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O Filho Do CEO

Prólogo

Buenos Aires,2023

O meu nome é Luna, tenho 23 anos. Sou brasileira e moro na Argentina desde os 18.

LUNA

Logo que concluí o Ensino médio, ganhei uma bolsa de estudos em um curso de bacharel em secretariado na cidade de Buenos Aires.

Deixei os meus pais e a minha irmã Luísa que hoje tem 9 anos no Brasil, e mudei-me para a terra do tango.

Assim que cheguei, fiz amizade com uma brasileira do mesmo Campus: Juliana.

**JULIANA**

Nos tornamos inseparáveis e foi com ela que dividi um dos alojamentos da faculdade.

No primeiro mês em terras argentinas, conheci também o Benício, estudante do segundo ano de medicina com quem eu engatei um namoro.

Juliana formou-se em Ciências Contábeis há um ano e eu formei-me na mesma época em Secretariado.

Minha amiga conseguiu um emprego na parte da contabilidade em uma grande empresa do ramo de tecnologia e graças a sua indicação, comecei a trabalhar como secretária executiva do CEO dessa mesma empresa.

Desde o meu primeiro dia de trabalho, me dei bem com o meu chefe.

Silvestre é um senhor viúvo e aparentemente triste. Porém, tem um coração enorme e está sempre se preocupando comigo e os outros funcionários.

SILVESTRE

A única coisa que sei sobre ele é que foi casado duas vezes. Com a primeira esposa, teve um filho. Quando o garoto era adolescente, ele se separou e casou-se com outra moça bem mais jovem com quem teve uma menina anos depois. A segunda esposa faleceu durante o parto.

Ao que parece, ele não tem uma boa relação com o filho mais velho. Visto que sabemos que o mesmo trabalha na sua filial na Espanha, mas nunca o vi por aqui. Além disso, sempre vejo-os conversando sobre trabalho ao telefone, mas ambos agem como dois estranhos.

Já a caçula é a menina dos seus olhos. O meu chefe desmarca qualquer compromisso para estar com a filha e os seus olhos brilham só de falar nela.

Benício, meu namorado, tem a minha idade.

BENÍCIO

Nasceu aqui mesmo na Argentina e a sua família tem uma boa condição financeira. Entretanto, ele nunca me apresentou oficialmente como namorada. Sempre vem com desculpas de que ainda é cedo, que os seus pais não querem que ele namore antes de concluir a faculdade, etc.

A pedido dele, também não contei do nosso envolvimento aos meus pais. Pretendo esperar o momento dele para então assumirmos publicamente o nosso relacionamento.

Juliana sempre diz que ele está me enrolando. Apesar de também achar estranho ele não me assumir logo, tento entender e respeitar a sua decisão.

(...)

Segunda-feira: estou em um laboratório aguardando os resultados de um exame de sangue que fiz.

Há alguns dias tenho me sentido mal e ontem percebi que a minha menstruação está há mais de 15 dias, atrasada.

Enviei uma mensagem ao Senhor Silvestre comunicando que precisava vir ao médico e ele autorizou-me a chegar mais tarde.

Após duas horas de espera, a recepcionista me chama para pegar o resultado do meu teste de gravidez.

Respiro fundo e abro o envelope com cuidado.

Perco o chão ao ler em letras de fôrma:

POSITIVO

E agora?

Luna

Saio desorientada da clínica.

O que eu vou fazer? Uma gravidez não estava nos meus planos e muito menos nos planos do Benício. Eu sempre tomei as minhas pílulas pontualmente, o que foi que deu errado?

Por outro lado, eu já amo esse serzinho. Pouso a mão sobre a minha barriga enquanto penso em uma forma de dar a notícia ao meu namorado.

Quando chego à empresa, sou informada que o Senhor Silvestre tirou o dia de folga.

Resolvo as demandas que o meu chefe deixou e por volta das 18:00, organizo as minhas coisas para ir embora.

Assim que pego a minha bolsa, Juliana entra na minha sala eufórica como sempre:

— Amigaaaaa! O que acha da gente ir para um barzinho hoje? Comemorar o nosso aumento de salário - Sorri de lado.

-- Hoje eu não estou afim, Ju... - Respondo desanimada.

A morena desfaz o sorriso antes de dizer:

— Ei... eu conheço essa carinha... O que aconteceu? Tem a ver com os exames que você foi fazer hoje? — Assinto cabisbaixa — Quer me contar o que houve?

— Pode ser em casa? — Pergunto — Não quero que mais ninguém ouça.

— Claro! — Responde preocupada - Vamos.

Caminhamos até o estacionamento e após entrarmos no carro da minha amiga, realizamos o caminho em silêncio até o prédio onde moramos.

Logo que concluímos a faculdade, os pais dela estiveram aqui em Buenos Aires e a ajudaram a comprar um apartamento. Apesar de pequeno e simples, é charmoso e aconchegante.

Como viu que eu estava a procura de um quartinho para alugar, Juliana convidou-me para morar com ela. Eu obviamente aceitei. Contribuo através do pagamento de metade do condomínio e das demais despesas.

Após o banho, enquanto coloca o jantar na mesa, minha amiga pergunta:

— Então, Luna? O que aconteceu?

Suspiro pesadamente antes de dizer:

— Eu... — Hesito a segurar as lágrimas — Estou grávida.

Juliana empalidece com a notícia:

— Luna... É sério isso?

— Sim... — Respondo aos prantos.

— Poxa! Amiga... Eu não sei se lhe dou os parabéns ou te consolo. — Responde desconcertada.

— Acho que os dois — Dou um sorriso nervoso.

— Como você está? E o Benício? Ele já sabe? - A morena pergunta.

— Ainda não... — Respondo tristemente — Não consegui falar com ele hoje.

— E o que você vai fazer? — Indaga.

— Eu ainda não sei. Acho que o primeiro passo é contar para o senhor Silvestre. Mas de uma coisa eu tenho certeza: eu já amo esse bebê — Pouso a mão sobre a barriga.

— A titia também já ama esse grãozinho — Juliana sorri e afina a voz enquanto alisa a minha barriga.

Rimos e nos abraçamos.

Encerramos o jantar fazendo mil planos como compra de roupinhas, bercinho, etc.

No dia seguinte, Juliana e eu nos arrumamos e seguimos para a empresa. Assim que o meu chefe chega, repassamos a agenda do dia. Quando concluímos, ele diz:

— Isso é tudo, Luna. Obrigado - Sorri e se volta para as pilhas de papel sobre a mesa.

— Por nada senhor Diaz — Respondo hesitante.

Apesar de estar lendo um contrato, Senhor Silvestre percebe que ainda estou parada à porta.

— Luna? Quer me dizer algo? — Pergunta

— Sim... — Gaguejo — Eu acho...

— Pois diga — O homem levanta os olhos voltando toda a sua atenção para mim.

— É sobre o exame que fiz ontem — Digo abaixando o olhar.

Senhor Silvestre faz um sinal indicando que eu me sente:

— Algo grave? — Pergunta apreensivo olhando-me nos olhos.

— Na verdade, não... — Respondo — Acontece que eu... eu estou grávida…

A expressão preocupada do meu chefe dá lugar a um largo sorriso:

— Mas que notícia boa! Meus parabéns — Se levanta da mesa e me abraça — O seu namorado já sabe?

— Não... Eu confesso que estou com medo da reação dele - Digo cabisbaixa.

— Bobagem... — Responde suavemente — Filho é benção de Deus. E se o seu namorado realmente te amar, vai ficar muito feliz com a notícia. Quando pretende contar a ele?

— Hoje ... — Respondo — Vou pedir que ele me encontre após o expediente.

— Nem precisa eu dizer que pode contar comigo não é? — Diz segurando as minhas mãos.

— Obrigada, Senhor Silvestre — Sorrio e me retiro da sala.

Resolvo mais algumas demandas do período da manhã e no horário do almoço encontro Juliana em um restaurante próximo dali. Após fazermos os pedidos, conto à minha amiga sobre a conversa que tive com o senhor Silvestre e o quanto ele me tranquilizou e incentivou-me a contar sobre a gravidez ao meu namorado.

— Puxa, o nosso chefe é um amor mesmo! — Juliana exclama.

— Sim, ele é um ser humano incrível... — Sorrio.

— É uma pena que não se dê bem com o filho — A morena completa.

— Como assim? — Franzo o cenho.

— Você nunca percebeu, amiga? — Sorri com desdém — Eles mal se comunicam e a única vez que os vi juntos, se trataram como estranhos.

— Eu nunca vi o filho do Senhor Silvestre — Comento — Ele já esteve aqui antes? — Pergunto.

— Sim, foi no meu primeiro dia de trabalho — Juliana confirma — Você não o conheceu, pois começou a trabalhar aqui dias depois.

— Entendi — Respondo.

— Amiga! Precisa ver que gato! - Diz empolgada.

— Ai Juliana — Dou risada — E quem você não acha gato?

— Aquele “playboy” do seu namorado — Provoca — Se acha a última bolacha do pacote e nem é tudo isso — Revira os olhos.

— Não fale assim dele, Ju... — Digo cabisbaixa.

— Você sabe que é verdade, amiga! — Retruca — Eu juro que não o entendo. Vocês namoram há muito tempo! Já era para ele ter te apresentado à família e ter conhecido os seus pais e a sua irmãzinha.

— Ele deve ter os próprios motivos... — Pondero.

— Bom, eu não sei se tem, mas espero de coração que quando souber da sua gestação, ele resolva te assumir para a família — Juliana rebate e eu abaixo os olhos.

— É... Eu também espero — Suspiro.

— Amiga, você sabe que eu não digo por mal — Diz pegando a minha mão — Você é uma irmã para mim. Eu não quero que você sofra…

— Eu sei, Ju — Sorrio com emoção — Se não fosse você, eu não sei o que seria de mim. Eu me sentia tão sozinha quando cheguei em Buenos Aires.

— Eu também, Lu — Juliana responde — E eu te prometo que se depender de mim, vamos ser amigas até ficarmos velhinhas gagá — Completa divertida me fazendo rir.

Terminamos a refeição conversando assuntos aleatórios e antes de voltar ao trabalho, envio uma mensagem pedindo que Benício vá a minha casa hoje a noite para conversarmos. Pretendo contar-lhe que estou grávida e de hoje não passa.

Estou com medo da sua reação. Tomara que o meu namorado fique feliz com a notícia de que vai ser pai!

O período da tarde passa rapidamente. Estou apreensiva, mas não permito que isso interfira no meu trabalho.

O Senhor Silvestre é muito bom comigo desde que cheguei aqui por isso, não quero decepciona-lo nunca.

Às 18:00 como todos os dias, pego as minhas coisas e após encontrar-me com Juliana,vamos juntas pra casa.

Tomo um banho quente e demorado depois da Juliana e visto-me para esperar a chegada do Benício.

No horário marcado, ele chega bonito e bem-vestido como sempre.

Assim que entra, me dá um selinho dizendo:

— Oi, meu amor! Eu estava com saudades…

— Bom, eu vou à cozinha preparar algo para o jantar, qualquer coisa podem me chamar, está bem? - Juliana diz.

— Está bem, amiga. Obrigada — Respondo a sorrir.

— Então, amor? O que quer me dizer? - Pergunta.

Ao invés de responder, entrego o resultado do meu exame. Benício sem entender, abre o envelope e lê. Quando termina, me olha-me atônito antes de perguntar:

— O que significa isso? Não vai me dizer que ...

— Sim, Benício - Respondo entre lágrimas — Eu estou grávida.

Decepção

Luna

- Não... - Meneia a cabeça atordoado - Você não pode ter feito isso comigo,Luna. Você me disse que tomava pílula! — Grita.

— Mas eu tomo, Benício! — Grito de volta — Eu não sei o que aconteceu. Eu devo ter me esquecido, mas eu juro que não fiz de propósito — Justifico e ele vira as costas arfando como se tivesse acabado de tomar um susto — Meu amor... — Me aproximo a abraçar-lhe pelas costas — Agora mais do que nunca precisamos nos assumir. Esse bebê é um inocente que não pediu pra vir ao mundo — Pouso a mão sobre a barriga — É o nosso filho. Ele ou ela precisa de um pai e de uma mãe para crescer forte e saudável.

Benício se desvencilha do meu abraço e se vira me encarando com ódio.

— Você fez isso de propósito não é? — Insinua.

— Como assim? O que você está dizendo? — Respondo horrorizada com a acusação.

— Claro! Como eu nunca te assumi, você está querendo aplicar-me o golpe da barriga e achou que eu cairia — Dá uma risada amarga — Você acha mesmo que só porque está grávida, eu vou lhe apresentar para os meus pais e te pedir em casamento? Só porque você está a esperar um filho que talvez nem seja meu?

- Benício?! - Sussurro perplexa.

Benício sorri debochado antes de dizer:

- O quê? Você pode ter se deitado com qualquer só para engravidar...

Indignada, dou-lhe um tapa no rosto e coloco as duas mãos espalmadas sobre a boca sem conseguir acreditar no que acabei de fazer.

Benício por sua vez me encara a alisar o rosto e olha-me longamente e em silêncio.

- Benício... - Me aproximo arrependida - Me desculpa, eu não devia ter feito isso. Eu fiquei nervosa e sei que você deve ter dito tudo isso em um momento de raiva. Vamos conversar como adultos... - Faço menção de acariciar o seu rosto no local do tapa, mas ele segura-me forte pelos punhos.

- Escuta aqui! Se você quiser continuar comigo, vai ser nas minhas condições! - Diz sem me soltar.

- Benício me solta - Choro - Você está me machucando.

- Você não pode ter esse filho. De quanto precisa para interromper a gravidez? - Pergunta.

O quê? Ele quer que eu tire o meu filho? Não pode ser...

O Benício só pode estar de brincadeira!

Indignada desvencilho-me e grito:

- Eu não vou tirar o meu filho! Isso que você está me pedindo é um absurdo, Benício! Como você pode ter coragem de renegar um inocente? Sangue do seu sangue!

- Ninguém me garante que esse moleque é meu filho - Me olha com desprezo - E você sempre soube que ser pai nunca esteve nos meus planos.

- E nem nos meus! - Berro - Mas aconteceu! E eu não posso ser tão cruel a ponto de matá-lo - Choro - Se você não quiser esse filho, tudo bem... Eu o crio sozinha. Eu sou muito mulher pra isso...

Benício me interrompe e se aproxima me chacoalhando pelos ombros:

- Olha aqui sua interesseira! Você vai interromper essa gravidez! - Grita- Caso contrário eu te faço sumir da minha vida - Aperta os meus ombros me fazendo gritar - Você ouviu? - Brada.

De repente Juliana entra na sala:

- Mas o que é isso? Solta ela, cara! - Grita e como Benício finge que não a escuta, Juliana repete - Solta ela, Benício! Está surdo? - O argentino olha para a minha amiga e me solta bruscamente fazendo com que eu caia no sofá sendo amparada por ela - Olha o que você fez, seu bruto! Ela está grávida! Você podia ter machucado a ela ou ao bebê!

- Com certeza, ela fez tudo isso por influência sua - Ele acusa Juliana - Eu nunca gostei de você. Sempre disse à Luna que te achava saidinha demais. Você sempre foi um péssimo exemplo para a minha namorada.

- Vai embora, canalha! Eu também nunca gostei de você! Sempre desconfiei que não valia nada e agora estou confirmando. Vai embora antes que eu chame a polícia e te denuncie por agressão.

- Ju... - Digo aos soluços - Deixa ele pra lá…

- Eu vou embora e já está avisado, Luna. Ou você tira esse bebê, ou esquece que eu existo - Sai e bate a porta.

Choro copiosamente nos braços da minha amiga.

- Oh, Luna... - Juliana afaga os meus cabelos - Não fica assim. Esse idiota não merece as suas lágrimas.

- Eu pensei que ele me amava, Ju - Choro ainda mais.

- Ele te machucou? - Pergunta me olhando preocupada.

- Fisicamente não... - Respondo enxugando as lágrimas - Mas tudo o que ele me disse doeu mais que uma surra.

- Esquece ele, amiga. Pense no seu bebê - Diz alisando a minha barriga - Você tem que se manter calma para ter uma gravidez tranquila.

- Acho que essa gravidez foi o maior erro da minha vida... - Digo aos prantos.

- Não! Não fala isso! O único erro foi você ter dado um pai desse tipo para ele - Me olha - Amiga, me diz uma coisa: você não está pensando em tirar esse bebê, está?

- Não! Claro que não, Juliana - Digo perplexa - Eu amo o meu filho. Só estou com pena de colocar no mundo uma criança desprezada pelo próprio pai. E sei lá... Tenho medo de não conseguir cria-lo sozinha.

- Mas você não está sozinha, Lu - Diz me olhando ternamente - Você tem a mim e eu prometo que vou te ajudar no que for preciso.

- Obrigada, amiga - Nos abraçamos emocionadas.

- Agora, vem - Se levanta e puxa-me pela mão - Fiz uma comidinha deliciosa para a gente.

- Eu estou sem fome, Juliana... - Digo desanimada.

- Ah não! Não vai me fazer essa desfeita - Protesta - E outra: você está gravidinha e precisa se alimentar bem para o nosso "baby" crescer forte e saudável.

- Está bem, eu vou tentar - Digo resignada.

Jantamos juntas e durante a refeição, Juliana tenta me distrair enquanto relembramos histórias engraçadas da época da faculdade.

Na hora de dormir, enquanto caminhamos para nossos respectivos quartos, começo a lembrar-me das palavras de Benício e choro ainda mais. Juliana percebe e sem dizer uma só palavra me abraça.

- Eu posso dormir no seu quarto, Ju? - Pergunto - Só hoje…

- Claro, minha amiga… - Responde ternamente.

Nos deitamos na sua cama e o carinho dela no meu cabelo é a última coisa que sinto antes de pegar no sono.

No dia seguinte, acordo com o cheirinho de café vindo da cozinha. Em seguida Juliana aparece na porta do quarto:

- Lu, o café está pronto.

- Obrigada, Ju - Respondo - Só vou me arrumar e já vou.

- Amiga, se quiser eu aviso ao chefe que você não está se sentindo bem e você fica em casa hoje. Foi uma noite muito difícil para você - A morena diz comovida.

- Não, Ju - Respondo - Eu preciso ocupar a minha cabeça. Ficar em casa só vai me deixar pior.

- Tudo bem, eu estou te esperando então - Sorri.

Tomo um banho rápido e visto o uniforme da empresa que consiste em uma camisa social branca com o logo da empresa e uma saia lápis cinza. Faço uma maquiagem leve, calço sapatos de salto e prendo os cabelos em um coque.

Após o café da manhã, vamos juntas à empresa e cada uma dirige-se ao seu respectivo setor.

O período da manhã passa rapidamente. Sinto um pouco de enjoo, mas melhoro após comer uma fruta. Algumas vezes lembro-me com tristeza das palavras do Benício e os meus olhos ficam marejados, mas tento conter-me e concentrar-me no trabalho.

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