...Amores, bem vindos a mais uma história, deixando claro que as minhas histórias sempre envolvem assuntos delicados, tratados explicitamente (hot, violência, palavrões), caso você não se sinta confortável com esse tipo de conteúdo, não siga em frente....
...Outra coisa que quero ressaltar, é que, aqui é apenas ficção, portanto caso não esteja gostando do assunto retratado, abandone a obra; um escritor adora sempre ler comentários, críticas e elogios, mas peço respeito a todos que forem comentar algo....
...Outro ponto, essa obra é uma continuação de "Os Padrões do Amor", então, caso não esteja entendendo o enredo, dê uma olhadinha no livro anterior! ...
...A obra não está concluída, será atualizada DIARIAMENTE!...
...Informações adicionais, você pode conseguir no grupo de fãs do Novel ou no grupo do whatsapp, basta me mandarem o nome do livro que estão lendo, no meu número +55 74 9 8813 3290....
...A você que escolheu ler, acomode-se no sofá, pegue uma caneca de chá de camomila, e vamos lá!...
...Att: Bia Morais❤✍️💃🏻...
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NOAH...
Estou numa das plantas da escola onde estudo, conversando com uma garota que tem dado em cima durante o mês inteiro, me perguntem pelo tal garoto que tive uma paixonite no passado... Bem... É o que disse, foi uma paixonite. Hoje em dia gosto de ambos, meninos e meninas, ainda não bati o olho em apenas um dos dois para me fazer namorar.
— Mas então... Noah... Você acha que dá certo amanhã? — a garota que descobri se chamar Natasha, faz um biquinho tentando ser "atraente", mas antes que eu responda, ouço um grito, e conheço esse grito melhor do que ninguém.
— ME SOLTAAAA — vejo um idiota agarrado ao braço da Luna e o meu sangue ferve.
— ELA MANDOU SOLTAR, POR.RA! — dou um murro bem dado no meio da fuça dele, e ele cai no chão gemendo de dor — não sabe ouvir um "não", não é, car*lho? — chuto a costela dele, pego na gola da camisa dele e falo com raiva — se eu ver você olhando para a minha irmã de novo, eu acabo com você — solto ele no chão, reclamando com ainda mais dor, mas estou pouco me fod*ndo.
— Você está bem, minha princesa? Ele te machucou? — pego o pulso da Luna com cuidado, a minha voz bem mais baixa que o normal.
— Está doendo um pouco... Ele apertou com força...
— Ai que vontade de quebrar a cara dele todinha... — resmungo enquanto acaricio com cuidado o pulso da minha irmã que agora está um pouco vermelho, os dedos daquele estrume nítidos, gravados na pele branquinha da minha princesa.
— Acho que você quebrou o nariz dele... Não para de sair sangue...
— Era pra quebrar mesmo. Acha que eu luto boxe pra quê? Para saber dar um soco bem dado, te proteger desses malditos.
Puxo ela para os meus braços e ela chora baixinho no meu peito, a Luna desde que a conheci que é toda delicada, fica toda vermelhinha por qualquer coisa, e a todo momento busca a minha proteção.
Abraço ela com um pouco de cuidado e assim que o nosso pai estaciona o carro com os nossos irmãos dentro, a levo até lá sem olhar para trás ou me importar com o diretor falando que precisa que eu acompanhe ele até a diretoria, quando ela já está acomodada, eu volto até onde o diretor está.
— Lamento, senhor diretor, mas nesse momento o errado é o seu filho, não eu. Ele forçou contato com a minha irmã, a ponto de deixar uma marca evidente no pulso dela, e isso tudo sob olhar de vários outros alunos, e os protestos da Luna em acompanhar ele. Não é a primeira vez que deixo ele avisado sobre ficar longe da minha irmã, e eu garanto, se eu for para a justiça, é vocês quem vão se dar mal, não eu.
Falo isso e vou embora. Acompanhar até a diretoria... Não é nessa escola e muito menos na terra que eu recebo uma advertência por defender os meus irmãos, principalmente a Luna.
— Princesa... Posso entrar?
Já estamos em casa há bastante tempo, expliquei toda a situação ao meu pai, que disse que agi certo em conversar com o diretor, mas... Como punição, me deixou uma semana sem o boxe e celular, não me importei, a minha irmã vale mais do que isso.
— Pode... — entro e encontro ela encolhidinha na cama, enquanto abraça uma almofada — o papai te colocou de castigo?
— Não, só... Uma semana sem boxe e celular. Nada que eu não possa superar, mas por você, sabe que enfrento qualquer castigo que eu receber.
Me deito na cama dela, e a puxo para os meus braços, ela funga com a cabeça no meu peito, eu me limito a fazer carinho nos seus cabelos. O seu rostinho está vermelho, e eu juro que vou acabar com aquele cara...
Aos poucos ela adormece nos meus braços, e sem nem perceber, durmo também. Quando acordo no outro dia, a Luna continua me abraçando, mas... Não posso ficar aqui na cama dela, então me levanto com cuidado, deixo um beijo na testa dela e vou para o meu quarto, no corredor acabo encontrando com o meu pai.
— Dormiu aí, foi?
— Sim... Ela está um pouco abalada. O senhor sabe que ela é delicada, sensível, mas sei que é forte o bastante para superar isso. Só precisa do apoio da gente. E no que depender de mim... Não vou nem desgrudar dela. Aliás... O senhor pode pegar o meu celular e mandar uma mensagem pra uma pessoa?
— Pra quem?
— Está escrito "gatinha 18", fala que não vai dar esse fim de semana, que quando eu estiver livre, aviso.
— Noah...
— Sim, pai. Eu me protejo. Não precisamos ter essa conversa de novo, eu ainda me lembro de cada palavra do senhor, sabia? — falo e vejo o meu pai revirar os olhos — Oh pai... Posso levar a Luna para o cinema hoje? Shopping...
— Quer faltar na escola e ainda fazer ela faltar?
— Sim... É que eu detesto ver ela triste pai... Eu prefiro quando acompanho ela nas compras e ela fica me pedindo opinião em tudo, até mesmo nas calcinhas que compra. Posso?
— Pode. Pega o cartão lá no escritório, e dirija com cuidado.
— Obrigado, pai. Quer que eu deixe os gêmeos na escola também?
— Deus me livre.
Dou risada do meu pai e entro no meu quarto. Depois de um banho bem demorado, quando saio do quarto, encontro com a Luna, usando um vestido floral, os cabelos soltos, um brinco e colar que eu mesmo desenhei, e nos pés, uma sandália de dedo.
— O papai disse que vamos sair... — me aproximo dela e beijo a sua testa.
— Vamos. Você está linda, minha princesa.
Ela sorri, e esse seu sorriso... Me faz suspirar acordado. Malditos sentimentos.
Sempre que vejo a Luna assim, feliz, o meu coração traidor dispara.
Há meses que ele não bate mais da mesma forma de antes.
Tenho que ficar em uma luta constante com o meu coração, lembrando a ele que somos irmãos.
Mas... A minha mente sempre contradiz, dizendo que não temos sequer um laço sanguíneo.
Eu não queria sentir isso, afinal... Ela é a minha irmã! Os meus pais jamais me perdoariam por tal pecado... Deus não ficaria feliz com isso.
Eu só preciso que alguém explique com desenhos, ao meu coração, que somos irmãos, que não podemos ficar juntos. Nunca…
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NOAH FELIPE JONES, 18 ANOS.
LUNA...
Viver sob o mesmo teto que o cara que você ama, e ter que fingir que não sente mais do que amor de irmãos é um grande desafio... Mas é isso que tenho feito há tempos, e tudo culpa do Noah.
Sim... Eu gosto do meu irmão, que na teoria não é meu irmão de verdade, e o jeito desleixado com que o Noah leva a vida... Me afeta. Já vi ele aos beijos com diversas pessoas, o primeiro beijo dele foi com um garoto da oitava série.
Já eu... Nunca beijei ninguém na minha vida. Estou me guardando. Não por falta de gente dando em cima de mim, mas... Por opção mesmo. Sei que o Noah é proibido para mim, então apenas vivo a minha vida esperando por alguém que desperte uma fração do que sinto por ele, ou me faça esquecer esse sentimento...
Ontem o Noah deu uma surra no Kauã, filho do diretor e um dos garotos mais babacas da escola, ele não sai da minha cola, já falei "não" pra ele um milhão de vezes, e ele já recebeu ameaças do Noah a mesma quantidade de vezes, mas o cara não escuta.
Aí está agora, eu e o Noah a caminho do shopping. Nós já tiramos a nossa carteira, mas não gosto muito de dirigir, prefiro ir no banco carona, observando ele dirigir todo atento ao trânsito, exatamente como nesse momento, ele fica tão...
— Ouviu, princesa?
— Ãn... Oi?! — pergunto, não fazendo ideia do que ele está a dizendo.
— Perguntei se o seu pulso ainda está doendo muito — ele desvia o olhar do trajeto por alguns segundos, só para olhar nos meus olhos — é que você está segurando ele como se estivesse sentindo dor.
— Ah... — olho para o meu colo e vejo que fiz exatamente isso — Não está não... Só está... Um pouco roxo, mas coloquei esse lenço para disfarçar e as pessoas não ver.
Ele apenas balança a cabeça concordando e volta a atenção para a estrada. Poucos minutos depois, ele estaciona o carro no shopping, dá a volta no carro e abre a porta para mim, e isso é uma coisa que ele já quase chorou uma vez só porque eu desci antes dele abrir. Assim que desço, ele pega a minha bolsa e já coloca no ombro.
— Assim vai ficar parecendo que somos um casal, e não irmãos.
— Essa é a ideia — ele fala tão baixo que acredito que não tenha falo para eu ouvir.
Ele me estende a mão e eu pego, começamos andar pelas lojas do shopping, e ele queria que eu entrasse em todas, perdi a conta de em quantas lojas entramos, não comprei tantas coisas assim, as poucas coisas que escolhi, foi por insistência do Noah.
— Almoço? — ele fala quando saímos de uma loja de ferramentas culinárias.
— Vamos. Estou faminta.
Escolhemos uma mesa da praça de alimentação, e pedimos almoço do restaurante da nossa tia, pois, ela abriu um aqui no show uns anos atrás, e tem feito o maior sucesso viu?
— Onde quer ir agora? — ele me pergunta segurando a minha bolsa e as poucas sacolas de compras — Que tal ir na loja do papai? Ele me disse que lançou umas peças essa semana e me pediu para mandar você escolher uma delas.
— Sério? — ele assente com um sorriso lindo — tudo bem então...
Seguimos até o segundo andar do shopping, a parte mais "cara", aqui a maioria dos clientes tem vários milhões no banco, mas... A nossa loja é uma excessão, pois, tem uma idêntica no andar de baixo, com peças de valores mais acessíveis para as pessoas com menos dinheiro.
Entramos na loja e o luxo nos recebe com dois beijinhos no rosto, é incrível a mudança de ambiente. Uma das atendentes ao nos ver praticamente corre na nossa direção, já sabendo quem somos.
— Boa tarde! No que posso ajudar os senhores?
— Boa tarde! A nova coleção, queremos dar uma olhada — o Noah fala com cara de poucos amigos.
A moça se encolhe um pouco e sai em direção a vitrine de lançamentos, ando atrás dela e assim que vejo as peças brilhando, com valores absurdos, suspiro baixinho, cada peça dessa vale muito dinheiro.
Olho para uma correntinha minimalista, de ouro com alguns pequenos diamantes formando borboletas, e me apaixono no mesmo instante.
— Quero ver esse aqui, por favor... — a moça sorri e pega a chave para tirar a peça, quando ela me entrega, o Noah me ajuda a colocar, quando olho o espelho, fico ainda mais apaixonada — é lindo...
A peça era uma correntinha super fina, que se camuflava facilmente a minha pele, o detalhe que tinha, eram três borboletas tão pequeninas que não tinha nem mesmo um centímetro ao todo.
— Concordo, ficou perfeito em você — ele fala sorrindo.
— Esse colar acompanha esse anel — a atendente me entrega uma caixinha de veludo e o anel é tão delicado...
Olho para o anel em minha mão, são duas fileiras, uma fininha, com várias pedrinhas minúsculas de diamantes, e uma segunda com algumas pedrinhas e uma borboleta menor ainda.
— Coube direitinho... Posso levar esses dois? — pergunto ao Noah e ele sorri ainda mais.
— Pode sim — ele fala e deixa um beijo na minha têmpora — moça, passe o código das peças para o nosso pai — ela assente e vai até o caixa resolver a "papelada".
Saímos da loja uns minutos depois, e continuo usando ambas as peças, e o colar que o Noah me deu no meu aniversário passado, que foi feito por ele.
Essa é composta apenas por um fio de ouro com um pingente de borboleta, com um centímetro e meio, simples, delicada, e que eu não tiro por nada.
— Onde mais quer ir? Cinema? — o Noah me pergunta quando passamos em frente a uma loja de peças íntimas e eu tenho uma ideia melhor.
— Não. Na verdade estou precisando renovar o meu estoque de lingerie... Me ajuda escolher?!
Vejo ele engolir em seco, mas ao contrário do que achei que ele fosse fazer, ele apenas me puxa loja a dentro e segue até a área dos provadores, onde se senta numa das poltronas.
— Quero assistir a um desfile hoje. Sempre te ajudo escolher todas as suas calcinhas, mas nunca te vejo vestida em nenhuma delas. Hoje quero primeiro ver você vestida em quantas conseguir experimentar antes de eu escolher elas.
Sinto o meu rosto quente, mas a ideia de ver o Noah me analisando vestida apenas num conjunto de lingerie me faz sonhar acordada, imaginando que essa cena possa ser correta.
Ignoro o meu coração bobo, que está batendo acelerado, e sigo até os corredores da loja, escolho vários conjuntos de diversas cores e modelos, e um a um, visto para receber a avaliação do meu "irmão", o meu Amor Proibido.
Não podemos ficar juntos, mas, porque não posso tirar uma casquinha sempre que tenho oportunidade?
O meu coração e mente sempre travam uma batalha quando o assunto é o Noah.
E sinceramente... Estou cansada de deixar as vocês deles dois sempre abafadas.
Quero me arriscar, ainda mais agora que vejo o olhar do Noah queimando sobre mim.
Não é um olhar como das outras vezes, de carinho, é de desejo, o mesmo olhar de desejo que vejo os outros homens lançarem sobre mim.
Mas a questão não é essa, é: Devo me jogar de cabeça e viver esse Amor Proibido, ou sufoco esse sentimento e continuo vendo ele apenas como o meu irmão?
NOAH...
Quando vi a Luna usando todas aquelas peças de "roupa", desfilando, fazendo diversas poses com um sorriso lindo no rosto, e a sua carinha de anjo, eu fiquei a ponto de enlouquecer.
Foi um verdadeiro desafio assistir a ela com seu jeitinho meigo, andando como se estivesse numa passarela, precisei fechar a loja e ainda respirar fundo milhares de vezes.
— Essa é a última, maninho...
Ela fala baixinho, e eu estou respondendo uma mensagem do papai perguntando o porquê mandei fechar uma loja do shopping, quando levanto o olhar, dando de cara com a Luna vestida numa lingerie mais do que sexy, na cor vermelha.
Pisco os meus olhos várias vezes tentando lembrar ao meu cérebro que ali é a minha irmã, não uma das minhas ficantes, mas quando dou por mim, já estou com o rosto da minha Luna entre as mãos.
— Por quê está fazendo isso comigo, Luna?
— Cansei de brincar de casinha, Noah. Nós dois sabemos que não somos irmãos de verdade, porquê ainda tenta acreditar nisso?
Fico atônito com essas palavras, como assim ela falou o que a minha mente tanto luta para acreditar?
— Luna... Você sabe que nós não podemos fazer isso... Se os nossos pais descobrirem...
— Acha que nunca pensei nisso? Acha que gosto quando você sai com todas as garotas e garotos que aparecem na nossa frente? Droga, Noah...
— Luna...
Ela entra no provador e eu jogo a cabeça para cima, tentando controlar a minha respiração, quando ela sai da cabine vem com todas as peças que experimentou em mãos, joga no meu peito e bate a mão com força.
— Espero no carro.
Ela pega apenas a bolsa dela, e sai da loja. Pago por todas as peças que ela vestiu, e vou atrás dela com todas as suas sacolas, quando chego no estacionamento, ela estava batendo o pé no chão, nervosa.
Guardo tudo no porta malas, e destravo o carro, ela não espera nem mesmo que eu abra a porta para ela, apenas bate a porta com tudo, e se fosse outra pessoa que batesse, eu iria fazer uma tempestade, mas como é a Luna, e sei que ela está chateada, eu apenas respiro fundo e dou a volta no carro, dando partida.
— Me deixe na casa da Luana. O Luan chegou hoje do torneio e quero ver ele.
— Luna...
— Agora não, Noah. Você já deixou claro que não quer nada, então pode ir comer os rabo de saia que você pega toda semana. Não quero decepcionar o papai e a mamãe por ter sentimentos pelo meu irmão postiço.
Ela fala firme e a sua carinha brava me deixa ainda mais derretido, seguro o riso e dirijo até a casa dos nossos amigos, antes eles moravam na comunidade, mas com a gravidez da tia Sofy de risco, eles preferiram mudar logo para a cidade.
Assim que desligo o carro, ela sai rápido, batendo a porta outra vez.
— Poxa, Deus... Valeu pelo sinal. Agora eu sei que ela sente o mesmo que eu, mas não quer mais nem olhar para a minha cara.
Pego o celular, que tinha duas chamadas perdidas do papai, retorno a última, e na hora que ele atende, ouço a sua voz brava, uma coisa rara de se ver.
"— Fechar uma loja do shopping, Noah Felipe? O que por.ra você tem na cabeça? E ainda mais uma loja de lingerie?"
— Posso me explicar?
"— Acho bom começar mesmo, anda, quero uma explicação, e uma bem plausível."
— A Luna queria fazer um pequeno desfile e eu apenas tentei evitar que outras pessoas vissem a minha irmã vestida em roupas íntimas — espero a resposta dele, mas nada é dito por vários minutos — pai? Ainda tá aí?
"— Filho... — ouço a sua respiração soar pesada — você tem ideia do que vocês dois fizeram?"
— Sim, pai. Causei um tumulto no shopping, e inclusive ouvi várias atendentes falando que eu e a minha irmã temos um caso.
"— Está falando sério?"
— Não, pai. Meu Deus. O senhor é literalmente o dono do shopping. As pessoas nem disseram nada quando pedi educadamente para que não permitissem circulação de outros clientes para a área em que estávamos. Eu não fechei a loja. E qual o problema em eu querer que a Luna tivesse privacidade ao escolher roupas íntimas?
"— Vocês dois ainda vão me fazer ficar de cabelo branco antes dos 50 — dou risada — onde estão? Já saíram do shopping?"
— Na casa da Luana e Luan. Ele chegou do torneio hoje e a Luna quis fazer uma visitinha.
"— Tudo bem. A sua irmã se animou um pouco?"
— Sim. Daqui a pouco estamos em casa. Vou dar um oi ao Luan.
Ele diz um "ok" e desliga, respiro fundo mais uma vez antes de sair do carro, quando entro na casa, encontro a Luna sentada praticamente no colo do Luan, no mesmo instante fecho a cara, a Luana sorri para mim e eu tento retribuir, mas o meu ciúme está gritando.
— Noah. E aí, cara? — o Luan fala vindo me abraçar, vejo o sorrisinho de satisfação da Luna e isso me enfurece — Parece que está mais forte, andou malhando?
— Boxe. Faz alguns meses. Você sumiu, achei que esse torneio não ia acabar mais nunca...
— Foi um pouco puxado, mas... Consegui uma folguinha.
— Está em qual colocação?
— Consegui ficar em segundo lugar no nado livre, e em primeiro nos 50 metros, mas... A disputa tá meio acirrada, apareceu um cara novo por lá, e conseguiu bater o meu Record com cinco milésimos de vantagem.
— Eu sei que você vai conseguir manter a sua posição — a Luna fala abraçando ele e isso me faz cerrar os olhos na direção dela, que finge não estar vendo — porque não saímos, nós quatro esse fim de semana? Comemorar a sua volta...
— É claro que eu topo, bonequinha... Estou ansioso para relembrar os velhos tempos. Faz meses que não passamos um tempo juntos.
Fecho ainda mais a minha expressão. "Bonequinha", desde quando ele chama a MINHA Luna assim? Fico mais um tempo com eles, apenas ouvindo enquanto o Luan se vangloria sobre o torneio, vez e outra vejo a Luna olhar para mim, como se estivesse fazendo tudo isso de propósito.
Quase duas horas depois, fomos embora. Fui calado o caminho inteiro, apenas ouvindo a Luna tagarelar o quanto o Luan é incrível dentro de uma piscina. Essa garota está testando a minha paciência, e a única coisa que posso fazer para não explodir, é pegar a primeira garota que chegar se jogando em mim na balada.
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LUAN SANTOS, 18 ANOS.
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LUANA SANTOS, 18 ANOS.
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