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ME ESQUEÇA

Injustiça

Srta. Ana, a Srta. compreende que a melhor opção para a Beatriz é estar com o Pai? Pergunta o juiz.

- Desculpe meritíssimo. Mas não entendo porquê? Eu cuido muito bem da minha filha e não houve prova dos maus tratos. Eu estou tentando me organizar. Vou concluir agora a minha graduação.

- Minha decisão já está tomada. Diz o juiz

- Meritissimo o Sr deveria considerar a vontade da criança. O Sr nem aceitou ouvi - la.

- Srta. está me desacatando? Quer me ensinar a fazer o meu trabalho? Diz o Juiz com grosseria.

- Psssiuuuu! Fique calada Ana Clara. Diz o Dr João, o meu advogado

- A Srta não trabalha, mora com a sua avó. Que é uma idosa, que vive de trabalhos exporádicos como faxineira. E mesmo sem provas, houve uma acusação de maus tratos. Do lado oposto, vejo um Pai com uma bela carreira, condicões financeiras. Um pai que paga a pensão de forma regular, visita à filha pontualmente e não há queixas sobre ele. Diante do que me foi apresentado, eu julgo procedente o pedido de revisão e a guarda da criança passará a ser do Pai. Tendo a mãe agora o direito a visitas quinzenais. Caso encerrado.

Eu começo a chorar desesperada. Bia me abraça chorando também. Enquanto Edson comemora sorrindo e abraçando o seu advogado.

- Mamãe eu não quero! Diz Bia aos prantos.

- Meu amor. A mãe vai resolver isso. Vamos dar um jeito. Por enquanto você ficará com o Papai.

- Eu te amo mamãe. Ela diz

Edson se aproxima e coloca a sua mão sobre o ombro de Bia.

- Vamos Beatriz, está na hora de ir. Ele diz a ela, mas antes de sair, se aproxima do meu ouvido e diz:

- Eu disse para você terminar seu namorinho. Se Beatriz está sofrendo, a culpa é sua. Sua egoísta, escolheu seu namorado, ao invés da sua filha.

A minha vontade foi de voar no pescoço dele e xinga - lo de todos os nome imaginavéis.

Mas Dr João segura no meu braço e diz:

- Por favor, ignore!

Edson sai rindo vitorioso, olha para trás, me dá uma piscadinha e joga um beijinho.

"Aaaaaahhhhhhh eu odeio esse desgraçado! Eu penso"

Edson é um homem frio, amargo, egoista e que planeja me destruir desde quando o rejeitei.

Sempre fiz o impossível para criar a minha filha. E sempre tratei dela com amor e carinho. Mas infelizmente cometi um erro.

Bia acabou se machucando no parque da escola. E a professora me avisou. Mas não anotou nada na agenda e nem no caderno de ocorrência. Era justamente o fim de semana, que ela passaria com o Pai. Quando ele viu os machucados, tirou foto, fez um boletim de ocorrência de maus tratos e entrou com pedido de revisão de guarda.

E acabou vencendo. Como demorou alguns meses para eu saber, eu não tinha provas a meu favor. Perdi a professora para testemunhar sobre o que aconteceu. Mas o juiz negou-se a ouvi - la.

E o resultado foi perder a guarda da minha filha.

- Ana Clara essa foi nossa última chance. Tente ajeitar a sua vida. E daqui um ano nós pedimos uma revisão, por enquanto não podemos fazer mais nada. Diz Dr João meu advogado.

- Ok. Obrigada. Eu respondo

Vejo Bia ir embora com o Pai e meu coração fica dilacerado. Me sento no banco e desabo a chorar.

Tudo que eu quero é ficar com a minha filha. Ela é a melhor coisa que me aconteceu.

Não confio em Edson. O odeio mais do que tudo. Mas ele sempre vence. Sempre consegue o que quer. Sempre mente e manipula todo mundo. Eu sou só uma professora em inicio de carreira e ele um respeitado advogado e recente juiz de 32 anos. Infelizmente valemos o que temos, como não tenho nada, não tenho direito, nem de ser ouvida.

Bia acabou de fazer 10 anos. Engravidei aos 17 anos, sem ter a intenção. E sem sombra de dúvida foi o melhor presente que a vida poderia me dar. Mas nem todos pensaram da mesma forma.

Quando eu descobri que estava grávida me desesperei. Pois nem sabia o que fazer. Descobri após passar muito mal na escola, e ser levada a emergência do Hospital.

Minha mãe Dona Ana Ester (chamamos de Ester) aceitou tranquilamente e ficou ao meu lado. Já meu Pai o Sr Manoel, disse que eu o envergonhei, que era sem vergonha e havia desonrado a família. Como punição levei uma surra.

Edson conversou com meu Pai, disse que foi um ato de amor inocente, que não tinhamos a intenção de desonrar ninguém (ai que nojo dele) e disse que se casaria comigo. Me daria um bom futuro e cuidaria de mim. E assim ninguém diria mal de nossa família

Edson na época era professor de idioma na Ong (Organização não governamental) que foi aberta perto de casa, em uma área carente.

O objetivo dá ONG era de ajudar as crianças e jovens a terem um futuro melhor.

Ele cursava o último ano de Direito, estava com 25 anos, enquanto eu só tinha 17 anos. Sem falar que ele vinha de família rica, enquanto eu, era a filha de um pedreiro e uma cozinheira.

Edson é uma pessoa despresivel. E quando me recusei a casar com ele, meu Pai se revoltou ainda mais, me deu outra surra e me expulsou de casa.

Minha avó materna Dona Ana Maria (chamamos de Maria) me recebeu em sua casa e cuidou de mim e me ajudou quando Bia nasceu. Edson se tornou obsessivo e controlador. Assumiu a paternidade de Bia e fazia questão de visita - la e participar de sua vida . Sempre pagou a pensão e o valor não era pouco.

A minha mãe D. Ester, me ensinou a administrar o dinheiro.

Eu comprava tudo que a Bia precisava e guardava o restante, hoje tenho dinheiro suficiente para comprar um apartamento. (mas isso é um segredo). Pretendo fazer isso quando começar a trabalhar e ter a minha própria casa e assim trazer a Bia de volta.

Prestei o vestibular e ganhei uma bolsa no curso de Pedagogia. As vezes não tinha dinheiro para condução, então ia e volta para casa a pé. Mas não gastava nenhum real do dinheiro dela.

Edson sempre deu tudo para Bia, mas sempre querendo saber sobre a minha vida. Mesmo eu o ignorando.

E eu Rick (Ricardo) estamos namorando á 6 meses. E quando Edson descobriu, me ameaçou e disse que tiraria a Bia de mim se eu não terminasse o meu namoro. Pois segundo Edson eu ainda seria dele. Como eu disse que não faria isso, ele jurou que eu pagaria por isso.

E hoje ele cumpriu sua promessa, tirando a Bia de mim.

Doce Rick

A semana foi a pior da minha vida, não consegui dormir a noite. Pois, desde que a Bia nasceu durmo abraçada com ela. E é muito ruim não ter ela comigo.

Na sexta - feira ao sair da faculdade Rick me esperava. Ele vem em minha direção e me abraça apertado. Eu desabo a chorar.

- Sinto muito amor. Deve estar sendo horrível para você. Ele diz.

Eu coloco o capacete, subo na moto e seguimos para sua casa.

Estou no último ano da faculdade de pedagogia e só faltam alguns dias para finalmente me formar.

Vou realizar o sonho de ser professora.

Não é uma profissão valorizada e nem vai me deixar rica. Mas é uma profissão digna de respeito.

Chegamos em sua casa, me sento no sofá e Rick vai para a cozinha.

- Amor venha comer. Você precisa se alimentar. Diz Rick.

Ricardo (Rick) é um homem gentil que me apoia em tudo. Esforçado e trabalhador, nos conhecemos no ônibus que pego quando volto da faculdade.

Ele é dedicado, leal e romântico. Nunca me julgou. Pelo contrário, me mostrou o que é ser amada.

Bia gosta muito dele, ele brinca com ela, e lhe conta histórias, isso faz ela admira - lo.

Rick é um especialista de TI (Técnologia da Informação). Um lindo louro de olhos verdes, cabelo e barba grande. Não que Forte com algumas tatuagens. Mas uma se destaca ela começa no pescoço e termina na metade do peito. O que lhe dá um charme e uma cara de malvado.

Rick é, motoqueiro e ama a sua moto e usa como meio de transporte. Mora sozinho e curte viajar e passear. E seu estilo de vida rende muitas histórias que ele adora me contar enquanto estamos abraçadinhos trocando carinho. Eu por outro lado, nunca saí da cidade.

Eu digo que tenho sorte. No dia que ele precisou deixar a moto no mecânico nos conhecemos no ônibus.

Ele disse que ficou me olhando, me achou linda. Mas eu estava distraida e nem o notei. Rick me falou que eu não sai de sua cabeça, não parava de olhar para mim.

No dia seguinte deixou a moto em casa e pegou o ônibus novamente só para ver se me encontrava e deu certo.

Ele sentou ao meu lado, mas eu continuei distraida lendo um livro.

Me lembro muito bem.

- Nossa esse autor é meu favorito! Ele diz.

Eu olho para ele meio sem entender.

- Sério! Esse é meu 5° livro dele. E gostei de todos.

- Você leu "Amanhecer"?

- Sim, e eu amei. Eu respondo.

- Caramba eu também. Desculpe a grosseria. Prazer meu nome é Ricardo, mas pode me chamar de Rick. Ele diz estendendo a mão.

- Prazer. Me chamo Ana Clara. Mas todos me chamam de Clara. Pois sou a 4° geração de Ana's. Digo rindo. Para não ter confusão entre as Ana's, chamamos pelo segundo nome..

- Ah perfeito Clara. Clarinha. Ele diz e me puxa me dando três beijinhos no rosto intercalando os lados.

"Que homem cheiroso, eu penso"

Ele pegou o ônibus durante toda a semana. Na sexta - feira ele toma coragem e pede meu telefone e diz que sua moto ficou pronta e não pegará mais o ônibus. Descobri só depois que ela estava pronta desde o primeiro dia.

Rick tem 30 anos, enquanto eu tenho 27.

Ele é tão confiante e tão maduro que sempre me anima e me coloca para cima. Nunca me senti tão bem ao lado de alguém.

- O que você está pensando minha princesa! Ele pergunta beijando meu rosto.

- Nada! Deixa pra lá.

- Você é tão cheia de mistérios. Adoro isso em você! Ele diz.

Rick começa a beijar meu pescoço, me beija com desejo. Retorna a beijar o meu pescoço, toca meu seio por cima da roupa e começa a abaixa a alcinha da minha blusa enquanto me beija.

Eu coloco a mão o impedindo.

- Rick não!

- Amor eu não quero te precionar. Mas não entendo isso. Até agora nunca fizemos amor. Ele diz me beijando.

- Eu sei Rick. Me desculpe, só não me sinto pronta.

- Eu respeito a sua vontade. Mas não entendo o que acontece. Você não gosta do seu corpo? Acha que sua pepek* mudou depois do parto? Ele pergunta rindo.

- Não seja bobo. A Bia nasceu de uma cesareana de emergência. Minha pepek* está perfeita. Só me dê um tempo.

- Você tem o tempo que desejar. Só...fico curioso.

- Sim, é normal. Eu também ficaria. Mas vamos comer, ou a comida vai esfriar e o cheiro está delicioso. Eu digo o puxando pela mão.

- Você é boa para fugir dos assuntos. Ele diz sorrindo.

Sentamos a mesa para jantar e ficamos conversando.

- Como foi no seu trabalho essa semana? Eu pergunto.

- O de sempre. Novas atualizações, sistemas para manutenção...blá blá blá.

- E você, e o seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)?

- Já finalizei. Entreguei ontem. Eu digo

- Legal! Agora é encarar a Banca Examinadora. Ele diz

- Sim. Estou preparada para isso. Eu digo confiante.

- É isso ai. Assim que tem que ser. Rick diz sorrindo.

Terminamos o jantar e ficamos na sala assistindo um filme. Rick deita com a cabeça no meu colo. Enquanto assistimos, faço carinho em sua barba e no peito musculoso.

Ah verdade, é que eu quero muito me entregar e fazer amor com ele. Mas tenho medo, muito medo de como vou reagir quando ele me tocar.

E tenho medo de perde - lo.

Rick tem sido tão bom para mim, que não sei como seria os meus dias se ele não estiver presente.

- Nossa! Já é 1h da manhã. Amor preciso ir para casa. Eu digo.

- Ah Clara. De novo isso? Passa a noite comigo?

- Não Rick é melhor não. Eu digo

- Não precisamos transar. Só quero acordar com você ao meu lado.

- Eu...eu...não quero assusta - lo. Eu digo com a voz pressa a garganta.

- Você ronca? Tudo bem uso tampão de ouvido. Ha Ha Ha. Ele diz soltando uma gargalhada.

- Rick eu...sofro de terror noturno. E não sei quando posso ter uma crise. E digamos que não é agradável de se ver. Eu só acho que você não precise enfrentar isso...não agora. Eu digo e baixo a cabeça envergonhada.

- Eu quero saber tudo de você. Mesmo que eu precise acordar no meio da noite e te confortar. Eu gosto de você de verdade e quero que saiba que pode contar comigo para tudo. Ele diz e me abraça apertado.

- Vamos fazer assim. No próximo fim de semana é o meu com a Bia então não posso ficar mesmo. Mas no próximo eu prometo que eu durmo. Pode ser? Eu digo.

- Claro que sim. Tudo no seu tempo. Vista minha jaqueta, na moto vai sentir frio. Ele me entrega a jaqueta e o capacete e me leva para casa.

No fim de semana

Srta. acredito que isso deve ser aplicado por um professor de música e não um pedagogo. Diz um dos examinadores da banca.

- Dr. o meu estudo traz a importância da música no processo de aprendizagem infantil. E não os conceitos da música ou instrumentação. Vou dar um exemplo, é mais fácil e eficaz cantar uma canção falando sobre o banho. Do que explicar a criança que ela tem que tomar banho. A compreensão é mais eficaz com o uso da música. Até porque o cérebro da criança ainda não tem a formação completa que possibilite compreender algo não concreto. Eu explico.

- Após analisar o seu trabalho. Informamos que você foi aprovada. Diz uma das Dra's da Banca.

Eu começo a pular e comemorar abraçando a minha professora orientadora. Saiu da sala pois outros alunos apresentaram os seus trabalhos.

Pego o meu celular e ligo para Rick.

"Trim"

- Oi princesa! Ele atende ao primeiro toque.

- Amor eu consegui! Eu digo animada.

- Parabéns meu amor. Eu tinha certeza que você conseguiria. Estou orgulhoso de você.

- Obrigada pelo seu apoio.

- Que isso eu te amo. Já disse que estarei sempre ao seu lado.

- Eu sei. Também te amo. Até depois bom trabalho.

- Obrigado. Até. E ele encerra a ligação.

Era meu fim de semana com a Bia e eu estava morrendo de saudades.

A vovó Maria tinha feito um bolo de chocolate para ela. E eu havia feito biscoitos de maizena que ela ama.

Eu andava de um lado para o outro na sala.

- Calma filha. Você está muito ansiosa. Diz vovó Maria

- Vovó estou com tanta saudades da minha princesa. Eu digo.

- Eu sei filha, mas seja forte. Ela já vai chegar.

Quando olho pela janela vejo Edson encostando o carro.

Eu saiu correndo, quando Bia me vê ela pula do carro gritando:

- Mamãe, mamãeeee! E me abraça apertado.

- Minha princesa que saudades. Ela vê a minha avó e sai correndo para abraça - la.

- Vovóóó!

Edson me entrega uma mochila com algumas coisas da Bia.

- Nossa Ana Clara. Você está abatida, com olheiras, não anda dormindo? Ele pergunta com irônia.

- É essa semana foi difícil conseguir dormir. O meu namorado não deixou, sabe como é... homem fogoso e eu não ia deixar ele na vontade né. Com licença minha filha me espera. Eu digo e viro as costas. Ele me olha com ódio, seus olhos ficam vermelhos de ciúmes. Eu entro para casa e ele vai embora.

O fim de semana foi bem animado.

Eu e Bia passeamos no Shopping, fomos ao Parque de Diversões, levamos a vovó na Pizzaria.

Mas no Domingo a tarde, a Bia tinha que retornar para a casa de Edson e o nosso sofrimento recomeça.O Pai dela estaciona o carro, mas Bia não quer ir.

Me abraça apertado e começa a chorar. Ele fica buzinando no portão o que só aumenta a angústia dela.

A vovó vai até o carro e explica a ele, Edson entra em casa e vê Bia abraçada chorando.

Ele se ajoelha perto dela e fala de uma forma doce e suave.

- Ei minha menina! O que aconteceu?

- Eu não quero ir embora. Ela diz chorando.

- Eu sei. Mas temos um novo acordo. E o Papai estava com saudades de você. O que acha de irmos tomar aquele sorvete de chiclete que você ama?

- A mamãe pode ir? Ela pergunta, ele olha para mim.

- Claro que pode. Ela é sempre bem vinda. Mas é a mamãe quem decide.

- Mamãe vamos?

- Filha esse é um momento seu e do Papai. Eu digo

- Por favor mamãe. Só dessa vez. Ela insiste e eu olho para Edson que acena com a cabeça dizendo Sim.

- Vou me trocar e já volto. Eu vou para meu quarto visto um vestido longo de manga "ciganinha" e uma rasteirinha. Pego a minha bolsa e coloco as chaves, celular e carteira.

- Pronto. Vamos! Eu digo.

Edson e Bia se levantam e seguimos até o carro. Ele abre a porta do carro para que eu entre. Bia entra primeiro e eu depois, no banco de trás.

Quando passo por Edson ele diz:

- Huuumm! Você está cheirosa.

Eu ignoro o seu comentário e me sento. Ele fecha a porta e seguimos para a sorveteria.

A sorveteria era temática e tinha alguns brinquedos.

- Escolha filha o que você quer? Ele diz a Bia

- Um sorvete gigante de chiclete com M&M's. Ela grita animada.

- Vou caprichar. Diz a atendente piscando para a Bia.

- E vocês o que vão querer?

- Eu quero um sorvete médio de menta. E você amor?

Ele diz como se fossemos um casal, como se eu fosse sua esposa. As suas palavras reviram o meu estômago. Eu até perdi a vontade do sorvete. Olhei indignada para ele.

- É sério? Eu pergunto de cara fechada

- Sim. Escolhe o que você quer? Ele diz de forma calma como se tudo fosse normal.

Eu respirei fundo.

"Ele é louco, está te provocando, ignora, ignora. Eu fico repetindo mentalmente para mim mesma"

- Por favor um "milk shake" pequeno de morango.

- Cobertura?

- Morango também. Eu respondo.

- Ok. Fiquem a vontade. Eu já levo para vocês.

Edson escolhe a mesa perto do brinquedão. Bia se aventura pelos túneis e rampas que terminam num escorregador com piscina de bolinha.

Edson se senta de frente para mim. Fica me olhando, me analisando, eu finjo que não notei e fico a olhar Bia brincando.

- Ela cresceu tão rápido. Ele diz.

Eu fico calada.

- Você havia imaginado que a nossa filha ficaria tão linda e inteligente como ela é? Ele pergunta.

- Qual o seu problema Sr Juiz. Você é louco? Não somos a porr* de um casal. Eu não gosto de você, não te suporto, você me dá náusea. Fica ai, todo fingido, me chamando de amor. Vai se ferrar, cara doente. Eu digo num Tom de ódio e desabafo. A minha respiração fica ofegante de tanta raiva.

Ele me olha sério. Logo a moça trás o nosso pedido.

- Filha vem tomar o sorvete. Ele grita sem tirar os olhos de mim.

- Não somos um casal, porque você me despreza. Mesmo sabendo que eu faria qualquer coisa por você. E que mesmo com o passar dos anos, eu nunca deixei de te amar. Você é a melhor...

Antes que ele termine, eu jogo o milk shake na cara dele. Todos olham para ele, espantados sem saber o que fazer. Eu vou até o brinquedão e falo para a Bia:

- Amor a mamãe vai precisar ir embora. Nos vemos no próximo fim de semana. Te amo. Eu beijo a Bia e vou saindo.

- Tchau Mamãe. Ela diz eu aceno e saiu pela porta. Vejo as garçonete com panos indo socorrer o Sr. Juiz.

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