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Sobrevivam Vol 2.

cap 1: apresentações

7 jovens acordam num centro de alimentação, do que parece ser um shopping.

— ai, o que está acontecendo? Eu só lembro de ser chamada para uma entrevista de emprego.

Outras 6 pessoas acordam em conjunto, e um holograma de gato aparece.

— oh! vejo que os senhores já acordaram, bem, já era hora, precisamos nos apressar, pois, o jogo já vai começar. — o holograma de gato fala, com uma voz supercortez.

— o que é tudo isso? E onde estamos? eu me lembro de ter sido chamado para uma entrevista de emprego numa academia. — um homem alto e robusto levanta-se.

— bem, minha cara Evely e Aquiles, serei o mais breve, para ter certeza de que não gastarei muito o tempo de vocês, que neste momento é o bem mais precioso de vocês, o que está acontecendo, é que vocês foram selecionados para um jogo, chamado sobrevivam, e se sobreviverem por 7 dias, vocês receberão um bilhão de dólares cada.

Todos ficam espantados, e interessados no que o holograma de gato estava a falar.

— bem, vejo que todos estão com a atenção voltada para mim, a oferta é boa afinal, mudar as suas vidas, e poderem ser muito ricos, vou explicar o jogo, é simples, durante 7 dias terão 7 jogos, 1 por dia, vocês precisam completar com êxito os jogos, e se conseguirem sobreviver a eles, depois dos 7 dias, ganharão o prêmio, e alguns bens a mais.

— tá, mas não seria tão simples né? Com certeza tem alguma pegadinha, ou algo que temos que fazer, e, aliás, como podemos confiar na sua palavra, de que irá nos dar o dinheiro.

— boa indagação minha cara Ive, com certeza, todo jogo de altos ganhos tem os seus riscos, e eu garanto a vocês que essa quantia não é nada para nós que organizamos esse jogo, mas sim, não é tão simples, durante o jogo, vocês terão das 6 horas da manhã, até as 18 horas para completar, e se falharem, terão que enfrentar assassinos que aparecerão a depender da noite.

— como assim? Nós podemos morrer?

— sim, minha cara Geni, caso falhem, durante as 19 horas da noite e as 6 horas da manhã, um ou alguns assassinos caçarão vocês neste Shopping, e se os encontrarem, eles têm a liberdade de mata-los.

— ei, eu não concordei com nada disso, aliás, nós sumimos, não acha que as autoridades vão notar? Ou alguém? Eu quero sair, independente do dinheiro, não quero morrer aqui.

— meu caro Aquiles, penso que ninguém quer morrer, mas vocês não têm escolhas no momento a não ser jogar, todos vocês são órfãos, vivem uma vida pobre, ninguém os deu abrigo, alguns se formaram em faculdades que não dão um bom dinheiro, e estão todos desempregados, alguns já trabalharam, mas o dinheiro foi muito pouco, essa é a chance para vocês mudarem tudo, e sinto dizer, mas, nós já apagamos vocês do sistema, ninguém vai ligar mesmo que sumam da face da terra, vocês não têm família ou parentes, até as pessoas que chamavam de amigos não ligam para vocês, lidem como uma oportunidade sem volta, trabalhem juntos e sobrevivam.

Todos ficaram pasmos com a verdade jogada em suas caras.

— bem, vejo que todos entenderam, vou explicar o jogo, e como tudo funcionará, o jogo de hoje é colocado como nível fácil, tem 3 níveis, fácil, médio e difícil, será quase como uma apresentação própria, a chance de falhas é apenas se mentirem, e se vocês falharem, um assassino as 19 horas será liberado para caça-los nesse imenso Shopping, más, nem tudo está perdido mesmo se falharem, pois, alguns quartos pequenos e protetivos estão para a noite que falharem.

— como assim? E, aliás quem você é?

— oh!? é mesmo, quase esqueci de me apresentar, sou Alfred, o gato de cartola que irá ajuda-los nesse jogo, podem tirar qualquer dúvida comigo, eu serei o guia de vocês, e bem, o que acontece é o seguinte, tem uma área com 7 camas e 2 banheiros no shopping, quando vocês conseguem completar o jogo do dia, o acesso ao local é liberado, e vocês podem entrar e estarão protegidos, mas se falharem não poderão entrar, e os assassinos irão atrás de vocês, tentando mata-los, na noite 1 será 1 assassino, na noite 2, 2 assassinos e assim por diante.

— tá, mas se falharmos um dia só, nós morremos com certeza, pois acredito que não vamos conseguir derrotar assassinos profissionais.

— está certa minha cara Evely, e bem, para o dia que falharem, existem chaves, que possibilitam a entrada de um pequeno abrigo que cabe apenas uma pessoa, mas vocês terão apenas 1 hora para achar essas chaves, entre as 18 horas e 19 horas, depois os assassinos irão atrás de vocês, más, não tem quarto para todo mundo, na noite 1, terão 6 quartos, na noite 2, 5 quarto, noite 3, 4 quartos, um a menos toda a noite e na noite 7, 0 quartos, mas terão locais de salvação na noite e esconderijos secretos para vocês, se conseguirem trabalhar bem, e pensar bem, conseguem facilmente sobreviver.

— entendi, então se passamos o jogo temos noite segura, se não passamos temos que ir atrás dessas chaves, mas pela minha conta, um sempre vai ficar fora.

— bem isso é verdade, mas o shopping é grande, minha cara Evely, e tem como se esconder, e se pensarem bem, tem outras formas de sobreviver, então vamos começar o jogo, pois já é 7 horas, vou guia-los para que hoje não seja um dia de falha, mas antes que tal eu fazer uma pequena apresentação de vocês? Todos já sabem o meu nome, eu já sei o de vocês e as suas histórias, mas vocês não se conhecem, então vou apresenta-los, quem eu disse o nome, levante a mão e venha pegar o relógio que está aqui na banca de holograma.

Todos concordam.

— ok, Geni, a entusiasta, de 23 anos, olhos castanho escuro, pele branca 1,6 metros, cabelo castanho escuro até os ombros, corpo superequilibrado, ex-trabalhadora de mercado, pode vir aqui pegar o relógio.

Geni pega o relógio e volta para onde está os outros.

— ok, o segundo, Aquiles, de 23 anos olhos verdes pele branca, o musculoso de 1.8m, cabelo Chanel, super positivo e pensativo, pode vir pegar o seu relógio.

Aquiles pega o relógio e volta.

— beleza, terceira, Beatriz, 23 anos, olhos azuis, cabelo loiro longo ate as costas, 1.65m, confiante como uma imperatriz, corpo cheio de curvas belas, pode vir pegar o seu relógio.

Beatriz pega o relógio.

— ok, o quarto é o Rian, 23 anos, olhos castanho escuro, cabelo liso até a orelha, 1.82m, magro, usa óculos, e bem introvertido, pode vir pegar o seu relógio.

Rian pega o relógio.

— ok quinta, Ive 23 anos, pele branca, cabelo liso colorido de rosa, com mechas azuis até a orelha, 1.5 metros, magra, com grandes peitos e bunda, usa óculos, extrovertida e ama jogos, pode vir pegar seu relógio.

Ive pega o relógio.

— ok sexta, Evely, 23 anos, pele branca, 1.8 metros, cabelo escuro longo até as costas, peitos pequenos, cochas e bunda grandes, a peculiaridade diferente dela, é que ela é trans, usa óculos, é bipolar, ama livros, pode vir pegar seu relógio.

Evely pega o relógio e volta.

— e finalmente por último, Levy, pele branca, 23 anos, olhos castanho escuro, 1.7 metros, cabelo degradê, um pouco a cima do peso, pois foi descuidado por trabalhar em um local de fastfood, é bem vergonhoso, mas com um coração de ouro, bem pode vir pegar seu relógio.

Levy pega o relógio volta.

— bem, agora que todos pegaram os relógios, vou explicar o que ele é, ele serve para se comunicarem, e verem a hora do dia e noite, basta clicar no botão 1 e podem falar como um rádio, para caso precisem se separar, todos ficaram realmente quietos, parece que já se contentaram eim? bem, vamos começar o jogo.

cap 2: charada descritiva

O silêncio permaneceu por alguns segundos, todos estavam ansiosos para ver como era o jogo, por mais que colocasse a própria vida em risco, ganhar tanto dinheiro, faria eles mudarem tudo, e fazer todos os projetos que eles tinham.

— ok, o jogo 1 será charada descritiva meus caros jogadores, basicamente, vocês terão uma charada em 1 local, porém apenas um de vocês sabem a resposta, pois está ligada diretamente a pessoa, quando conseguirem desvendar a charada e contar o contexto dela, a pessoa ganhará uma bolinha de ouro, se notarem, do lado do relógio tem uma entrada como uma bola pequena, quando conseguirem achar cada uma das bolinhas, que são 7, uma para cada um de vocês, ai o jogo será ganho por vocês.

Todos continuaram calados, quase sem entender nada do que o gato falara.

— é mais fácil, na prática, vamos iniciar o jogo, direi 3 dicas, a primeira é, mercado, a segunda é que a charada envolve a senhorita Geni, podem ir ao mercado, quando chegarem lá, eu digo a terceira, fica para a direita, na ponta.

Todos foram quietos, sem dizer uma palavra, ninguém confiava em ninguém, mas queriam o dinheiro que vem com a vitória, em 5 minutos todos chegaram lá, e Geni incomodou-se um pouco com o local.

— ok, todos aqui, bem, minha cara Geni, o que tem a dizer? O que acha que é a charada e pode desvendar? — o holograma de gato aparece no meio do mercado, sentado numa cadeira e bebendo algo que parecia ser um chá.

— é igual ao meu antigo trabalho. — Geni diz começando a entender o jogo.

todos ficam quietos, e apenas escutam o que Geni e Alfred tem a dizer.

— certa resposta, cada um dos 7 locais, são idênticos a locais que os senhores passaram por algo que mudou as suas vidas, ou de alguma forma, seus pensamentos, a charada é a seguinte "aquele em que tudo manda, solicita a sua presença". — após isso Alfred se cala.

Ninguém entende nada, além de Geni, obviamente que ela sabe do que se trata.

— não pode ser àquilo não é? eu sai de lá, eu estou a fugir dessa parte da minha vida, e você quer que eu vá lá de novo? — Geni diz lembrando de algo muito ruim, que acontecera com ela.

— esse é o jogo minha cara Geni, ele foi feito para iniciar uma confiança maior entre os jogadores, e entenderem os seus traumas, e aprender a compartilha-los e supera-los, pense o que quiser, mas você sabe a resposta, contudo aviso uma coisa, se não prosseguir, os outros também não vão, e vocês vão ter que enfrentar um assassino durante a noite.

todos olham para Geni, que percebe os olhares, nenhuma palavra é dita, mas Geni sabe que se não fizer, estará provavelmente indo para a morte e arrastando todos.

— ok, eu acho que não tenho escolha, vamos a sala do gerente da loja.

todos encaminhan-se para a sala, e se deparam com várias fotos de Geni nua, fazendo coisas obscenas com um homem velho e gordo, Geni desvia o olhar, e pensa em sair.

— não, já estamos aqui, vamos dar o nosso melhor, não vamos te zoar, acho que todos vamos passar por isso hoje, então por favor, complete a sua charada. — Aquiles para Geni antes que ela corresse.

Geni olha nos olhos de Aquiles tapando a passagem, respira fundo e diz:

— bem, minha história, é que desde que eu entrei na última empresa, que por sinal era um mercado, o gerente pôs o olho em mim, ele me fez fazer sexo com ele, e várias outras coisas que eu não queria fazer, para manter o meu emprego, eu conseguia aguentar, eu só precisava de mais tempo para acabar a faculdade, e passar por tudo aquilo, mas aí, ele teve a ideia de contar para um associado, depois disso ele espalhou fotos minhas assim, e toda a empresa ficou sabendo, até o porteiro, a fachineira, os colegas de trabalho, me gerou uma imensa vergonha, mas ele fez isso apenas, pois eu disse que não aceitaria outra pessoa alem dele de novo, só por isso ele não gostou, eu não sabia das fotos, eu pensei, vou processa-lo, mas aí ele me garantiu que eu não teria qualquer emprego na cidade inteira se eu fizesse isso, e o que eu fiz? Deixei de lado, saí do mercado no dia seguinte, e pensei, ta tudo bem, dá para recomeçar, mas ainda assim ficou difícil conseguir algum emprego novamente, ai achei essa vaga que ofereceram, e agora estou aqui. — Geni da um suspiro após explicar a própria história.

todos se comovem com Geni, e agora tem certeza, que provavelmente todos passarão por algo do tipo nesse jogo.

— ótimo minha cara Geni, foi bem mais rápido do que pensei, a resposta está certa, a resposta para charada não é nada menos que contar a sua história, sem mentiras, um jogo onde precisarão confiar uns nos outros não precisam de mentiras, bem ai está o prêmio da primeira charada.

ao dizer isto, uma caixinha de vidro aparece a subir como se fosse um pequeno elevador sobre a mesa que estava na frente deles, e uma bolinha de ouro está no meio da caixinha.

— pode pegar a bolinha, aliás deve pegar, e colocar no relógio.

Geni se movimenta até a mesa, vê todas aquelas fotos, uma tristeza junto de raiva toma a sua mente, mas com um suspiro, ela abre a tampa da caixinha e coloca a bolinha de ouro no relógio.

— ótimo, primeira charada concluída com sucesso, agora vamos para a segunda, e as dicas são academia, e Aquiles.

Aquiles entende o que provavelmente irá acontecer, e o que precisará falar, vendo o que aconteceu com Geni na primeira charada, ele baixa a cabeça e respira e diz:

— bem, vamos, é minha vez agora.

— a academia está no segundo andar, do lado do cinema. — Alfred volta a dizer, sumindo o holograma.

todos vão para o segundo andar, e vão para a academia.

— e então Aquiles, o que me diz.

— é igual, até as máquinas, e a forma que estão montadas, vamos diga logo a charada.

— olha só, está apressadinho, nesse ritmo, primeiro jogo acabará bem rápido, é parece que os assassinos não terão muita chance contra vocês hoje, bem a dica é "aquela que quer, mas não pode ter, te faz tudo perder".

— arf... então realmente é isso, bem, não acho que foi a pior coisa do mundo, mas bem, vamos lá, tudo começou quando uma garota, de 15 anos começou na academia que eu era profissional treiner, ela acabou gostando muito de mim, e queria que eu não so fizesse àquilo com ela, mas também que namorássemos, eu recusei 2 vezes, mas na terceira, ela me ameaçou, e disse que o seu pai era um homem importante, e que se eu não fizesse ia contar para ele que eu fiz coisas horríveis com ela, eu mesmo assim recusei, pois, acreditava que ela não tinha provas. — Aquiles baixa a cabeça depois de olhar para o banheiro do local.

— e então? — Alfred pergunta.

E todos realmente ficaram curiosos com sua pausa.

— e então, que quando se tem poder, influencia e dinheiro, você não precisa de provas, eles me incriminaram com falsas acusações, alguns homens do pai dela vieram ate a academia, pagaram ao dono, e ele permitiu que tudo ocorresse, eu fui espancado, humilhado, e depois despedido, e nenhum local quis me contratar, eu estava lutando por dinheiro após isso, pois tinha meio anos sem conseguir nada, e acabei achando a vaga oferecida na internet, e bem, agora estou aqui. — Aquiles termina de dizer suspirando.

— realmente, dessa vez será bem mais rápido, pode ir ao banheiro, a sua esfera de ouro está lá.

no banheiro, outra caixinha de vidro com uma esfera de ouro dentro, e algumas fotos de como ele ficou depois de espancado no azulejo azul do banheiro, o seu rosto ficara muito desfigurado e sangrando, Aquiles nem olha as fotos e apenas pega a esfera.

— ok, o próximo, loja de moda e Beatriz, podem ir, está do lado do mercado.

— peraí, vamos ficar subindo e descendo as escadas toda a hora? — Ive pergunta incomodada.

— peço perdão minha cara Ive, mas eu só sigo o roteiro, não a construção, apenas aceitem, só terão que subir mais uma vez depois disso, em fim, vão lá. — Alfred diz, desligando o holograma.

todos se locomovem até a área da moda, dessa vez, Levy olha para o centro de alimentações, imaginando o que está por vir.

— ok, todos estão aqui, a próxima dica é "a inveja existe em todos os lugares", pode começar quando quiser Beatriz. — Alfred diz aparecendo como holograma em cima de uma caixa de sapato.

— ok, por causa da minha ex-chefe, e suas empregadinhas queridas, eu perdi a chance de ir para um sistema de modelos, elas viram os meus olhos azuis, cabelos loiros, corpo perfeito para modelo, e tiraram o meu nome propositalmente do concurso, depois disso arruinaram a minha sessão de fotos para que não me destacasse, depois falaram muito mal de mim para os donos, me rebaixando muito, e o pior é que eu acreditava que elas eram minhas amigas, mesmo depois de tudo que fizeram, quebrando as minhas oportunidades, e fingindo que foi sem querer, a própria dona me contou sobre tudo, e o mais humilhante é que a dona realmente se achou inferior a mim quando o marido dela olhou para mim, e me despediu, e garantiu que eu não subiria mais em nenhum palco de moda, quebrando totalmente o meu sonho, e ela realmente dificultou tudo pela influência que tinha, e todas as vezes que eu tentei, sempre fui recusada após isso, desde então, quando o dinheiro começou a acabar, eu vi a vaga de modelo que a empresa de vocês ofertou, e vim aqui, pronto falei. — Beatriz fez de um tudo para manter a pose, de que estava tudo bem.

— caramba, você realmente sabe manter a pose, para alguém que chorou muito pelo ocorrido, e ainda chorava toda a vez que era recusada, mas está certa, pode pegar a sua esfera. — Alfred diz com um pouco de tédio e insatisfação.

a esfera subiu novamente como um elevador pequeno, e novamente estava dentro de uma caixinha de vidro, que aparece em cima do palco de moda, Beatriz olha para o palco, sente uma tristeza imensa, mas a mania de não cair no choro na frente de estranhos, a fez segurar as lágrimas, então pega a esfera, coloca no relógio, e sai do local bem rápido, com os outros a seguindo, sem nem esperar que Alfred falasse algo, pois se esperasse, e olhasse para aquele lugar, não conseguiria parar as lágrimas de escapar do olho.

— bem, dessa vez eu acreditava que seria mais emocionante vocês estão indo bem, sem medo de contar as mágoas do passado, bem o próximo é, Rian, cinema.

Ive se irrita e diz:

— a não, nós acabamos de descer de lá, era só colocar o do Rian, depois do Aquiles, subir escadas de novo, nesse ritmo eu vou sumir de fazer tanto exercício. — Ive diz irritada por ter que subir novamente escadas.

— desculpa minha cara Ive, para não perder tantas calorias, preparamos de tudo para vocês comerem depois do jogo, está tudo no centro de alimentação, mas antes disso, vamos acabar logo com esse jogo, o primeiro jogo sempre é o que mais chama o sentimental dos nossos telespectadores.

— tem gente nos assistindo? — Ive pergunta.

— sim, ue, aliás foram todos que pagaram para vocês estarem aqui, e ver vocês jogando e arriscando suas vidas, são um bando de sádicos, pode apostar, mas não precisa ficar com medo, vamos garantir o dinheiro e segurança dos que sobreviver, podem ir para o cinema. — Alfred diz desaparecendo do holograma que estava perto de uma estatua do shopping.

cap 3: charada descritiva parte 2

Todos sobem novamente a escada, passam a catraca do cinema, e param na frente das salas.

— e agora? — Ive pergunta, observando o silêncio, ela parecia estar a ser quem iria puxar o bonde.

— oh!? claro, eu fui pegar um cházinho, bem podem entrar na primeira sala, a dica é "sem valor, sem ganho".

Todos entram na primeira sala do cinema, e uma imensa imagem de Vitor corleone " o poderoso chefão" está na tela.

— beleza, pode começar senhor Rian.

Rian olha a imagem, a dica, e sabe rapidamente do que se trata.

— bem, a um tempo, eu estava trabalhando em um cinema, eu tinha terminado a faculdade de cinema a pouco tempo, e decidi fazer um roteiro de um filme, sobre máfia, gangues, e coisas do tipo, e apresentei ao meu ex-professor, que é um roteirista de filmes, a resposta que eu levei foi de que eu estava plajeando o poderoso chefão, só porque usava falas de garantir o respeito, e de ser calculista em cada passo, mas ai ele disse que não tinha valor, que iria ser o floop do ano, mesmo se apresentasse aos amigos, e que eu deveria parar de plajear coisas, bem, eu sai com raiva, mas pensei que poderia mudar e criar algo novo, e foi o que fiz, mostrei a ele, e ele disse "é sem valor, não volte mais para mim", eu sai, e pensei, eu estudei muito tempo cinema, e eu não consigo fazer um roteiro bom, como assim, nessa última vez, eu joguei o roteiro no lixo, e bem, alguém acabou achando, escreveu um livro a partir do roteiro, nomeou como dele, e fez um livro de sucesso, ganhou muito com aquilo, e a parte mais triste em saber que era meu, pois os personagens, a trama, o desenvolvimento foi tudo escrito por mim, e identifiquei quando li, é que foi uma pessoa da faculdade de cinema, e ele quem lucrou com isso, e o mesmo professor que disse que não tinha valor, promoveu um longa do livro, fazendo bastante sucesso, eu tentei buscar o direito, mas eu não tinha provas concretas do que aconteceu, e o mesmo professor disse-me que se continuasse com aquilo, eu não ia conseguir trabalho nem como pipoqueiro em cinema, depois disso, apenas deixei os sonhos de lado, deixei o emprego, pois não queria mais ver o cinema, aquele cartaz me fez sentir nojo, ai depois disso vim para essa vaga de emprego, acreditando que teria uma nova chance, depois que a raiva baixou.

Rian realmente fica frustrado só de ter que olhar para aquela tela imensa do poderoso chefão.

— ok, ninguém mentindo, todos contando as suas histórias, parece que realmente vocês serão mais sinceros uns com os outros que os últimos jogos.

— houve mais antes desse? — Ive pergunta bastante curiosa.

— claro, os malucos adoram um reality show, onde vocês jogam jogos, não tem restrições para nada, e ainda tem chances de morrer, os lucros são ótimos. — Alfred diz com um leve sorriso.

— e quantas pessoas sobreviveram antes? — Aquiles fala pela primeira vez desde que teve que contar seu passado.

— depende do grupo, houve uma vez que os assassinos mataram todos, na última sobreviveram 4, e por assim vai, depende unicamente do grupo.

— mas todos já ficaram vivos alguma vez? — Aquiles pergunta preocupado.

— ate agora não, os assassinos trabalham dando tudo de si, pois o dinheiro de cada morte, é dividido entre eles, ou seja, o que vocês não ganham por morrer, eles quem ganham, agora vamos pro próximo, e chega de bla bla bla, podemos falar sobre isso depois, os telespectadores querem saber sobre as suas histórias, não o que já sabem, depois do jogo, podemos conversar mais, Ive minha cara, sua vez, sala de jogo, depois do centro de lamentações. — diz Alfred desaparecendo.

— am, Alfred, não está esquecendo da esfera do Rian não? — Aquiles pergunta, quando todos tinham esquecido.

— Ops, me desculpem, erro meu, bem meu caro Rian, quando voltarem, estará em cima da máquina de pipocas, podem ir lá. — Alfred diz meio atrapalhado.

Eles saem da sala de cinema, agora é possível ver a capa do longa que o ex-professor dele ajudou a fazer com o antigo roteiro dele, a raiva da foto sobe, mas Rian apenas tenta ignorar, pega a esfera, coloca no relógio, e todos descem as escadas, e vão a sala de jogo, que fica logo apos as escadas, bem próximo.

— ok minha cara Ive, a dica é "jogos são para crianças e sexo para adultos", pode começar. — Alfred diz em um Holograma dentro do brinquedo de bate bate que inicia sozinho quando o holograma aparece fingindo estar dirigindo.

— arfe, bem é simples, eu desde pequena era bem frágil, e gostava de jogos, tinha sonho de ser um pró-player de qualquer jogo que fosse e conseguisse me virar, mas conforme cresci vi que era muito difícil, não era algo como só estudar, precisa de talento, esforço, pessoas dispostas a te receber na equipe, e muitas vezes, dinheiro, eu percebi que seria muito difícil, então apenas me contentei em ser funcionária numa loja de brinquedos, aliás, igualzinha a essa, tudo ia bem, até 5 jovens de uns 18 a 20 anos aparecerem na loja com algumas crianças de 10 a 14 anos, eu fui a guia deles na loja, deixei as crianças jogando, mas ai um dos garotos se interessou por mim, e bem, eu bem besta, sem namorado, apenas ouvi, afinal, era uma oportunidade, eu sou baixa, não tenho muita coisa além desses peitos enormes, ai eu disse que o meu sonho era ser proplayer um dia, quando ele disse que eles faziam parte de um time de prós, e então ele disse, nós temos uma vaga na equipe para uma garota, mas não para jogar, para ser assistente, ai enrolou, disse quem sabe um dia você não se destaca conosco e acaba sendo chamada para um time.

Ive em seguida respira fundo, olha para a sala dos fundos que tinha na sala de jogos.

— e bem, eu concordei, mas ele disse que deixaria, mas só se fizesse um favor a eles, que era de fazer sexo com eles, eu pensei, puts, por um pouco de sexo, conseguir o meu sonho, legal, eu toparia facilmente, ai eu perguntei as crianças estão aqui jogando, pode ser em outro dia? E o que eles responderam? Não, é agora ou nada feito, eu olhei para as portas dos fundos, deixei os jogos no modo infinito, e fui com os 5 para a sala dos fundos, fechei a porta, e bem, eu fiz sexo com os 5, eles fizeram tudo que era possível, mas no final, o gerente viu a camera, eu fui despedida, eles gravaram e jogaram na net bloqueando os rostos deles, não me deram a vaga, e eu fiquei com a imagem manchada, e ainda tive que ir comprar pílula do dia seguinte sozinha, por sorte não peguei nenhuma DST, depois daquilo, não consegui mais trabalho na área de jogos, meu pior erro. — Ive diz olhando para a porta que estava nos fundos, e pensando, que poderia ser diferente se não fosse tão ingênua.

— perfeito, pode ir pegar a sua esfera de ouro minha cara Ive, agora não esqueci.

Alfred brinca um pouco, mas quando eles abrem a porta, todos se deparam com uma bagaceira imensa, era um show de horrores as fotos, parecia algo realmente pesado o final da brincadeira que os garotos fizeram, Ive apenas baixou a cabeça, pegou a esfera que estava no pote de vidro e saiu cabisbaixa.

— é, realmente, acho que foi um pouco demais, eu tinha dito para não colocar tantas fotos, mas eles não me ouviram, bem, a próxima é a Evely, local é a livraria, fica depois do centro de alimentação e é a última loja do local. — Alfred diz tentando desviar a atenção.

Todos vão até à livraria, era imensa, com 2 andares, cheia de prateleiras, todas cheias de livros, varias mesas para se sentar e ler em silêncio, e um balcão no fundo.

— ok Evely, a sua vez minha cara, a dica é "o que o olho não vê o coração não sente". — Alfred diz a dar um pequeno sorriso.

— é, minha vez então. — Evely diz meio irritada, pois sabe do quê Alfred está rindo na forma de holograma.

ninguém entende nada, mas a maioria está triste demais por terem que relembrar e explanar para todo mundo seus traumas do passado.

— bem, tudo começou quando eu era balconista da mesma livraria que essa, nem uma cadeira está diferente, eu ganhei uma oportunidade, mesmo sendo trans, poxa eu me esforcei muito para parecer uma mulher, uma pessoa comum nem consegue notar que sou trans, mas para arrumar emprego é diferente, eu prometi não causar confusão, e no fim, o gerente concordou, mas o problema era o filho do dono, quando me viu, ele colou o olho em mim, eu o avisei que era trans, e que não podia ter relacionamentos do trabalho para não ser despedida, e o que o porco nojento disse? se você não fizer o que eu quero, ai sim, vai ser despedida, o retardado me fez ficar nua com ele escondido nos fundos, e o pior é que me fez usar o meu negócio nele, ele gostava dessas coisas, eu pensei, o que eu não ver não sinto, vou só fazer isso discretamente e continuar com o emprego, o problema veio quando ele trouxe outro garoto, no fim os pais dele descobriram, e puniram ele por não seguir os padrões que tinha colocado, e a mim mesmo tentando explicar que fui ameaçada por ele, no fim, ele foi colocado de castigo, e eu, despedida, e eles explanaram tudo na net, com meu rosto e tudo, cara já é difícil trabalho para trans, e com isso ficou impossível, eu pensei que ia ter que me prostituir, mas ai veio essa vaga de emprego, e por fim estou aqui. — Evely segurou a raiva de se lembrar de tudo.

— ok, sua esfera está na sala dos fundos também, podem ir lá pegar. — Alfred diz sumindo do holograma.

eles entram, e tem várias fotos de Evely, fazendo sexo o filho do dono, sendo todas Evely ativa, todos ficaram meio espantados com um certo tamanho de algo, mas fingiram não ver, Evely pega a esfera e sai com raiva do lugar.

— hum bem, vamos para o último, Levy, centro de alimentação, finalmente, depois de duas horas seguidas falando tanto, já estava ficando cansado, podem ir lá.

Alfred diz tentando consertar a voz, que obviamente estava sendo disfarçada, todos chegam no centro de alimentação, e Alfred aparece em uma logo gigante, no meio do centro, em um holograma.

— ok meu caro Levy, a dica é "olho gordo, confiança forte, resultado errado", essa com certeza foi a pior dica que li, mas bem pode começar. — diz Alfred como holograma.

— am, bem... então, eu comecei a trabalhar no fastfood, pois precisava de dinheiro, eu era ate que magro, bonitinho, as meninas falavam, mas ai eu entrei nesse lugar, e a gerente e outras funcionárias me acharam muito fofo, e queria que eu saísse com elas, mas o problema é que era todas casadas, eu não queria esse problema para mim, e as rejeitei sendo muito respeitoso, bem, depois disso, elas começaram a me fazer engordar, fazendo eu comer quase tudo que sobrava, eu percebi a pequena raiva delas por serem rejeitadas, a gerente me fazia comer 4 a 5 hamburgers todo o dia, era isso ou ser despedido, eu estava quase pedindo para ir embora, pois eu já tinha ganhado peso rápido, e estava ficando com problemas, mas ai ela disse quando eu fui pedir as contas, que se eu pedisse ela contaria ao esposo que eu fiz sexo com ela, e ele viria me cobrar, ai eu disse que não tinha feito nada, e que ela não tinha provas, e bem, ela disse, você tem 3 escolhas.

Levy respira fundo e diz.

— pedir para sair e enfrentar o meu esposo, continuar nos rejeitando e sendo forçado a comer essas porcarias calóricas até enfartar, ou transar conosco, ai paramos com isso, e você pode ter uma vida boa aqui, mesmo se alguém te fizer mau, vamos te proteger, você é lindo e fofo, pode confiar na gente, mas eu não acreditei nelas, e confiante que pelo menos eu sairia bem se pedisse para sair do emprego era só achar outro, disse que queria contas, eu não aguentava mais o lugar, ai deu as contas, mas 1 dia depois eu fui espancado pelo marido dela e outros caras, no fim, eu fiquei sem emprego, ganhei 20 quilos, colesterol alto, tomei uma surra na rua, e ainda tive dificuldades de arrumar emprego, e por fim to aqui. — diz Levy baixando a cabeça.

— bem mais leve que a última, mas ok, pode ir lá pegar a sua esfera, bem o jogo acabou, você ganharam no dia um, e com apenas 2 horas e 30 minutos, novo recorde, vou explicar como funciona as outras coisas, depois quero descanso, minha voz ta péssima. — Alfred reclama e desaparece do holograma.

todos seguem Levy para pegar a esfera, e veem fotos dele todo espacado, e bem mais gordo que agora, todos só ignoram e saem do local e ficam no centro de alimentações, sentados.

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