parafuso e foi uma cena esplêndida, sangue jorrava para todos os lados e ele começou a se debater ainda mais revirando os olhos de tanta dor.
Olhei para a câmera e falei:
— É isso que eu faço com estupradores! Eu não tenho misericórdia. Espero que se lembrem disso!
Então para finalizar peguei uma marreta e comecei uma decepção de membros até ficar só o tronco e a cabeça, minha roupa estava repleta de sangue.
E no final eu arranquei a cabeça dele com um machado igual uma tacada de basebol.
Acendi um cigarro e traguei dando uma risada macabra da situação, olhei para a menina e percebi no seu olhar chamas ardentes de satisfação. Foi quando algo em mim surgiu na hora e sem pensar muito eu falei:
— Eu posso te adotar garota?
— Adotar? — perguntou ela confusa.
— Sim ou não? Saiba que dependendo da sua resposta você não sairá prejudicada.
— Eu não sei... Eu mal conheço a senhora. E pelo que eu vi no seu meio há muito banho de sangue...
Olhei ao redor concordando mentalmente e depois falei:
— Você se incomoda com isso?
— Na verdade não. Sei que a senhora é uma mulher justa!
Que garotinha estranha... Quem em sã consciência acha isso normal. bom, não se pode esperar uma consciência boa de quem viveu todo esse inferno.
Dei um último trago e depois apaguei o cigarro na minha mão, fui caminhando lentamente até ela e olhei nos seus olhos enquanto colocava as mãos no bolso.
— Está decidido então. Eu vou te adotar... Só que tem um porém, você será a minha herdeira na máfia!
— espera... O QUÊEEE?? Ma... Mas a senhora tem certeza? Não é algo só para filhos legítimos?
— Na verdade não. Eu preciso de você pois não quero ter filhos... — Falei simplesmente tentando tirar o sangue da roupa com as mãos. (em vão obviamente)
— Mas para ser uma chefe da máfia, precisa ser forte e cruel... Eu não sei se sou capaz de ser assim.
— De toda forma eu vou te adotar. Independente do que acontecer, você está sob a minha proteção agora garotinha e terá tratamento psicológico para tratar dos traumas.
A menina começou a chorar e em um ato inesperado me abraçou, o que me deu uma agonia enorme pois odeio ser tocada e principalmente ODEIO ser abraçada!
Não queria ser indelicada e afastar a menina, então apenas dei imaginários tapinhas nas suas costas. Ela finalmente se afastou e eu pude respirar aliviada...
— Eu nem sei como agradecer a senhora. Você é um anjo...
— Anjo do inferno só se for...
Falou o meu consigliere entrando com as mãos no bolso da calça.
Lá vem ele com essa pose marrenta de sempre
— Nem me convidou pra festinha... — Falou ele olhando ao redor com casualidade.
— Fazer o que se o meu Consigliere vive ocupado...
Seu nome é Eduardo Martine, ele tem 26 anos e é um babaca confiável. Ele já me salvou de mortes mais do que inúmeras balas de uma Tompson!
— Você fez um verdadeiro massacre.
— Era um estuprador.
— Pegou leve então... Eu vim aqui convidar a minha chefe para ir a uma boate nova que acabou de estrear.
— Passo... — Respondi indiferente.
— Qual é, depois de tanto tempo sem sair com o seu Consigliere, você até que poderia abrir uma exceção hoje.
—Tenho que adotar uma garotinha.
— O quê?!? Você adotando alguém.
Dei um olhar afiado em sua direção e ele logo tratou de desviar o olhar.
Ele olha ao redor e vê Carol encolhida em um canto.
— Que bonitinha. Quantos anos você tem?
— Eu... Eu tenho 14.
— Entendo, e vai entrar pra máfia?
— Como você... — exclamou ela surpresa com a dedução precisa daquele merda.
— Digamos que a nossa don aqui só adoraria alguém por esse motivo. Um herdeiro.
O seu olhar para mim era a pura desconfiança.
— Para de pressionar a menina! Ela ainda está traumatizada. — Falei tentando desviar o foco da conversa. ( E consegui. )
— Você também é.
— Já tratou de se fod#r hoje? — perguntei sarcástica.
Ele dá um meio sorriso debochado e depois diz:
— Você não deveria falar palavrão na frente de uma criança.
— Não tem problema, eu vim de um lugar muito pior.
— Não entendi...
— Eu resgatei ela de um bordel, esse tronco aqui é do irmão dela. Ele estuprou ela...
— Não deveria falar com tanta casualidade sobre isso minha don. Mas ainda bem que você fez isso, eu gostaria ainda mais de estar aqui para aumentar a dose de torturas equivalente a duas vidas inteiras.
Ele me deu um sorriso cínico de psicopata e depois completou:
— Por que não resolve a papelada amanhã, vamos pra farra chefe!
— preciso cuidar dela. — Falei olhando para a menina que se encolhia ainda mais no canto.
— Não precisa cuidar de mim. Quero que comemore, pois eu estou feliz nesse momento! Estou finalmente livre...
Olhei para ela cautelosa por um instante até que decido algo. Olhei para um dos meus homens sem tirar o olho dela e falei:
— Vigor, leva a Carol para o meu apartamento e compre roupas para ela. Eu vou ligar para a Dulce para cuidar dela até eu chegar...
Dulce é uma das minhas inúmeras empregadas.
— Sim senhora!
— Carol, se acontecer algo não hesite em me ligar, aqui toma.
Peguei o meu segundo celular e joguei para ela que aparou o celular meio sem jeito, mas conseguiu pegar sem deixar ele cair.
— Pode deixar.
— Só tem o número do meu segundo celular nesse aí.
Olho para o Vigor e digo:
— Pode levar a garota.
— Sim senhora, com licença!
Ele sai levando a garota e eu fico parada um bom tempo raciocinando. Até que o meu Consigliere diz enquanto limpa a garganta:
— Terminou a sua viagem pro inferno?
— Terminei. Agora entra logo nessa porcaria!
Ele me lançou aquele sorriso maroto, o tipo que só ele consegue dar, e veio todo abusado até o carro. Assim que entrei, o sem-vergonha foi direto pro banco do passageiro.
— O que você tá fazendo?
— Já tô pronto. A gente aproveita e vai junto. Relaxa... Vim com motorista.
— A única coisa que me preocupa é esse teu traseiro encostado no meu bebê.
Passei a mão com carinho no volante, com o rosto sério como quem protege uma joia rara. Ele caiu na gargalhada, como sempre. Em seguida, puxei a embreagem e liguei o carro. O ronco do motor... ah, esse som me desperta — a Emilly festeira, destemida, com sangue nos olhos e vontade de explodir o mundo.
Hoje o bicho vai pegar.
Fui dirigindo em alta até minha mansão — ou como prefiro chamar, o meu templo. No som, Speak Softly, Love, uma verdadeira sinfonia da máfia siciliana. O vagabundo ao meu lado estava eufórico, parecendo uma criança prestes a fazer besteira.
Estacionei na garagem com estilo e saímos do carro. Já na sala, avisei pra ele esperar enquanto eu ia tirar todo o sangue seco do corpo. Entrei no banheiro como uma máquina de guerra, mas saí dele como uma maldita deusa.
Banho quente, cabelo lavado, pele impecável. Sequei os fios, deixei ondulado com aquele volume fatal, fiz uma maquiagem marcante e finalizei com o meu batom vermelho vinho — o mesmo tom que me lembra poder, sangue e tentação. Vesti meu melhor vestido, salto alto e pronto... Que comecem os jogos.
Assim que desci as escadas, ouvi aplausos. Eduardo estava ali, me olhando como se eu fosse a própria tempestade — e eu era. Apesar de irritante, ele é como um irmão pra mim... Mesmo odiando o Guilherme Ricci, meu tio de consideração. Já contei mil vezes que foi o Ricci quem me salvou das chamas, mas Eduardo insiste em desconfiar dele. Azar o dele.
Fomos até a garagem. Fiz questão de deixar o babaca escolher um dos meus carros. Meu plano? Um racha na volta.
— Eu quero esse.
— Porra... logo o meu Supra vermelho?
— Sim, o seu Supra vermelho.
Ele sorriu com deboche. Revirei os olhos, peguei a chave no cofre e, de quebra, já separei a do meu carro da noite.
— Pega aí...
Joguei a chave no ar e ele agarrou com a mão esquerda, como se estivesse pegando um troféu.
— E você vai com qual?
Sentei com pose no capô da minha belezinha e respondi como quem anuncia o fim do mundo:
— Bugatti Chiron. Essa belezura tem 1.600 cavalos.
— Isso não é justo. Vamos trocar...
— Vai sonhando. Mas se me ganhar no racha, ela é toda sua.
— Agora você me motivou de verdade!
Ele me lançou um sorriso sádico e entrou no Supra. Eu, já dentro do meu Bugatti, acelerei o motor — só o rugido foi suficiente pra arrepiar a minha pele inteira.
Saímos como demônios soltos no inferno, voando pelas avenidas em alta velocidade. A noite ainda estava começando.
E a festa..
A festa prometia.
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Continua...
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