Dean
Algumas pessoas são vazias por dentro por causa de um trauma e outras por causa de um determinado fator emocional que não foi causado por alguém específico, me enquadro nos dois.
Sou um homem de trinta e cinco anos que não se casou e não teve filhos. Você vai ouvir meu nome por aí e ainda assim não vai saber quem é o verdadeiro "Dean Evil".
As pessoas às vezes me julgam apenas pelo meu sobrenome, mas parei de me importar com isso desde a minha adolescência.
Minha vida era ótima até meus pais serem assassinados há dez anos atrás, terminei de criar meu irmão que na época tinha apenas quinze anos, claro que matei o desgraçado que matou meus pais.
Jordan, meu único irmão, namora o meu funcionário, Gael Nasker de vinte e dois anos, há uns dois anos. Já vão se casar mês que vem. Amo a felicidade deles apesar de não ser feliz, isso não me impede de me sentir bem com eles.
Tenho ao meu lado desde o início de tudo, os meus sócios e únicos amigos, Mayra Lancaster de vinte e nove anos e Anthony Alphir de trinta e quatro anos.
Meu pai estava no comando de tudo por dez anos quando foi assassinado, deixou em minhas mãos quando eu tinha vinte e cinco, os dois viraram meus sócios e me ajudam bastante.
Estou naquela época do ano que odeio... O natal. Meu irmão adora, mas eu não. Faço a ceia por causa dele e participo apenas do jantar. Quando começam as comemorações subo para o meu quarto e fico por lá bebendo até pegar no sono.
O motivo por eu não estar em um relacionamento hoje é a desilusão, as poucas mulheres que passaram em minha vida só queriam o meu dinheiro e mais nada. Acabei me acostumando com a solidão, não observo mais como algo frio, mas sim acolhedor.
Como disse antes estou em uma época do ano que não gosto muito, então fico no escritório que tenho no centro por mais tempo.
Hoje estou revisando alguns relatórios e percebi que um dos clubes está recebendo um número maior de cliente e um lucro maior também, acho que irei fazer uma visita lá hoje e ver com meus próprios olhos o que está fazendo do lugar um sucesso diferenciado dos outros.
— Você tem noção de que horas são? – Mayra entra na minha sala me fazendo voltar a realidade.
— Acho que ele está fugindo do Jordan, já que estamos na semana em que decoram a casa e começam a comprar os presentes e decidir o cardápio da ceia. – Anthony, que está ao seu lado, completa.
— Vocês poderiam não encher o meu saco e ir embora, não estou segurando ninguém aqui. E só para vocês saberem quem compra os presentes de vocês é o Jordan... Não tenho vocação e nem paciência para isso.
— Ok, Miss Simpatia! Nossa você é tão doce que não corro o risco de ter diabetes ao ficar do seu lado. – Mayra levanta as mãos em sinal de rendição.
— Agora me senti ofendido. Não foi você que comprou aquele suéter cinza que o meu gato adora para dormir confortavelmente desde que ganhei? Vou contar para o senhor Bigodes que fomos enganados! – Anthony reclama de forma exagerada.
— O que vocês querem aqui? Eu tenho alguns relatórios para revisar e não vou para casa agora! – falo já com a paciência por um fio — Podem, por favor, economizar meu tempo e minha paciência indo embora?
— Quero não! – Mayra se joga no sofá, com uma cerveja em mãos.
—Aqui está bem melhor. – Anthony imita o movimento de Mayra e eu reviro os olhos irritado.
— Que seja! Me deixem trabalhar e não acabem com toda a minha bebida. – falo irritado, ao passo que eles dão risadas e começam a beber e conversar.
— E aí, você pegou aquela ruiva ontem? E não minta para mim, eu vi vocês se beijando e alisando no estacionamento. – Anthony olha pra Mayra que faz um sinal afirmativo com a cabeça.
— Peguei sim! Você acha mesmo que eu iria sair de mãos abanando daquela festa!?
— Ela é boa? Te deu canseira? Vocês fizeram algo novo? – ele segue o interrogatório.
— Na próxima vou fazer um vídeo para você, já que quer todos os detalhes. Mas ela é gostosa sim e valeu minha noite. – Mayra esfrega as mãos animada.
— Vocês podem usar a sala de vocês para isso. Eu não estou a fim de ouvir sobre as noites de vocês fora daqui. – falo já impaciente, apontando a saída.
— Sabe o que falta para o Dean, Anthony? – Mayra ignora a minha irritação e segue seu falatório.
— Sei sim. – Anthony ri alto — Uma noite selvagem com uma mulher! Mayra e eu competimos para ver quem saia com a ruiva ontem e ela ganhou. Você poderia sair uma noite com a gente e fazer o que seres humanos normais fazem!
— Você ainda paga essas acompanhantes para dormir com você? – pergunta me fazendo revirar os olhos – Acho isso sem graça, não dá nem tesão. Você está ali sabendo que a pessoa está fazendo aquilo sem prazer algum apenas por dinheiro.
— Eu pago para não falarem comigo e apenas fazerem o trabalho delas. E creio que isso não seja da conta de vocês, né? – sou rude e eles reviram os olhos.
— Por que somos amigos dele mesmo? – Mayra divaga.
— Porque somos iguais a ele. – Anthony completa.
— Sim. Verdade! – ela finaliza gargalhando.
Eles continuam ali e me ignoram totalmente. Ao verificar alguns vídeos da câmera de segurança do Clube que está me rendendo um bom lucro vejo um casal não muito jovem juntos ali apostando e aquilo me deixa inquieto. Desligo tudo e me levanto pegando o casaco do meu terno e vestindo.
— Aonde vamos?
— Espero que tenha bebida. – os dois se levantam
falando ao mesmo tempo.
— Eu vou até em casa e vou trocar de roupa para visitar um de nossos clubes! – paro olhando-os com seriedade.
— Já vocês não sei!
— Em qual você vai? – Mayra insiste.
— Nós podemos nos encontrar lá! – Anthony completa.
— Vou no clube do centro, está nos rendendo um dinheiro e quero saber como tudo está funcionando lá. – falo tentando encerrar o assunto.
— A última vez que você foi para um dos nossos clubes de aposta matou dois.
— Tivemos que limpar sua bagunça já que você estava bêbado. – os dois falam preocupados.
— Não vou beber, vou trabalhar. Estamos perdendo um tempo desnecessário aqui... Vamos. – finalizo o assunto saindo da sala.
Dean
Vou para casa e encontro com Jordan e Gael na sala da mansão assistindo a um filme abraçados e quando percebe minha presença Jordan vem até mim e me abraça.
— Chegou mais cedo hoje. Te amo, meu irmão. –
retribuo abraçando apertado.
— Eu também te amo, tenho um compromisso de trabalho daqui a pouco, só vim em casa tomar banho e trocar de roupa. – beijo sua testa.
— Eu quero passar um tempo com você, como era antes. – Jordan reclama — Gael e eu passamos o dia fora comprando algumas coisas para o natal e estamos exaustos.
— Gael, explica para ele que nosso trabalho exige muito de mim. – peço.
— Nisso tenho que concordar, amor! – Gael fala fazendo Jordan bufar irritado — O Dean tem muito trabalho.
— Acho que não vai ter casamento, já que você não consegue concordar comigo! – Jordan cruza os braços e eu dou risadas.
— Amor, você está certo! – Gael levanta as mãos em sinal de rendição — Cunhado desculpa, mas você entende, né?
— No sábado iremos ficar juntos... E você vai poder escolher o lugar! – prometo, vendo o olhar do meu irmão se iluminar.
— Você jura? – ele pergunta animado — Não vai voltar atrás na sua palavra?
— Você sabe que eu cumpro o que te prometo! –
repreendo — Agora preciso ir!
Subo para o meu quarto e vou para o banheiro, tomo um longo banho e depois vou para o meu closet, visto um terno preto sem gravata dou um jeito em meu cabelo com a mão mesmo e desço para a sala novamente que está vazia, mas a julgar pelos gemidos que escutei ao passar pelo quarto de Jordan eles estão bem ocupados e não quero atrapalhar, vou sair e depois envio uma mensagem para ele.
Ao chegar no clube já encontro com Mayra e Anthony na entrada, já bastante animados.
— Não estamos aqui para diversão – repreendo —
Viemos ver se está tudo certo, sem gracinhas.
— Você não vai fazer chover na nossa noite perfeita. – Anthony fala girando o líquido em sua taça.
— Acho que vamos ter que embebedar ele já que essa versão que estamos vendo é chata. – Mayra completa.
Ignoro os dois engraçadinhos e entramos. O ambiente está do jeito que pedimos e não tem nada diferente aqui além das mesas a mais. A música que estava com o volume muito alto, foi diminuída assim que notaram a nossa presença.
— Sabemos muito bem para onde você vai agora e decidimos ficar por aqui. – Anthony fala ocupando uma das mesas.
— Aproveitem a noite, eu vou trabalhar!
Deixo os dois no salão e vou para o meu escritório, ligo em minha tela tripla de computador as imagens das câmeras de segurança e vejo em uma das telas o casal que estava nas gravações que assisti mais cedo.
Eles parecem nervosos e ansiosos e eu decido ir até eles. Ao me aproximar vejo que a mulher está muito nervosa. Escuto um dos meus dizer que a saída deles não será permitida até pagarem o que deve e resolvo intervir.
— Algo que eu possa ajudar vocês?
O homem se apresenta dizendo se chamar Calvin e a mulher Lívia.
— Nós não sabemos como acabamos perdendo tanto. — Calvin explica.
— Nós já não temos mais nada e perdemos nosso último dinheiro! – sua esposa completa, com a voz trêmula.
— Levem os dois para o meu escritório! – ordeno e sigo em silêncio logo atrás deles, voltando a falar apenas quando já estamos dentro da sala — Vocês não deveriam apostar já que não tem como pagar. Tem algo de valor que possa cobrir a dívida? Talvez a casa de vocês?
— Não temos mais a casa como garantia. Está hipotecada. – Calvin fala de cabeça baixa.
— O quê mais de valor vocês tem na casa? —
olho para os dois, e somente a mulher é a única que tem coragem para responder.
— Nossa filha... Hazel! – a mulher fala e eu arregalo os olhos surpreso, assim como Calvin que agora olha com ódio para a esposa.
— Lívia? – Calvin brada.
— Me mostre uma foto dela. – peço interessado.
— Ela é uma jovem muito estudiosa e linda, se chama Hazel como eu disse... Tem apenas 22 anos. – Livia continua falando enquanto pega o celular mostrando a foto da jovem.
Quando vejo a jovem mulher de cabelos negros e lisos, sorriso encantador e olhos alegres sinto meu coração errar uma batida. Perco a capacidade de raciocínio enquanto fito aqueles olhos negros, e resolvo aceitar a proposta.
— Eu aceito a garota como pagamento. – Falo olhando para o casal — Sentem-se, vou providenciar o contrato, já aviso que não sou muito paciente, então espero que ela saiba se comportar.
Eles me olham aterrorizados e me sento, começo a digitar todo o contrato no meu computador. Olho para eles às vezes sentindo o cheiro do medo. Ao terminar faço três cópias que eles assinam com as mãos trêmulas.
— Aqui está dizendo que você vai se casar com ela! Eu não sei se ela vai querer se casar com você! – Calvin fala assim que termina de assinar as vias
— Está escrito em alguma das cláusulas que ela tem o direito de dizer não? – pergunto e ele nega — Então, assinem e me tragam a garota amanhã aqui mesmo! Vocês terão até às seis horas para trazê-la, se Hazel não estiver aqui até às seis creio que as coisas não ficarão boas para vocês.
— Senhor, ela vai nos odiar se for obrigada a casar-se com o senhor por causa de um erro nosso. – Livia suplica com os olhos marejados
— Isso já não é problema meu. Vocês sabiam das consequências, pois sei que não entraram aqui sem saber o que realmente era.
— Um amigo me disse que era fácil ganhar um dinheiro e apostar ao mesmo tempo... E como queríamos pagar a hipoteca da casa suponho que não pensamos direito. – Calvin lamenta
Eles me entregam os contratos e eu dou uma cópia para eles, fico com duas já que terei que entregar uma para a garota.
— Podem ir... Mas não se esqueçam que vocês estão nas minhas mãos, então acho bom trazer a filha de vocês no horário. – O homem abraça a esposa e sai do meu escritório enquanto eu fico com a imagem da jovem mulher em minha mente.
— Hazel, vai ser interessante ter você ao meu lado. Quero entender o que foi isso que senti ao ver você pela primeira vez! – Divago lembrando da imagem da garota.
— Você precisa descer. Encontramos uma bebida deliciosa lá no bar. – Mayra entra sem bater, me fazendo voltar a realidade.
— E eu já tenho minha companhia da noite, vai ter fogo em minha cama essa madrugada. – Anthony vem logo atrás.
— Agradeça a mim que conversei com a mulher para você! E não vem dizer que não foi! Te dou uma surra! –
Mayra se gaba e os dois riem
— Vamos descer logo! Quero provar essa bebida maravilhosa! – Eles me olham incrédulos — Vão ficar aí parados me olhando?
Começamos a rir e depois descemos. Tomei algumas doses e depois fui para casa, me joguei em minha cama como estava e apaguei, sonhei com a jovem mulher com um sorriso doce.
Hazel
Sou muito independente, mas ainda moro com meus pais, Calvin Sinclair de cinquenta e nove anos e Lívia Sinclair de cinquenta e seis anos, e o motivo é óbvio eles não sabem se cuidar. São viciados em jogos de azar e eu ainda não consegui ajudar eles a se livrarem do vício.
Descobri recentemente que eles hipotecaram a casa para pagar uma dívida alta de jogo o que me levou a trabalhar três turnos na cafeteria para tentar juntar o dinheiro para trazer a casa de volta para nós já que poderemos perder ela a qualquer momento, o banco já mandou o primeiro aviso.
Tenho a minha irmã mais velha a Elynor Sinclair Sander ela tem trinta anos, ela é casada há cinco anos com o Henry Sander, e agora eles estão esperando seu primeiro filho, a gravidez está no início e não vou preocupar a Ely com as estripulias de nossos pais.
Meu irmão do meio o Elijah Sinclair de vinte e nove anos, também é casado há três anos com a Kyllie Mullër, eles estão tendo algumas dificuldades já que ainda estão pagando pela casa em que estão morando e decidiram aumentar a família somente quando terminasse de pagar a casa. Porém isso não aconteceu como eles planejaram e ela está grávida de gêmeos com um pouco mais de três meses de gestação. Não posso encher o Elijah com a vida dele estando tão agitada assim.
Sobra para mim essa situação toda. Meus pais muitas vezes esperam que eu pegue no sono para sair, é o único jeito deles não ouvirem meu discurso de como isso está afundando nossa família por algo que eles poderiam controlar.
Eu conto com meus melhores amigos desde a infância, nos conhecemos no primário e não desgrudamos desde então.
O Austin Marverick de vinte e quatro anos é incrível, e virou gerente na cafeteria em que trabalhamos há seis meses, ele não perdeu sua essência por subir de cargo. Nós três começamos a trabalhar lá há dois anos atrás e ele por se destacar virou nosso querido gerente.
A Lindsay Valker de vinte e três anos, é a melhor amiga que alguém poderia ter, a garota é mais maluca que o chapeleiro maluco da Alice e mais desnorteada que a própria Alice. Mas tem um coração enorme e talvez por isso ainda não tenha dado sorte no amor.
Meus amigos me mantêm com a sanidade mental em dia, já que não me deixam cair nos momentos mais difíceis da minha vida como o que estou vivendo agora por exemplo.
Estou servindo uma mesa na área vip e Austin me chama na gerência do café. Termino de servir a mesa e a
senhora que nela está já paga e me dá cem dólares de gorjeta, na área vip essa foi a gorjeta mais alta que já recebi. Bato na porta de Austin, que logo autoriza a minha entrada.
— Minha linda amiga, você bateu sua meta esse mês antes de chegar ao final do mês novamente! Como conseguiu isso? – ele pergunta com as sobrancelhas juntas.
A cafeteria tem um aplicativo, para que os clientes deem uma nota pelo atendimento e se assim quiserem, um valor a mais de gorjetas, como estou com essa dívida com o banco decidi abordar os clientes de acordo com suas personalidades.
Sempre acerto na escolha do que querem para beber ou comer e isso está me rendendo um dinheiro legal, mas é óbvio que eu não responderia isso, então apenas olho pra ele para responder.
— Meu charme, simpatia e a forma como trato os clientes! – pisco brincalhona pra ele que ri.
— Estou impressionado! Sua avaliação já bateu a meta com apenas quinze dias e seu percentual de gorjetas atingiu mil dólares. Se continuar assim você terá até mês que vem a parcela de cinco mil dólares que o banco pediu de entrada da dívida.
— Na verdade, eles pediram dez mil dólares. Eu não quero que vocês fiquem com pena de mim e me emprestem esse dinheiro. Sei que tanto você quanto a Lind estão pagando o apartamento que compraram, não posso fazer isso com vocês.
— Isso não é justo! – Austin reclama — Você está com uma dívida de cento e cinquenta mil dólares para pagar sozinha. Você já está trabalhando nos três turnos da cafeteria, amiga você precisa de ajuda sim. Não é e nunca vai ser por pena.
— Eu agradeço, de verdade, Austin — suspiro cansada — Mas enquanto eu ver que as pessoas à minha volta estão batalhando para conseguir seus objetivos de vida me recuso a atrapalhar esse desempenho. Vai chegar a minha vez, pode ter certeza disso.
Nossa conversa é interrompida pela entrada da Lind, que se joga no meu colo.
— Vocês esqueceram de mim foi? – faz um biquinho e carinha triste.
— Na verdade eu já iria pedir para te chamar – Austin explica — Você está quase batendo a mesma meta da Hazel, como vocês conseguem? Me lembro que eu tinha que ralar muito para conseguir isso em um mês e às vezes não conseguia. Para minha sorte, o outro gerente me indicou antes de sair e aqui estou eu.
— Você não tem o nosso charme, loirinho. Te falta um certo rebolado. – Lindsay faz uma dancinha ridícula, e caímos na gargalhada.
— Lind? Não faz isso com ele! Você sabe que ele é um péssimo dançarino. – completo tentando, em vão, parar de rir.
— Vocês duas tem a audácia de zombar do seu querido, lindo e perfeito gerente? Estão suspensas, as duas! Não falem mais comigo. — Austin cruza os braços e empina o nariz dramaticamente.
Lind e eu começamos a rir mais, e ele não resiste e ri conosco.
— Vamos logo, Lind, antes que nosso lindo, querido e perfeito gerente nos demita por falar a verdade. – falo puxando minha amiga pela mão.
— Lindo, querido e perfeito gerente, não esqueça que combinamos beber uma hoje! – minha amiga completa.
— Se vocês me esperarem fechar a cafeteria, vamos com certeza! – Austin concorda animado.
— Nós te ajudamos a fechar tudo. – me ofereço e ele sorri agradecido.
A verdade é que não iria, já que não posso gastar dinheiro, mas sou uma mulher de vinte e dois anos que trabalha como uma louca, preciso de uma noite normal.
— Hazel Sinclair vai sair para beber com seus amigos, segura essa ai mundo. — voltamos para o salão quando Lindsay para e me encara.
— Eu pensei que você e o Austin iriam começar a namorar depois daquele beijão que vocês deram aquela noite na minha casa, no meu aniversário.
— Aquilo foi apenas o álcool e a carência que
estávamos sentindo, nós nem pensamos mais naquilo. –
explico — Inclusive depois daquilo ele ficou com a Debby que trabalha no turno da manhã, mas ele descobriu que ela estava voltando com o ex dela e decidiu parar de ficar com ela!
— Eu fiquei sabendo, ele me contou há uns três dias. Ele realmente estava curtindo-a. — Lind comenta.
— Ela poderia ter dado uma chance para ele, né amiga. Acho que não foi uma boa ela voltar para o ex que traiu ela com a prima dele. Mas não podemos julgar ou nos meter por mais que tenhamos opiniões diferentes.
— Verdade... Mas essa noite poderemos ajudar nosso amigo a encontrar alguém legal! — Lind fala.
— Sim podemos, e vamos! — respondo.
Cada uma vai para a sua área do salão do café depois disso e meu dia além de agitado foi bom para gorjetas. Poderei gastar pelo menos cem dólares para me divertir e não ficarei com a consciência pesada.
Lá o Austin dividiu assim, cada dia da semana uma funcionária atende a área vip, hoje foi o meu dia e quando atendo lá consigo sair com uns quinhentos ou seiscentos dólares fácil. Hoje ganhei cem dólares a mais e vou gastar comigo.
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