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Três Vidas, Um Destino: Entre Amores & Desafios (Em Revisão)

Capítulo 1: Noite Quente em Luanda

A noite de julho estava pesada, abafada, como tantas outras noites em Luanda. Osvaldo sentava-se na sala, sentindo o calor que parecia vir das próprias paredes. Um livro estava em suas mãos, mas ele folheava as páginas sem interesse. O silêncio dentro de casa era perturbador. Um silêncio que já vinha há algum tempo, alimentado por um mal-estar que ele não sabia explicar.

Lá fora, a cidade não parava. O som dos carros misturava-se ao barulho das pessoas nas ruas, mas ali dentro... o vazio era sufocante.

— Osvaldo, — chamou Celma, sua voz vindo da cozinha.

Ele hesitou. Não foi de imediato. Ficou sentado, encarando a porta por alguns segundos, como se já soubesse que algo estava por vir. Havia uma resistência no seu peito, como se alguma coisa dentro dele dissesse para não ir. Mas, ainda assim, ele se levantou, devagar.

A cada passo que dava em direção à cozinha, seu coração batia mais rápido. Quando entrou, viu Celma de costas, parada junto ao balcão, mexendo em alguma coisa. A luz fraca da cozinha iluminava o rosto dela de um jeito que ele não conseguia ver de imediato as lágrimas.

— O que se passa? — perguntou, cruzando os braços, com um pé de fora da cozinha, como se já quisesse sair dali.

Ela demorou a virar. O silêncio era opressor, como se o ar estivesse preso entre eles. Quando finalmente se virou, ele viu: os olhos dela estavam vermelhos, lacrimejando, e as mãos tremiam enquanto seguravam o pano de prato.

— Eu... — começou Celma, mas a voz dela sumiu. Ela tentou de novo, mas parecia que as palavras pesavam demais na língua. — Osvaldo, eu não tenho sido honesta contigo.

Ele estreitou os olhos, a testa franzida. Algo no tom dela fez seu estômago revirar.

— Honesta como? Fala logo, mulher. O que tá acontecendo?

Ela respirou fundo, como quem vai saltar de uma altura enorme. Celma olhou para ele, mas logo desviou o olhar, mordendo os lábios, segurando as lágrimas. Ela estava prestes a desmoronar.

— Eu falhei contigo... — disse ela, em voz baixa. — Falhei feio...

Osvaldo franziu ainda mais a testa. Algo frio tomou conta dele.

— Tás a falar o quê? Fala direito, Celma.

Ela apertou o pano de prato com mais força, as lágrimas começando a escorrer.

— Eu... Eu traí-te, Osvaldo.

Por um instante, o silêncio engoliu tudo ao redor. Osvaldo sentiu o chão sumir sob os seus pés. As palavras dela pareciam ecoar pela casa.

— Quê?! — A voz dele saiu em um tom entre descrença e fúria, o corpo congelado na porta da cozinha. — Tu tá a brincar comigo, né? Me traíste?! Com quem, Celma?

Ela baixou a cabeça, incapaz de olhar para ele.

— Não foi assim... Não era pra ser assim... Eu tava perdida, sozinha...

Osvaldo sentiu o sangue subir para a cabeça. Sua mão cerrou num punho e ele deu um murro na parede ao lado da porta, com tanta força que o som ecoou pela casa.

— Cacete, mulher! Com quem?! Fala logo! — gritou ele, a voz tremendo de raiva.

Celma chorava, as palavras saindo entrecortadas.

— Foi... foi na academia. O nome dele é Paulo... Paulo Tomás. Eu... me senti sozinha, Osvaldo. Tu nunca tava em casa, sempre no trabalho, nas tuas viagens, — continuou Celma, as lágrimas correndo pelo rosto. — Eu sentia falta de ti. Ele apareceu... começou como uma amizade, mas depois...

Osvaldo sentiu o coração disparar. Sua mente girava, tentando processar tudo. As palavras dela pareciam facadas, uma por uma, cortando a carne e deixando a dor se espalhar. Ele deu alguns passos à frente, com a respiração pesada, mas parou no meio do caminho, os olhos fixos nela.

— Como tu foste capaz, Celma? — perguntou, a voz quase inaudível. — Eu aqui, a dar o meu suor pra essa família, e tu a deitar com outro?

Ele andou pela cozinha como uma fera enjaulada, respirando fundo, tentando controlar a raiva que fervia dentro dele. A ideia de outro homem tocando na sua mulher o consumia.

— Eu devia ter ouvido! — Osvaldo gritou de repente, a voz ecoando pela cozinha. — Aquela academia! Aquela maldita academia, sempre desconfiei! Mulher minha metida nisso não dá certo. Eu falei, falei mil vezes, e olha só...

— Não era assim, Osvaldo! — interrompeu Celma, as lágrimas agora rolando livremente. — Eu não fui pra te trair... aconteceu! Eu... eu me senti sozinha, entendes? Tu nunca tavas aqui.

— E tu achas que isso justifica?! — retrucou ele, a raiva subindo mais um degrau. — Traição é traição, Celma! Mulher que trai é porque quer, não tem desculpa! Quem trai uma vez trai duas! E agora? Vai dizer que o gajo era só um amigo? Que tava só a ouvir os teus problemas?

— Eu sei que errei, mas... — Celma tentou falar, a voz se quebrando. — Eu sentia-me invisível, Osvaldo. Só te importavas com o trabalho. Eu... eu tava perdida!

Osvaldo a encarou, os olhos cheios de fúria e dor, sem acreditar no que estava ouvindo. Ele passou as mãos pelo cabelo, exasperado, tentando manter o controle, mas cada palavra de Celma era como jogar gasolina no fogo.

— Perdida? Perdida?! — Osvaldo começou a rir, uma risada amarga, cheia de sarcasmo. — E a solução foi dar em cima de outro homem? Ah, claro, essa é a tua desculpa? Tu achas que vou engolir essa merda, Celma?

— Eu não tô a pedir que tu entendas... — disse ela, entre soluços. — Eu tô a ser honesta porque não aguentava mais. Eu amo-te, Osvaldo, mas...

— Não me fales de amor, Celma! — ele gritou, cortando-a. — Tu não tens noção do que fizeste! Tu mataste tudo. Essa casa, essa família... não sei se dá pra consertar.

Osvaldo começou a andar em círculos pela cozinha, passando os olhos pelos móveis, pelo fogão ainda quente do jantar, como se estivesse tentando encontrar um caminho para sair daquele pesadelo. Mas o peso da traição caía sobre ele como uma tonelada. Ele finalmente parou em frente a Celma, olhando-a de cima.

— Tu achas que é só chegar e confessar e tá tudo bem? — perguntou ele, com a voz mais baixa, mas cheia de raiva contida. — Tu foste pra cama com outro homem, Celma. Como é que eu vou confiar em ti de novo?

Celma enxugou as lágrimas, tentando controlar o choro.

— Eu sei que não vai ser fácil, mas... eu tô disposta a lutar por nós, Osvaldo. Eu quero consertar isso.

— Consertar?! — Osvaldo deu uma risada amarga. — Consertar o quê? O que tá quebrado, não se conserta mais.

Celma olhou para o chão, derrotada. Ela sabia que suas palavras não bastariam.

— Tu não vês que já era? — continuou ele, mais calmo agora, mas ainda com a voz fria. — Não há como voltar atrás. Eu confiei em ti, confiei de olhos fechados, e tu... Tu partiste essa confiança ao meio.

— Eu não tô a pedir desculpa só pra te aliviar, — disse ela, olhando nos olhos dele. — Eu tô a dizer que quero mudar. Eu vou lutar pelo que a gente tem.

Osvaldo deu alguns passos para trás, balançando a cabeça em descrença.

— Lutar? E como eu vou saber que tu não vais fazer de novo? Hein, Celma? — Ele passou as mãos pelo rosto, exausto. — Eu vou pensar, eu preciso pensar. Porque agora... agora eu só quero sair daqui.

Ele pegou as chaves do carro em cima da mesa e caminhou em direção à porta.

— Osvaldo, por favor, não vai assim... — implorou Celma, ainda parada na mesma posição.

Mas ele já estava de costas, sem olhar para ela.

— Preciso de ar, Celma. Preciso pensar.

Osvaldo saiu de casa, batendo a porta atrás de si, deixando Celma sozinha na cozinha, envolta em um silêncio que parecia agora ainda mais pesado do que antes. Ela afundou numa cadeira, as lágrimas ainda escorrendo, e ficou ali, sem saber se haveria um "nós" no futuro.

Capítulo 2: Tempestade de Emoções

Osvaldo dirigia pelas ruas de Luanda, mas o caminho parecia um borrão. A dor da traição de Celma queimava em seu peito como se fosse uma ferida aberta, e as palavras dela ecoavam em sua cabeça. "Eu falhei contigo... eu te traí." Ele apertava o volante com tanta força que seus dedos estavam brancos, e a raiva misturava-se com uma tristeza profunda.

A cidade, sempre viva, pulsava ao seu redor. O tráfego noturno, as luzes dos postes, o movimento das ruas. No entanto, tudo parecia distante, como se ele estivesse preso em uma bolha de pensamentos. Celma, a mulher que ele amava, o traiu. Mas o que mais o incomodava era que, mesmo depois de tudo, ainda existia uma sombra daquele amor. Parte dele ainda não estava pronta para desistir. A decisão que ele precisava tomar moldaria seu futuro e o de seu casamento.

Osvaldo vagou sem rumo por um tempo. A janela aberta deixava o vento quente da cidade bagunçar seus cabelos, e a música melancólica que tocava no rádio se misturava aos seus pensamentos caóticos. Finalmente, ele avistou um lugar familiar: o bar La Camiche, um lugar onde ele costumava se reunir com os amigos nos dias mais leves, quando a vida com Celma ainda era simples, antes dos problemas, antes da traição.

Sem pensar muito, Osvaldo estacionou o carro em frente ao bar e entrou. O La Camiche não estava cheio naquela noite. Algumas mesas estavam ocupadas por casais e pequenos grupos de amigos, mas o clima era calmo. Ele se sentou no balcão, em seu banco habitual, e olhou para o barman.

— O de sempre, Osvaldo? — perguntou o barman, João, um homem de meia-idade que conhecia Osvaldo há anos.

— É, traz logo isso, — respondeu Osvaldo, com um aceno desanimado.

João serviu-lhe um copo de uísque e o colocou diante dele. Osvaldo pegou o copo e, sem pensar muito, tomou um longo gole. O calor do álcool desceu pela sua garganta, mas não fez nada para amenizar a dor em seu peito. Ele olhou para o copo, girando-o entre os dedos, perdido em seus próprios pensamentos. A imagem de Celma e a traição voltavam à sua mente, incessantemente.

Enquanto ele tomava o segundo gole, lembrou-se de algo. Ela mencionou o nome do homem... Paulo Tomás. Ele sabia que precisaria descobrir mais sobre esse sujeito, mas, por enquanto, sentia-se paralisado pela dor e pela raiva. No fundo, ele também se perguntava se poderia superar isso. A ferida era profunda, e ele não sabia se era capaz de perdoar.

Com o bar ainda silencioso ao seu redor, Osvaldo olhou em volta e viu alguns rostos familiares. Em uma mesa do canto, estavam dois amigos de infância: Manuel e Didi. Ambos bebiam e conversavam, mas quando Manuel notou Osvaldo, levantou a mão em um cumprimento casual.

Osvaldo se levantou do banco e, ainda com o copo de uísque na mão, caminhou até a mesa onde os amigos estavam.

— Epá, Osvaldo! Que te traz aqui a essa hora? — perguntou Manuel, sorrindo. — Não é costume te ver no La Camiche sozinho.

Osvaldo balançou a cabeça, deixando o copo na mesa.

— Tá feio, mano... — disse ele, sem rodeios. — A Celma... traiu-me.

Didi e Manuel se entreolharam, surpresos com a revelação. O silêncio caiu sobre eles, quebrado apenas pelo som de copos e talheres nas mesas ao redor.

— Não acredito... a Celma? — Didi murmurou, ainda em choque.

Osvaldo assentiu, esfregando o rosto com as mãos, como se tentasse acordar de um pesadelo.

— Aí, mano, é complicado, — Manuel disse. — Mas o que vais fazer?

Osvaldo suspirou, sentindo o peso da pergunta. Ele ainda não sabia a resposta. Tudo estava confuso, a traição doía, mas parte dele ainda queria entender.

— Sei lá... mas tenho que descobrir mais sobre esse tal de Paulo... Paulo Tomás. Já ouviram falar desse gajo? — perguntou, esperando que algum deles soubesse alguma coisa.

Os amigos trocaram olhares. Didi, sempre curioso e bem-informado, franziu o cenho e coçou o queixo.

— Paulo Tomás? Hmm... não conheço ninguém com esse nome, mas... — Ele olhou ao redor do bar, tentando puxar pela memória. — De que bairro é o gajo?

Osvaldo deu de ombros.

— Não sei, só sei que se meteu na vida dela lá na academia. Ela falou de amizade, mas tu sabes, né? Sempre começa assim.

Manuel coçou a cabeça, pensativo.

— Na academia? Epá, academia é só esquema... Essas coisas acontecem, mano. Se tiveres cuidado, vais acabar descobrindo mais. Luanda não é assim tão grande.

Didi, no entanto, continuava pensativo.

— Há muitos Paulos por aí. Mas se ele anda nesses lugares, alguém aqui deve saber... ou vai acabar ouvindo falar. Deixa passar uns dias, vais ver.

Osvaldo não respondeu de imediato. Ele tomou mais um gole de uísque e olhou ao redor do bar, tentando processar tudo. O ambiente familiar do **La Camiche** não oferecia mais o conforto de antes, mas, por algum motivo, ele se sentia mais à vontade ali, cercado pelos amigos, do que sozinho em casa com Celma.

— Olha, mano, — Manuel começou, quebrando o silêncio. — Eu sei que isso não vai ser fácil, mas... tu tens que te perguntar se vais querer lutar pelo vosso casamento. Ou se vais preferir largar tudo.

Osvaldo balançou a cabeça.

— Isso que tá me a matar, Manuel. Eu ainda a amo... mas como é que eu vou confiar nela de novo?

Didi, sempre direto, disse:

— É difícil, irmão. Não te vou mentir. Mas às vezes, o amor consegue passar por cima das merdas que a gente faz. A pergunta é: tu achas que ela vai mudar? Ou tu vais ficar a carregar essa dor pra sempre?

Osvaldo ficou em silêncio, olhando para o fundo do copo de uísque, vazio agora. Ele sabia que as palavras dos amigos tinham peso. A escolha era dele. Ou ele tentava perdoar e seguir em frente com Celma, ou aceitava que o casamento estava acabado e partia para uma nova vida. Mas, no fundo, ele sabia que não seria tão simples.

O barman, que observava tudo de longe, aproximou-se novamente e, com um sorriso discreto, encheu o copo de Osvaldo sem precisar que ele pedisse.

— Às vezes, meu amigo, o caminho que escolhemos não é o mais fácil, — disse o barman, quase como se estivesse lendo os pensamentos de Osvaldo. — Mas é o que temos de percorrer.

Osvaldo sorriu sem humor e tomou mais um gole. As palavras do barman ecoavam na sua mente. Sabia que o caminho à sua frente seria difícil, mas também sabia que precisava decidir logo. Cada minuto que passava parecia puxá-lo mais fundo em sua própria indecisão.

As horas foram passando, e o bar começou a esvaziar. Osvaldo ficou sentado com os amigos, conversando, mas suas palavras se tornavam cada vez mais espaçadas, cada vez mais silenciosas, à medida que sua mente vagava de volta para Celma, para as palavras dela, para a traição.

Finalmente, quando o relógio já marcava quatro da manhã, Osvaldo percebeu que não poderia fugir para sempre. Precisava voltar para casa, enfrentar a situação. Ele se levantou, um pouco vacilante devido ao álcool que havia consumido, e olhou para os amigos.

— Vou nessa, mano. Valeu pela força.

Didi e Manuel assentiram, e Manuel apertou o ombro de Osvaldo.

— Vai com calma, mano. A vida tem dessas.

O barman, que não deixou de prestar atenção, caminhou até Osvaldo e falou com uma expressão preocupada.

— Mister Osvaldo, já chamei um táxi pra si. Não dá pra conduzir assim.

Osvaldo assentiu com gratidão. Ele sabia que não estava em condições de dirigir, e a última coisa que precisava agora era de um acidente. O táxi chegou, e ele entrou, dirigindo-se de volta para casa.

Enquanto o táxi percorria as ruas tranquilas de Luanda, Osvaldo olhou pela janela, vendo as luzes e as sombras se misturarem na madrugada. Sabia que quando chegasse em casa, teria que enfrentar Celma, a realidade de seu

casamento e o que ele realmente queria para o futuro.

Mas naquele momento, enquanto o táxi avançava pela cidade adormecida, Osvaldo ainda estava preso entre o amor e a dor, entre o perdão e a raiva. Ele sabia que, de uma forma ou de outra, a escolha precisava ser feita.

Capítulo 3 Um Caminho Cheio de Incertezas

Ao chegar em casa, Osvaldo encontrou a sala ainda iluminada, e lá estava Celma, no mesmo sofá em que a deixara. Ela parecia cansada, mas sua expressão era uma mistura de preocupação e alívio por vê-lo de volta.

Osvaldo, ainda embriagado, encarou Celma por um momento, as palavras se acumulando em sua mente confusa. No entanto, ele sabia que não podia continuar adiando a conversa que precisavam ter.

A trama alcançava outro ponto crucial, pois Osvaldo e Celma estavam prestes a enfrentar a verdadeira profundidade de suas emoções e tomar decisões que moldariam o seu futuro.

Com passos lentos e instáveis, Osvaldo se aproximou de Celma, cujos olhos estavam fixos nele, ansiosos por ouvir o que ele tinha a dizer. A sala estava mergulhada em um silêncio tenso, quebrado apenas pelo som dos passos de Osvaldo.

Ele se sentou no sofá, a poucos centímetros de distância de Celma, mas a lacuna emocional entre eles parecia insuperável. Osvaldo respirou fundo, tentando reunir suas palavras em meio à embriaguez que ainda o afetava.

"Celma," ele começou, sua voz ainda trêmula, "não consigo ignorar o que aconteceu. A dor da sua traição é avassaladora, mas também não posso ignorar o amor que compartilhamos por tanto tempo."

Celma olhou para ele, seus olhos cheios de angústia e desejo de redimir-se. "Osvaldo, eu cometi um erro terrível. Eu sei que errei, e sinto muito, do fundo do meu coração."

Osvaldo fechou os olhos por um momento, como se tentasse encontrar clareza em seus sentimentos tumultuados. "Eu amo você, Celma, e isso torna tudo isso ainda mais difícil. Mas a confiança que tínhamos foi quebrada, e eu não sei como superar isso. Não existe uma relacionamentosem confiança, afinal ela é a base de tudo dentro de uma casamento."

A sala estava envolta em um clima de desespero, enquanto os dois encaravam a realidade de sua situação. O amor que uma vez os unira agora estava obscurecido por uma sombra profunda de mágoa e desconfiança.

Celma estendeu a mão e tocou levemente o rosto de Osvaldo, buscando uma conexão que parecia escorregar por entre seus dedos. "Osvaldo, estou disposta a fazer qualquer coisa para recuperar sua confiança, para reconstruir o que tínhamos."

Osvaldo abaixou a cabeça, sentindo-se perdido no turbilhão de emoções. A decisão que ele estava prestes a tomar iria moldar o futuro de seu relacionamento e, possivelmente, de suas vidas inteiras.

A trama atingia um momento crítico, enquanto Osvaldo e Celma enfrentavam uma encruzilhada. A incerteza do futuro pairava sobre eles, e a decisão que tomaria teria consequências profundas.

Osvaldo permaneceu em silêncio por um momento, perdido em seus pensamentos tumultuados. O rosto de Celma estava próximo ao seu, e ele podia sentir sua respiração e o calor de sua mão em seu rosto. O amor que uma vez compartilharam ainda estava presente, mas agora estava envolto em dor e desconfiança.

Finalmente, Osvaldo falou, sua voz mais firme, mas ainda carregada de incerteza. "Celma, não é uma decisão que podemos tomar agora, não enquanto eu estiver assim." Ele fez um gesto vago para indicar seu estado embriagado.

Celma assentiu compreensivamente. "Eu entendo, Osvaldo. Precisamos de tempo para refletir e encontrar uma maneira de seguir em frente, seja juntos ou como Deus querira que seja."

Osvaldo se levantou com dificuldade, seu equilíbrio prejudicado pelo álcool. Ele olhou para Celma, sua expressão misturada com tristeza e anseio. "Vou para o quarto. Precisamos descansar e pensar com clareza. Amanhã, teremos que enfrentar esse pesadelo só espero que seja mesmo um sonho meu."

Celma assentiu novamente, uma lágrima escorrendo pelo seu rosto. "Está certo, Osvaldo. Vamos dar tempo ao tempo."

Osvaldo se afastou, dirigindo-se ao quarto, enquanto Celma permaneceu no sofá, perdida em seus pensamentos e arrependimento. A noite havia sido repleta de emoções intensas, mas o amanhecer traria consigo a clareza necessária para enfrentar o futuro incerto de seu relacionamento.

A história de Osvaldo e Celma estava longe de chegar ao fim, e a jornada de redenção e perdão que os esperava seria cheia de desafios. O destino de seu casamento agora repousava nas escolhas que fariam no caminho à frente.

O quarto estava envolto em silêncio quando Osvaldo se deitou na cama, seu corpo ainda afetado pelo álcool e sua mente cheia de pensamentos tumultuados. Ele encarava o teto, perdido em um mar de incertezas sobre o futuro de seu relacionamento com Celma.

Enquanto isso, Celma permanecia no sofá da sala, olhando para o nada. Lágrimas solitárias escorriam por seu rosto enquanto ela refletia sobre as escolhas que a haviam levado a esse ponto. Ela ansiava por uma oportunidade de se redimir, de reconstruir a confiança quebrada entre eles.

A noite de silêncio passou lentamente, dando lugar ao amanhecer. Os primeiros raios de sol pintaram o céu, lançando uma luz suave sobre a casa que havia sido o palco de suas alegrias e tristezas.

Osvaldo e Celma se levantaram naquela manhã com a sensação de que algo profundo havia mudado em suas vidas. Enfrentavam a árdua tarefa de conversar, de confrontar a realidade de sua situação e de decidir se ainda havia espaço para o amor e o perdão.

E assim, com o coração pesado e a esperança frágil, Osvaldo e Celma começaram um novo dia, prontos para enfrentar o desafio de encontrar um caminho adiante em meio às mágoas e às feridas que os separavam. A jornada de redenção e perdão estava apenas começando, e o destino de seu relacionamento estava nas mãos de suas escolhas e da força de seu amor.

Osvaldo e Celma começaram o dia com uma sensação de peso em seus corações. A tensão ainda pairava no ar enquanto eles se preparavam para a conversa que precisavam ter. As palavras não eram fáceis de encontrar, mas a necessidade de enfrentar a realidade era inegável.

Na cozinha, Osvaldo preparou uma xícara de café, tentando ganhar clareza e energia para o que estava por vir. Ele olhou pela janela para o quintal, onde as primeiras luzes do amanhecer banhavam o jardim. Era como se a natureza mesma estivesse lhes dando uma chance de renovação.

Enquanto isso, Celma também enfrentava a manhã com uma mistura de apreensão e determinação. Ela se perguntava como poderia reconstruir a confiança de Osvaldo, sabendo que suas ações haviam causado tanto sofrimento. Ela ansiava por uma oportunidade de se redimir e provar que o amor deles ainda valia a pena.

Finalmente, Osvaldo e Celma se encontraram na sala, olhando um para o outro com uma mescla de emoções. Era hora de falar, de compartilhar suas verdadeiras intenções e esperanças.

Osvaldo quebrou o silêncio, sua voz carregada de tristeza e determinação. "Celma, precisamos conversar sobre o que aconteceu e sobre o que queremos para o nosso futuro."

Celma concordou com um aceno lento, suas próprias palavras estavam presas na garganta. "Eu sei, Osvaldo. Eu também estou disposta a enfrentar as consequências das minhas ações e fazer o que for preciso para reconquistar sua confiança."

A conversa estava apenas começando, e a jornada de redenção e perdão que os esperava seria cheia de desafios. Osvaldo e Celma estavam determinados a encontrar um caminho adiante, mas o futuro do seu relacionamento ainda era incerto. As suas escolhas e a força do seu amor moldariam o destino da sua história.

Osvaldo e Celma permaneceram na sala, olhando um para o outro com um misto de ansiedade e esperança. A conversa que se desenrolaria nas próximas horas determinaria o destino de seu relacionamento, e ambos estavam cientes do peso das palavras que seriam ditas.

Osvaldo suspirou profundamente, tentando encontrar as palavras certas para expressar o turbilhão de emoções que sentia. "Celma, o que aconteceu foi doloroso e difícil de aceitar. A confiança foi abalada, e a dor causada ainda está muito presente."

Celma assentiu, com os olhos marejados de lágrimas. "Eu entendo, Osvaldo. Não posso apagar o que fiz, mas estou disposta a fazer todo o possível para compensar meu erro."

Osvaldo olhou para o rosto de Celma, vendo a sinceridade em seus olhos. Ele estava dividido entre a mágoa e o amor que ainda nutria por ela. "Eu também amo você, Celma. Mas o caminho à nossa frente é cheio de incertezas. Precisamos de tempo para decidir se ainda podemos seguir juntos."

Celma baixou a cabeça, aceitando a gravidade da situação. "Eu entendo, Osvaldo. Se precisar de espaço ou tempo para pensar, eu dar-te-ei. Só quero que saiba que estou comprometida em fazer o que for preciso para reconstruir nossa relação."

A conversa continuou ao longo do dia, com Osvaldo e Celma explorando os detalhes de sua crise e compartilhando suas esperanças e medos. Era uma jornada emocional difícil, mas também uma oportunidade de se conhecerem novamente, independentemente do resultado.

A história de Osvaldo e Celma estava longe de chegar ao fim, e o futuro de seu relacionamento permanecia incerto. No entanto, eles estavam dispostos a enfrentar o desafio de redenção e perdão, com a esperança de que o amor que compartilhavam pudesse prevalecer sobre as feridas do passado.

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