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Meu Pai É Um Canibal

Adoção

Um homem muito bonito, ruivo e de olhos verdes olha para as crianças brincando no orfanato com desejo. A diretora do orfanato lhe pergunta:

- Tem alguma criança em especial que queira adotar, senhor?

O homem sorri gentilmente.

- Tenho.

- E qual seria? - pergunta a diretora, curiosa. - Temos mais de trezentas crianças aqui, aposto que ainda não viu todas...

- Mas já achei a que quero - disse o homem, firme. - É que aquele garotinho ali - e apontou para o garotinho franzino, que deveria ter cinco anos, que brincava com as outras crianças.

- Ele? - a diretora ficou supresa, pois aquele garotinho nunca tinha sido escolhido, por ser muito franzino e frágil.

- Isso mesmo - respondeu o homem.

- Então, vou te apresentar ao Tommy, que é o garotinho - disse a diretora, e levou o homem bonito até o garotinho.

Tommy era um menininho baixinho, com grandes olhos escuros e um cabelo negro. Era palidozinho e tinha uma saúde delicada. A diretora falou para o homem que ele nascera com problemas do coração ainda, e que por isso não podiam abalar ou chatear o menino, senão ele teria um infarto muito cedo.

A diretora chamou Tommy e ele veio na hora, obediente. Estava carregando uma bola furada nas mãos sujas.

- Tire essa bola da mão - disse a diretora, ríspida. - E cumprimente este senhor.

O garotinho tirou a bola da mão e a estendeu para o homem ruivo. Ele a apertou gentilmente.

- Olá, como vai? - disse o homem, sorrindo.

- Vou bem... - sussurrou Tommy, tímido. - Eu caí num buraco, olha só o meu machucado! - e mostrou um hematoma na sua perna pequena.

- Nossa, é bem grande! Deve ter doído - disse o homem.

- Aham! O senhor é muito alto... - E o menininho o olhou de baixo para cima. - É um gigante comparado comigo... ainda sou muito pequeno...

- Mas aposto que ficará grande em breve.

- Sei não... - O menino pareceu triste. - Eu fico doente de vez em quando... e os médicos me disseram que... não vou viver tanto assim.

- Que isso! - O homem pegou a mão do menino e o olhou firmemente. - Claro que vai viver. Você me parece ser um garotinho bem forte!

Tommy olha pro homem, admirado. Ninguém foi tão legal quanto ele naquele orfanato.

- O senhor é engraçado! - o menino ri. - Seu cabelo parece fogo!

- Quer tocá-lo?

- Quero!

E o homem bonito se abaixou, para que o menino tocasse o seu cabelo. Tommy tocou nos cabelos vermelhos do homem com curiosidade nos olhos.

- Como faço pra ter um cabelo como o seu? - perguntou o menino, com inveja. - O meu é tão sem graça...

O homem afagou os cabelos negros de Tommy e disse:

- Seus cabelos são muito lindos, pequeno. Não precisa mudar de cor.

Tommy ficou embaraçado e desviou os olhos.

- Você quer ter uma família? - perguntou o homem, ainda abaixado, para ficar na mesma altura do menino.

O menino o olhou e ficou surpreso.

- Claro que quero!! - disse rapidamente.

- E o que você acharia de ser adotado por mim?

- Eu ia adorar!!

- Então, eu vou te adotar. Você quer mesmo isso?

O menino o abraçou fortemente, e o homem sorriu um sorriso de triunfo.

- Então, tudo bem. O meu nome é Ivan, mas você pode me chamar como quiser. Tudo bem?

- Aham!! - disse Tommy, ainda o abraçando. - Brigado! Brigado por me adotar!!

O homem o colocou em seus braços e o ergueu do chão. Tommy era levinho como uma pluma. O garotinho riu de alegria. E o homem acariciou as os seus cabelos com um sorriso estranho no rosto.

Primeiros dias na casa nova

Visão de Ivan:

O garotinho é um tanto franzino, mas vou o engordar para que possa me servir mais tarde de sua carne. Claro que não o matarei agora, ainda está muito novo. Vou esperar alguns anos ainda. É como criar o próprio alimento em casa, que maravilha!

Se bem que... ele me enche o saco, às vezes. Sempre quer atenção, quer brincar comigo. E eu tenho que ser gentil, mesmo quando quebra o copo ou o prato sem querer.

Ontem, sai com uma mulher. Contratei uma babá para cuidar do garoto enquanto eu estava fora. A mulher e eu transamos dentro do carro mesmo. Era uma puta que eu paguei bem. Bem... eu a matei depois que a coisa estava feita. Senti mais prazer a matando do que fazendo sexo com ela.

Depois, a cortei em pedaços, numa mansão que eu tenho afastada da cidade, e comi partes de seu braço ainda cru. O que sobrou eu guardei no refrigerador, num porão bem trancado. Não consigo viver sem comer carne humana. Antes, eu até ficava sem, mas agora, não, tudo é diferente. O cheiro e o gosto me fascina, sempre quero mais.

Em casa, junto com o garotinho, tento comer comida normal, mas sempre saio de noite, vou na minha mansão longe da cidade, e como os restos da puta decepada. Às vezes, toco na pele macia de Tommy e penso qual será o sabor de comer uma criança... nunca matei uma criança antes. Essa será a primeira vez.

O menino é tão inocente que pensa que eu ano ele. Coitado! Ele mal sabe que eu não o suporto. Seus abraços, seu sorriso, não valem nada para mim. Eu só quero devorá-lo quando estiver mais velho e mais gordo.

Hoje, ele me deu trabalho de novo. Não quis ir pra escola, e quando tentei acalmá-lo, ele começou a chorar. Não fui para a escola, então tive que levá-lo ao meu trabalho.

Eu sou médico, para grande ironia, e trabalho numa clínica especializada em cirurgias. Falei para o menino ficar quieto, apenas sentado num canto, e ele acabou deixando cair instrumentos de cirurgias no chão! Quis enforcá-lo na hora de tanta raiva, mas apenas guardei e esterilizei os instrumentos de novo. Tento parecer agradável com ele, mas às vezes é difícil.

- Você tá bravo comigo? - perguntou Tommy, quando saímos da clínica.

- Não estou, mas da próxima vez você vai pra escola, não pode ficar faltando todo dia.

Tommy ficou meio triste, mas não discutiu comigo. Tentei amenizar a situação, senão ele poderia voltar para o orfanato se não gostasse de ficar comigo.

- Vamos tomar um sorvete? - perguntei, e rapidamente esse pirralho sorriu. O que um sorvete não faz?!

Eu o levei para uma sorveteira, o vi se lambuzar de tanto comer sorvete de chocolate. Limpei o seu rosto com um guardanapo. E ele, sempre me olhando, sorriu.

- Papai... - ele sussurrou. - Posso te chamar de papai?

Eu fiquei relutante por um momento, mas deixei que me chamasse assim. E ele não parou de me chamar de papai desde então.

Às vezes, tenho tanta raiva dele que quero o devorar agora, antes do tempo. Mas outras, não. Ele é um garotinho um tanto burro, inocente, e acredita em tudo o que falo. Como a maioria das crianças de cinco anos. Mas... é muito grudento. Seu corpo pequeno me abraça o tempo todo e às vezes quero comer as suas bochechas macias, mas me contenho.

Hoje, ele está na escola, felizmente. Tenho umas horas de paz. Vou ligar para uma velha amiga e lhe falar sobre o menino. Talvez, ela tenha dicas para me dar sobre como criar crianças de cinco anos.

Depois, vou encontrar mais uma vítima por aí, uma mulher, de preferência, já que a carne guardada já está acabando...

O garotinho não conhece seu pai

Visão de Tommy:

Hoje, o papai está estranho. Ele parece muito feliz. Geralmente ele não é assim comigo. Sempre quer que eu vou pra escola, que eu faço a lição ao invés de brincar, e hoje, me chamou pra ir dar uma volta. Pode acreditar? Tô feliz pra caramba!

O papai me leva até uma mansão grandona. Ele me diz que é nossa casa também.

- Eu só vim buscar uma carne pra gente comer, então se comporta - ele me diz.

- Uhum! Vou me comportar - digo, dando um sorriso.

Ele me dá um cafuné na cabeça e me diz pra esperar na sala, enquanto ele vai no porão pegar a carne pra gente comer. O papai é meio estranho. Por que ele não guarda a carne na nossa casa da cidade? Se eu perguntar, é capaz que fique bravo, então não vou arriscar.

Enquanto ele vai ao porão, dou uma volta pela sala chique do papai. Subo no sofá, nos móveis, vou na cozinha e abro a geladeira. Não tem nada demais. Só água e... O que é isso?!

Na geladeira, tem um monte de olhos em conserva! Grito de susto. Por que o papai tem uma coisa dessas na geladeira?!

Corro da cozinha e quando estou entrando na sala, esbarro no papai, que está trazendo um saco de carne.

- Eu não falei para você ficar quieto na sala? - ele me olha com um olhar assustador.

- Papai, eu...

- Não me venha com papai. Vi você sair da cozinha agora mesmo! Vou te levar de volta pro orfanato se continuar sendo um mau menino.

Eu começo a chorar, com medo. O papai está tão bravo. Nunca o vi desse jeito.

- Me desculpe, me desculpe! - eu digo, ajoelhado, pedindo perdão.

Papai levanta a mão. Penso que vai me bater e espero o primeiro golpe. Mas ele apenas me ergue do chão e me coloca sentado no sofá.

- Você está todo molhado - ele diz, vendo que fiz xixi na calça quando ele levantou a mão pra mim.

- Papai, me desculpe... - começo a chorar alto e soluço. - Me desculpe... não me leve de volta pro orfanato... vou ser um bom menino.

Papai franze o cenho. Se aproxima de mim e limpa o meu rosto molhado com um lenço.

- Vai tomar um banho - ele me diz. - Vai, eu te mostro onde é o banheiro.

E eu tomo banho, ainda pensando nos olhos em conserva que achei naquela geladeira. Não devem ser olhos de gente, né? Devem ser de algum animal que não sei o nome.

O papai me entrega uma toalha e me enxuga de cima a baixo. Depois, veste um pijama de bolinhas em mim e voltamos de carro pra nossa casa da cidade.

- Você não abriu a geladeira, né? - pergunta ele, me olhando firmemente.

Balanço a cabeça, dizendo não.

- Bom menino - ele sorri e acaricia a minha face. - Tommy, eu vou te pedir um favor. Tudo bem?

- Tudo! - sorrio pro papai.

- Não conte para ninguém que eu tenho uma mansão, ok?

- Mas... por que não posso contar?

- Porque isso não diz respeito às outras pessoas. Entendeu? E tudo o que viu lá... também não fale para ninguém, entendeu?

- Sim, papai!

- Ótimo, vou confiar em você.

O papai me bota pra dormir, lê uma história pra mim. Acho que é o Pequeno Príncipe. E então me diz boa noite, filho, pela primeira vez na vida.

- Papai - eu chamo ele, e ele volta pra minha cama.

- O que foi, Tommy?

- Você não vai me levar de volta pro orfanato, né?

- Não - ele responde, sério. - Estava só brincando.

- Que bom... estou gostando de ficar com você, papai. O senhor é muito legal!

Papai fica surpreso, depois apenas me cobre com um cobertor e aperta a minha mão por um tempo.

- Papai... O que foi?

- Nada. É que seu corpo é tão delicado... precisa tomar cuidado para não se machucar.

- Eu sei, papai, eu me cuido! - e sorrio.

Ele sorri e me deixa na cama, dormindo.

No dia seguinte, acordo e vejo um cavalinho de brinquedo no meu quarto. Ele comprou pra mim de presente! Rapidamente, corro pra sala e vejo o papai preparando o café da manhã.

- Gostou do cavalinho? - ele me pergunta.

Fico tão feliz que corro e agarro o seu corpo grande, dando um abraço de urso nele! É o primeiro presente que ganho na vida. Tenho que recompensar o papai devidamente.

Papai acaricia os meus cabelos e me diz que sou muito grudento. Não ligo, sei que gosta de mim.

- Papai... me abraça!!

Ele se ajoelha e me abraça apertado. E pensar que ontem o papai estava assustador quando tinha me visto naquela cozinha!

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