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As Quatro Rainhas 2°Season

2° TEMPORADA O ARCO DE MEL parte final

2° temprada de as quatro rainhas continuação.

Com o sequestro de Mel, Horobas vai no obscuro do submundo, a procura de provas, sobre o que ocorreu.

Lúcio o ajuda a desvendar, enquanto lidam com Lúcio o principe suspeito do sequestro da rainha da construção.

Uma invasão com dragões coloca a capital em risco, e a guerra começa a tomar rumo.

Micaela sente mais atraída por Horobas enquanto ajuda a desc obrir o paradeiro da rainha.

A imperatriz sugere que Bella procure casar com o príncipe Seeres Pietro, do reino dos demônios para encurtar os laços e poderem negociar com o clã dos pôneis.

O reino dos anões é atacado,colocando Micaela a prova de não ser apenas um rostinho bonito como rainha da guerra.

Túneis Obscuros

Capítulo Um - Túneis Obscuros

Estava escuro, silencioso, até que uma luz quadrada surgiu, dando vida ao local. Uma escada de terra e raízes de árvores com musgos se revelava, com a porta abrindo-se no alto do túnel. O barulho de engrenagens velhas e correntes pesadas, a poeira perturbando a luz que adentrava o túnel, até que a porta parou com um baque, e passos pesados na lama com cascalho revelaram a presença de quem estava ali.

A névoa foi a primeira a descer no túnel, mostrando o frio do inverno que se aproximava. Era incomum nevar naquela região, mas as neblinas faziam parte do ambiente, acompanhadas por fortes ventos e, muitas vezes, chuva de granizo. Por isso, existia uma lei: todos os moradores deveriam ter porões e mantimentos para uma estação inteira, seis meses, pois os campos não produziam alimentos, e os animais não se reproduziam nessa época, enquanto a chuva frequentemente danificava as casas.

Ao descer as escadas com passos pesados, percebi que o Cavaleiro Negro estava presente, seguido pelos passos mais leves da Rainha da Guerra e de Naberius o príncipe, que, mesmo fraco, insistia em ajudar.

Com uma lamparina mágica feita por fadas, o local se iluminava com uma forte luz azul. O frio fazia soltar fumaça pelas bocas, e Naberius, viciado em fumar, brincava com a fumaça de suas narinas, causada pelo frio.

"Então foi por aqui que fugiram? Por isso não encontrava rastros deles nos bosques", disse Horobas indignado ao encontrar o túnel secreto no bosque, alem do fraco rastro de mana deixado pelos criminosos.

Ainda era o mesmo dia em que Mel foi sequestrada, e havia uma fagulha de esperança por encontrar a Rainha da Construção. Ao menos viva desejavam, algo que não era normal obter.

"Entendo perfeitamente sua raiva. Nem eu sabia que esses túneis ainda estavam abertos. Como eles sabiam desses túneis?" Questionava Micaela sobre algo que ela considerava confidencial e inexistente.

"Fiquei sabendo que era de sua responsabilidade. Após meia década, pediram para enterrar todos esses túneis. Não podiam manter as manutenções deles, era melhor evitar desmoronamentos!" Naberius falava calmamente e lentamente, medindo suas palavras como sempre.

"Era um serviço que passei para a guarda real. Talvez tenha esquecido alguns túneis", tentava explicar a falha para proteger seu irmão Lúcio.

Mas Naberius se irritou, alterando a sua voz com a Rainha da Guerra, num tom ríspido e autoritário.

"Acontece que você deveria ter supervisionado. Você é a Rainha da Guerra, e ele apenas o seu general da guarda real, e sua responsabilidade!"

Micaela ficou espantada com a raiva repentina de Naberius. Horobas parou ainda olhando para frente ao túnel, enquanto Micaela encarava Naberius que estava atrás.

Um silêncio pousou naquele túnel. Naberius, na tentativa de se acalmar, pegou o seu charuto. Aceitei tranquilamente com as mãos trêmulas o charuto e, ao tragar, soltou a fumaça para cima, se acalmando, retornando a falar com ela num tom mais baixo.

"O que eu queria dizer é que família não se deve misturar com os nossos deveres reais. Já bastou a falha no Canyon e agora outro erro de túneis não visto aqui no reino. Como supõe que a corte vai enxergar isso?"

Micaela, enfurecida, aproximou-se de Naberius, apontando o dedo na cara dele e falou brava e seriamente, porém num tom baixo e lento, soltando a sua raiva nele.

"Eu sou a Rainha da Guerra, o senhor é um príncipe! Não se esqueça, entendeu?"

Naberius manteve o olhar firme e postura, com um olhar frio e sem medo.

"Peço desculpas. Eu tomarei cuidado com o meu tom de voz, majestade."

"Acho bom mesmo!" disse ela furiosa, virando as costas, mas foi surpreendida por Horobas que pareceu irritado, Ela se assustou, com a postura intimidadora dele.

A altura de Horobas e a sua robustez na armadura dentro daquele espaço pequeno deixou um sentimento de inferioridade nos dois, que se sentiam como formigas diante de um poderoso predador.

Horobas, com a sua voz calma, mas firme, demonstrava irritação.

"Olha, quero deixar uma coisa bem clara aqui... Eu não pedi ajuda de vocês, eu não preciso de vocês. Sou um assassino, rastreador, sou duas vezes melhor do que os dois juntos multiplicados por dez! Então, parem com essa discussão infantil e de atrasar-me na procura por rastros dos invasores. Pois, senão teleportarei os dois de volta para o castelo e partirei sozinho! Estamos entendidos?" Horobas não se deixou levar pelos cargos de realeza, não medindo palavras ou o seu tom intimidador com eles.

Micaela, assustada, ficou sem falar, com vergonha diante dele. Um arrepio e frio na barriga ficaram na garota, paralisada diante dele.

"Sim! Sim, senhor!" Respondeu ela com um tom mais agudo, com medo dele.

Naberius balançou a cabeça concordando, mas não manteve contato olho por olho com Horobas.

O cavaleiro negro virou as costas e prosseguiu, deixando os dois atrasados ainda com calafrios.

"Caralho, me borrei todinho!" Comentou sarcasticamente Naberius, seguindo em frente.

Trilhas nebulosas

**Capítulo Dois - Trilhas Nebulosas**

O túnel mergulhou na escuridão enquanto a magia da terra o preenchia, forçando o grupo a buscar alternativas por cima, deixando para trás os corredores que se fechavam. O desmoronamento sinalizava um desafio iminente, mas Horobas, com sua habitual expressão imperturbável, liderava o caminho.

O ar dentro dos túneis era espesso e úmido, carregado com o cheiro de terra molhada e musgo. Uma sensação de claustrofobia se insinuava, apertando os pulmões dos viajantes enquanto avançavam na penumbra.

"Pode ser uma pista falsa para nos enviar para outra área que não saíram", alertou Naberius, seus olhos aguçados sondando o ambiente em busca de qualquer sinal de perigo oculto nas sombras.

"Eu disse ser um assassino e rastreador, não foi?" Perguntou Horobas, lançando um olhar penetrante que silenciou Naberius e aumentou a tensão no grupo.

Diante do fechamento dos túneis, Horobas tomou uma decisão ousada e, sem hesitar, utilizou sua magia para se teleportar com o grupo para uma guilda aparentemente vazia, mas com um passado marcado por contratos sombrios de mercenários. À medida que adentravam a guilda, a luz escassa filtrava-se pelas rachaduras nas paredes de pedra, criando padrões sombrios no chão de terra batida. O ar estava impregnado com um odor metálico, uma lembrança constante da violência que permeava aquele lugar.

No ambiente deserto, um homem surgiu de repente, seus olhos se arregalaram de espanto ao deparar-se com Horobas, Micaela e Naberius. O desconhecido, tomado pelo medo, apressou-se em alertar os outros para fugirem, mencionando um tal de Bukkake, um recém-nascido, seu filho. Horobas, desprendendo-se do elmo e revelando sua identidade, acalmou o homem confuso. O mercenário explicou que tinha um contrato com ele, aproveitando a boa memória e acesso a guildas e cartórios.

No silêncio tenso, Horobas instruiu o homem a procurar registros de mercenários com habilidades específicas: magia de água, manipulação de gelo, habilidades de névoa e um feiticeiro especialista em venenos. Naberius questionou em diálogo a mudança nos planos, mas a resposta de Horobas foi um silêncio enigmático. Micaela, compreendendo a estratégia, explicou a Naberius que Horobas estava seguindo os perfis de habilidades que causaram o sequestro da rainha Mel.

"Rápido, precisamos ver e intercetar cada mercenário suspeito, procurar provas e passar um pente fino na lista", declarou Horobas, impondo um senso urgente à missão.

“Vai atrás de cada mercenário sem saber a localização deles? Parece insensato.” Questionou Naberius a ideia de Horobas.

“Não é bem isso, primeiro vamos olhar as listas de habilidade e verificar se possuem técnicas semelhantes ao atentado, depois que tivermos uma lista melhor, vamos rastreá-los, verificar missões que fizeram, e por último abordar.” Explicou o plano que tinha.

“Ótimo pedir para a guarda real ajudar nas buscas da lista.” Micaela parecia ter uma fagulha de esperança.

“Não confio na guarda real!” Horobas não temeu em falar sua real opinião sobre o que achava da força militar das rainhas.

“Vai ser fácil achar os suspeitos, porém estamos no território dos mercenários no reino mercantis! Vai ser difícil operar aqui, com a guarda real.” Naberius não achou viável a ideia de Micaela, deixando ela pensativa e com a moral baixa.

“Por isso, sua família domina o submundo! Use seus pássaros para ajudar!” Disse Micaela, tentando não se sentir menor diante deles.

“Sim, apesar deste território não ter meus pássaros, muitos próximo, eu tenho ultilizado eles para ver algum movimento incomum causado, mas preciso de tempo até as informações chegarem.” Explicou Naberius, acreditando ser eficiente tendo alvos mais concretos.

“Acredito que eles tenham ultilizado de rotas não comuns para fugir, como evitar passar em cidades ou vilarejo, o que dificulta sua busca Naberius!” Horobas entendia o empenho de Naberius na busca, mas achava ser um método não eficiente.

O homem voltou após uma busca intensa nos registros, revelando um livro com 72 mercenários que atendiam aos critérios estabelecidos. Horobas, ao analisar a lista, manteve sua expressão inescrutável, deixando os outros no grupo com a incerteza do que viria a seguir.

O suspense pairava, e o ambiente carregado de tensão deixava claro que o próximo passo seria crucial para desvendar o mistério que se desenrolava diante deles.

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