Me perdoa filha - diz a senhora chateada
- Está tudo bem vovó. Seremos muito felizes aqui - diz Emília tentando animar a senhora
Quando Emília era ainda muito pequena, dona Elza foi quem cuidou da bebê. O filho, pai da garotinha, morreu em um acidente de carro, e a mãe de Emília disse que não tinha condições de seguir cuidando da filha.
Dias depois que ela deixou a pequena menina com Elza, Mariah, mãe de Emília, engatou um romance com um ricaço, e foi embora com o mesmo.
Durante anos, Emília sonhou com a volta da mãe, mas conforme cresceu, foi entendendo a verdade, e desistiu do amor da mesma.
Nos dois últimos anos, Emília e Elza vivem na estrada, já que a senhora descobriu um câncer, e devido sua cidade ser pequena, o tratamento é feito em uma.cidade próxima.
Devido os gastos, e também por Elza já estar muito debilitada, ela conversou com a neta, e decidiram se mudar.
Elza já está com muita dificuldade de viajar para lá e para cá, então Emília arrumou tudo, cuidou da mudança, e agora procura por emprego na nova cidade.
Após jantar uma sopa leve, Emília ajuda a avó a se deitar, e fica com ela até a senhora pegar no sono.
A garota se senta e suspira, abre o notebook, e corre as páginas de emprego.
O dinheiro que recebeu do seu antigo trabalho já está acabando, e o que Elza recebe do governo mal cobre os gastos com a casa.
- Eles sempre pedem experiência - diz ela suspirando ao ver as vagas para uma renomada casa de de moda - o jeito vai ser tentar na lanchonete mesmo.
Ela troca algumas mensagens com Lidhy, sua amiga da época da escola, mas a mesmo já quase não lhe dá atenção.
No dia seguinte, Emília segue até a tal lanchonete que viu a publicação, mas a dona diz que a vaga já não está disponível.
Emília caminha um pouco pelo grande calçadão, e pede a Deus que ela tenha o dinheiro necessário para a compra dos remédios da vó na próxima semana.
Ela se aproxima de uma lanchonete simples, e pede um suco de laranja, enquanto escuta uma outra cliente falando com a balconista:
- Não amiga, só mais hoje, por favor
- Não dá Leila. Hoje eu saio mais tarde, e também amiga, esse negócio de eu sair daqui e ir para outro emprego tá acabando comigo
- Só mais hoje, te imploro
- Amiga, se eu não dormir hoje não consigo chegar aqui amanhã
A mulher suspira e diz - tá complicado, precisamos de mais uma menina, a equipe desfalcada acaba com todos naquele bar
Ao ouvir isso, Emília limpa a garganta e diz - eu, eu posso trabalhar como balconista
Leila a olha, surpresa, mas logo sorri - olha, agradeço por se oferecer, mas preciso de alguém conhecido
Emília junta as mãos - por favor, eu preciso muito trabalhar
Leila olha para a amiga, e depois para Emília - quantos anos você tem? Não parece ter mais de 18 aninhos
Emília - tenho 19 já
Leila cruza os braços - mas... Não conheço você. Como irei te indicar no trabalho
Emília - eu prometo dar o melhor de mim
Leila - você é muito bebezinha. Não tem que estar num bar de luxo
Emília - por favor
Leila e Emília terminam de se trocar, e Leila sussurra - eu tô confiando em você hein. Se fizer alguma caga** eu mesmo te delato para a sra Zoé
Emília sorri - você não vai se arrepender
Ao chegar no balcão, Emília fica surpresa pelo luxo do bar.
Leila se aproxima - os clientes que vêem aqui são muito renomados. Advogados, empresários, até mesmo médicos
Emília arregala os olhos, e Leila prossegue - por isso, tenha sempre muita postura.
Emília concorda com a cabeça, e então Leila começa a explicar sobre o cardápio do bar.
A garota fica incrédula pelos preços do local, e mais surpresa ainda ao ver as taças e copos de luxo.
Assim que a porta se abre, alguns clientes se acomodam, e ao verem Emília no balcão, sorriem pela beleza da moça.
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Ferit reclama pelo dia puxado, e o amigo ri.
- Não aguento mais meu pai enchendo o saco todo dia naquela empresa. Mas também não quero abrir mão de tudo que é meu por direito.
Alan segue rindo, e diz ao amigo que ele precisa relaxar
Ferit ri - realmente, tô precisando de uma boa fod*
Alan gargalha, e os dois seguem para o bar.
Ao ver Emília no balcão, Ferit, que é acostumado a ficar numa mesa mais distante, se aproxima rápido do balcão, deixando as outras funcionárias surpresas.
Emília - boa noite senhor
Ferit - boa noite.
Alan sorri e a cumprimenta também, logo pedindo a bebida mais cara do local. Ferit diz que quer o mesmo, e encara a garota, descaradamente.
Ao se virar para preparar o pedido, Emília se sente constrangida pelos olhares dos rapazes, mas engole seco e finge que nada está acontecendo.
Assim que ela entrega os pedidos pergunta se eles desejam algo mais.
Alan - obrigado
Ferir a encara - não quer nos acompanhar?
Emília arregala os olhos - obrigada senhor
Ferit ri - qual o seu nome?
Emília - Emília. Com licença senhores.
As demais funcionárias comentam entre si, que o homem nunca deu brecha para ninguém ali dentro, e ficam eufóricas ao ouvirem o homem chamando Emilia para acompanhá-lo na bebida.
Alan ri - eu também gostei dela. Que rostinho de boneca
Ferit ri - e que bundinha empinadinha, você viu?
Alan ri - não teve como não ver
Ferit suspira - seria um remédio para mim essa noite.
Alan - e que remédio hein rsrs
Eles conversam ali por um longo tempo, enquanto Ferit segue encarando a garota.
Alan - vamos? Vai pedir a sra Zerah que te mande uma das suas mulheres?
Ferit olha para Emília, que está atendendo outro cliente, e volta o olhar para o amigo - hoje eu quero um carinho diferente rsrs
Alan ri, consentindo com a cabeça, e se retira.
Perto do horário do bar fechar, Ferit paga a conta, sorri para Emília, com certa malícia, e vai para o estacionamento.
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Leila - você foi muito bem
Emília sorri, contando sua diária - isso irá me ajudar muito! Será que ele me chamará outra vez?
Leila a olha fom compaixão, lembrando do que Emília contou sobre a vó - eu não sei bebê. Talvez a Elen se recupere e logo volte.
Emília abaixa a cabeça - tudo bem. Mas quando precisar pode contar comigo
Leila sorri - mas e sua vó? Ela ficou tão preocupada quando você disse que viria para o bar
Emília sorri fracamente - ela vai entender
As duas saem, e quando Ferit avista Emília, se aproxima:
- Olá meninas. Emília... Posso falar com você?
Emília o olha, calada, e ele sorri - por favor
Emília - eu... Preciso ir. O ônibus já irá passar
Ferit - não há necessidade disso. Eu levo você! Se é que ainda vai para casa hoje...
Emília arregala os olhos - jamais senhor! Agora com licença
Elas apertam os passos, e Leila percebe o nervosismo da garota
- É sobre isso que falei Emi. Por mais correta que seja a mulher, por estarmos atrás do balcão de um bar, eles acham que somos um produto!
Emília diz chateada - mas não somos!
Leila - o sr Ferit é um cliente antigo da casa, nunca deu mole pra nenhuma funcionária dali. Porém as más linguas dizem que ele adora mulheres fáceis para uma noite só
Emília a olha indignada, e logo entram no ônibus
Garotinha imbecil. Como me tratou assim? Idiota. Mas você não é a única mulher na face da terra Emília - Diz Ferit ligando o carro e saindo rápido.
Pela manhã, Emília ainda pensa no ocorrido com Ferir, e se questiona se ela deu alguma abertura para o mesmo
- Nao, nao, apenas o atendi com toda educação do mundo.
Ela espera que Leila a chame mais uma vez, mas a mulher diz que Ellen voltou para o bar.
Emília cuida da vó, e após o almoço, envia mais alguns currículos.
Ela caminha pela cidade, e fica namorando a vitrine de uma casa de modas. Ela sorri e resolve tentar, então entra, deixa um currículo e mostra seus desenhos para a gerente.
- Olha Emília... Não vou negar, são lindos. Mas aqui é uma casa muito renomada, você precisa de peso, nome entendeu? Como venderia esses lindos vestidos, sendo desconhecida?
Emília abaixa a cabeça, e depois sorri fracamente - entendi
A mulher a olha com compaixão - se surgir uma vaga como vendedora, eu te ligo. Você tem um ótimo perfil, beleza, doçura, mas é forte ao mesmo tempo.
Emília sai da casa de moda, e passa em frente a um café de luxo, onde Ferit a avisa de longe. Ele a olha longos segundos, vê que a moça entra, conversa com o gerente, mas logo sai. Ele pensa em ir até ela, mas por qual motivo? Ele ri e balança a cabeça, e logo se levanta para sair.
A noite, o homem segue para o bar, e logo o amigo chega. Ferit conta a reação de Emília, e Alan fica surpreso.
- Uau... Talvez ela tenha ficado surpresa demais
Ferit ri - ou talvez eu não fui direto o suficiente
Ferit percebe que a garota não foi trabalhar, e logo arruma uma desculpa para ir para casa.
Ai chegar em casa, seu pai está o esperando na sala.
- Fala pai
Maurício o encara - isso são horas?
Ferit o olha com deboche - essa é a MINHA CASA.
Maurício suspira - eu te espero a horas. A Maria disse que eu podia ficar a vontade.
- Diga logo
- Esse final de semana Melissa e eu vamos comemorar o meu aniversário, te peço que vá, por favor
Ferit ri - claro. Conte comigo ( mesmo sabendo que não vai, ele apenas quer terminar a conversa logo )
Maurício - filho. Não deixe que esse mal entendido entre Melissa e você o afaste de mim
Ferit o encara - foi você que se afastou quando escolheu ficar com aquela imoral!
Maurício - eu não aceitou que fale assim dela filho
Ferit - então não fale dela para mim
Maurício diz que já vai, e o filho apenas consente com a cabeça.
Assim que ele vê o pai saindo, Ferit se senta e pega o celular, rolando a lista de contatos, e então liga para sra Zerah
" Isso, isso. Quero uma branquinha, cabelos longos, franja. Olhos castanhos. Você tem alguma assim?
Zerah - parecida. Te mando ela em meia hora "
Ferit toma um banho demorado, e então espera a mulher na sala, e assim que ela entra, ele vê que, mesmo pedindo que seja alguém com as características de Emília, ele não se contenta.
" Eu não vou ficar pensando naquela garota. Me recuso a isso "
O homem sorri maliciosamente, e chama a mulher mais para perto, e ela sorri e o beija, já toda fogosa.
Depois, ele a paga, e a manda embora.
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