Desde cedo eu sempre batalhei para conseguir ter uma casa, uma boa estabilidade para o meu filho sem a ajuda de ninguém!

Os meus pais morreram quando eu tinha quinze anos, e desde então eu tive que aprender a me virar sozinha.

Morávamos numa pequena casa em Washington, e sem ter ninguém para me ajudar com as despesas, eu me mudei para Nova York, e tive que me dobrar em três!

Comecei a trabalhar em uma lanchonete, ganhava pouco, mas deu para eu me virar durante um tempo.

Depois conheci um cara, e aos dezessete anos tive o Brian que hoje está com sete.

O pai dele não me ajudou em nada e nunca ajudou.

Foi apenas um idiota que eu namorei por um tempo e depois me abandonou quando soube da gravidez.

E agora, eu estou procurando emprego outra vez.

Sim, ontem fui demitida e já estou em busca de um novo trabalho.

 Eu me chamo, Annelise Marquês, mas gosto apenas de Annie.

Tenho uma melhor amiga que graças a Deus me ajuda muito com o Brian.

Marie divide o apartamento comigo e me ajuda a pagar as contas.

Acho que estaria morta se não fosse por ela.

Estou na rua desde às cinco da manhã, é sábado e eu deixei o Brian na casa de um amigo da escola, e para falar a verdade eu já deveria ter ido buscá-lo.

- moça, com licença! - essa é a minha última tentativa.

Eu acabei de entrar em uma loja, e espero que estejam contratando.

- a senhora sabe me dizer se estão contratando? - olho para a mulher que está ao outro lado do balcão.

- por um acaso viu alguma placa aí na porta? - ela me olha com cara de poucos amigos e eu bufo irritada.

Eu trabalhei por cinco anos como recepcionista, vou dar entrada em tudo que tenho direito, e ontem mesmo recebi um bom dinheiro por todos os anos de trabalho e férias acumuladas, mas não é suficiente, não posso me sentir confortável com isso, esse dinheiro vai acabar e eu acho que não dura cinco meses.

Tenho contas para pagar e o aniversário do Brian está chegando.

Céus, o que vou fazer?

Eu saí da loja tão irritada comigo mesma que nem percebi que o sinal estava aberto, e agora estou aqui, jogando no chão em meio aos carros.

O impacto não foi muito forte, mas também nada leve.

- não olha para onde anda? - sim, a pessoa que me atropelou está visivelmente irritada, e com razão! A culpa foi minha.

- desculpa, eu não estava prestando atenção! - olho para o homem que está abaixado ao meu lado.

E que homem! Meus Deus do céu! Será que morri e estou no paraíso?

- por um acaso ficou surda com a batida?

- o quê? - olho para a mulher que está em pé ao meu lado.

- vêm, eu vou te levar ao hospital, pode ter fraturado alguma costela - ele tenta me tirar do chão mas eu nego.

- não! Eu estou bem! - eu preciso ir buscar o Brian, já passou da hora e a Marie está no trabalho.

- não seja teimosa! Pode estar com algum ferimento grave! - ele insiste e eu nego.

- não precisa se preocupar! - levanto do chão com certa dificuldade - eu preciso buscar o meu filho - fecho os olhos ao sentir uma forte tontura.

E foi então que eu percebi o ferimento em minha testa.

Em qual momento eu bati a cabeça e não senti?

- está vendo só? Precisa ir ao médico - sinto os braços dele me segurarem no momento em que minhas pernas falharam - tem um hospital aqui perto e eu vou te levar até lá.

Em poucos segundos eu já estava no carro dele, junto a mulher que até então não me parece ser uma pessoa nada agradável.

Eles ficaram discutindo durante todo o caminho, não entendi muito bem, mas provavelmente são um casal em crise.

Ele a deixou em algum lugar e seguiu comigo até o hospital.

- ela vai precisar ficar em observação por essa noite, a batida na cabeça foi forte e precisaremos fazer alguns exames para saber se não houve nenhum outro dano - o médico que está me avaliando é super gentil, mas eu não posso ficar aqui.

- muito obrigada pelo atendimento - levanto da maca - mas eu já disse que estou ótima! - pego minha bolsa - eu preciso ir, meu filho está na casa de um amigo e eu tenho que ir buscá-lo.

- mas que merda! - o homem eleva o tom de voz me assustando - será que não entende que foi atropela e que está com um ferimento na cabeça? - ele fecha os olhos - não vai sair daqui até que o médico diga que está bem!

- escuta aqui, quem você pensa que é para me dar ordens? - aponto meu dedo para ele - eu tive um dia péssimo, está bem? Eu perdi a merda do meu trabalho e tenho um filho de sete anos para cuidar sozinha! Então não venha me dizer o que eu devo ou não fazer! - Droga! não acredito que vou chorar na frente de um desconhecido, mas a situação que eu me encontro é desesperadora! - eu assumo as responsabilidades dos meus atos, doutor, mas eu preciso ir buscar o meu filho, ele está na casa de um amigo desde hoje cedo e eu preciso ir buscá-lo - enxugo minhas lágrimas - e não se preocupe, não tenho interesse nenhum em processa-lo, se esse é o seu medo, a culpa foi minha e já está tudo resolvido.

- olha, se não quer ficar aqui, infelizmente não posso te obrigar, mas vou passar alguns medicamentos para que possa tomar em casa, e em caso de fortes dores, tonturas, desmaios ou enjôos, volte aqui imediatamente!

- não se preocupe, não tenho tempo para ficar doente - pego os papéis nas mãos dele - obrigada!

Agradeço e saio da sala apressada.

deve ser bom não se preocupar com muitas coisas, pelas roupas e pelo carro, com certeza ele tem uma condição financeira muito boa.

- será que posso ao menos te dar uma carona?

- acho que a sua esposa não vai gostar muito - paro no ponto de ônibus e olho para ele.

- pode seguir a sua vida normalmente, não se preocupe comigo - tudo que eu preciso agora é de um bom banho.

- eu tenho uma proposta para fazer a você - ele leva as mãos até o bolso da calça.

- é um trabalho?

- não, é um casamento.

- o que? - acho que foi ele quem bateu com a cabeça - está propondo casamento para uma completa estranha?

- é um contrato - ele suspira - antes de tudo, eu quero me apresentar a você - ele estende sua mão - eu me chamo Liam Cullen.

- Annelise - aperto a mãe dele - agora, se me der licença, eu preciso ir.

- espera! - ele segura meu braço - eu sei que a ideia parece louca, mas vai ser vantajosa para nós dois - ele suspira - aquela mulher no carro é minha ex noiva, ela terminou tudo comigo para ir embora daqui e eu a amo muito!

- e por quê não vai junto com ela?

- por quê eu não posso! Estou prestes a assumir a empresa da família, e para isso, eu preciso estar casado! - ele solta meu braço - e se aceitar casar comigo, vai assinar um contrato onde levará uma boa quantia em dinheiro ao fim do casamento, que só pode acontecer daqui a um ano.

- e o meu filho?

- tanto você quando ele poderão morar comigo, e não se preocupe, não irei atacar você durante a noite. Durmiremos em quartos separados, e além do mais, eu espero que durante esse tempo, a Barbara perceba que não podemos ficar longe um do outro, eu amo aquela mulher, e se estou fazendo tudo isso, não é somente pela empresa, e sim por ela também - ele volta a me encarar - quem sabe se me ver casado com outra, ela não mude de ideia, não é mesmo?

Finalmente em casa! Sim, Brian já está dormindo, me perguntou sobre o machucado na testa, mas eu dei uma desculpa qualquer, coloquei seu café, e deitei com ele na cama até pegar no sono.

Agora estou na sala, sentada no sofá tomando um chá, conversando com a Marie sobre o acontecimento louco que tive hoje.

- mas por quê não aceitou a proposta?

- Marie, eu tenho um filho! E além disso eu nem sei quem é esse homem! - não casaria com um estranho nem louca! Imagina só? Entrar em uma família por dinheiro e sem amor? Não, desde o pai do Brian, eu não me relacionei novamente, ele me machucou muito, e eu prefiro me dedicar somente ao meu filho.

- Annelise, com toda certeza ele vai te pagar uma boa grana! Por que não pede um milhão? Já pensou? - ela arregala os olhos parecendo imaginar a gente com essa bolada em mãos.

- acho que está sonhando muito alto - dou um gole em meu chá.

- pensa bem, se fosse eu aceitava na hora! - ela segura minha mão - vai ser apenas por um ano, Anne, e depois disso, com o dinheiro que vai ganhar, pode estabilizar a sua vida de uma vez por todas! Comprar uma casa, abrir um negócio seu para não precisar ficar pulando de trabalho e se humilhando que nem está fazendo agora - ela suspira - eu não queria te contar nada, mas eu também fui demitida - ela levanta do sofá - já faz mais ou menos três dias, e eu sair por aí procurando emprego que nem uma louca! - ela passa as mãos no rosto - não sei até quando vamos conseguir manter as contas - ela volta a sentar no sofá - eu sei que é difícil, mas é uma oportunidade única! Pode impor algumas condições, como não precisar ficar grudada nele o tempo inteiro, pedir para que ele compre esse apartamento para você e que pague as contas até o fim do casamento.

- Marie...

- eu vou ficar do seu lado e não vou soltar a sua mão, mas essa é a nossa única saída, Annie, infelizmente eu já não sei mais onde procurar emprego - ela fecha os olhos por alguns segundos - faz pouco tempo que eu estava empregada lá, e eu não sei ao certo quanto vou receber pelo meu tempo de trabalho.

- eu vou pensar, Marie, não é uma decisão fácil de se tomar, e eu acho que para que um casamento aconteça, tem que existir amor em ambas as partes - levanto do sofá e levo minha xícara até a cozinha - amanhã eu vou procurar trabalho novamente.

- eu vou junto com você, quem sabe não damos sorte, não é?

Ela segue para o quarto e eu volto para a sala me sentando no sofá.

Não estamos tão mal assim, o dinheiro vai durar um pouco, só é ter controle dos gastos.

***

A madrugada parece ter passado arrastando! Sim, eu não consegui dormir a noite toda pensando na minha conversa com a Marie.

As coisas não são tão simples como ela fala, tem toda uma família envolvida, uma mulher que ainda pode estar apaixonada, um homem que eu não conheço e muito menos sei das suas verdadeiras intenções.

Eu já estou na rua, procurando um novo emprego, Marie resolveu ficar em casa com o Brian, e amanhã será a vez dela de procurar trabalho.

Já faz umas duas horas que estou rodando toda nova York e até agora nada! É frustrante essa procura, é frustrante saber que talvez a minha única saída seja aceitar esse casamento com um completo estranho.

- está pensando na minha proposta?

- que susto! - trago minhas mãos até o peito, sentindo meu coração altamente acelerado pelo susto que acabei de ter, com o homem que sentou ao meu lado, no café onde eu entrei para descansar e pensar um pouco sobre a minha vida.

- está me seguindo por um acaso? - arqueio minhas sobrancelhas, esperando uma resposta do indivíduo sentado ao meu lado.

- minha empresa é logo ali - ele aponta para o prédio ao lado de fora.

- o que você faz da vida, hein? - dou um gole em meu café, que já está quase frio.

Se vou aceitar a proposta, preciso saber da vida dele.

- meu pai é o dono dessa empresa de arquitetura - ele olha para mim - tenho duas irmãs, estudam advocacia em Londres, e sou o único filho homem - ele sorrir sarcasticamente - não queria assumir isso, meu sonho é seguir a minha carreira de juiz, na qual com meu próprio esforço eu consegui, e claro, construi uma empresa que tive que deixar nas mãos de pessoas de confiança, para vir assumir isso aqui.

Ele parece não estar muito feliz com o rumo que a sua vida tomou, mas então por que seguir os sonhos dos outros ao invés dos seus?

- e por que não segue os seus sonhos?

- as coisas não são tão fáceis como pensa - ele relaxa seus ombros na cadeira e cruza os braços - eu trouxe aqui o nosso contrato.

- nosso contrato? - ele já tinha tudo pensado pelo visto, eu achei que tinha sido uma proposta louca de última hora.

- sim, pode ler com calma e assinar - ele tira um envelope de não sei onde e coloca em cima da mesa - é uma proposta irrecusável!

- e se eu aceitar, como vai ser?

- bom, como está escrito no contrato, você terá que morar na minha casa, durante o primeiro ano do casamento, e não pode se envolver com nenhuma outra pessoa - ele arqueia uma das suas sobrancelhas - terá que comparecer às festas, viagens e todo o resto que esteja ligado a nós dois.

- e os quartos?

- obviamente, dormiremos em quartos separados, e você não precisará se preocupar com nada, terá tudo o que quiser e inúmeros empregados a sua disposição.

- e quando o casamento acabar?

- você receberá um bom dinheiro, e também terá uma casa e alguns bens que levará.

- tudo isso apenas para ficar casada com você por um ano? - talvez não seja tão difícil assim aceitar isso, vou encarar como um trabalho.

- sim - ele da de ombros.

- tudo bem, eu aceito - é uma proposta irrecusável! - mas antes de tudo, quero metade do dinheiro, e não faço questão de numa casa ou bens, só quero que compre para mim o apartamento em que moro com o meu filho e minha amiga, e o restante do dinheiro, eu pego no fim do contrato.

- tudo bem, é justo! - ele estende sua mão para mim.

- quando vamos assinar os papéis? - aperto sua mão e solto rapidamente.

- agora mesmo se você quiser, amanhã vamos ao cartório oficializar tudo.

- e a sua família? Não vai estranhar tudo isso?

- não se preocupe com eles, esse assunto eu resolvo depois, o importante agora é o nosso casamento.

Não dormir direito durante toda a noite pensando no contrato.

Eu li e reli várias e várias vezes! E em todas as linhas, consta que eu vou ganhar um milhão e meio de dólares ao fim dele, e sim, isso vai me deixar milionária! Se eu souber administrar bem esse dinheiro, eu vou poder proporcionar uma vida boa ao meu filho.

Já pensou? Ele estudando em colégio particular e em uma boa faculdade sem precisar se preocupar com os gastos?

Sei que ainda está longe para isso acontecer, mas sonhar não custa nada, não é mesmo!?

- então, assinou? - Marie está sentada na cadeira ao lado, observando o envelope em cima da mesa.

- sim, assinei - olho para ela - o que vou falar ao Brian? Como você explica a ele que vou casar e precisaremos mudar de casa tão de repente?

- primeiro resolve tudo com o Liam, depois conversamos com o Brian sobre isso - ela aperta minha mão em cima da mesa.

- eu não queria levar ele para lá - não quero mudar a vida do meu filho, a sua rotina, seu modo de viver - eu gostaria que ele ficasse aqui com você, e eu também não pretendo me mudar definitivamente para lá, vou encarar isso como se fosse um trabalho qualquer - levanto da cadeira - não sei bem como é a vida desse homem, e não estou disposta a colocar o meu filho em perigo por causa disso.

- tudo bem, eu fico com ele com o maior prazer do mundo - ela me puxa para um abraço - vai dar tudo certo, logo isso vai acabar e não precisaremos nos preocupar com mais nada!

- assim eu espero, Marie.

***

Entreguei os documentos assinados para ele, e estamos a caminho do cartório.

Isso mesmo, ele já tem todos os meus documentos em mãos, e não sei como conseguiu, tudo fica guardado comigo.

Como eu sabia que iríamos vir até aqui, eu coloquei uma roupa mais ou menos bonita.

Não tinha nada de especial no guarda roupas e fiz o que pude.

Um vestido azul, com um cinto no meio, e uma sandália rasteira, e ele está vestido como sempre, não muda muita coisa.

- depois daqui, o que vamos fazer?

- vamos direto para a minha casa - ele desce do carro e eu faço o mesmo.

- mas eu preciso buscar as minhas coisas antes, e você também disse que compraria o apartamento que eu moro - sigo atrás dele tentando pegar seu ritmo.

- eu já cuidei de tudo isso - ele me entrega uma pasta, com um envelope de compra e venda, onde consta o meu nome como proprietária e dona do apartamento - e sobre as suas roupas, não se preocupe, poderá comprar tudo que deseja, será a minha esposa e tem que andar adequadamente - ele abre a porta do cartório para que eu possa entrar e assim faço.

Não conversamos muito, apenas assinamos os papéis, e seguimos para a casa dele, que por sinal, parece ser um verdadeiro palácio!

Frente da casa

Fundo da casa

Sala de estar

- tem outras coisas que eu gostaria de perguntar - olho para a aliança no meu dedo - eu posso sair daqui quando eu puder, não é?

- aqui não é uma prisão, e o que você faz da sua vida não me interessa muito. Só precisa seguir as regras do contrato.

- não ter contato íntimo com ninguém, não me envolver em polêmicas e brigas que possam sujar o seu nome e não trabalhar - cito as regras tentando não esquecer de nada - então eu posso ir até o apartamento agora?

- não, vamos fazer uma viagem - ele sobe as escadas me fazendo segui-lo - esse é o seu quarto, mandei arrumar e comprar algumas coisas para você - ele abre a porta - se troque e fique pronta em vinte minutos, vou te esperar lá em baixo.

.

o quarto é maior do que todo o meu apartamento!

Estou exagerando um pouquinho, mas ele é realmente enorme! tem algumas malas no chão, acho que é para a viagem, e também um vestido em cima da cama.

Analisei todo o local, e entrei no banheiro.

Foi um banho rapidinho, apenas para tirar o suor e vestir a roupa na cama.

Coloquei o perfume que trouxe na bolsa e me olhei no espelho.

Vou ligar para a Marie no caminho, não sei quanto tempo ficarei fora e gostaria de falar com o Brian.

Nem me despedi dele quando saí, ele ainda dormia e eu achei melhor não acordá-lo.

Suspiro pesado e sair do quarto com as malas nas mãos, estão pesadíssimas!

Será que tem pedras aqui dentro?

- o que está fazendo? - ele me olha sem entender.

- não era para trazer as malas?

- temos empregados para fazer isso - ele bufa a parecer irritado enquanto eu termino de descer as escadas.

- não me custou nada fazer isso - me aproximo dele e solto as malas no chão - para onde vamos?

- lua de mel - ele olha o relógio no pulso - Itália, já foi alguma vez? - ele me olha com ironia e eu nego.

- não, nunca fui - sento no sofá e suspiro pesado - eu não tenho passaporte - olho para ele.

- vamos no meu jatinho particular, e eu também mandei fazer.

- por que teremos lua de mel já que tudo não passa de...

- senhores, eu gostaria de apresentar a vocês a minha esposa - ele segura minha mão com delicadeza para que eu possa levantar do sofá - nos conhecemos a algum tempo, e decidimos manter segurado sobre a nossa relação, apenas para nos proteger - ele está me apresentando aos empregados da casa - quero que a tratem como a rainha dessa casa, e também ao filho dela, que em breve virar morar conosco para trazer luz.

Todos eles me olharam gentilmente, e eu fiz o mesmo os cumprimentando com aperto de mão e um breve abraço.

Parece ser pessoas gentis.

Logo depois saímos de casa, e fomos direto pegar o jatinho, isso mesmo.

Estou entrando em um jatinho particular, extremamente luxuoso, e estou completamente receosa com isso.

Apertei o sinto de segurança o mais forte que pude, e fechei os olhos na hora da decolagem.

- está com medo? - ele me olha com um sorriso no canto dos lábios e eu nego com a cabeça.

- não, só fiquei um pouco nervosa - tento respirar fundo.

- quando chegarmos lá, vamos para um evento importante, onde anunciarei que você é minha esposa - ele olha para mim - Bárbara vai estar lá, e eu peço para que não a trate com indiferença, ela é importante para mim e vai sofrer ao nos ver juntos.

- se ela te ama tanto como diz, por que não ficou aqui com você?

- ela só foi seguir o sonho dela de ser modelo, só isso.

- e não dava para ser modelo aqui?

- eu a perguntei a mesma coisa.