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O Safado Do Meu Cunhado

Aviso

Aviso: Este livro contém conteúdo destinado a maiores de dezoito anos devido à temática de traição explorada. Recomendamos a leitura consciente e apropriada ao público adulto.

^^^Atualizações: 2 capítulos de Seg. a Sex.^^^

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Capítulo 1

Meu nome é Ayla Jefferson, estou às vésperas de completar dezoito anos, exatamente amanhã. Recentemente, comecei meus estudos na faculdade de direito, seguindo os passos do meu pai, Mark Jefferson, um juiz renomado na cidade.

Apesar dos desafios da faculdade, este mês está sendo um dos piores momentos da minha vida.

Guardo um segredo que não posso compartilhar com ninguém, nem mesmo com meus amigos, meu irmão mais velho ou minha irmã. E, com certeza, não com meu cunhado, Dominic Sullivan, um jogador de futebol de vinte e seis anos, tatuado, cabelos castanhos e absurdamente atraente, que namora minha irmã Alana há um ano.

Dominic, além de tudo, está ciente do seu charme. Meus dias em casa se tornaram um verdadeiro inferno. Quando não está com meu irmão, ele está grudado na Alana. E eu, constantemente, preciso fingir indiferença em relação a ele. Principalmente depois do que aconteceu dias atrás, um episódio que, para mim, foi a gota d'água.

— Droga, que droga! — Fechei o meu livro ao ouvir minha irmã Alana bater a porta lá embaixo e soltar palavras furiosas como uma tempestade. — Eu não acredito, simplesmente não acredito!

Deixei o quarto do meu irmão, onde tenho dormido nas últimas semanas, e desci as escadas para descobrir o que estava acontecendo.

Alana arrancava seus cabelos loiros enquanto chorava no sofá da sala. Olhei para os lados, tentando buscar Dominic Sullivan, meu maldito cunhado, a quem tenho evitado depois do que aconteceu há alguns dias. Também briguei feio com Alana e tenho falado pouco com ela. No entanto, ouvi-la chorar desesperadamente é algo difícil de ignorar.

Será que eles terminaram?

Esse pensamento me deixa feliz, o que me faz odiar a mim mesma. Apesar deles “parecerem” apaixonados, não consigo entender como ele aguenta a minha irmã.

— Alana? — Chamei assustada.

— Fiz merda, Ayla. — ela disse, ainda se descabelando.

— Novidade. — acabei debochando.

Alana tem vinte e dois anos e, apesar de frequentar a faculdade e estar no último ano do curso de marketing, estudar não é o ponto forte dela. Isso irrita profundamente o papai, e os dois frequentemente discutem. Nessas brigas, Alana joga na cara que eu sou a filha preferida dele.

E pior, ela não está errada.

— Não enche você também, Ayla. Volta pros seus livros.

— Como sabe que eu estava estudando?

— A nerd do nosso pai só sabe fazer isso.

— Brigou com o namorado? — Já perguntei. Estava aflita querendo saber o que aconteceu.

Ela não precisou dizer nada; Dominic entrou pela porta da sala como um trovão, o raio da sua presença atingiu meu coração em cheio.

^^^Dominic Sullivan^^^

A bermuda de futebol que ele veste parece esculpida para destacar cada músculo, revelando uma confiança que transborda de sua postura descontraída. Cada passo que ele dá é uma coreografia de desenvoltura, uma dança entre relaxamento e poder, e me vejo inevitavelmente seguindo com os olhos a linha da bermuda que acentua a forma atlética de suas pernas.

A camiseta do seu time de futebol, Phoenix Thunder FC, casualmente jogada sobre o ombro adiciona um toque de desleixo, mas só serve para evidenciar os contornos definidos de seus músculos. Minha atenção é irresistivelmente puxada para as tatuagens visíveis, verdadeiras obras de arte, e me pegava admirando-o todas as vezes que ele não estava vendo.

Seus cabelos castanhos claros, meticulosamente bagunçados, capturam a luz de uma forma que cria uma aura quase sobrenatural ao seu redor. Parece carregar consigo um mistério, um enigma envolto em cada fio, enquanto sua beleza magnética se revela de maneira hipnotizante. Dominic é mais do que apenas bonito; ele é um homem sedutor, cuja presença deixa uma impressão inegável de charme e sedução.

Imediatamente, me levantei e cruzei os braços, tentando desviar meus olhos daquele corpo. Era impossível não observar sua figura esbelta, mas eu me esforçava, dando o meu máximo para não parecer completamente atraída por ele.

Pelo corpo dele.

Pelo meu próprio cunhado.

— Alana, você... — Ele interrompeu a fala quando me viu ali, dando uma bela olhada no meu corpo. Como se tivesse acabado de lembrar que estava bravo com Alana, voltou a sua atenção para ela.

Ela levantou do sofá, e eu fiquei ali, bisbilhotando a discussão. Era raro ver esses dois discutindo, já que costumam ser um "casalzinho love" para todo lado. No entanto, tenho notado uma sutil mudança no relacionamento deles.

— Foi só uma brincadeira, Domi. — a minha irmã continuou.

— Beijar a sua “melhor amiga”, é uma brincadeira?

— O quê? — Assustei e disse em voz alta, acabei chamando a atenção dos dois.

— Isso aqui é uma conversa de casal, Ayla. Volta e continua a estudar. — Apontou o dedo na direção do alto da escada.

— Pode ficar, cunhadinha. — Ele sempre me chamava assim na frente dos outros... porque quando não tinha ninguém por perto... — Vou dar um tempo pra Alana pensar na merda que fez. — Deu um passo para ir embora.

— Domi, se você beijasse o seu melhor amigo… — Dominic interrompeu.

“Não acredito que ela mandou uma dessa?”

— Nem continue, Alana. Tá vendo a merda que você fala? A sua irmã parece ter mais cabeça que você.

— Não é porque tenho dezoito anos que sou menos inteligente que a sua namorada, Dominic.

— Você ainda nem tem dezoito anos, cunhadinha. — se virou para mim e deu um sorriso debochado.

Lembrei da nossa primeira e última discussão de dias atrás e me recompus, fechando a cara para ele. Domi parece ter se lembrado do ocorrido e logo desfez o sorriso canalha do rosto.

— Foi mal, não queria dizer isso. Alana tem vinte e dois anos, mas às vezes parece ter quinze.

— Só quinze? — Brinquei. Nós dois acabamos sorrindo um para o outro.

Alana agarrou o braço do namorado, chamando a atenção dele.

— Eu sabia que não deveria te contar, mas pensei que você entenderia. — Dominic deu um suspiro, resgatando a paciência perdida. — Me perdoa, amor?

Vê-la tão perto do Domi me causa enjoo. Como eu ainda não me acostumei? Quase um ano de namoro e me sinto incomodada vendo os dois tão próximos.

— Vamos pro meu quarto? — ela continuou.

Revirei os olhos. Não acredito que essa discussão vai acabar em sexo. Quando ela puxou o ombro dele para um beijo, dei as costas para sair dali.

— Cunhadinha, podemos conversar? — pediu assim que comecei a subir as escadas. Levantei o dedo e balancei, fazendo sinal de "não". — Quebra essa, Ayla?

Parei, lá de cima olhei para os dois.

— Fala, Dominic.

— Sobe, loira. Eu já vou. — Pediu para Alana, que deu um sorriso vitorioso, satisfeita pela discussão, enfim acabar do jeito que ela queria.

Uma foda boa de reconciliação.

Beijou os lábios dele e subiu as escadas. Domi começou a vestir a camiseta de time e acenou para que eu descesse.

Essa será a nossa primeira conversa sozinhos depois do que aconteceu. E eu tenho certeza que ele quer falar sobre isso comigo.

Ao invés de ir ao seu encontro, dei as costas e fui para cozinha pegar um copo de suco. Ouvi ele me seguindo, e isso me causando calafrios nas costas. Abri a geladeira, ele começou a falar.

— Vai ficar assim por quanto tempo? Vai fazer um mês, bebezinha. — “Bebezinha” é assim que ele se referia a mim quando ninguém estava por perto.

— Estou normal, Dominic. Não se preocupe comigo. — derramei o suco num copo.

— Também quero. — dei uma breve olhada para ele, com um meio sorriso peguei outro copo e o servi. — Milagre aquele moleque não tá aqui.

— Quem disse que ele não tá? — Domi arregalou os olhos.

— Nem fodendo que ele tá lá em cima.

— Tá com ciumes do meu amigo, “cunhadinho”? — disse brincando, mas a sua resposta a seguir fez o meu coração errar as batidas.

— Um pouco, confesso. — sorriu. — Ainda são amigos porque você não quer, se dependesse dele.

Engoli o meu suco, não sabia o que dizer e nem o que pensar. Ele esfregou a mão no rosto me analisando.

— Tapinha ardido, hein, cunhadinha? — referiu-se ao tapa que dei em sua cara na nossa última discussão.

— Se quiser outro. —- pus o copo no balcão. — É isso que você queria dizer? Vou voltar pro quarto do Alan.

— Volta pro teu. — segurou o meu pulso. Sua mão estava fria devido ao suco gelado. Dei uma paralisada com esse toque repentino.

— Vocês dois são nojentos. Depois do que fizeram, não volto a dormir na minha cama tão cedo. E por que eu sairia do quarto do Alan se ele nem mora mais aqui? — senti a sua mão apertar mais um pouco o meu braço, e puxar levemente em sua direção.

— Dominic. — sussurrei, um pouco assustada.

— Não me ignora mais não, bebezinha. — esticou a mão para tocar o meu rosto, segurei antes que ele completasse o gesto.

— Alana está te esperando. Pelo menos tape a boca daquela escandalosa — Domi riu ao soltar o meu braço.

— Tô vazando, invente uma desculpa pra sua irmã — debocha ,— ciumenta.

Sem querer, senti um alívio no peito por saber que ele estava indo embora.

— Ciumenta? — riu mais alto com a minha pergunta. Deu as costas, mas se virou novamente como se tivesse lembrado de algo importante. — Nos vemos amanhã?

— Você não foi convidado.

— Não preciso ser convidado, sou da família. Gosta de implicar comigo, né? — Não, só queria você longe de mim mesmo. — E eu ia perder a oportunidade de te ver no dia em que vai virar uma adulta?

Oportunidade de me ver?

Dominic deu uma passada de língua nos lábios. Desceu os olhos para o meu decote, depois subiu. Engoli seco.

Depois do que eu vi naquele quarto, me sinto mais atraída por ele. Como pode uma coisa dessas? Eu deveria sentir nojo, algum tipo de repulsa.

Me sinto totalmente vulnerável aos seus olhos, como se ele soubesse o que sinto quando estou na sua presença.

— Tá diferente, Ayla.

— Diferente como? — ergui a sobrancelha, inclinando a cabeça para o lado.

Dominic deu um sorriso travesso, seus olhos percorrendo o meu rosto antes de descerem para o meu peito e apontou casualmente na direção dos meus seios.

— Acho que esses peitos cresceram.

— Idiota! — Comecei a socar o seu peitoral duro, dando empurrões, tentando levá-lo até a saída.

— Ai, bebezinha. Isso dói, porra. — Abri a porta e dei outro empurrão no seu tronco. — Só falei a verdade, e foi um elogio, juro.

— Tchau. — gritei, fechando a porta na cara dele. — Babaca — acrescentei.

Escorei na porta e fechei os olhos, respirando fundo. Já sentia o meu corpo todo arrepiado.

Que merda!

Ao ouvir o ronco da sua moto se afastando, levei as mãos até o peito, verificando se o que ele havia dito era verdade. Por alguns segundos, me toquei, recordando o olhar dele sobre o meu busto.

Por que Alana precisa namorar um cara assim, e ainda por cima, um safado da pior espécie? Que tipo de homem diz essas coisas para a própria cunhada? Que homem sai do quarto após o sexo, só de cueca, e esfrega o pau ainda sujo na irmã mais nova da namorada?

Eu já me sinto mal por desejar arduamente o homem que é dela, e tudo piorou quando… bem, quando cheguei mais cedo da faculdade naquele fatídico dia.

^^^Ayla Jefferson^^^

Capítulo 2

Subi as escadas ainda com o coração acelerado, deixando para trás o gigantesco hall e tentando manter o controle do meu corpo, para não deixar transparecer o que está acontecendo para Alana.

Na certa ela vai querer saber o que conversamos, e o que eu vou falar? Que ele pediu para que eu parasse de ignorá-lo?

Entrei no nosso quarto, que agora era só dela. Tirei o chinelo para sentir o tapete branco e felpudo nos meus pés, eu sinto falta disso, já que no quarto do nosso irmão, Alan, não tem.

O chuveiro estava ligado. Aproximei-me da grande janela, abrindo-a para trazer uma corrente de ar para o quarto, e dei uma bela olhada no jardim lá embaixo. A mamãe adorava essas flores.

— Domi, é você? Entra aqui. — Alana chamou lá de dentro.

Revirei os olhos e não respondi. Deitei na minha cama, eram duas de casal, uma ao lado da outra, e esperei ela sair do banheiro, o que demorou apenas alguns segundos. Ela apareceu nua na porta, o corpo já estava seco e esfregava a toalha verde nos seus longos cabelos loiros.

^^^Alana Jefferson^^^

— Cadê o meu namorado? — assustou quando me viu ali.

— Foi embora.

— Não acredito que o Domi tá chateado só por causa daquilo. — resmungou, ao abrir a gaveta e pegar uma calcinha.

— Tava beijando a Kamilla, sua louca? — Essas duas não desgrudam.

Após Alana ingressar na faculdade, nos afastamos como irmãs. Embora fôssemos inseparáveis na infância, a diferença de cinco anos entre nós levou a caminhos distintos. Seus interesses mudaram primeiro, deixando para trás os desenhos que assistíamos juntas para se dedicar a séries e doramas. As preferências estéticas também divergiram: eu queria manter o quarto rosa, enquanto ela desejava pintar de preto e cobrir as paredes com posters de bandas.

Sua personalidade extrovertida a levou para atividades sociais, festas e eventos, enquanto eu permaneci dedicada aos livros e aos estudos. Segundo Alana, sou uma "nerd" que não aprecia festas, baladas, não bebe e é virgem. Em contrapartida, ela se tornou conhecida como a maior pegadora da faculdade antes de namorar com o melhor amigo do nosso irmão: Dominic Sullivan.

— Nem é pelo beijo, Ayla. Domi nunca se preocupou com isso.

— Espera aí. — sentei na cama de uma só vez. — Você já ficou com a Kamilla outras vezes e ele sabe? — Abri bem os olhos. — Você é bi?

Ela olhou para mim enquanto passava a blusa pelo pescoço.

— E você, Ayla. Amanhã faz dezoito anos e nunca namorou. O gato do seu amigo é afinzão de você, até o Domi andou notando.

— Não muda de assunto, Alana. Você fica com a Kamilla também?

— Quer saber? — ela sentou na minha cama, usando apenas a calcinha e a blusa que acabou de vestir. — Nós nunca conversamos sobre homens, de quem você gosta? — Ah, nem vem. —- tentei levantar e sair do quarto, mas ela me impediu, deu um salto e me puxou pelos ombros, acabei caindo sentada na cama.

— Você é a minha maninha e agora tá fazendo dezoito. Se quiser algumas dicas para a sua primeira vez…

— Eu não sou virgem, tá? — menti para que ela parasse de falar sobre isso. Não me sinto confortável, principalmente porque passamos mais tempo com briguinhas do que tendo esse tipo de conversa.

— Você transa com o Dylan?

Suspirei pesadamente. Não dá para mentir. Dylan é o meu melhor amigo, e eu jamais teria algo além disso com ele, mesmo ele sendo um cara atraente. Eu sabia que Alana não desistiria, e se eu dissesse que não era virgem, ela ia querer todos os detalhes.

— Eu ainda sou virgem, ok. Satisfeita?

— Ayla, estamos em 2024 e você e você ainda é virgem?

— Espero pelo homem certo, só isso.

— Não existe homem certo, existe sexo bom. Você está perdendo o melhor dessa vida, garota.

— Você por outro lado, não perde tempo, né? — Lembrei da cena nesse quarto. Alana puxou o meu braço para que eu deitasse ao seu lado na cama.

— Desculpa, maninha. Quando o Domi insistiu para que transássemos na sua cama…

— O quê? — me virei para ela. — Foi o desgraçado do seu namorado que teve a brilhante ideia de te foder na minha cama? Eu mato ele.

— Não conta pra ele, Ayla. Domi me fez jurar que nunca te contaria isso. — deslizou a mão no meu cabelo tirando do rosto e jogando para trás.

— Que ódio dele. — resmunguei. A minha vontade era estapear aquele ordinário. Arranhar aquele maxilar quadrado e bem definido.

— Nós não estamos muito bem. — parei para olhá-la com atenção. — Ele anda enjoado demais de uns dias pra cá. Como por exemplo agora, ele preferiu ir embora.

— A vida não é só sexo, Alana. Vocês conversam? Sabe quais são os planos de futuro dele, os sonhos dele? — ela ficou calada. — Vocês namoram há um ano, e posso apostar que ainda não sabe qual é o sonho dele, o que ele mais almeja na vida.

— Deixa eu te contar um segredinho, Ayla. O que deixa a mulher inesquecivel para um homem, é um bom sexo.

O meu medo é perguntar se ela o ama. Isso ia me ferir. Fiquei olhando para a minha irmã por um tempo, e me achando a pior pessoa do mundo. Dando conselhos quando, na verdade, sempre que penso nele sinto o meu corpo arder.

— Já convidei todo mundo da faculdade para o seu aniversário. — ela mesma cortou o assunto.

Alana vem insistindo com o nosso pai, para fazer uma festa de arromba na nossa casa de praia. Ela não está fazendo isso para mim, e sim para benefício próprio. Já que ela e suas amigas adoram esse tipo de festa, regada de bebida e música.

Já que ela gosta, deixei que cuidasse disso pessoalmente. Por mim, passava o meu aniversário de dezoito anos dentro do quarto lendo os meus livros.

— Amanhã você vai perder a sua virgindade. — ela interrompeu o meu silêncio ao anunciar essa barbaridade. Não tive tempo de me impor contra isso, o papai nos gritou do corredor. — Calma aí, pai. Tô pelada. — levantou da cama para trancar a porta. Tirou um short da gaveta e vestiu.

Ouvi um som de mensagem no meu celular quando o papai bateu na porta.

— As duas não estão brigando, né? — Mark perguntou ao se aproximar.

Quando vi que era uma mensagem do "Domi", mais precisamente uma imagem, olhei imediatamente para Alana, constatando que ela não veria a mensagem do namorado para mim.

Isso me assustou um pouco, o namorado dela nunca me enviava mensagens, nem com a nossa discussão de dias atrás ele enviou sequer um pedido de desculpas.

Alana abriu a porta para o nosso pai, então aproveitei para bloquear a tela do celular e sair dali.

— Voltou pro seu quarto, meu amor?

— Não papai, ainda vou ficar no quarto do Alan. — aproximei dele para um abraço. O nosso pai sempre bem vestido, o seu cabelo grisalho, o terno sob medida e os sapatos de grife, transmite perfeitamente o seu status profissional e a figura respeitável e proeminente que é nessa cidade.

— Se quiser voltar, o quarto é seu, maninha. — Alana concluiu.

— Não, obrigada. — Dei um beijo no papai e saí em direção ao quarto do Alan.

— Desçam para o jantar, hein? Trouxe pizza. — ouvi ele gritar.

Se o senhor Mark Jefferson desconfiar do motivo pelo qual saí do quarto, vai dar problema para o lado dela. Tive que inventar uma desculpa, dizendo que a Alana dormia muito tarde e atrapalhava meus estudos, o que não é uma total mentira.

Fechei a porta e caí na cama. Aflita para ver o que ele acabou de me mandar. Eu deveria ignorar e guardar o meu telefone.

Mas…

Abri a mensagem e dei de cara com a foto do seu abdômen definido, com algumas manchas vermelhas.

“Olha o que essa bebezinha brava fez. Tá precisando de uns tapas, cunhadinha preferida.”

Fiquei olhando aquilo e deixei que um maldito sorriso escapasse do meu rosto.

O que tá acontecendo com você, Ayla Jefferson? Dominic é o namorado da sua irmã, droga!

Ele viu que eu abri a mensagem e não respondi, então mandou outra mensagem.

“Já que você tem uma foto do meu peito, para ficarmos quites, nada melhor que mandar uma também, né?”

Sem pensar, mandei uma resposta de imediato.

“Que tal eu mostrar para a sua namorada as suas mensagens? Seu safado, cretino.”

A sua resposta chegou segundos depois:

“Vai em frente, a sua irmã está passando dos limites, Ayla.”

Outra mensagem:

“Eu posso te ligar?”

Sentia o meu coração batendo forte, forte demais. Alana reclamou do namorado. Dominic, reclamando da Alana, e agora ele quer me ligar? O que quer falar comigo?

“Quer chorar as pitangas? Procure seus amigos para desabafar.” — enviei para ele.

Recebi a resposta dele dizendo que queria falar sobre algo diferente. Mencionou que não era de ficar se lamentando ou buscando respostas em outras pessoas. Não soube como reagir a essa mensagem.

O celular começou a tocar, e o nome dele piscou grande na tela. Quase deixei meu dedo escorregar até o ícone vermelho para ignorar a ligação. Tudo o que eu queria era esquecer esse homem, mas parece que tudo está indo contra o meu desejo, inclusive Dominic.

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