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A Saga de Lunizs Livro 1 - O Alvorecer

Prólogo

Em um período anterior à criação do mundo, existia o Espírito da Luz, dotado de onipresença, onisciência e onipotência. Esses atributos o tornavam equivalente a Deus.

O Espírito da Luz criou sete Espíritos Elementais para reger a natureza: fogo, água, trovão, planta, terra, vento e treva. Cada espírito possuía características únicas.

Após sua criação, o Espírito das Trevas foi consumido pelo mal, corrompendo sua pureza. Orgulhoso e seduzido pelo poder, iniciou uma guerra infindável contra os outros seis espíritos.

A guerra durou séculos, impedindo o Espírito da Luz de reger a natureza. Cada luta tornava os espíritos mais poderosos, ameaçando sua própria destruição.

Para evitar o caos, o Espírito da Luz criou o planeta Lunizs e enviou o primeiro homem dotado de sabedoria, imortal e sábio, para construir sete templos no centro de Lunizs, aprisionando os espíritos elementais. Antes, removeu metade dos poderes dos espíritos, transformando-os em cristais. O Espírito das Trevas, por ser o mais poderoso, teve sua metade de poder concentrada em um único cristal.

Com o fim da guerra, os primeiros seres humanos foram criados. O primeiro homem dotado de sabedoria ensinou-os a construir, governar e viver em harmonia com a natureza.

O primeiro homem dotado de sabedoria aconselhou a humanidade a criar uma monarquia para manter o equilíbrio. Seis reinos foram criados para proteger os templos, e duas profecias foram entregues aos primeiros reis e rainhas. No entanto, esses primeiros governantes modificaram as profecias, ocultando seu verdadeiro significado de seus herdeiros, mantendo essa tradição por todas as seis dinastias.

Quando o Espírito das Trevas tentou aconselhar um humano a pegar o cristal com metade de seu poder, o Espírito da Luz permitiu que os seis espíritos criassem um ciclo elemental. A cada 120 anos, um humano dominaria um elemento, protegendo os reinos das pessoas de coração mal.

O primeiro dominador de fogo, seguindo a cronologia do ciclo elemental, se tornou ganancioso e decidiu destruir as outras cinco dinastias para instaurar um único império. Após sua morte, o ciclo continuou com o elemento da água. Os reis e rainhas dos outros cinco reinos decidiram matar o dominador da água. No entanto, não tiveram coragem de matar o bebê dominador. Assim, a cada novo nascimento, os reis esperavam até os 20 anos do dominador para eliminá-lo, evitando que o espírito do elemento fosse despertado e causasse outra guerra.

O primeiro homem dotado de sabedoria escondeu da realeza a verdade sobre o conflito entre os espíritos, atribuindo a guerra a um conflito por amor.

A humanidade se aproximava do cumprimento da profecia. Os seis reinos continuavam guerreando por poder e controle, enquanto a verdadeira ameaça permanecia oculta.

Encontro Entre Destinos

Na vasta e densa Floresta da Lamentação, dentro do bosque das flores, caminhava um jovem menino de cabelos lisos e ondulados; seus olhos eram de um castanho que chamava bastante a atenção das pessoas.

Enquanto andava à procura de frutas silvestres para vender aos comerciantes, pois era um dos sustentos que o supria no dia a dia, ele estava muito bravo pelo seu irmão tê-lo mandado para as profundezas da floresta, apesar de o bosque ser magnífico.

— Aquele cabeça de vento me paga! Enquanto ele fica com o trabalho divertido, eu tenho que ficar aqui me cortando nesses fiapos de plantas. Que droga! — O jovem não estava nada satisfeito com o seu emprego diurno. Ele gostava de pôr as mãos na massa, mas tinha as suas exigências de contrato.

Durante a sua caminhada, ele cortou quase o corpo inteiro, mas as suas pernas tinham sido as mais prejudicadas no processo. Não demorou muito para que avistasse uma fonte de água em formato de cachoeira.

Bebendo alguns goles de água, ficou refrescado e recuperou energias apenas pela doçura e pureza do líquido transparente. Aquele não era qualquer lugar; tinha uma aura de presença muito forte, espiritualmente falando. Acreditava-se que, se alguém estivesse ferido e entrasse dentro da fonte, poderia ser curado instantaneamente.

E foi isso que o jovem aventureiro fez. Logo de imediato, assim que entrou, os seus cortes foram cicatrizando aos poucos, até que foi totalmente restaurado. Isso significava que os rumores eram verdadeiros.

O menino ficou um pouco contente, apesar de sua raiva não ter passado ainda. Aos poucos, ele estava começando a entender por qual motivo o seu irmão lhe mandou para esse lugar. Querendo ou não, era ali, naquele local, que os adultos enviavam crianças para serem castigadas pela conhecida bruxa das cavernas, uma mulher que perdeu toda a sua família em um incêndio e ficou solitária muito cedo.

Claramente, não era um lugar muito agradável se pensarmos nas circunstâncias que o pequeno iria enfrentar, mas quais seriam os motivos que o seu irmão teria para tê-lo mandado para aquele mausoléu?

Dando alguns passos apressados, o aventureiro viu ao longe uma casa de madeira e tijolos, toda velha, acabada e um pouco destruída. Com certeza, só podia ser a morada da velha ranzinza. Por um breve momento, o rapaz de olhos castanhos se viu sem saída e tentou correr. Assim que se virou, uma mão tocou seu ombro e uma voz grossa lhe perguntou o que estava fazendo sozinho por aquelas bandas.

O assustado pivete de cabelos lisos não deu resposta alguma, apenas removeu a mão da senhora e saiu correndo em direção à saída do bosque, para pegar a estrada que levava para fora da floresta. Seus passos eram tão largos que o vento passava em sua pele, rasgando seus pelos.

O garoto sentia que aquele momento poderia ser o seu fim, mas estava disposto a sobreviver a qualquer custo, mesmo que tivesse que ser um covarde. Um título que ele não ligaria se soubessem desse ato que cometeu ao abandonar a velha sozinha e sem resposta. Por um breve momento, ele foi rude, mas não estava nem aí para isso.

Um pouco longe dali, quase na entrada da floresta, um jovem rapaz de cabelos lisos e pretos se pendurava pelos galhos de uma árvore grande de maçãs e já tinha recolhido bastante delas para comercializar.

Era um ofício complicado e difícil, principalmente pela dificuldade de subir nas árvores e a força necessária para segurar nos troncos para não cair. O rapaz tinha músculos bem definidos e um corpo muito saudável, apesar de não comer muito bem.

Sua coragem era admirável e sua intuição, mais ainda, pelas pessoas que o conheciam, além de ser um jovem de aparência bela e respeitosa. Quase todas as garotas queriam ficar com ele, mas, por algum motivo especial, ele sempre recusava seus pedidos de compromisso.

Talvez ele quisesse ficar apenas sozinho, curtindo a sua vida pacata no campo e na fazenda onde morava, mas tinha grandes sonhos que pretendia realizar algum dia, sonhos que foram frustrados na sua infância por um motivo muito importante.

Seus pais morreram logo cedo, e um senhor de idade que era dono da chácara cuidou dele e de seu irmão mais novo até a mocidade, um zelo que o velho tinha por eles desde que os viu pela primeira vez. Mas o velho não pegava leve no pé deles, sempre deixando-os ocupados e se esforçando na roça e nas hortaliças da terra.

Os dois meninos eram bastante trabalhadores e davam o seu melhor para ajudar na administração da sua moradia. As contas estavam cheias de dívidas, e eles corriam o risco de perder sua casa para sempre. Por isso, o dono estava pensando em fazer um empréstimo com o rei do Reino da Terra para que pudesse recuperar o seu lar e viver tranquilamente.

Mas havia um risco enorme de fazer isso, pois o imposto da realeza não era nada barato, e as suas condições já eram precárias. No entanto, um dos garotos tinha uma ideia em mente e estava prestes a colocá-la em prática, provavelmente ainda neste mesmo dia.

— Socorro! Socorro! Alguém me ajude! Eu vou cair! Por favor! — Uma donzela de cabelos dourados estava desesperada em cima de um cavalo que corria desembestado pela estrada afora. O jovem rapaz avistou de longe a presença do garanhão correndo em alta velocidade.

Até que, ao se aproximar da árvore em que se encontrava, ele pulou em cima da jovem e a agarrou pelos braços, jogando o seu corpo para cair no chão e apoiando assim o corpo da garota sobre o seu.

Os dois caíram de cara um para o outro, e foi um primeiro encontro daqueles de amor à primeira vista. Seus olhos escuros e densos penetraram as pupilas brilhantes da moça bela e de vestido esmeralda escuro. Ao se levantar, os dois deram as mãos e ficaram observando um ao outro, e, por um momento, sentiram uma conexão forte entre si.

— Quem é você? — A jovem assustada perguntou ao soltar a mão do garoto e ficar um pouco corada, se afastando do rapaz.

— Me chamo Unises, jovem princesa. Me desculpe se a machuquei no processo de salvá-la, mas não vi outra forma de socorrê-la desse perigo iminente que estava para ocorrer.

— Me desculpe também se o coloquei em perigo, mas eu não sou uma princesa. Sou apenas uma camponesa do Reino da Planta.

— Ah... Sério? — Ele riu. — Por um momento, pensei que fosse, usando esse esbelto vestido escuro e chamativo.

Dando um leve sorriso de canto, ela fala:

— Acho que você nunca viu uma princesa na vida, não foi mesmo? — Sorriu, enquanto sacudia a sua roupa e limpava a sujeira do chão.

— Você mora por essas bandas? O que estava fazendo correndo sobre um cavalo? É muito perigoso quando não se sabe controlar.

— Moro um pouco longe daqui. Eu estava distraída andando pela estrada, até que algumas abelhas apareceram e o cavalo começou a correr desesperadamente.

— Entendi. Eu estava aqui trabalhando, pegando fruta, na verdade. Gostaria de uma maçã? Está bem docinha. Eu já comi uma e estava uma delícia.

— Obrigada! Nossa, nem agradeci por me salvar. Muito obrigada por sua coragem! — Ela diz, mordendo a maçã e caminhando em direção ao cavalo, que estava ali perto, comendo grama.

— Ele é muito bonito, tem nome? — Unises pergunta apenas para puxar assunto. Essa era a primeira garota por quem ele havia se interessado em toda a sua vida.

— Sim, se chama Gorky. Minha irmã que deu esse nome pra ele. Cuidamos dele desde que nasceu. Temos outro no celeiro da nossa casa também, mas esse é o meu preferido.

— Nome legal para um cavalo. Eu moro numa fazenda grande aqui perto. Tem alguns cavalos lá, se quiser dar uma olhada. Seria um prazer mostrá-los para você.

— Seria ótimo, mas estou sem tempo, na verdade atrasada. Minha irmã espera que eu chegue cedo em casa para a janta, então, se puder ficar o convite para outro dia, eu aceito — ela responde com um sorriso largo na face. De alguma forma, ela gostou de Unises; ele era simpático e tinha uma presença chamativa com o seu jeito de se expressar, algo que a jovem havia notado nele. — Bem, eu vou indo agora, não posso me atrasar mais ainda. Até outro dia, Unises! Foi um prazer te conhecer.

— Ah, nossa, já vai? Mas me diga antes, qual o seu nome? Você não me disse... — Perguntou curioso e um pouco envergonhado.

— É Jadita! — Ela fala ao se afastar de Unises e caminhar na direção da estrada para fora da floresta.

Unises estava bastante contente com a jovem conhecida; jamais tinha encontrado uma mulher como ela antes, e, por algum motivo, ela tinha algo de especial em seus olhos, o que estava conquistando aos poucos o coração do nobre rapaz.

Sem perceber, a noite estava se aproximando, e Unises praticamente já tinha preenchido a carroça com vários cestos de maçãs até a boca. Estava pronto para retornar à sua casa o mais breve possível.

Mas estava faltando uma pessoa chegar para que ele pudesse sair tranquilo em direção ao seu aconchego.

— Bonito, né? Conversando com uma garota daquela aparência. Você acha mesmo que tem alguma chance com ela? Viu como ela estava vestida? Ela não é mulher para qualquer um, não!

— Nino? O que faz aí em cima?! Já não te falei para não subir nas árvores, pois é perigoso demais para você! E se você cair daí de cima e se machucar, ou pior, morrer!

— Relaxa, maninho. Eu sei me cuidar sozinho. Além do mais, foi você que me mandou para as profundezas do bosque, lembra? E é mais perigoso lá do que cá, acredite. — Nino fala sarcasticamente, sorrindo levemente de lado.

— Não me venha com essa história. Você sabe muito bem que não há perigo naquele lugar, apenas aquela velha de rugas que mora lá, mas ela é inofensiva — Unises fala, se aproximando de Nino e ajudando-o a descer da árvore, pegando o cesto que estava em suas costas.

— Não me venha você com essa. Eu encontrei aquela velha ranzinza e ela me deu o maior susto que já levei na minha vida. Quase pensei que seria o dia da minha morte. Felizmente, consegui correr — Nino fala, sentando-se na carroça.

— Nino? Espera um momento... cadê o burro com os cestos?! Não vai me dizer que você o abandonou sozinho dentro do bosque!

— Antes eu do que ele. Acha mesmo que ia parar para pensar no jegue e na comida? Que fique para a velha; eu mesmo não ligo, posso pegar mais amanhã — ele fala, cruzando os braços um no outro e fazendo careta.

— Nino! As frutas não seriam um problema para perdê-las, mas o jumento é crucial! O que o senhor Jhan vai falar quando souber que você o deixou para a velha? Ele não só vai matar você, como a mim também!

— Tá, tá. Deixa de gritar no meu ouvido e não vamos mudar de assunto. Eu estava ouvindo a sua conversa com aquela garota bonita. Você chamou ela para um encontro?

— Não mude de assunto, você! Esquece ela, apenas nos encontramos por acaso, não tem nada demais entre nós dois. Agora vamos atrás do burro.

Reflexões Sobre A Vida

Os dois estavam caminhando por um longo tempo à procura da casa da velha bruxa e não conseguiam encontrar. Talvez não fosse tão fácil como eles pensavam.

Unises começou a se cortar inteiro nos arbustos e estava ficando com raiva daquela situação. Talvez, dessa forma, ele pudesse entender o que o Nino passava quando dividia o trabalho com ele.

— Por qual motivo você não estava todo cortado como eu estou agora, Nino? Estes arbustos são um pesadelo, minha nossa.

— Bem, eu encontrei a fonte da cura e mergulhei dentro dela. Assim, consegui me curar totalmente de todos os cortes — Nino responde, dando gargalhadas.

— Acha mesmo que acredito nessas suas palavras? Isso são apenas rumores de que existe essa tal fonte milagrosa. Ninguém nunca a encontrou de verdade.

— Vai se arrepender das suas palavras quando a gente encontrar ela. Não diga que eu não avisei — Nino fala, fazendo caretas.

Não demorou muito tempo depois que chegaram ao bosque e adentraram mato adentro, até que acharam a fonte, e Nino correu até ela, pulando de cabeça.

Unises ficou parado, de boca aberta, sem acreditar no que seus olhos estavam vendo. Pela primeira vez, as palavras do Nino haviam se cumprido. Era de se esperar, já que o Nino tinha a sua reputação de ser um mentiroso nato.

— Tudo bem, agora acredito em você, mas quero ver mesmo se essas águas têm poder de curar!

— Vai em frente, entra aqui e veja...

Assim que ele entrou, mergulhando de cabeça e saindo de dentro da água, olhando ao redor, nada aconteceu. Por algum motivo importante.

Dando algumas gargalhadas, Nino fala:

— Sabia que você não era digno dos poderes da cura — Nino fala, berrando de empolgação.

— Seu mentiroso! Você disse que curava, cadê então?!

— Ele disse a verdade, meu jovem guerreiro! — disse a velha bruxa ao se aproximar dos dois.

— Ah! Unises, olha atrás de você... é a velha!

— Olá, prazer em conhecê-la, senhora. Meu nome é Unises, e o seu?

— Rapaz educado, é um prazer. Meu nome é Nayla. Acredito que um jumentinho carregando algumas frutas silvestres deva ser seu, não?

— Sim! Infelizmente, o Nino deixou-o para trás depois que se assustou com a senhora. Desculpe a arrogância dele.

— Tudo bem, eu entendo o medo dele. As pessoas falam sobre mim coisas perversas. Mas são coisas do passado, nada que importe ou mude a minha vida. O jumentinho está amarrado na minha casa. Se puderem me acompanhar, seria grata.

— Vamos, Nino! Levanta daí.

— Oh! Unises, tem certeza que é bom confiar nessa velha? Ela dá medo, olha os meus pelos todos arrepiados. Quase tive um infarto quando vi ela atrás de você. Pensei que ia te perder para sempre e eu seria o próximo.

— Deixa dessa ladainha, ela não é perigosa. Se fosse, eu saberia. Minha intuição diz que ela é gente boa, e você sabe que a minha intuição nunca erra. Vamos.

Os três andaram lentamente pelo bosque até a casa de Nayla, que ficava bem pertinho daquela fonte de águas vivas. E, apesar da humildade do lugar, era bem aconchegante.

— Oh! Senhora Nayla, por que disse que o Nino falava a verdade sobre a cura da água? Pois nada aconteceu comigo, continuo todo cortado.

— Apenas os jovens de coração puro e de mente vazia podem ser curados por aquela fonte. Ela corre das profundezas da floresta até ser derramada ali dentro e passa molhando toda a terra do bosque.

— Espera um momento, quer dizer que eu não tenho um coração puro? Eu sou uma boa pessoa! — Unises fala, intrigado.

— Você entendeu errado. Quando quero dizer pessoas de coração puro, significa que precisa ser inocente quanto às coisas más deste mundo. Se não habita no coração a maldade do universo, então nada impede que a cura seja ativada.

— Então eu tenho maldade no meu coração? Isso é pior ainda...

Gargalhando, Nayla responde:

— Você é engraçado, Unises, quando fica confuso. Faz muito tempo que alguém não alegra o meu coração desse jeito. Mas entenda, por algum motivo, você não tem nenhum rancor dentro do seu coração? Algum motivo que lhe deixa triste e com raiva do mundo ou das pessoas?!

— Hum... sim, infelizmente. Meus pais foram assassinados assim que o Nino nasceu. Nunca perdoei os homens que fizeram isso com eles. Fiquei sozinho e abandonado com o Nino ao meu lado. Nossa vida não foi fácil depois que eles faleceram. Tivemos que trabalhar muito duro durante nossos anos de vida ao lado do nosso pai adotivo, chamado Jhan.

— Foi como pensei, meu jovem. Você precisa perdoar as pessoas que fizeram isso com eles. Só assim você encontrará a paz para a sua alma e só então o seu coração ficará leve e suave — Nayla diz, derramando uma lágrima de seus olhos.

— Sem chance alguma! Eles não merecem o meu perdão. Um dia pagarão caro pelo que fizeram e não terei misericórdia, assim como não tiveram dos meus pais. Vão sofrer muito até que peçam a morte — Unises fala com raiva em seu semblante.

— Credo, Unises! Para quê tanta fúria no coração? Eu não sei por qual motivo eles mataram nossos pais, mas isso não significa que eles não mereçam o nosso perdão. Quando perdoamos quem nos feriu, a recompensa vem pra gente. Somos os mais beneficiados tomando essa atitude — Nino fala com um sorriso no rosto.

— Sábias palavras, meu pequenino. Você é muito inteligente para sua idade, sabia? — A senhora diz, acariciando os seus cabelos.

— Nino é só uma criança, tem muito o que aprender da vida ainda. Não vamos mais perder tempo aqui. Obrigado por cuidar do nosso burro, mas agora temos que ir. Já estamos mais do que atrasados... vem, Nino!

— Voltem mais vezes quando puderem. Gostaria de lhes oferecer algo para comer — Nayla agradece com um largo sorriso no rosto por ter conhecido dois belos jovens.

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