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PROTEJEREI O VILÃO

Capítulo 1

—Você leu minha recomendação? O que achou? — Essa maluca já está me bombardeando com perguntas antes mesmo que eu termine de cruzar a porta.

Ainda bem que me lembrei de que estou furioso com ela, ela foge assim que percebe minhas intenções assassinas.

—Por que você está com raiva, irmãozinho? — Ela realmente acha que esse tom me deixará menos furioso?

Sua... filha da... vida... Ela me enviou umas imagens muito explícitas de uma de suas muitas recomendações de manhwa bl, o que não é nenhuma novidade desde que ela descobriu que eu gosto do meu melhor amigo, ela faz coisas assim para me motivar a me declarar.

O pior de tudo é que quando abri a mensagem dela, a mulher sentada ao meu lado se benzeu umas dez vezes antes de mudar de lugar, ela estava me olhando como se eu fosse um doente. Estou furioso enquanto conto a ela, mas ela só ri como se fosse engraçado.

—Não fique assim, Kallen, ela era só uma desconhecida, mamãe e eu te apoiamos e achamos que você e o Adrian formam um lindo casal. — Outra novidade, minha mãe também é igual a ela, embora ela não me envie esse tipo de imagem, ela me recomenda muitos romances desse tipo.

—Por que não há ninguém normal na minha família?

—Defina normal. Tipo aquela senhora que estava te julgando com o olhar? — Quem acabou de falar é minha mãe, obviamente não estou falando sobre isso.

—Eu só preferia que vocês deixassem o assunto para lá, eu já disse que NUNCA DIREI NADA AO ADRIAN. — Fui para o meu quarto enquanto elas falavam sobre como eu sou teimoso e covarde.

Ele é meu melhor amigo, eu sei perfeitamente que dizer a ele seria como arruinar nossa amizade, se eu disser a ele que gosto de homens ele ficará surpreso, mas não vai parar de falar comigo, afinal dois dos nossos amigos são um casal gay, mas dizer a ele que gosto dele é como acabar com nossa amizade, especialmente depois da confissão que ele me fez hoje no almoço do trabalho.

—Kallen, posso entrar?

—Sim, mãe, entre. — Ela se sentou ao meu lado.

Não sei o que ela tem na mão que está escondendo nas costas, mas posso imaginar, mesmo que eu não diga a ela, eu li todos os romances que ela me recomendou, não quero desperdiçar suas tentativas de me animar.

As sugestões da Stella são um caso à parte, embora eu tenha lido várias, a maioria é mais parecida com material de masturbação do que com histórias de amor, é por causa disso que agora estou muito curioso sobre como fazê-lo.

—Está tudo bem? — Imagino que dava para perceber que eu não estava apenas irritado com as imagens da Stella, mas não vou contar a ela sobre o noivado do Adrian ainda, ela certamente diria para eu fazer minha última tentativa, ou me arranjaria outro partido, nenhuma das opções adianta, já decidi que não vou dizer nada a ele, e não estou interessado em me apaixonar por mais ninguém.

—Não foi um bom dia no trabalho, só isso. — Ela me abraçou e agora mostrou o que estava escondendo e como imaginei é um romance.

—Você não trabalha amanhã, então pensei que pudesse ler, o tema é diferente dos outros, então não pule a página de apresentação. — Tem uma capa bonita, li o título um pouco confuso.

—Como nasce um vilão (omegaverse). — Não tenho ideia do que significa isso último, então perguntei à minha mãe, ela apenas sorriu e me disse para ler.

—Você vai gostar. — Estou muito curioso, então assim que ela saiu, comecei a ler.

De acordo com isso, no omegaverse a sociedade se divide em três gêneros: os alfas, os betas e os ômegas, e eles têm diferenças muito particulares, principalmente entre alfas e ômegas.

Os Alfas: Estão no topo dos três gêneros. O alfa, seja homem ou mulher, tem a capacidade de fecundar um ômega, macho ou fêmea, pois possuem órgãos sexuais masculinos, internos (no caso das mulheres alfas) ou externos nos homens alfas (ou seja, o normal para eles).

Os alfas são fortes e grandes, alguns são agressivos, seus sentidos de olfato, audição e visão são muito desenvolvidos; eles têm a voz de comando ou voz de alfa capaz de subjugar os ômegas e outros alfas de patente inferior.

Seu período de cio (Rut) ocorre a cada 6 meses e dura aproximadamente 24 horas.

Tanto os ômegas quanto os alfas exalam um odor muito característico que os permite se identificar, isso graças aos feromônios que liberam. Os alfas expressam emoções com seu cheiro.

Os Betas: Basicamente os betas são iguais aos humanos comuns. Os homens têm órgãos reprodutores masculinos e as mulheres têm órgãos reprodutores femininos, então apenas elas podem engravidar. Seus cheiros são os cheiros normais dos humanos, que eles próprios mal conseguem distinguir, pois são suaves e pouco perceptíveis em comparação com os cheiros dos ômegas ou dos alfas.

Os Ômegas: Tanto homens quanto mulheres possuem órgãos reprodutores femininos (útero e ovários) e são perfeitamente capazes de conceber, desde que sejam fecundados por um alfa e raramente por um beta. É aqui que, claro, entra o MPREG (gravidez masculina) porque eles são altamente férteis.

Seu período de cio ocorre a cada 3 meses, durante este período o ômega procura acasalar com um alfa, neste período eles são altamente férteis e é provável que engravidem. Nestes dias, os feromônios ômega aumentam, o que permite que o alfa perceba o cio e reaja a ele...

—Homens que engravidam? De onde a mamãe tira essas coisas? — Mesmo sendo algo tão peculiar, estou muito curioso para aprender mais sobre isso, então continuei lendo.

Depois de ler, não consegui parar de chorar, embora eu estivesse chorando pelo vilão Gale, ele era uma criança tão fofa, mas sua mãe o transformou em um monstro, ela nunca o amou e o tratava de forma tão cruel, aquela ômega só estava interessada no poder de Gale e como ela poderia usá-lo para seus planos obscuros.

Ela distorceu completamente a personalidade de Gale a ponto de ele se tornar alguém mais terrível do que ela.

Gale não apenas matou seu padrasto ômega, ele encontrou prazer em machucar e subjugar os outros, ele era o terror que causava às nações, tanto que elas se uniram sob um único nome para acabar com ele, e foi assim que ele acabou morrendo nas mãos do protagonista da história.

Continuei xingando Zade e aquele homem maldito que não entendia que Gale nunca foi o culpado, tenho certeza que se alguém tivesse lhe dado amor ele não teria se tornado aquele monstro.

Capítulo 2

Hoje é o dia em que meu amor secreto se casa, como eu gostaria de não ir a esse casamento, mas... Eu sou o padrinho, é isso mesmo, não pude dizer não ao seu pedido, afinal sou seu melhor amigo.

Apesar de todos os protestos da mamãe e da Stella, eu consigo ver o quão feliz o Adrián está com ela, e além disso, embora meus sentimentos sejam fortes, também valorizo nossa amizade, então irei a esse casamento para enterrar definitivamente esses sentimentos.

Fechei o livro, é a terceira vez que o leio, e continuo odiando o maldito protagonista e o infeliz do Zade. Ler algo tão triste antes que o momento em que meu coração se parta completamente chegue não é uma boa ideia, mas eu gosto tanto do Gale, se ele fosse meu filho ou apenas meu irmãozinho, eu o mimaria e cuidaria para sempre.

Eu amo o vilão deste romance, essa autora é cruel demais, nos faz amar o vilão e depois o mata.

— Ei, Kallen, já está na hora de irmos, embora a mamãe e eu continuemos achando que você não deveria ir. — O tempo voou.

— Já estou indo.

*

*

— Muito obrigado por tudo, amigo, de verdade, você é mais que meu amigo, meu irmão. — Esse é o Adrián, se ele soubesse o quanto esta cerimônia me machucou, não me agradeceria com tanta felicidade, mas no fundo também estou feliz por vê-lo tão contente.

— É melhor você ir lá, sua esposa está sendo atacada pelos convidados. — Ele foi na direção que apontei e eu continuei bebendo enquanto fingia estar me divertindo.

— Irmão, vamos para casa, você não precisa ficar para a festa também. — Stella parece preocupada, assim como a mamãe.

— Não posso ir, sou o padrinho, mas você tem aula amanhã e a mamãe tem trabalho, vão no carro, estou bebendo, então não posso dirigir. — Elas não concordam muito, apenas com a parte em que não posso dirigir.

— Se você se embebedar e fizer uma cena, vai se arrepender, venha conosco. — Acabei de me lembrar daquele Manhwa em que o cara se embebeda e estraga a transmissão do cara de quem gosta... É realmente ruim da minha parte me lembrar disso, principalmente porque as situações são diferentes.

— Relaxem, não vou beber até perder a razão, também quero me divertir com meu melhor amigo e sua esposa.

— Kallen... — Mamãe me pediu novamente para voltar, mas após minha última recusa, elas foram embora.

Como eu disse, só fiquei para comemorar com eles, afinal minha felicidade não é hipocrisia, uma parte de mim está feliz e é a única que eles devem ver, aquela que se sente destruída, só eu preciso vê-la.

— Fique um pouco mais, Kallen. — Adrián insiste, mas eu já preciso ir, já estou bêbado o suficiente e fiquei por um tempo decente, agora vou pensar um pouco.

— Ao contrário de você, se eu tenho que trabalhar amanhã, mas estou muito feliz em vê-lo tão feliz, amigo. — Ele me deu um abraço, se ofereceu para chamar um táxi, mas eu disse que faria isso lá fora, que queria tomar um ar também.

Ele ia sair comigo, agradeci quando o chamaram, aproveitei para ir embora sem dar ouvidos ao seu pedido para esperá-lo, corri o mais rápido que pude quando estava lá fora, só por acaso Adrián viesse me procurar.

— Droga, sinto que minhas entranhas estão saindo. — Correr depois de beber não é uma boa ideia.

Agora me sinto um idiota, não por ter corrido, bom, por isso também, mas me pergunto se o rosto e a atitude que tive foram os corretos, além disso, há alguns momentos atrás eu queria beijá-lo com todas as minhas forças, na verdade, cada oportunidade em que ele se aproximava tão radiante e desprevenido, eu queria fazê-lo, mas... Sua felicidade era por estar unido a outra pessoa, não por mim, se eu o tivesse beijado, que cara ele teria feito?

— Graças a Deus que te encontrei, por que não me esperou? — O que o Adrián está fazendo aqui? Ele saiu da festa porque estava preocupado comigo? Essa última ideia me deixou tão feliz, mas talvez eu não devesse ter demonstrado assim...

Porque quando me afastei da sua boca a expressão do Adrián me fez sentir tão miserável, por isso fiquei apavorado quando seus lábios se abriram para dizer algo, eu queria poder dar uma desculpa que não destruísse tudo, mas não consegui, apenas saí correndo.

Ignorei o grito de advertência do Adrián depois que aquela luz brilhante me cegou.

Aquele carro saiu do nada? Ou eu atravessei na pior hora?

Está tudo doendo, e embora eu veja o Adrián com aquela expressão de terror me dizendo que tudo ficará bem enquanto pede ajuda, eu apenas fechei meus olhos.

Gostaria de ter tido uma despedida melhor da minha mãe e da Stella, espero que elas superem a minha morte e sejam felizes.

Foi isso para mim!

...█▒▒▒▒▒10%...

— Mãe! — Uma criança? Não entendo, por que estou ouvindo a voz de uma criança?

...██▒▒▒▒30%...

— Mamãe, acorde! — Ele parece tão triste e assustado.

...███▒▒▒50%...

— Mamãe, mamãe. — Pequeno, não chore, eu gostaria de poder te ajudar a encontrar sua mãe, mas estou praticamente morto.

...█████▒80%...

Adrián deveria ajudá-lo, eu queria dizer a ele para não perder seu tempo comigo, mas não consigo nem abrir meus olhos.

É tão estranho... Sinto que estou recuperando minhas forças.

...██████100%...

— Mamãe! Eu consegui, eu te curei, mamãe.

Kallen ficou maravilhado com o sorriso tão terno e cheio de felicidade daquele pequenino.

Só que ele não entendia por que ele o abraçava e o chamava de mamãe? Além disso, ele tinha certeza de que já tinha visto o rosto daquele garoto em algum outro lugar.

Pensar nisso lhe causou uma forte dor de cabeça, era como se muitas lembranças de duas pessoas e mundos diferentes o estivessem atingindo.

Agora ele tinha certeza de uma coisa, aquele garoto era Gale (pronuncia-se Gayl), ele tinha exatamente a aparência do vilão do romance quando era apenas uma criança.

Ele tentou ignorar aquela dor terrível enquanto pensava na explicação mais lógica para o que tinha acontecido.

Seria uma alucinação criada pelo impacto do acidente?

Então eu realmente não morri? Bem, eu poderia estar em coma e por isso...

A dor aumentou, lembranças de coisas que ele nunca tinha vivido chegavam, e mais, nessas lembranças ele era chamado de Zade.

Ele caminhou até o espelho mais próximo, não acreditando no que via.

Mas sem dúvida aquele era seu reflexo, era sim, ele se movia como ele, tudo que ele pensava em fazer o outro fazia ao mesmo tempo.

Ele fez um último ato, algo que alguém em sã consciência e com a intenção de imitar o outro jamais faria.

A pessoa no espelho fez o mesmo.

— Não é possível, agora eu... sou Zade Villanueva. — Ele não aguentou mais a dor, desmaiou completamente diante do olhar preocupado do pequeno Gale, que em vão tentava usar sua magia novamente para acordá-lo.

Capítulo 3

O homem no chão despertou, estava furioso com seu filho, o pequeno garoto não só interrompera na sala e evitado que cobrasse daquele Ômega o que pagara por ele, mas também o atacara.

Ao ver Gale chorar assim pelo Ômega enquanto este estava caído no chão, imaginou que seus golpes poderiam tê-lo matado.

Isso seria um problema, levou mais de dois anos para encontrar alguém que se encaixasse nas características de sua esposa, para fazer passar por ela; sem mencionar que aquelas pessoas lhe cobraram uma fortuna por vendê-lo.

Isso era tudo culpa desse ômega, o fez perder a calma, como se atreveu a se revelar contra ele e até gritar por ajuda? Ao se aproximar um pouco notou que respirava, era perfeito, depois de tudo seria um desperdício se tivesse morrido, o garoto era extremamente bonito, até mais do que se lembrava ser sua esposa, isso para não mencionar que sua família tinha também uma linhagem muito boa, um filho com ele seria magnífico. Deixaria esses planos para depois, por agora precisava salvá-lo para que se tornasse sua "esposa" e a mãe de Gale.

Afastou Gale e tentou aproximar-se de Zade, grande erro, agora estava sendo cercado por espadas negras formadas com a magia de seu filho.

Só então recapitulou os fatos, como pôde Gale, um menino de apenas 3 anos, derrubar sua porta e deixá-lo inconsciente? A única forma seria se usasse magia, mas um menino tão pequeno não poderia usá-la, isso pensaria qualquer um, menos ele que estava vendo com seus próprios olhos.

Gale: não toque na mamãe, papai mau. —o homem levantou suas mãos em sinal de que não faria nada, sentia que seu plano funcionava, até o exigente pequeno Gale acreditava que esse ômega era sua mãe. Nenhuma das mulheres que encontrara ganhava o afeto e a confiança do menino, mesmo se tingisse seu cabelo com magia, que bom que trouxe esse ômega.

—calmo, filho, não vou machucar a mamãe, ouça, temos que fazer um médico examiná-la ou a mamãe vai morrer, entende isso?

—não machucar a mamãe? —parecia que choraria a qualquer momento, e embora o homem continuasse surpreso, já que até duas semanas atrás Gale não falava e parecia não entender nada, também estava feliz, ele era tão poderoso e magnífico quanto imaginou.

—não machucarei a mamãe, prometo. —o menino desfez sua magia e abraçou Zade novamente, o mais velho após deixá-lo inconsciente chamou o médico para examinar o ômega, não descartava que estivesse fingindo para não cumprir como esposo.

Deixou Zade vigiado no quarto e levou Gale a um quarto reforçado onde sua magia seria anulada, mesmo se estava feliz porque seu sacrifício tinha dado frutos, Gale não o respeitava nem temia, tinha que fazer com que esse menino lhe obedecesse completamente.

Agora voltava com sua esposa, o doutor não trazia boas notícias, embora também não pudesse explicar com certeza a causa, só o fato de que agora Zade dormia e não era possível determinar quando iria despertar.

—tem que haver algo a fazer —esse garoto era perfeito para ocupar o lugar de sua falecida esposa, embora agora que sabe que é inútil sem magia, se arrepende de tê-lo escolhido, mas pelo menos deveria poder cobrar dele o que pagou e usá-lo à vontade como a marionete que será.

—talvez o médico imperial pudesse fazer algo, se falar com sua alteza o rei e pedir esse favor, talvez... —ir com seu irmão era algo que não queria, mas se pensasse não era uma má ideia, mostrar-se preocupado e desconsolado pela saúde de sua esposa faria que seu irmão baixasse a guarda com ele.

*

*

Zade abriu seus olhos lentamente, agora lembrava tudo o que havia acontecido tanto a ele quanto à pessoa que era agora.

—por que de todos os personagens eu tinha que reencarnar em Zade?, não só é o personagem que mais odeio depois do protagonista, mas também é ômega, eu definitivamente não quero ser ômega, e por sua culpa Gale sofre tanto. —agora que pensou no pequeno, olhou ao redor, mas ele não estava lá.

—se minhas lembranças estão certas, eu reencarnei logo depois que Gale impede que seu pai viole Zade, mas no romance, o pai castiga severamente Gale por essa ação e de toda forma Zade é violado noite após noite por esse porco e humilhado pelas outras criadas e pelas amantes que tinha.

O duque está furioso porque Zade apesar de ser nobre não possui magia e porque este o enganou assim que teve a chance.

Quando Zade chega à mansão do duque Brenath, Gale tinha contraído uma misteriosa doença que perturba a magia, mas que com a atenção adequada poderia ser curada.

Zade vê sua oportunidade de escapar das garras do duque e se oferece para cuidar dele, dizendo que sua magia pode ajudar o pequeno.

Os Villanueva nunca disseram ao duque Brenath que Zade não tinha poderes, e é que ninguém poderia acreditar que o filho de uma família nobre e renomada não tivesse magia, mesmo sendo apenas um Ômega, por isso ele concordou que cuidasse de seu filho.

Zade evitou sua responsabilidade marital por duas longas semanas, tempo no qual mal cuidava do pequeno, apesar de passar lá todo o tempo. A realidade é que ao ômega não importava se a condição do menino era grave, só o fato de não ir com aquele alfa repulsivo.

No entanto, ao estar 24/7 com o menino tinha que se mostrar carinhoso e preocupado, ao menos para aparentar diante de algum serviçal ou diante do próprio médico, quem jamais notou que ele de fato não fazia absolutamente nada pelo pequeno, mas assegurava que sua condição era melhor.

Gale por outro lado ao ver Zade sempre ali com ele e às vezes ouvi-lo falar mesmo que mal ouvisse ou entendesse o que dizia, começou a querer aquela pessoa e a reconhecê-la como sua mãe.

A partir disso, Gale se torna mais apegado a Zade do que ao seu próprio pai, por isso quando um ano depois o ômega assassina o duque e todos os que vivem na mansão Brenath com exceção dele, nem sequer lhe importa.

Alguém entrava então Zade voltou a fingir-se dormido.

—está duas semanas dormindo, realmente acredita que desperte? a saúde da duquesa sempre foi ruim, embora seja a primeira vez que a atendo, você tem mais tempo do que eu...

—também sou nova, mas dizem que ele sempre teve saúde muito frágil, será melhor que faça seu trabalho, todo o pessoal foi trocado, dizem que não cuidavam corretamente da duquesa —isso é falso, a razão pela qual o pessoal era trocado era para proteger o segredo da morte da duquesa e para que não notassem quando Zade fosse introduzido à mansão.

—o senhor deve querê-lo muito se até foi pedir ajuda para ele à sua alteza o rei.

—não entendo como pode ser bom só com sua esposa e maltratar dessa maneira seu próprio filho, já são duas semanas que o pequeno duque está trancado naquele lugar horrível, além de que está há dois dias sem comer —Zade abriu os olhos preocupado segurando a mão da mulher que limpava seu rosto.

—o que disse que esse demônio fez com meu Gale? —as duas mulheres quase desmaiam de surpresa, ao ver o ômega reagir de repente.

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