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Anomaly Hunters

primeiras impressões

Numa manhã ensolarada, a luz dourada acariciava os corredores do ensino médio, revelando Arthur, um jovem estudante imerso em reflexões. Sua cadeira, um refúgio no oceano de possibilidades, sustentava o peso de pensamentos sobre o que o futuro reservava. Enquanto os raios de sol dançavam, ele contemplava a simplicidade que permeava sua vida, questionando o que o destino guardava para além da aparente tranquilidade.

Arthur, mergulhado em seus pensamentos sobre o futuro, murmurou consigo mesmo:

não seria nada mal se o futuro me abençoasse com uma namorada.

Uma voz interior, respondeu:

— Só em seus sonhos, Arthur... só em seus sonhos

Com seus 17 anos, Arthur navegava pelo ensino médio, uma narrativa ainda sem o capítulo de uma namorada, mas com páginas em branco esperando serem preenchidas pelos traços do destino.

E então, uma voz suave ecoa pelo corredor do ensino médio:

— Bom dia, meninos

Surge Lara, uma jovem de 17 anos, a única garota no grupo de garotos, seus interesses amorosos são desconhecidos . O coração de Arthur acelera enquanto o destino, sutilmente, começa a virar as páginas de suas histórias entrelaçadas.

— O-oi -responde Arthur, um tanto surpreso.

— Opa

Lara, com um sorriso descontraído, pergunta a Arthur:

— Tem algum plano para esse final de semana?

O ar parece carregado de possibilidades, enquanto a curiosidade tece seu caminho entre eles.

— Cê acha mesmo que o Arthur, um cara preguiçoso, teria planos? - comenta um dos garotos de forma brincalhona.

— Ei - protesta Arthur, embora admitindo com um suspiro:

— Só não digo nada porque não tenho mesmo...

— Jura? - Que ótimo, porque preciso de uma ajudinha-, revela Lara, lançando um olhar cheio de expectativas. Parece que o destino estava traçando seus próprios planos para o final de semana.

— Eita, Arthur se deu bem, hein?

— ajuda com o quê? — pergunta Arthur, curioso.

— Hmm, será que eu conto? — brinca Lara.

— Fala, Lara — incentiva um dos garotos.

Lara se aproxima de Arthur e pronuncia suavemente algumas pequenas palavra que ecoa no coração dele

— É um encontro, cê topa?

O silêncio é preenchido pelo palpitar acelerado

— E-encontro? — gaguejo um pouco.

— Isso aí, haha — confirma Lara.

— Aposto que nunca teve um na sua vida, né? — provoca um dos garotos.

— E-engano seu, eu já tive vários — respondo um pouco nervoso

— Eita, não conhecia esse seu lado, haha — Lara brinca, enquanto o grupo se diverte com as revelações surpreendentes.

— E então, você aceita? — ela pergunta, olhando para mim.

— V-vou ver e depois te digo - respondo, um tanto hesitante.

— tudo bem — diz Lara, sorrindo

ela volta para sua carteira, deixando no ar a expectativa de uma resposta que pode mudar o rumo dos acontecimentos. O jogo sutil do destino continuava a desenrolar-se no palco do ensino médio.

O dia segue normalmente, mas para Arthur, a ansiedade pelo final de semana cresce, carregando consigo a promessa de surpresas. O coração bate mais rápido, enquanto a incerteza do que o aguarda adiciona uma pitada de emoção ao cotidiano. O palco está montado, e o script do destino aguarda para revelar quais surpresas estarão preparadas para ele.

Um encontro né? É o tipo de coisa que casais fazem... FINALMENTE, finalmente terei um

— Perdido em pensamentos, Arthur? — pergunta Lara, notando sua expressão distante.

— N-não, imagina — responde Arthur, tentando disfarçar a turbulência de pensamentos que o envolve.

O jogo de disfarces e revelações ganha novo capítulo, enquanto o final de semana se aproxima, trazendo consigo a promessa de um encontro que pode transformar o curso de suas histórias.

Eu preciso me esforçar para que tudo dê certo!

Arthur agora estava confiante que tudo daria certo.

Algumas horas se passam, e chega o fim do primeiro período. O sinal anuncia o intervalo, dispersando os alunos pelos corredores da escola. Para Arthur e Lara, esse é apenas o início de um intervalo que promete mais do que apenas descanso. O suspense paira no ar, enquanto o final de semana se aproxima, trazendo consigo o potencial para novas experiências e emoções.

— Arthur, quer vir comigo pro terraço? — convida Lara.

— Clar-

— Não vai dar, ele vai comer com a gente — interrompe um dos garotos, revelando que os planos parecem ter mudado.

— Quietinhos que eu não perguntei nada para as princesas, quem decide é ele — diz Lara, afirmando sua independência na escolha.

— E então, aceitas?

— aceito

Lara olha para Arthur e responde: —Então, vamos para o terraço — Uma escolha que parece trazer um novo tom ao enredo que se desenha entre eles.

— Isso aí! Viu só, gente? — comemora Lara, desafiando as expectativas.

— Sério isso, Arthur? — questiona um dos garotos, surpreso.

— Jaja devolvo ele, hehe — brinca Lara, enquanto o grupo se diverte com a reviravolta na dinâmica do intervalo. O inesperado torna-se o tempero especial no palco das relações juvenis.

Ao chegarem no terraço, o espaço parece vazio, sem sinal de outras pessoas.

— Não tem ninguém — observa Arthur, enquanto Lara olha ao redor, talvez um momento inesperado de privacidade em meio à agitação da escola. O terraço, antes silencioso, agora aguarda para ser palco de novas conversas e revelações entre eles.

— Perfeito para nós — comenta Lara, sorrindo e escolhendo um canto tranquilo no terraço.

— P-perfeito? — indaga Arthur, um misto de surpresa e curiosidade em sua expressão.

—Isso aí, é ótimo que não tenha ninguém, hehe — concorda Lara, desfrutando da privacidade do momento.

O terraço, agora testemunha de uma narrativa íntima, guarda a promessa de diálogos e risadas que podem transformar esse encontro em uma lembrança especial para Arthur e Lara.

— Vem, senta aqui! — convida Lara, indicando um lugar ao seu lado.

— Ta bom — responde Arthur, aceitando o convite. O silêncio do terraço é quebrado pela presença deles, enquanto o destino, sutilmente, continua a escrever o desenlace dessa história que se desdobra entre risos, olhares e a promessa de um final de semana cheio de surpresas.

— E então, já tem uma resposta? — pergunta Lara, lançando um olhar curioso a Arthur.

— Resposta de que — questiona Arthur, demonstrando uma pitada de confusão. Parece que algo está em andamento, e ele está prestes a descobrir o que o destino reserva para esse encontro peculiar no terraço.

— Sobre o encontro! — esclarece Lara, sorrindo enquanto aguarda a resposta de Arthur. O terraço, antes vazio, torna-se palco de expectativas e possibilidades, enquanto o suspense do que está por vir paira no ar.

— Ah, eu aceito... eu acho — responde Arthur, revelando uma mistura de nervosismo e empolgação. O terraço, agora, é testemunha do desdobramento dessa nova etapa na vida de Arthur e Lara, onde as emoções começam a trilhar caminhos ainda desconhecidos.

—Jura? Perfeito então! — exclama Lara, radiante com a resposta positiva de Arthur. O terraço, antes sereno, ganha vida com a promessa de um encontro que parece carregar consigo uma dose extra de significado. O destino, mais uma vez, moldando o curso dessa história.

—Mas por que eu? Existem tantos outros garotos.

—É porque eu gosto de você — confessa Lara, desenhando um sorriso tímido no rosto. O terraço, agora, é palco de uma revelação sincera, onde os sentimentos começam a desabrochar entre Arthur e Lara.

— S-sério?

— Brincadeira, a verdade é que eu sei que você não tentaria nada comigo, e eu quero me divertir fazendo algo, só isso, eu acho haha

revela Lara, quebrando a tensão com uma risada descontraída. O terraço, agora, é cenário de compreensão mútua e leveza, onde a amizade e a diversão têm espaço para se desenvolver.

— Então eu sou apenas um passatempo?

— Tipo isso! — confirma Lara, com honestidade, mas sem querer causar desconforto.

O terraço, antes cheio de expectativas românticas, transforma-se em um espaço de diálogo sincero, onde Arthur e Lara começam a entender melhor as expectativas um do outro.

— Vamos lá, não se desanime, ainda é algo bom, entende?

— Entendo... eu acho...— responde Arthur, tentando aceitar a situação com uma pitada de resignação.

O terraço, agora, é palco de uma conversa que mistura sentimentos complexos e uma tentativa de compreensão mútua.

Os dois ficam em silêncio por alguns minutos, até que Lara, percebendo a necessidade de aliviar a tensão, solta uma piada que quebra o gelo.

— Ei Arthur

— oi?

— sabe por que o pinheiro não se perde na floresta?

— não...porque?

— por que ele tem uma pinha

— ...

— entendeu entendeu? "Um mapinha"

—...

mesmo sem querer Arthur solta uma gargalhada

— Que piada ruim hahaha

— não é tão ruim vai! Haha

Após rirem por alguns segundos, ambos se recompõe

— bom, o intervalo já vai acabar, melhor nós voltarmos — Lara comenta após olhar as horas

— tem razão — confirma arthur

— vamo

os dois levantam-se do terraço, deixando para trás as complexidades momentâneas.

— Foi divertido, né? pergunta Lara, um pouco desconfiada

— Nem tanto

— Ah, não seja chato, eu sei que se divertiu.

— Só um pouco — admite Arthur, deixando escapar um sorriso.

— a gente nem comeu no fim das contas

— verdade - confirma lara com um sorriso

— Espera.

— O que foi? - pergunta Lara, curiosa com a pausa de Arthur.

— T-tem algo de errado- comenta arthur com um olhar de preocupação

— O que tem de errado?

O clima fica pesado por alguns momentos, revelando um momento de tensão entre os dois

O que tá acontecendo? Isso...parece... não sei aah, o que tá acontecendo comigo? Por que sinto isso?

— ta tudo bem arthur? Pergunta Lara com preocupação

— POR QUE ISSO?

— MAS QUE DROGAA!

continua...

o encontro

Meu nome é Arthur, tenho 17 anos e estudo no ensino médio. Moro com meus pais, meu irmão foi morar fora do país a alguns anos, então antes éramos nós quatro. Por que eu tô contando isso? Por nada... hoje é um dia especial.

O dia em que terei um encontro com uma linda garota.

Ela deixou claro que não tem interesses amorosos por mim, mas isso não me impede de continuar sendo legal com ela...mesmo que isso me machuque.

São 9 horas da manhã e eu estou aqui em frente a uma fonte esperando por ela, será que ela virá? Espero que sim.

Por muito tempo estive esperando por essa chance e finalmente eu tenho a oportunidade de colocar em prática tudo que eu aprendi e chegar cedo em um encontro é uma dessas coisas. Bom, por mais que o encontro seja às 11 horas, não faz mal esperar um pouquinho.

O ambiente está impregnado pela movimentação de pessoas, algumas acompanhadas de seus leais companheiros caninos, que exploram o local com entusiasmo. O som alegre de passos mistura-se ao borbulhar suave das fontes, onde pássaros coloridos mergulham, criando uma cena harmoniosa de interação entre seres humanos, animais e natureza.

O dia está extremamente lindo, o céu está limpo e o sol aquece minha alma, perfeito para um recluso como eu. Pode não parecer, mas eu não saio muito de casa, talvez seja por Isso que eu não tenha namorada, mas quem liga né?

Ao meu alcance, descortinava-se um modesto estabelecimento, cujo charme sutil atraía minha atenção. Uma fragrância tentadora flutuava pelo ar, revelando a promessa de tortas extraordinárias. Talvez eu vá lá quando eu e Lara estivermos juntos

À medida que as 10 horas da manhã se aproximavam, a expectativa pela chegada de Lara aumentava, mas nenhum sinal dela.Contudo, em meio à espera, uma moça capturou minha atenção pela sua notável beleza, destacando-se em meio ao cenário que aguardava o encontro planejado.

Ela se destacava vestindo um elegante vestido azul, que ressaltava sua graça e estilo. A tonalidade envolvente parecia combinar perfeitamente com a atmosfera, conferindo-lhe uma aura cativante sob a luz da manhã.

Enquanto ostentava seus óculos escuros, a moça dirigiu-me um olhar penetrante, como se sua expressão intrigante buscasse desvendar algo além do visível.

Ela tá olhando pra mim?

De repente, com uma expressão animada, ela corre em minha direção, gritando meu nome. Seu entusiasmo preenche o ambiente, criando um momento inesperado e contagiante.

— Arthur!

— Lara?

Era a Lara que havia chegado e pra minha surpresa, ainda não era 11 horas. Ela decidiu chegar cedo?

— chegou cedo? - Pergunta Lara com um olhar confuso

— acabei de chegar!

Era mentira, mas ela também parecia ansiosa para me encontrar

— E então, pronto para um encontro emocionante? - Ela sorri

— Claro! - Retribuo o sorriso

Ah a segunda coisa a se fazer em um encontro é elogiar a roupa da sua acompanhante

— V-você está linda

— valeu!

— Você também não está nada mal hehe

Dá pra fazer melhor do que eu fiz, mas fica ao seu critério, claro. Bom, após isso nós seguimos para aquele pequeno estabelecimento ao qual eu tinha avistado anteriormente

— uau olha essas tortas Arthur! Lara grita com empolgação

— verdade, são bem bonitas

— Vai querer? - Pergunta Lara com empolgação

Mas antes que eu respondesse ela já foi fazendo o pedido. Posteriormente, nos acomodamos em uma das mesas e saboreamos as tortas de chocolate. O sabor indulgente combinado com a companhia alegre criava uma atmosfera de prazer compartilhado.

— Hmm muito bom! - Comenta Lara

— Sim! A calda de chocolate também é deliciosa

— né?

Enquanto o sabor inigualável das tortas encantava o paladar, o que mais apreciava naquele momento era o sorriso doce e gentil dela. Era como contemplar a inocência radiante de uma criança, tornando o instante ainda mais especial e memorável.

— sério cara, estava delicioso, nunca havia comido nada assim antes! — Ela sorri se sentindo satisfeita

— Você gostou?

— EU AMEI!

— Que ótimo! — Eu sorrio satisfeito assim como ela

— E então, pra onde vamos agora? — Pergunta lara

— Você não tem nenhum destino?

— Hmm vamos no cinema? — Lara sugere com empolgação

A terceira coisa é ir no cinema e assistir um filme de terror, assim ela vai se assustar e ficar coladinha em mim, é o plano perfeito

*Chegando no cinema*

Ao chegarmos ao cinema, deparamo-nos com uma variedade de filmes de terror em exibição, cada título prometendo uma experiência arrepiante. O desafio estava em escolher qual obra nos conduziria por entre emoções intensas na tela escura.

— Olha quantos filmes Arthur!

Ela realmente parece uma criança... tão fofa.

-Qual a gente escolhe? Todos parecem incríveis- diz Lara, diante da empolgante indecisão que os intrigantes filmes de terror apresentam.

— Ah esse aqui! Vamo

— tudo bem

*1 hora depois*

— Que filmaço!

Meu plano não saiu como planejado, pois ela amou o filme e não se assustou nenhuma vez, diferente de mim

— Se estiver com medo pode segurar minha mão haha! Comenta lara

— Nem pensar

— como é? - Não quer segurar minha mão? Questiona Lara com um olhar confuso

— Não...quer dizer

— nem tô com medo

Mentira, eu tava com muito medo, o filme realmente era assustador.

— Que mentira haha!

Após o término do filme, tudo correu bem, e ela parecia mais animada do que nunca. O impacto do terror na tela transformou-se em energia positiva, tornando o momento pós-cinema ainda mais vibrante e cheio de entusiasmo.

— Na próxima vez, vamos assistir algo mais leve, Arthur!

— Vai ter uma próxima vez?

— Óbvio! responde Lara, deixando claro que a experiência agradável está longe de ser a última.

Funcionou? Realmente vai ter um segundo encontro?

Arthur parecia extremamente animado com a possibilidade de um segundo encontro, mesmo que não tenha nada de segundas intenções nisso

Após o cinema, caminhamos tranquilamente até o parque, o sol estava próximo de se pôr e o clima estava agradável

— Você se divertiu, Lara?

— Óbvio! - Ela me responde com um sorriso no rosto

— Foi um encontro simples, mas foi perfeito!

— Você acha?

— simm!

Sentamos em um banco e começamos a conversar sobre assuntos aleatórios, enquanto aguardávamos a noite chegar. A atmosfera tranquila do parque proporcionava o cenário perfeito para trocar ideias e compartilhar experiências. No entanto, nossa paz foi interrompida ao ouvirmos, ao longe, alguns latidos.

— O que será que aconteceu? - Questiona Lara com um olhar confuso

— Não sei...

O som dos latidos aumentava, e os cães se aproximavam, criando uma sensação de antecipação e curiosidade. Ao longe, podia-se ver um Pitbull imponente, pesando 40 kg, liderando outros cães.

— Vamo sair daqui, pode ser perigoso, Lara

— mas são só cães, eles só vão passar por nós, nada demais

— Corre! - Eu grito para que ela entenda a gravidade da situação

Lara e eu corremos, tentando nos esconder dos cães, mas era tarde demais; eles já tinham nos visto. A adrenalina aumentou, transformando a tranquilidade da noite em uma cena de escapada inesperada.

— Não vai ter jeito

— Lara, Continua correndo!

— O que? Mas e você?

— Eu vou ficar e enfrentar eles

- Não, Isso é loucura!

—Não é!

Sim, era loucura

— continua correndo!

O plano estava armado: Lara continuaria correndo enquanto eu enfrentaria os cães. A divisão de estratégias visava garantir a segurança de ambos diante da inesperada situação no parque noturno.

Decido me posicionar à frente, tentando impedir a invasão dos cães

Tem que funcionar!

5...

4...

3...

2...

Agora!

Com uma mistura de coragem e instinto protetor, eu salto em cima do Pitbull, tentando segurá-lo. O plano inicialmente funciona e eu consigo segurar a cabeça do Pitbull de forma que ele não me ataque, mas antes que eu percebesse, eu já estava cercado pelos outros cães. Os cães que logo me cercaram não pareciam ser cães normais, pois seus olhos eram vermelhos como fogo, eles pareciam estar possuídos por algo.

Inesperadamente Nenhum deles atacavam, estavam apenas esperando as ordens de seu líder que lutava incessantemente, Os latidos daquele Pitbull ecoavam dentro da minha alma, causando desorientação.

É quando eu ouço a voz de Lara surgindo atrás de mim

— Arthur! — Grita Lara

Em um descuido, o Pitbull escapa das minhas mãos e tenta avançar para cima de Lara.

— Cuidado! — exclamo, alertando-a para o perigo iminente e agindo rapidamente para conter a situação e protege-la.

É então em um ato de coragem eu decido colocar meu braço em direção a boca do cachorro para proteger ela, e a mordida vem logo em seguida

*Mordida*

— Urgh! — sinto a dor tomando conta do meu braço

Agora eu estava frente a frente de um Pitbull usando meu braço que agora estava sendo mordido

— Desgraçado!

— Por que você voltou, lara?

— E-eu não podia te deixar sozinho

Psé meu plano foi arruinado, não tem como salvar ela e pouco a pouco sinto meu braço sendo mastigado, é um milagre que os outros cachorros não estejam atacando.

— Lara, você precisa correr!

— Não! — Ela responde com lágrimas no rosto

— Se você não sair, nós vamos morrer!

— Não importa!

Ah importa sim! E muito, mas eu não queria estragar o clima

— arthur!

O clima escurece, e uma névoa densa toma o local. A atmosfera, já tensa, torna-se ainda mais misteriosa, contribuindo para a incerteza do que está por vir. O parque mergulha em uma aura enigmática, intensificando a complexidade da situação.

Um brilho no céu pôde ser avistado caindo como um meteoro pronto para nos matar, seria nossa salvação ou nosso fim?

E é nesse momento de distração em que o cão acaba soltando meu braço e avançando para o meu pescoço...quebrando instantaneamente

hospital

— Isso é tudo o que você se lembra?

— Sim

— E a garota que estava com você?

— A Lara? - Eu...eu não lembro o que aconteceu com ela

— após a mordida e sentir meu pescoço sendo quebrado instantaneamente, eu apaguei.

— E o que aconteceu depois é um mistério pra mim

— entendo

Atualmente estou conversando com uma das enfermeiras, eu não me recordo do que aconteceu ontem a noite ou se Lara ainda está viva. Eu me lembro apenas do imenso meteoro que estava prestes a colidir

Eu sinto que preciso me lembrar de algo importante...mas a memória nunca chega na minha mente, o que aconteceu com Lara? O que era aquele meteoro? E os cachorros? Eu acho que vou surtar se continuar com isso

— Tá tudo bem? — A enfermeira me pergunta com uma cara de preocupação

— Sim...eu acho que só preciso descansar um pouco

— tudo bem, eu irei me retirar

Após responder às inquirições, a enfermeira se afasta, me deixando com um eco de incertezas. O quarto silencioso torna-se palco para a reflexão, enquanto ele tenta decifrar os fragmentos de memória perdidos.

Ainda um pouco distante eu consigo escutar ela conversando com um policial

— qual a situação dele? — O policial pergunta com um olhar preocupado

— ele parece ter perdido a memória

— e sobre a garota? Ele falou algo sobre ela?

— ele disse que não sabe de nada sobre ela

— eu quero entrar

— não, o paciente está descansando

Do lado de fora parecia estar havendo alguma discussão a qual eu não conseguia escutar direito

— É um caso urgente, você não pode me impedir

— as chances dele responder agora com informações concretas são baixas, é necessário deixá-lo descansando um pouco

Eu me aproximo para escutar sobre o que eles estavam discutindo, ao me aproximar, eu escuto o policial gritando

— a garota está desaparecida desde ontem e esse garoto é a única pessoa que estava com ela!

— eu sei, mas não podemos força-lo a falar nessas condições! Grita a enfermeira

— Volte mais tarde e talvez você consiga conversar

Garota? Que garota? A...a Lara?

Em impulso eu abro a porta e grito

Em um impulso, abro a porta e grito, questionando se Lara está desaparecida. A incerteza toma conta do momento, enquanto a névoa densa e a atmosfera enigmática contribuem para a sensação de suspense e preocupação.

— V-você tem que descansar

— Parece que ele não está tão mal assim- comenta o policial

Rapidamente o policial me leva para dentro do quarto e começa a me questionar.

— Você estava com a garota?

— sim

— a quanto tempo você estava com ela?

— desde as 10 da manhã

O interrogatório durou 1 hora...mas nenhum progresso foi feito

— Não brinca comigo garoto!

— Fale onde ela está!

— E-eu não sei, eu também quero saber

A enfermeira, percebendo a alteração do policial, decide intervir.

— Já chega! — A enfermeira grita

— saia logo ou eu vou chamar a polícia!

—...

—...

Após alguns segundos de silêncio, o policial decide se retirar e continuar o interrogatório depois

— depois continuamos

Eu apenas aceno com a cabeça enquanto observo a enfermeira levá-lo até a porta, após alguns minutos ela volta.

— M-me desculpe por isso, eu não devia ter deixado ele entrar

— tudo bem

Ela parecia ser jovem, alguém entre 20 a 22 anos, uma pessoa um pouco tímida e Gentil que se preocupa com seus pacientes.

— Me chame se precisar de alguma coisa

— Tudo bem, Alice! — Eu sorrio enquanto espero ela se retirar do quarto

Pelo que parece, Lara está desaparecida e eu fui a última pessoa que esteve com ela na noite passada...

Antes que eu percebesse, já estava me culpando por tudo que aconteceu.

— Foi... foi culpa minha — desabafei, assumindo um peso emocional diante da situação. O sentimento de responsabilidade intensifica a complexidade do momento.

— Se eu não tivesse me descuidado, tudo estaria bem... — murmuro, ecoando o peso do arrependimento.

— Que merda!

— eu preciso encontra-la...

— mas como...?

Arthur encontrava-se totalmente deprimido, sem saber o que fazer diante da incerteza e do desaparecimento de Lara. O peso emocional tornava-se avassalador, deixando-o em um estado de vulnerabilidade e angústia.

Enquanto se autodepreciava, Arthur toma uma decisão firme: irá encontrar Lara. O impulso de agir diante da adversidade surge como uma chama de determinação, mesmo no momento de fragilidade emocional.

— Eu... preciso achar el-

Arthur sente uma pontada forte na cabeça e acaba adormecendo por algumas horas...

— arthur!

— Acorda! A enfermeira grita

— em? Ainda desnorteado eu pergunto onde estou

— onde estou?

— você tá bem??

Após um longo período Arthur recobra a consciência ainda confuso sobre o que teria acontecido

— Lara!?

— que? Não

— o que aconteceu? - A enfermeira pergunta com preocupação

— acho que desmaiei - sorrio

Sua temperatura está normal... você não parece ter tido febre, talvez uma reação dos remédios

— tá tudo bem Alice

— Não sei...

Permaneço deitado, aguardando que a enfermeira termine a checagem.

A passividade momentânea contrasta com a tormenta emocional interna, enquanto Arthur se prepara para enfrentar os desafios que virão na busca por Lara.

— você deve estar preocupado com a garota que estava com você, né? — A enfermeira pergunta

— um pouco...

— vocês eram namorados?

— não... ela só me via como um amigo ou um passatempo

— sério?

— infelizmente sim, mas tudo bem, eu me divertia quando estava com ela

— então não é tão ruim- comenta a enfermeira

— sim... era o que ela dizia

— Ei Alice você tem sonhos?

— sonhos? Ah eu sonho em me tornar uma grande médica e ajudar a todos

— por que quer se tornar uma médica, Tem outro motivo além desse?

— Bom...tem um motivo específico

Começou a 12 anos atrás, quando eu ainda vivia com a minha mãe em uma cidadezinha pequena longe daqui.

Minha mãe era uma pessoa doce e Gentil que sempre se preocupava comigo, eu amava quando ela cozinhava pra mim, a comida dela era a melhor! Você tinha que provar.

Enquanto eu caminhava pela floresta fascinada pelas sombras dançantes entre as árvores altas, eu avistei uma borboleta colorida. Eu a segui e ela me levou até um laguinho escondido dentro da floresta. Quando chegou a noite, eu não sabia como voltar e foi aí que eu me dei conta que eu estava perdida, acredita?

— Sério? — Pergunto curioso

Minha mãe ficou desesperada procurando por mim, ela até chamou alguns vizinhos para ajudar na busca, próximo das 8 da noite ela me encontrou e com os olhos em lágrimas ela me abraçou e chorou agradecendo a Deus por ter me encontrado.

— Alice!

— mamãe!

E Eu prometi a ela que nunca mais me afastaria tanto para dentro da floresta.

— Então você decidiu que se tornaria médica porque se perdeu?

— Não, o motivo é bem mais triste...

E Qual é?...se estiver tudo bem em me contar

Teve um dia em especial que eu saí para coletar cogumelos pois era eu quem ia cozinhar naquela noite, e então saí e decidi que faria uma sopa de cogumelos

— parece ótimo

— é...

Minha coleta foi um sucesso, eu consegui coletar vários cogumelos coloridos, pois na minha mente iriam ficar mais gostosos se fosse assim, eu coloquei a panela no fogão e fervi a água. Alguns minutos depois eu coloquei todos os cogumelos para ferver naquele dia estava eu e minhas duas irmãs pequenas então foi fácil preparar. Após a sopa pronta eu coloquei os três pratos na mesa e a sopa para elas beberem, agradecemos pela refeição e quando estávamos prestes a comer, o telefone tocou e eu fui atender a chamada e deixei minhas irmãs comendo...era um vizinho que havia ligado e disse que meus pais haviam sofrido um acidente sério e que corriam risco de vida.

Meu coração gelou por um breve momento, eu não sabia como digerir aquilo, meus pais estavam quase mortos e eu tinha ficado com minhas duas irmãzinhas pequenas, eu corri para sala tentando esconder minha tristeza, foi quando eu encontrei elas duas caídas no chão, mortas... Os cogumelos coloridos que eu peguei, eram venenosos.

Eu entrei em choque sem saber o que fazer, primeiro meus pais e depois minhas irmãs...foi muita coisa pra digerir em uma noite

— eu...sinto muito.

— então você quer se tornar médica para cuidar de todos?

— Sim... E eu estou realizando meu sonho antes mesmo de me tornar médica

— eu sei que todos eles devem estar no céu agora, então eu não fico triste...

— Mas não acho que eles tenham orgulho de mim

— eu tenho certeza que eles estão orgulhosos de você... não tinha como você saber

— tá tudo bem, não precisa me consolar — ela dá um leve sorriso fraco

— Ei Arthur

— oi?

— eu tenho fé que você irá encontra-la

— obrigado- dou um leve sorriso

— não desista até acha-la! Ela sorri

— pode deixar!

Bom eu estou indo agora, se cuide tudo bem? Não vá desmaiar de novo haha

— Tudo bem, eu ficarei bem

Apesar da história triste que Alice acabou de me contar, eu me sinto mais motivado a não desistir daquilo que eu quero alcançar...

Eu com certeza vou te encontrar Lara

A noite rapidamente chegou naquele hospital, tudo parecia calmo mas mal sabia Arthur, o que ele iria enfrentar naquela noite

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