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Melodia Da Meia-noite: Sinfonia Das Trevas

Prólogo

Aviso: Antes de se aventurar a ler essa história esteja preparado para muita loucura, bizarrice e caos. Espero que quem se aventurar goste e aos que se mantém na normalidade, eu entendo.

Dark fantasy e romance com possível trisal.

A obra a seguir contém romantizacão de abuso, homossexualismo, bissexualismo,  incesto, sangria, possíveis gatilhos e  BDSM.

( Atualização sextas e sábados.)

Depois de duas horas da noite com lua, a princesa humana, avistou finalmente um castelo grandioso feito de pedras de mármore branco, gesso e todos os materiais pálidos que eram acentuados pelo luar e de onde vinha também o clarão de luzes azuis feitas de um material alquímico chamado "blue neon".

Aquelas luzes liquefeitas em vidros, brilhando contra a escuridão. Era tão moderno e diferente das velas, com fogo, alimentado por óleo das lamparinas ou por outros combustíveis de Thorn, onde ocorre um risco bem maior de ocorrer incêndios. Os invejou pela modernidade e segurança. Mas claro que os vampiros descobriram um jeito de evitar o fogo. Ela riu debochada.

Lisa respirou fundo, o ar nas altitudes era rarefeito, guiou Sunlight pelo pouso pela rédea, a curvando. Logo, o dragão dourado seguiu seu comando, ela pousou no pátio grandioso que deveria ser usado para treino dos soldados do Império com paralelos pintados como calçamento.

A princesa tirou as luvas de couro das mãos, descendo graciosa, escalando pelas escamas de Sunlight, seu dragão imponente e vendo alguns membros da corte vampiresca ali para recebê-la e com os olhos arregalados por causa do grandioso dragão dourado dela.

É sanguessugas, sem chance que eu entregue meu pescoço de bandeja para vocês. Foda-se os termos do tratado da aliança vermelha.

Lisandra não tinha um séquito para seguí-la, nem tesouros, só tinha um sobrenome mentiroso, mas pelos deuses, tinha Sunlight para parecer ao menos um pouco intimidante aqueles que poderiam enxergá-la como comida.

Uma princesa humana que seria basicamente uma serva e foi vendida pela própria família como uma prostituta.

Vestida com uma leve e transparente seda vermelha, presa apenas com um broche dourado de ouro no ombro com o emblema do dragão dos Stoneheart, a monarquia humana. Trajada como uma das servas de prazer contrabandeadas para o Império vampiresco. Aconteceria mesmo, não é? Sua sentença de morte vulgo casamento?

Desde do início dos tempos nunca houve dia em Evernight, o mundo dominado pelos deuses das sombras, o sol era um mito. O sol da noite que protegia a fortaleza humana era o fogo cuspido dos dragões. Sendo assim, desde do berço, um ovo de dragão era colocado para chocar com os Stonehearts, filhos da realeza humana. Eram assim que os nobres humanos eram escolhidos no reino de Thorn, apesar de que há gerações a família que se mantinha com sangue puro devido aos incestos era os Stoneheart. Consequentemente, como o sangue mágico deles de domar feras não se misturava com os dos outros humanos, os Stoneheart dominavam Thorn.

A realeza em Thorn não era ou não deveria ser por sangue real, como os vampiros com seus filhos, mas sim pertenceria a quem conseguisse dominar o poder dos dragões e o fogo de dragão que era uma arma na guerra contra os vampiros ou deveria ser assim. Mas a única família humana com dom de domar dragões era os Stoneheart pelo sangue mágico das sombras.

Lisa não era oficialmente uma mulher nobre de sangue Stoneheart. Mas dominou um dragão selvagem chamado Sunlight, quando tinha treze anos, sem usar magia das sombras, mas apenas cuidando do dragão que foi ferido por um nobre Stoneheart que não conseguiu domá-lo e o dragão trocou seu sangue com Lisa e a escolheu como sua cavaleira.

Por isso, por essa audácia contra os Stoneheart, por quem foi adotada para ter o sobrenome deles para que os humanos não se dessem conta de que dragões também podiam ser domados sem magia e por ser a filha adotiva da realeza humana, ela foi escolhida, ou melhor, vendida como noiva do assassino conhecido como o príncipe do império dos vampiros: Dante Tivadar.

— Fez uma boa viagem, princesa? — Lisa escutou a voz de uma fêmea vampiro falando com ela em Thornir, a língua humana de Thorn.

— Sim, uma boa viagem. — Constatou Lisa sombria na língua vampiresca Sangre, de Sangria.

Lisa acariciou, tranquilamente, o pescoço do seu dragão dourado que parecia uma estátua de ouro agora enfeitando o pátio, como uma forma de parecer mais ameaçadora aos vampiros, mas quem olhasse atentamente veria que sua mão acariciando Sunlight tremia.

A vampira arregalou os olhos verdes quase brilhantes pela fluência de Lisa na linguagem do Império vampiresco, percebendo que ela era tudo menos uma humana escrava como prometeram e sim uma lutadora nata. A admirou silenciosamente se divertindo com a constatação de que ela foi para o casamento, mas não sem lutar à sua forma e aprendendo a língua do inimigo para saber como se defender.

A única coisa que Lisa fez quando soube que ia se casar com o príncipe vampiro foi estudar com devoção quase doentia a língua da nação inimiga, teve apenas duas luas cheias para aprender tudo. Tão importante quanto saber a língua materna é saber o idioma da nação inimiga. Em algum momento Lisa se esqueceu como falava a língua humana de tão focada que estava em saber o que os sanguessugas falariam.

— O seu príncipe? — Perguntou Lisa com a pronúncia elegante em Sangre que desconcertou a vampira.

— Está ocupado. Não pode vir recebê-la. Peço desculpas pela indelicadeza dele, alteza.

Lisa deu uma risada. A vampira a mirou irritada. Claro, ele deve estar ocupado fodendo com um homem. Lisa pensou para si, maldosa.

Lisa já escutou os rumores de que o príncipe vampiro só se deitava com escravos.

— Eu sou Vernir, vou conduzi-la até os seus aposentos alteza. O dragão, não era esperado, mas ficará no fosso dos dragões. Bem, nós temos um para caso algum de nós consigamos domar um dragão. Nunca conseguimos, mas finalmente terá uma utilidade. Guion, — Vernir se dirigiu ao menino vampiro e loiro ao lado dela. — guie o dragão ao fosso, o alimente com uma cabra do rebanho, prenda somente com o portão de ferro, ele parece obediente a montadora e está calmo, não será necessário a corrente.

Foi gentileza dela e um voto de confiança, Lisa sabia. O tratado proibiu que levasse um dragão ao Império de Sangria, então, a vampira foi tolerante quando permitiu que Sunlight ficasse e ainda solto dentro do fosso e isso desarmou Lisa completamente.

— Obrigada por deixar ele ficar e por não prendê-lo, ele é sim obediente, vai se comportar, só ataca quando me sente em perigo ou se eu peço. Nem quando ele sente fome, ataca sem motivo. — Lisa conseguiu dizer à vampira com uma pronúncia em Sangre, invejável.

— Não trouxe nada nem ninguém além dele. Entendo que deva ser a única coisa que te importa... Como poderia não aceitar? Finalmente nosso Império terá um dragão. — Disse Vernir educada. — Isso agradará o imperador. Ele ficará feliz. Sempre quis ver um sem ser em guerras. Apresente seu Sunlight ao Imperador e garanto que seu amigo será muito bem tratado no nosso Império.

Lisa assentiu com a cabeça, grata pelo conselho, sussurrou para o dragão: Vá com eles, vai ficar tudo bem. Logo mamãe te visita onde vão te colocar. Eles vão te deixar solto e vão te dar comida, não cause confusão.

O dragão apenas assentiu com a cabeça em resposta.

— Ele entende o que diz? — Perguntou a vampira impressionada, nas guerras os domadores escravizaram os dragões e os faziam cuspir fogo com chicotadas de sombras que se agarravam a alma das bestas e as faziam obedecer, o que era aquilo? . — Noto que não usa as sombras com ele...

— Eu não... nós... foi um voto perpétuo de fidelidade. Ele me deu o sangue dele, eu o dei o meu e nós dois juramos proteger um ao outro e morremos ou vivemos juntos. — Explicou Lisa, constrangida.

Vernir já ouviu histórias e mitos de humanos com os corações tão puros que eram capazes de domar bestas sem o poder das sombras, humanos com o sangue dos deuses solares que foram massacrados pelos deuses das sombras. Vernir engoliu em seco sabendo que a humana que escolheram como princesa do Império dos Vampiros e foi basicamente vendida pelos Stoneheart era mais especial do que poderiam supor.

O príncipe metia o pau dentro do canal apertado do escravo, que estava de quatro, com o cabelo sendo puxado e o rosto sendo pressionado pela mão de Dante, contra as almofadas vermelhas da cama do príncipe. O rapaz ruivo sendo montado pelo príncipe vampiresco estava com os pulsos amarrados atrás do pescoço e as pernas abertas, Dante descontava sua raiva pelo maldito casamento nele.

Depois o príncipe pegou um dos vários chicotes ao lado deles na mesa elegante de vidro com armação de madeira pintada em vermelho sangue, chicoteou Nicolas seu amante nas costas escutando os urros de prazer e lambendo o sangue que escorreu dos cortes do rapaz.

Escutou o maldito escravo humano choramingar.

— Mais, enfia mais. — pediu o escravo sendo fodido. — Seu pau é delicioso mestre. Hm... mete... mestre...

— Não goze ainda. Se gozar será punido.

O príncipe Dante enfiou mais profundamente seu pênis dentro do canal apertado que era o anûs do humano. Começou a querer gozar. Hm... seu corpo inteiro se movendo para trás e para frente.

Vernir entrou no quarto de paredes vermelhas e móveis pretos sem cerimônias e como uma sombra atravessando a parede. Mas Dante não parou de meter no escravo frenético até que gozou e seu sêmen branco escorreu pelas pernas alvas do jovem escravo com quem trepava. Soltou o cabelo ruivo dele.

Dante parou de foder o escravo e a encarou sob a luz azulada " blue neon" vinda das lâmpadas do seu quarto .

— Fale logo, Vernir. — Mandou Dante, irritado. — Não vê que estou ocupado?

— A sua princesa chegou, alteza. — Vernir o informou com um tom repreensivo.

— E o que eu tenho com isso? — Perguntou o príncipe, colocando o longo cabelo prateado para trás das costas e observando o menino humano que desmaiou de exaustão na sua cama de lençóis vermelhos.

— Ela está descansando no aposento na ala leste preparado para ela. No jantar deve aparecer para vê-la. — Informou Vernir, um tanto irritada pelo tom condescendente do príncipe quando se tratava da noiva dele.

Dante deu de ombros. Saiu de cima do escravo. O pênis agora mole entre as pernas. Vernir o encarou nu, branco como uma das estátuas que enfeitava os salões e sem se alterar.

— Termine com o maldito escravo, se banhe e vá ver sua futura esposa. Ordens de seu pai. Ah, a menina fala nossa língua e trouxe um dragão para cá.

Dante encara Vernir saindo de sua apatia.

— O tratado vermelho diz explicitamente nada de dragões. Eles já começaram descumprindo o tratado.

— Ela veio sozinha e só trouxe o dragão com ela. Vamos esquecer um pouco o tratado. Nosso Imperador ficará feliz que o nosso Império finalmente terá um dragão.

— Se não te conhecesse, Vernir, diria que está com pena da garota. — Debochou o príncipe. — Mas isso exigiria que tivesse um coração. E ter um para uma vampira que mata humanos como você... deve ser impossível.

— Ela não é uma Stoneheart por sangue. Só teve o azar de ter o dom de domar os dragões, mas não usa as sombras. A deram para nós justamente porque ela não é uma Stoneheart de verdade. Os filhos dela com vossa alteza podem não ter a magia das sombras de domar dragões... Ela é o bode expiatório daquela família, o sacrifício. Ela foi explorada pela raça que eu desprezo. Como posso não sentir empatia por ela? — Argumentou Vernir desarmando Dante.

Dante mirou ao escravo que fodia, desmaiado. Encarou a vampira de longo cabelo escuro preso num coque severo, olhos verdes e pele morena escura que era sua madrasta, mas não agia nunca como a Imperatriz do Império de Sangria.

— Se você está defendendo uma humana, ela deve valer alguma coisa. Quando eu terminar com ele, vou vê-la, conforme você ordenou. —Acatou o príncipe.

Vernir assentiu com a cabeça grata e com uma sombra, atravessou a parede e se retirou do quarto sinistro e cheio de instrumentos de tortura do príncipe herdeiro.

Casamento

A cerimônia de casamento ocorria num grandioso salão de colunas, pedras brancas e piso escuro que parecia um espelho negro. Estátuas dos vampiros, se confundiam com os próprios vampiros, dada a palidez  das peles que eram brancas ou douradas e bronze das peles negras sinistras dos seres e sua imobilidade por algumas horas. Havia rosas vermelhas e negras enfeitando o ambiente amarradas em arcos de madeira por cima do tapete vermelho que guiava até o altar e as suas pétalas pelo chão.

O príncipe Dante do reino de Sangria e a princesa humana de Thorn só se viram duas vezes, uma no jantar quando Lisa chegou onde só trocaram olhares, nenhuma palavra além de elogios forçados  e a outra agora no casamento que foi dois dias depois e para o qual Lisa foi vestida como uma escrava de prazer, só que com jóias: colar de ouro, braceletes, anéis, tornozeleiras. Estava com uma pintura dourada no rosto, adorno preto nos olhos e o longo cabelo escuro penteado e solto como um véu ao redor do corpo. O cabelo preto dela ia somente até o meio das costas.

O vestido de noiva dela era de seda vermelha, com o broche de dragão no ombro e sem deixar nada para a imaginação dos convidados pela fenda que possuía na perna e  a transparência do tecido e o decote. Uma prostituta. Pensou para si amarga. Era isso o que era para aquele povo. Uma prostituta humana que se casaria com o príncipe deles por um tratado tolo que agora fazia humanos serem contrabandeados de Thorn para o Império de Sangria com a permissão da monarquia humana  que chamava o sacrifício humano de “ Oferendas aos deuses das sombras.” Patético. Lisa se ressentia.

Havia alguns nobres do conselho vampírico testemunhando a consumação do tratado da aliança vermelha.

O cabelo do príncipe Dante era prateado, longo até a cintura, bem maior que o dela. Ele era esguio por trás dos trajes de casamento: Uma camisa de linho branco bem fina, por cima uma casaca preta cheia de bordados dourados  fechada e severa, o cinto dele de couro preto, calça social preta e botas pretas bem enceradas e de cano longo.

O rosto elegante e pequeno dele, com o nariz bem afilado, sobrancelhas prateadas bonitas e maçãs do rosto um pouco salientes e um elegante rosto oval só que bem fino. As presas na boca dele eram sinistras, mas o conjunto anterior as atenuou um pouco. Os lábios dele eram roxos, quase rosados. Ele era como uma estátua de gesso que se movia, falava e tinha os olhos dourados como ouro derretido.

Ele era frio, quando as mãos deles se tocaram para o rito perante o imperador vampiro pai dele: Adramelec Tivadar. Lisa quase recusou a mão dele, mas sabia que seria errado.

Ela respirou fundo, com a mão cortada e escorrendo sangue pelo pulso três tons mais escuro que o do príncipe dela, unida à mão cortada pálida cheia de veias azuis e sinistra dele que escorria o sangue dele no rito que consistia em misturar o sangue de ambos como um só. Sentiu os olhos dourados do príncipe sobre si.

— Suporte só mais um pouco. Logo acaba. —  Essa fala de Dante a acalmou.

Vernir o cedeu um olhar grato, o príncipe notou isso e curvou os lábios debochado. O príncipe gostava de Vernir, profundamente, de todas as esposas de seu pai, ela era a que mais sentia que se importava não com o trono de Imperatriz ou com o renome da posição, mas com tudo e todos à volta dela. Foi por isso que de todas as concubinas, só ela era a esposa oficial e substituiu Luna, sua mãe morta em uma guerra há 50 anos.

Lisa se tranquilizou lembrando-se dos rumores de que ele só transava com homens.

— Perante o Império de Sangria, perante mim e perante os deuses das sombras Vornir e Anir, os engolidores da luz  e do sol, eu vos declaro marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva. —  O imperador Adramelec os deu a deixa.

Todos sabiam da preferência do príncipe em foder com homens. Então, alguns nobres vampiros sorriram debochadamente dele se casar com uma fêmea, e o pior, uma fêmea humana.

Lisa se irritou por alguma razão pelas risadas dos malditos e os comentários maldosos “ aposto que ele vai montar um escravo quando deveria procriar com a fêmea  ao menos uma vez e produzir herdeiros, patético.”

Mesmo ele sendo o príncipe deles, não tinham respeito? Isso desencadeou uma lembrança dela,  ela se lembrou de si mesma na corte de Thorn, sendo humilhada, escorraçada, alimentada só quando era conveniente e o único Stoneheart que foi bondoso com ela, Ethan, morreu na guerra contra os vampiros. Só pela lembrança do deboche dos nobres para com ela, ela puxou o príncipe para um selinho, surpreendendo todos os presentes no casamento.

O mais surpreendente foi que o príncipe correspondeu, ele tocou o rosto dela com a palma da mão, parou o beijo dela, curioso. Lisa corou, ao notar que ele voltou a beijá-la e estava a respondendo mesmo no beijo que se tornou algo que ela nunca tinha feito na vida. Ela teve o impulso de se afastar quando sentiu a língua dele invadir sua boca, já que era para ser só um mero roçar de lábios.

Contudo, o príncipe a segurou pela cintura sensual, a impedindo de negar sua investida. O príncipe acabou cravando os dedos da mão livre na fenda na perna do vestido de seda dela, acariciando a coxa exposta.

Nas mãos dos dois, unidas pela magia das sombras e do sangue, apertou mais a mão ferida dela com a dele unindo o sangue de ambos. Lisa soltou um som pelas feridas nas mãos deles se esfregando e o beijo lascivo dele que penetrou sua língua sem pudor, enquanto a mão dele entrava e subia por sua pele, entrando a fenda do tecido do vestido dela e ficava perigosamente perto de sua intimidade.

O corpo dela esquentou e a mulher humana gemeu à medida que uma unha do dedo do meio dele desceu, alargando o corte na palma da mão dela e a unha que era a afiada como caco de vidro rasgou mais o corte, o abrindo mais.

— Ah… hm… — Lisa soltou sem querer.

O príncipe quase enfiou os dedos dentro do centro de prazer pulsante dela, se divertindo com o choque dos convidados e com a  tendência masoquista que farejou na princesa. Ótimo.  Se tinha que transar com ela, o faria do jeito que o agradava.

Núpcias

Dante separou a boca deles, surpreso, soltou a mão ferida dela cujo sangue agora unido ao dele, ainda escorria. Ele pegou a mão dela,  lambeu  o cerne encharcado do líquido rubro terminando de selar a união das sombras e com os olhos dourados nos dela, enquanto enfiava a língua dentro do corte antes de fato usar a saliva para fechá-lo com os dois sangues unidos fazendo o coração um do outro pulsar como mandava a tradição.

— Hm, por favor… — Soltou Lisa, trêmula, contro o ombro dele, deixando outro som escapar de novo, desconfortável, pela língua dele se enfiando no corte da mão dela tão sedutoramente.

— O que quer esposa?

Lisa não sabia ao certo o que queria. Só sabia que entre suas pernas havia um desconforto e que gostaria dos dedos dele, perigosamente perto dali a aliviassem como Ethan fazia.

Pelos deuses sombrios. Ela gosta de sentir dor ou é só impressão minha? Se deu conta o príncipe excitado.  Uma mulher que gosta do que eu gosto, finalmente.

Se eu mostrar meu quarto de jogos, ela será como as outras mulheres com quem tentei ou será como os homens que não admitiam sentir dor quando eu rasgava a pele deles com o chicote e os penetrava sem lubrificante? ”

O príncipe se afastou dela e mirou ao pai que conduzia a cerimônia e era o imperador e aos presentes do império dos vampiros.

O pai de Dante tinha um sorriso debochado e curioso nos lábios.  Já como era de se esperar da figura materna que amava, Vernir o encarava repreensiva pela demonstração erótica e desnecessária de que ele também gostava de mulheres no salão dos deuses das sombras. Foi desrespeitoso e afrontoso dizia o olhar e o menear de cabeça dela em negativo.

O príncipe quis rir. Mas apenas abraçou a esposa humana dele, que estava ofegante pela estimulação maldosa com a qual a provocou.

O imperador, analisando os recém-casados, com a sobrancelha arqueada que Dante herdou, deu um suspiro, pensando no que ia dar para ambos, àquele casamento. Apesar de ter simpatizado com a princesa humana Lisa e com o dragão Sunlight.

— Dou assim a cerimônia por encerrada. Os noivos podem seguir para o leito nupcial e os convidados para o salão de festas. — Proclamou o imperador.

Lisa analisou o príncipe, que quase enfiou os dedos dentro dela, percebeu ser mera atuação porque ele se sentiu ofendido pelos comentários e relevou o ato indecoroso.

Ela estudou a mão dela antes ferida, curada, com horror, agora o sangue sombrio dele pulsava junto ao dela, fazendo o coração dela bater com as sombras dos vampiros e o dela ao dele, mas a mão dele se curou sozinha, sem precisar de saliva como a dela. Enquanto os convidados do casamento se dispersaram para o salão de bailes.

— Seu dragão é o mais bonito que já vi entre os da raça, esposa. Meu pai e o meu irmãozinho que não tirava os olhos de você no jantar ficou muito contente que tínhamos o dragão dourado mais bonito do mundo humano em nosso Império. Eles dois têm fascínio por dragões.  —  Elogiou e revelou o príncipe, pegando a mão dela, a guiando em passos rápidos, enquanto andavam juntos e frenéticos para fora do salão de casamentos e se dirigiam ao leito nupcial.

Lisa sorriu de orelha a orelha, com os olhos brilhando, convencida e feliz pelo elogio dele.

— Sunlight é o meu orgulho. Dei esse nome porque assim como o sol é um mito no mundo das sombras, ele é um mito entre os da espécie dele. —  Falou ela orgulhosa como o príncipe esperava.

O príncipe sorriu cordialmente.

—  Entendi. É um nome bonito para uma criatura esplendorosa. — Jogou sedutor.

A humana corou como se fosse um elogio para ela.

O príncipe tentou mesmo elogiá-la no jantar para demonstrar seu interesse em marcar a pele alva dela com seus chicotes, mas não surtiu efeito algum e ela parecia a mais ofendida das mulheres por mais dissesse que era bonita.  Mas foi só elogiar o dragão que ela derreteu a fortaleza de gelo que era? Então, era o dragão dela que a fazia mais maleável e manipulável?

Quando chegaram à porta em forma de arco e dourada, o príncipe a abriu para Lisa, educado. Lisa não estava acostumada a tamanha educação. No reino de  Thorn, apesar de ter o sobrenome Stoneheart era só um soldado, uma arma a serviço do rei, usada nas guerras e ignorada. Apodrecendo depois dos conflitos  como uma mancha a honra dos Stoneheart por mesmo sem sangue real conseguir domar um dragão e fazer um voto perpétuo.

A menina passou pela porta que levava a um corredor vazio, confusa, estranhando o caminho, já que Vernir a mostrou os aposentos nupciais antes e até teve uma conversa sobre primeiras vezes com ela e os gostos perversos do príncipe.

Lisa sabia que o local para o aposento de núpcias não era por ali, onde o ato deveria ser testemunhado para comprovar que o casamento foi consumado. Mas era um corredor perturbador do palácio branco. Dante também passou pela porta e a fechou.

Lisa notou que estava sozinha com o príncipe e num lugar desconhecido com um frio na barriga, Vernir a avisou para nunca ir ao quarto  do príncipe. Lisa estava nervosa já que a multidão de vampiros havia se dissipado para outro local que ela desconhecia.  Os vitrais da janela eram bonitos em formas de arco. A luz azul das lâmpadas era ínfima no corredor sinistro e de paredes vermelhas que terminavam na frente com uma porta preta. O coração de Lisa se inquietou. E se ele a matasse? Já estavam casados. Se ele a matasse agora…

Foi ele que a beijou primeiro indo contra toda a crença dela de que só trepava com homens. Lisa arregalou os olhos, incrédula. Ela passou os dedos pelos próprios lábios inchados, atordoada.

Sentiu o puxão cruel do príncipe em seu cabelo, notou a respiração ofegante dele, os dedos dele com unhas que pareciam vidro, contra os fios e enrolando os fios dela em sua mão, a fazendo tombar a cabeça para trás.  Lutar, não queria lutar contra ele, não por medo, mas porque ainda estava com a mesma urgência no meio das pernas de mais cedo.

Ele era seu marido não era? Ele era lindo como Ethan. Não, era mais lindo e etéreo que Ethan.

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