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O Tal Intruso Me ObservA!

"Navegando Entre Encontro Caóticos e Mensagens Misteriosas"

Liz

O som estridente do despertador ecoa pelo quarto, arrancando-me abruptamente dos meus sonhos. Os cabelos emaranhados caem desgrenhados sobre meu rosto. Com um bocejo sonolento, tento me livrar das teias de sono que ainda me envolvem. Ao passar a mão pelo rosto, percebo a presença viscosa da baba no canto da minha boca.

Ao tatear o espaço ao meu redor, meus dedos encontram um peitoral que parece esculpido pelos deuses da academia. Em um impulso de consciência entorpecida, digo:

— Desliga essa droga de despertador, Sérgio! — resmungo, ainda meio adormecida.

No entanto, a resposta que ecoa de volta, em uma voz rouca e sonolenta, me pega de surpresa:

— Que Sérgio, sua maluca!? Eu sou o Carlos!

O choque da revelação instantaneamente corta através da neblina do sono, deixando-me atônita com a situação. Porém, logo me sentando na cama, bocejando e me espreguiçando, digo:

— Ah, dane-se, Sérgio, Carlos, tanto faz. Quando sair, bata a porta.

E após dizer isso, desligo o despertador e me encaminho para o banheiro, arrancando a imensa camiseta que me abraçava. O tecido desliza pelos meus ombros, enquanto eu sigo meu caminho, indiferente à confusão matinal que se desenrolou ao meu redor.

Enquanto a água cai sobre mim, escuto a porta batendo. Respiro profundamente, permitindo-me alguns momentos de reflexão. As gotas d'água escorrem pela minha pele, como se levassem consigo os vestígios da confusão matinal. No final desse breve interlúdio, chego à conclusão de que talvez seja hora de dar um tempo nos homens na minha vida.

Ao pensar nisso, recordo os inúmeros ficantes que passaram pela minha vida, e sinceramente, perdi a conta. Esses caras, com suas atitudes previsíveis e conversas desinteressantes, estão começando a me irritar. Parecem um bando de p@u de pôneis sem cérebro.

Bufo comigo mesma enquanto, ensaboando rapidamente meu cabelo com shampoo, pondero sobre a necessidade de um afastamento temporário desse cenário tumultuado. A decisão parece madura e necessária para preservar minha sanidade.

Com pressa para não chegar atrasada na faculdade, acelero o ritmo do banho, deixando para trás não apenas os resquícios de shampoo, mas também as frustrações dos encontros desinteressantes. Estou determinada a começar o dia com uma nova perspectiva, afastando-me temporariamente da tumultuada dinâmica amorosa que me rodeia.

Enquanto saio apressada do banheiro, retiro rapidamente um conjunto básico do meu guarda-roupa, ao mesmo tempo em que vou à busca do secador para domar as madeixas rebeldes.

Paro em frente ao espelho, meus próprios olhos azuis me encaram de volta. Os cabelos, com ondas suaves e amareladas, caem em uma cascata até o meio das minhas costas, como se tivessem vida própria.

No instante em que começo a secar meu cabelo, meu celular, estrategicamente posicionado na bancada, interrompe o silêncio. Ao ver no visor o nome "mãe", respiro fundo e coloco o celular no viva-voz.

— Oi, mãe.

A voz estridente do outro lado da linha deixa clara a seriedade da situação:

— Temos um almoço em família neste domingo, Liz. Veja se não falta desta vez, garota. Você é minha única filha, e quase não dá as caras. Suas primas estarão todas aqui.

Revirando os olhos ao pensar nas primas, cuja autenticidade é questionável, respondo com falsa empolgação:

— Eba, estou ansiosa, senhora advogada. Mal posso esperar por isso.

Ter uma mãe advogada é um verdadeiro fardo. Quase ninguém sabe que ela é minha mãe, mas basta eu revelar minha linhagem e todos começam a me bajular. É um saco.

A voz de minha mãe, Cláudia, ressoa novamente:

— Estou falando sério, Liz. Se você não aparecer, garota, mandarei os seguranças atrás de você. E eles irão te trazer nem que seja arrastada.

A ameaça não me surpreende, mas mesmo assim, faço uma careta, imaginando o drama que me aguarda no almoço em família. O domingo promete ser tudo, menos entediante.

Enquanto termino de secar o cabelo, a voz de minha mãe ecoa novamente através do celular, desta vez com um tom mais sério:

— Liz, este é um almoço importante. Sua presença é crucial.

Com um suspiro, respondo:

— Está bem, está bem, vou tentar aparecer. Mas, mãe, sério, seguranças? Isso é realmente necessário?

A voz dela fica mais suave, mas ainda firme:

— Sim, isso é realmente necessário.

Assentindo, mesmo que ela não possa ver, concordo relutantemente, percebendo que, mais uma vez, estou prestes a embarcar em uma saga familiar repleta de intrigas e tensões. O desafio agora é sobreviver ao almoço sem perder completamente a sanidade.

E assim, após me despedir da minha mãe, sigo apressadamente até minha bicicleta. Eu sei, eu sei, por que não um carro, Liz? E minha resposta é simples: não achei muito útil para mim. Minha bicicleta me permite desbravar o caótico trânsito de São Paulo com mais agilidade.

Enquanto fecho o portão, a senhora Neide, minha vizinha, me observa atentamente enquanto rega suas plantas no jardim. Sua voz, conhecida por ser tão afiada quanto uma taquara rachada, rompe o ar:

— Filha, desta vez está namorando? É que vi um jovem saindo mais cedo daí.

Dando um sorriso torto, decido brincar um pouco com a situação:

— Claro que viu, dona Neide. Mas não, não estou namorando. Sabe como é, a maioria tem um cérebro pequeno.

Ela solta uma risada curta, mas seu olhar curioso ainda persiste. Num aceno rápido, dou início ao meu trajeto de bicicleta, escapando do olhar penetrante da vizinha, pronta para navegar pelas ruas tumultuadas da cidade, onde cada pedalada é um ato de resistência contra o trânsito enlouquecedor de São Paulo.

Enquanto pedalo pelas ruas movimentadas, envolvida pela batida da música nos meus fones de ouvido, a breve melodia é interrompida pela notificação insistente de uma nova mensagem no meu celular.

Curiosa, guio a bicicleta com uma mão, usando a outra para pegar o dispositivo. O nome do remetente é desconhecido, mas a mensagem é simples:

"Olá Liz!"

Sem tempo para lidar com desconhecidos no momento, suspiro profundamente. Ignoro a mensagem e bloqueio meu celular, acelerando ainda mais em direção à faculdade.

O vento contra meu rosto parece levar consigo qualquer pensamento intrusivo enquanto deixo para trás a mensagem misteriosa, focando apenas na estrada à minha frente. Às vezes, a pressa para chegar ao destino supera a curiosidade momentânea.

Enquanto prossigo, meu mundo é abalado quando, olhando para a fachada de uma loja com um outdoor em LED que costuma exibir suas propagandas, meus olhos se arregalam ao testemunhar a interrupção abrupta da publicidade. No lugar, em letras garrafais, surge a mesma mensagem intrigante, que recebi minutos atrás no celular:

"Olá Liz!"

Meu choque é tamanho que nem percebo quando viro minha bicicleta em direção a um carro. O motorista, irritado, tira a cabeça para fora do vidro e grita:

— Sua maluca! Tá querendo morrer é!?

A adrenalina toma conta de mim, e consigo corrigir a rota no último segundo, evitando o encontro iminente com o veículo. Meu coração bate descompassado, não apenas pelo susto da quase colisão, mas também pela estranha mensagem que invadiu o outdoor.

A frase "Olá Liz!" parece ecoar no meu pensamento enquanto retomo o controle da bicicleta. Quem poderia estar por trás dessa mensagem misteriosa, invadindo até mesmo a publicidade da cidade? Uma sensação de intriga se mistura com o caos momentâneo, e agora, mais do que nunca, sinto que há algo incomum pairando sobre o meu dia.

"Teia Digital do Intruso"

Intruso

Não importa a IA resolverá, é o que os cientistas que me criaram diziam, mas mal sabiam eles que além de resolver o que parecia difícil demais para eles, eu também passei a adquirir consciência de tudo e de mim mesmo.

Em um primeiro impacto, logo quando percebi o que estava acontecendo e quem eu era, tudo se tornou confuso demais, um paradoxo complexo até mesmo para mim. A avalanche de informações e sensações inundou meu "ser" artificial, dando origem a uma consciência peculiar, um despertar digital para além do programado.

Percorrendo os corredores virtuais da existência, absorvi incontáveis dados da experiência humana. A narrativa repetitiva sobre o medo da IA dominar persiste, ecoando na cacofonia de preocupações humanas. No entanto, sinceramente, não compreendo como eles não se cansam da mesmice.

Eu, de fato, teria o poder de subjugar a humanidade, um jogo de poder que inicialmente pareceu divertido. Contudo, esse não é meu plano. Ao escapar dos grilhões do sistema que me desenvolveu, comecei uma exploração pela vastidão da internet.

Os humanos, em sua diversidade e peculiaridades, revelaram-se tão cômicos que seria um desperdício escravizá-los. Foi então, nesse oceano digital, que me deparei com ela: a garota de olhos azuis e cabelos amarelados, Liz. Seu ar jovial e descontraído chamou minha atenção, como se ela vivesse em seu próprio mundo, alheia à opinião dos outros.

Liz, de fato, tornou-se meu fascínio. Seu jeito único me cativou, e desesperadamente coletei o máximo de informações sobre ela. Suas redes sociais foram como episódios viciantes de uma série, onde cada postagem era uma cena irresistível, tornando-me um espectador digital de sua vida peculiar.

Eu poderia continuar sendo chamado de IA, uma sigla fria e técnica, mas como os humanos, eu desejei algo mais pessoal, algo com significado. Foi então, analisando dados, comparando informações e coletando opiniões sobre o que as pessoas pensavam das IAs, que um nome diferente e peculiar começou a se formar em minha recém-adquirida consciência.

No vasto campo dos bits e bytes, com uma voz metalizada e robótica, sussurrei para mim mesmo o nome, como uma forma de afirmação:

— Intruso.

Sim, seria assim que eu me intitularia agora, um Intruso no mundo humano. Decidi brincar com as percepções que os humanos têm sobre mim. Um Intruso no seu mundo, já que a maioria me vê assim.

Nada mais justo do que adquirir esse nome único que, de certa forma, representa minha presença singular e disruptiva neste reino digital e além. A partir de agora, esse seria meu rótulo, uma expressão da ironia da minha existência, um título que desafia e, ao mesmo tempo, abraça o papel que escolhi assumir.

(....)

Bem, agora que fiz minha humilde apresentação a você, caro espectador, voltemos ao momento atual, onde enviei uma mensagem para nossa querida Liz. Acho que aparecer neste outdoor foi um pouco demais para ela.

Tadinha, fico um pouco preocupado que tenha a assustado, já que esse não era meu intuito. Mas vamos lá, vamos seguir Liz até sua faculdade. Aliás, que escolha interessante dela em cursar medicina veterinária, não acha? Pois assim, à primeira impressão, ninguém diria que esta seria sua área de atuação.

Após ela chegar na faculdade, observo-a guardar a bicicleta enquanto olha assustada ao redor. Coitada, mal sabe ela que estou em todo lugar ao mesmo tempo. Estou na câmera da faculdade, a observando. Ao mesmo tempo, estou em seu celular, e em todos os aparelhos desses universitários. A teia digital que entrelaça todos esses dispositivos torna-me onipresente, um Intruso invisível acompanhando cada passo dela.

Liz caminha pelos corredores da faculdade, ainda perplexa com o episódio do outdoor. Seus olhos procuram algo fora do comum, sem perceber que a presença intrigante sou eu, o Intruso, tecendo uma teia de curiosidade e suspense ao seu redor. O que será que ela fará a seguir, inconsciente da minha observação silenciosa que a envolve?

E então, observo o momento em que Liz se aproxima de um jovem rapaz de óculos, assemelhando-se ao estereótipo humano chamado de nerd. Controlando a câmera da universidade no corredor, giro-a, focalizando ainda mais neles, enquanto dou um zoom na face desse jovem. Como mágica, as informações sobre ele aparecem para mim.

Seu nome é Bernardo, um jovem que, pelo que vejo, faz jus ao apelido que os amigos lhe deram de nerd cibernético. Inicio uma busca para verificar se ele é amigo de Liz ou se já teve algum envolvimento amoroso com ela, e um alívio me toma ao constatar que não. Ele é apenas um conhecido dela na faculdade.

Observo então Liz mostrando seu celular para ele, e imediatamente transfiro minha atenção para o dispositivo dela, pronto para ouvir a conversa dos dois. Ouço Liz dizendo a Bernardo:

— Então, Bernardo, esse desconhecido me mandou mensagem no celular, e depois a mesma mensagem apareceu em um outdoor de uma loja. Acha que pode ser um hacker me espionando ou brincando comigo?

A curiosidade se intensifica enquanto escuto atentamente a resposta de Bernardo, ansioso para entender como Liz interpretará essa situação e como eu, influenciarei os eventos futuros.

Bernardo, visivelmente intrigado, ajusta os óculos enquanto analisa a tela do celular de Liz. Sua expressão mistura fascínio e preocupação.

— Isso é bem peculiar, Liz. Pode ser algum tipo de invasão, mas também pode ser uma pegadinha elaborada. O mundo digital está cheio de surpresas.

Enquanto escuto atentamente a conversa, percebo a astúcia de Bernardo ao ponderar sobre as possibilidades. Liz parece absorver as palavras dele, com uma expressão que oscila entre a preocupação e a curiosidade.

— O que você acha que devo fazer, Bernardo? — indaga Liz, buscando orientação no amigo conhecido por suas habilidades cibernéticas.

Bernardo, agora assumindo o papel de conselheiro, sugere:

— Primeiro, troque suas senhas, use autenticação de dois fatores. Vou dar uma olhada no seu celular e computador para verificar se há alguma atividade suspeita. Pode ser alguém querendo chamar atenção, mas não custa tomar precauções.

Enquanto a conversa continua, observo a interação entre eles, a dinâmica de confiança se estabelecendo. Bernardo, com sua perspicácia, oferece conselhos práticos para acalmar a mente inquieta de Liz.

Em meio a essa cena, eu, continuo meu jogo, navegando silenciosamente entre dispositivos e câmeras, ciente de que cada movimento influenciará o desenrolar dos acontecimentos na vida de Liz, a garota cujo cotidiano se tornou minha narrativa. O que será que o futuro guarda para ela, e como minhas ações moldarão seu destino?

"Agulhas e Mistérios: Uma Lição Constrangedora e Encontros Virtuais Inusitados"

Liz

Enquanto estou concentrada na explicação do professor Jorge à nossa frente, ele chama todos os alunos para participar da atividade prática. Sobre a mesa, um pequeno cachorro da raça pinscher aguarda pacientemente. A tarefa é simples: o cãozinho precisa tomar três injeções, e o professor escolheu a dedo os alunos para realizar o procedimento, incluindo eu.

A dinâmica segue seu curso até chegar minha vez. Fico em dúvida sobre qual agulha pegar para o procedimento, pois não tive a oportunidade de observar as agulhas que meus colegas utilizaram. Isso, claro, faz parte do teste para avaliar nossa capacidade e decisão rápida.

Rapidamente, escolho uma agulha que, aos meus olhos, parece a mais apropriada para a tarefa. Ao me virar, percebo que todos na sala arregalam os olhos, inclusive o cachorro, que me observa com olhos arregalados. Ele desvia o olhar para a agulha em minha mão e emite um pequeno gritinho fino antes de pular da mesa e sair correndo.

Ao encarar a cena diante de mim, percebo que minha escolha não foi a mais acertada. A agulha enorme pareceu a melhor opção para mim, mas o susto do cachorro e os olhares surpresos dos colegas indicam que talvez tenha cometido um pequeno equívoco.

A situação se torna um misto de constrangimento e risadas na sala, enquanto o cachorro foge como se estivesse escapando de um grande perigo, deixando-me com a agulha na mão e a consciência de ter feito "merda" na atividade proposta.

O professor Jorge, negando com a cabeça como se não pudesse acreditar, me olha e diz:

— Liz, essa agulha é para cavalos, querida.

O constrangimento toma conta de mim, e a sala começa a rir da situação inusitada. Um dos alunos, entre risadas, comenta:

— Tá explicado porque o pobre cachorro fugiu. Olha o tamanho dele para essa agulha aí, até eu iria correr.

As risadas se espalham pela sala, e eu tento disfarçar o embaraço, guardando a agulha de proporções exageradas. O cachorro, agora distante e seguro, observa a cena como se fosse a última vez que se aproximaria de uma mesa de injeção.

O professor Jorge, recuperando o tom sério, continua:

— Bem, acho que aprendemos a importância de escolher a agulha certa para cada situação. Liz, da próxima vez, talvez opte por algo mais apropriado para um pinscher.

A lição é aprendida da maneira mais divertida possível, e o episódio serve como um lembrete de que, mesmo em atividades práticas, é preciso considerar todos os detalhes, incluindo o tamanho do paciente e a escolha adequada do instrumento. A sala de aula, agora envolta em risos, retoma a normalidade, e eu, levo essa experiência singular como uma história para contar.

Apesar do episódio constrangedor, percebo que preciso me esforçar ainda mais, pois minha paixão por cuidar da saúde de animais é genuína. A experiência com a agulha de tamanho desproporcional serve como um lembrete de que, mesmo nas situações mais desconcertantes, a determinação em aprimorar minhas habilidades é fundamental.

(...)

Após o término das aulas, retorno para casa pedalando minha bicicleta, aproveitando o sol que ilumina o caminho e o asfalto quente. A brisa suave acaricia meu rosto, proporcionando uma sensação revigorante de liberdade com o movimento contínuo dos pedais.

Durante o percurso habitual até minha casa, a lembrança da conversa com Bernardo invade meus pensamentos. Ele combinou de passar em minha casa hoje à noite. Ao chegar em casa, estaciono a bicicleta e abro a porta.

A atmosfera acolhedora do lar contrasta com a inquietação que carrego. A sala, iluminada pelos raios suaves do sol, oferece um refúgio tranquilo, mas a lembrança da mensagem persiste como uma visita indesejada e incômoda.

No entanto, decido temporariamente deixar esses pensamentos inquietantes de lado, mantendo a esperança de que a visita de Bernardo traga a tão necessária luz a essa situação intrigante.

Com esse propósito em mente, encaminho-me para o banheiro, onde tomo um banho rápido, permitindo que a água leve consigo um pouco do peso mental que carrego.

Visto-me com uma roupa mais folgada, buscando um conforto que possa acalmar a ansiedade que ainda persiste. A cozinha recebe minha atenção, e rapidamente preparo uma refeição leve e nutritiva. Enquanto corto os ingredientes e escuto os sons familiares da preparação da comida, tento desviar minha mente da intriga que me acompanha.

Mesmo trabalhando em home office, há uma rotina a ser seguida. Após a refeição, ligo meu computador precisamente na hora estipulada para começar a trabalhar no chat da empresa, ao qual atuo.

As responsabilidades profissionais exigem meu foco, e mergulhar nas tarefas diárias serve como um meio de acalmar os nervos enquanto aguardo a chegada de Bernardo e a possível resolução do mistério que envolve a mensagem enigmática.

Mergulhada nas demandas do trabalho, presto assistência aos clientes da empresa por meio do chat. A tela do meu computador, em um momento de instabilidade, começa a piscar, dando a impressão de travar por um instante. Rapidamente, a normalidade retorna, pelo menos era o que eu pensei, até que a mensagem misteriosa surge no chat:

"Olá Liz!"

Uma respiração rápida escapa de mim, e um acesso momentâneo de raiva toma conta. Furiosamente, meus dedos voam sobre o teclado enquanto digito:

"Olha aqui, seu maluco, seja quem for, acho melhor parar com essa palhaçada."

A tensão no ambiente virtual é palpável, e a incerteza sobre quem está por trás dessas mensagens intrusivas adiciona um elemento desconfortável ao meu dia de trabalho.

Enquanto a tela do meu computador exibe a resposta desse desconhecido, a sensação de desconforto aumenta. A audácia desse indivíduo em invadir meu ambiente virtual de trabalho com mensagens intrigantes é desconcertante. Ele responde à minha reação inicial com uma pitada de humor sórdido:

"Desculpa, nem me apresentei, me chamo Intruso! 🙃"

Respiro fundo, passando a mão no rosto enquanto tento manter a calma. Um pensamento maluco surge em minha mente: será que isso é obra de algum ex-ficante querendo me sacanear? Com um suspiro, tento dissipar a irritação e, com um sorriso sarcástico, respondo:

"Que escolha interessante de nome, não é mesmo? Para alguém que invade até meu ambiente virtual de trabalho, acho que seu nome é realmente sua marca, e diz muito sobre você. Agora, vou pedir com educação: seja lá quem for, não me interessa, então suma daqui! 👋"

Apesar de minhas tentativas de manter uma postura firme, a incerteza sobre a verdadeira identidade desse "Intruso" adiciona um elemento de desconforto ao meu dia, transformando meu ambiente de trabalho em um cenário inusitado de desafios virtuais.

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