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A Posse Da Alfa

Capítulo 01 - Apresentações e Prólogo

SELENA

ARIELE

LUCI

MILLENIUM (MILE)

SOREN

MABEL

CASTOR

POLUX

(...)

Houve um período em que eu me importava com o que meu pai falava de mim e sobre mim, mas com um tempo eu percebi que eram só palavras ditas por um ser sem importância, que o próprio dizia para se sentir superior e me rebaixar diante dos filhos de sangue. Sim, eu sou adotada, mas não por livre e espontânea vontade, acredito que está evidente, fui forçada a ficar aqui e ele foi forçado a ficar comigo, fui deixada de lado por muitas vezes, desprezada, por inúmeras vezes tratada com indiferença sem motivos aparente, isso por que não comentei as agressões físicas. A propósito o ser que me deixou aqui não se importou nem com o local, se estava seco ou úmido, a tempestade que se aproximava, sim eu sei que tinha uma tempestade forte vindo naquele dia Soren não me deixa esquecer dia nenhum que eu vim como maldição para casa dele, com risco de pegar uma pneumonia e morrer, quem liga né?. A única pessoa com a qual eu me sentia verdadeiramente acolhida também vivia encolhida, judiada por aqueles seres repugnantes que a própria chamava de família. Eu nem sei como ela conseguiu ir contra a vontade dele para me deixar ficar e não me largar em qualquer orfanato. Todos os dias era como um jogo de sobrevivência tirado os casos que os jogos se você morrer pode renascer e eu estava fadada a apenas viver ou no meu caso sobreviver.

Escrevendo de novo Selena, não cansa não, era melhor que você reagisse ao invés de pôr tudo em um caderninho seria mais libertador sabia, resolver as coisas na ativa - Sua amiga de toda uma infância se pronunciou (Ariele) essa que de nome você pensaria encara os problemas de frente como uma verdadeira leoa, mentira, não tinha coragem de matar uma barata e nem estou falando daquelas que voam para não dificultar.

Não, não canso, caso contrário tinha parado não acha e diferente da bonita ai eu me seguro, não posso tomar atitudes me baseando apenas no presente, tento pensar a frente, só isso, de forma minimamente lógica - Não era tudo que Selena deixava explícito para Ariele apesar de serem amigas íntimas e contassem tudo uma para outra mas da parte de Ariele do que Selena, A garota sabia que Ariele já tinha problemas demais para se preocupar com os delas. E fora que Selena ainda tinha tudo sob controle.

Tudo bem!? Deixado isso de lado eu vim te perguntar se você vai na festa daquele meu colega de sala o Luka, ele vai dar uma festa com show ao vivo na casa dele e pediu pra eu perguntar se você vai, estou sabendo que um dos amigos dele está interessado em você - Ariele já falava de forma empolgada tá pra nascer uma garota que gostassem mais de festejar que ela, me olhava de forma esperançosa esperando uma resposta positiva. Eu particularmente detestava festa, muita gente em um ambiente só, falta de oxigênio, fora o fedor que ficava nesses lugares, claro amava dançar mas só pra mim mesma ou em apresentações da faculdade onde eu conseguia me locomover que é o mínimo, para onde iríamos caso eu decidisse era uma rinha de galo, um campo de luta legalizado.

Não acho uma boa ideia, você sabe como o Soren é, fora que estou tentando manter a média lá em casa - Selena ponderou se deveria mesmo ir ou não, já que tentava se manter longe da vista de Soren seu até então mas perto de um pai que já teve.

Eu sei que ele não é lá o melhor ser do mundo mas dá pra aguentar as crises dele, vamos você não sai muito comigo e dessa vez não pode dizer que está atarefada em casa ou com trabalhos da faculdade pra fazer sei que concluiu tudo e também sei que seu trabalho de meio período te deram algumas folgas atrasadas, estamos de férias da faculdade e descobrir por sua mãe que você não tem nada de importante pra fazer hoje.

Correu minha ficha toda do dia hoje antes de vim não foi?. Te aconselho a trabalhar como investigadora profissional que a carreira vai decolar amiga - Selena perguntou em tom de brincadeira e respondeu com um sarcasmo evidente em si.

Não, obrigada, eu prefiro lidar com animais é mais fácil e muito mais divertido, acredito que não vou me estressar tanto... responde Selena não tenta mudar de assunto, você vai né? - Ariele já estava apreensiva quanto a resposta, seus olhinhos de cachorro tão dóceis quando queria algo.

O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando, prevejo arrependimentos - Selena falou cedendo a Ariele, sabia que a amiga precisa se distrair com tudo que estava passando e não era pouca coisa.

Que isso Seleninha vai ser divertido e quem sabe você não desencalha de uma vez - Sim, outra curiosidade da Seleninha, era virgem e se orgulhava muito disso, não por falta de oportunidade, surgiram muitas, mas por que não sentia a necessidade de se perder com qualquer um, sim, isso mesmo se perder, ela descobriu depois de muitas pesquisas em campo com pessoas que tinha a vida sexual ativa que sexo era que nem droga depois que se prova é difícil para ou retornar ao mínimo estado de pureza que pudesse existir naquele antigo ser, a verdade é que para a garota sexo era algo especial para si e não era assim que iria perder, de qualquer jeito.

Fecha a cara! Vou continuar intacta até achar o que não sei estar procurando, o máximo que vou fazer é ficar tomando conta de você que depois que bebe se transforma, sua tapada - Selena falou aumentado o tom de voz ao mesmo tempo que dava um esporro na amiga, pela falta de responsabilidade dela depois que virava alguns copos.

Selena que não estava tão entretida na conversa, que não desse para prestar atenção ao seu redor de longe ouviu um farfalhar de alguns arbustos que estavam afastadas de ambas, Selena e Ariele até este exato momento estavam em um antigo acampamento que foi abandonado a muito tempo sentadas em um tronco que estava virado para o que deveria outrora ser uma fogueira mas agora restava apenas as cinzas, mostrava que Selena tinha passado a noite ali  o fato era que por Selena morar em um fazenda e não gostar de ficar em casa que era um inferninho na terra preferia desbravar a floresta densa a dentro e de tanto andar por lá acabou por achando esse lugarzinho maravilhoso e sossegado, de tão densa que era a luz do sol não penetrava era possível ver alguns flashes mas nada que pudesse de fato esquentar o corpo o ar era gélido sempre, rara eram as ocasiões que esquentava. Ariele também ouviu e virou direto para o mesmo local que Selena mirava. De repente as duas sentiram um gelo na espinha e uma sensação de estarem sendo observadas. Sensação essa que passou tão rápido quanto chegou.

Sentiu isso ou eu suponho estar ficando paranoica? - Ariele perguntou virado para Selena já preocupada, por estar alucinando e sentido coisas.

Eu também senti, foi estranho - Até para Selena que às vezes sabia que seus irmãos faziam esses tipos de brincadeiras sem graça para assustá-la e consequentemente irritá-la, mas logo apareciam dando altas gargalhadas como se fosse a piada mais engraçada que eles já tinham ouvido. Mais eles não conheciam este lugar aparentemente pensava assim.

Será que são aqueles casos sobrenaturais que acontecem, que nem nos filmes de terror? E aí uma das amigas morre e "A coisa" fica perseguindo a que ficou viva? - Ariele começou já colocando suspense e terror na situação, e fazendo aspas com os dedos no ar sabia que Selena não se agradava nada dessa situação, se vacilar Selena já se encontrava pálida só com a menção desse assunto.

Estamos no mundo real Ariele essas coisas não existem - Selena apesar de ler bastante e gostar de fantasiar mundos e mundos, sonhar acordada já ter virado rotina, sabia que estava vivendo uma vida real, fadada a este mundo miserável e a vida pacata dela e não gostaria de se decepcionar com tais fantasias.

É não existem seres sobrenaturais mas serial Killers sim, e normalmente eles gosta de se esconder e observar suas vítimas antes de se aproximar - Ariele respondeu pensativa possivelmente estava lembrando dos filmes que já tinha assistido. logo em seguida lançado um olhar amedrontador para Selena que ficou séria na mesma hora.

Pare com isso, estou avisando, se continuar com isso te juro que desisto agora mesmo de ir para essa festa - Por sorte sabia como lidar com Ariele, contornar a situação a seu favor e achou essa uma ótima oportunidade.

Parei. Parei. Mas você precisava ver sua cara, tipo você ficou da cor de papel eu vi a cor da sua face correr de ti, e nem vem eu sei que você está tentando jogar sujo para não ir - Ariele ria de forma descontrolada de Selena, qualquer coisa podia falhar mais o fato de brincar com coisas que envolvia terror e suspense deixava a Selena louca com os cabelos em pé.

Você me conhece bem demais não está sendo nada bom para mim, ultimamente só sair em desvantagem - Ao parecer de Selena, Ariele estava mais inteligente que o normal e prestando mais atenção, coisa que não era o comum da garota, em uma circunstância dessa ela conseguiria contornar bem a situação e fazer Ariele ceder.

Capitulo 2 - Família

(...)

VOCÊ SABE MUITO BEM O PORQUÊ DAQUELA ZINHA ESTAR AQUI AINDA, NÃO FAÇA EU ME ARREPENDER - Soren esbravejava, dentro da casa dava para ouvir em qualquer cômodo, sua raiva era demonstrada em sua face avermelhada suas veias do pescoço saltadas de tanto por força nas cordas vocais.

- Fale baixo marido nossa menininha pode ouvir - Mabel a mulher que tratava Selena com tanto amor\, estava defendendo a menina com unhas e dentes enquanto se agarrava ao braço direito do marido na intenção de acalmá-lo já que o mesmo estava a ponto de um infarto de tão alterado.

- ELA NÃO É MINHA FILHA\, EU SÓ TIVE FILHOS HOMENS - Enquanto gritava a plenos pulmões arremessou a mulher de forma ignorante longe essa que não tardou a bater a cabeça no braço do sofá\, mais especificamente na quina e apagar ali mesmo.

- Você está muito alterado Soren\, e a parte sensata desta conversa está desacordada\, para lhe poupar de um fim pior vou me abster de conversas - O  Homem que se vestia com um terno da cor vinho bem cortado ao corpo seus hábitos deixava em aberto que ele era bem de vida\, que até então estava quieto se pronunciou\, se pôs em pé e caminhou a passos suaves para aferir os sinais vitais de Mabel que ainda se encontrava inconsciente\, no entanto\, residia ainda entre os vivos. A pegou no colo e colocou deitada do no sofá

- Não apareça mais aqui\, da próxima vez que aparecer não me responsabilizo pelos meus atos - Soren ameaçou o homem entre dentes\, sua voz quase não saia porém era audível seu ranger de dentes.

- Já ouviu falar do ditado cachorro late mas não morde\, eu tenho um pra você também\, homem que ameaça não comete o crime - O homem que estava agachado se levantou a passos novamente leves e após sair da casa deixou Soren mudo. Com uma carranca enorme\, se passando mil formas de matar o homem da próxima vez\, das formas mais covardes possíveis por que ele era esse tipo de pessoa e não iria mudar por nada nem por ninguém.

(...)

- Você sempre se apronta primeiro que eu\, está enrolando agora para não ir eu sei\, mas você vai nem que eu saia te arrastando pelos toquinhos de pernas que você tem porque se eu te agarrar os cabelos você já não tem muito vai ficar sem de vez - Ariele fala indo de encontro ao quarto de Selena que sempre estava aberto por conta de Soren que não deixava a menina ter privacidade\, com isso ela já chegou invadindo o quarto. Soren naquele momento estava no hospital alegando que Mabel não estava se sentido bem\, saíram pela manhã e não voltaram desde então\, os meninos estavam nos quartos se aprontando para a mesma festa.

- Só não estou me sentindo muito bem Ariele - De fato não se sentia bem\, porém não era nada demais\, apenas alguns incômodos musculares que eram indolor\, mas conhecendo bem a amiga ela diria que é tudo armação para não acompanhar.

- Tudo bem se você não quiser ir eu não vou te forçar - E essa foi uma das poucas vezes que Ariele não brigou por algo que ela queria\, será que deveria me preocupar? Ou não. Ariele já se encontrava sentada na cama de Selena com seus braços largados para trás.

- O que aconteceu? - sim eu acabei me preocupando\, isso era ruim\, eu vou tomar o problema pra mim e vou acabar sofrendo com ela. Ariele continuou calada\, isso era ruim fazer ela conversar sobre algum problema até para mim que era amiga dela\, mesmo ela sendo um livro aberto - Eu preciso que você verbalize Ariele para saber o que aconteceu e te ajudar se estiver ao meu alcance.

- Ele morreu - Ariele respirou fundo seus olhos já brotava os primeiros índices de lágrimas que estava para cair de seus olhos - O Luka morreu. - o estopim foi quando ela pronunciou o nome do garoto\, assim desabando em lágrimas sendo essa a segunda vez que via sua amiga chorar depois de tanto tempo\, Ariele não costumava chorar só se algo extremamente catastrófico acontecesse\, a única coisa que eu puder fazer foi compartilhar da sua dor com ela\, abraçar-lhe te dar conforto\, chorar com sua dor em silêncio. Não perguntei nada\, nesses casos a maioria das pessoas preferia ficar em silêncio e não falar muito sobre o ocorrido e assim o fiz\, quando ela estivesse pronta eu sei que ela iria se abrir no tempo dela.

- Como? - Depois que Ariele se acalmou me ousei perguntar\, queria respeitar o tempo dela\, mas a curiosidade em mim que me consumia era maior. E ela é que nem um noticiário vinte e quatro horas sabe de tudo.

- Fiquei sabendo pela irmã dele - Ela parou de falar por um momento\, ficou algum tempo olhando para o nada e depois retornou de onde parou - Ele saiu por volta das dez e meia da manhã com alguns amigos para comprar as bebidas da festa no depósito que marcaram para comprar\, o estoque estava vazio então eles se distanciaram da cidade para ir comprar em outra e na volta pegaram um caminho que seria mais rápido\, o caminho era por dentro da floresta e você sabe que ultimamente anda tendo bastante ataque de animais. Não sabem ao certo dizer o que foi\, os amigos dele que conseguiram escapar o deixou sozinho\, disseram para as autoridades quando lhe foi perguntado\, que era grande e peludo deveria ter uns dois metros de altura você sabe como os jovens mentem hoje em dia sempre aumentam as coisas. O fato é que ele morreu e claramente a festa foi cancelada.

- Continue… - Selena incitou para ela continuar\, sabia que ela não poderia ficar tão triste e abalada daquele jeito por causa de apenas um colega de sala que pouco se falava.

- Você me conhece tão bem né - Ariele tentou forçar um sorriso enquanto olhava na direção de Selena coisa que não tardou a voltar a olhar para um ponto qualquer do quarto - Estávamos ficando por assim dizer não tinha fechado um mês ainda eu queria ver no que dava eu pretendia apresentar vocês hoje\, mas\, aconteceu esta tragédia - E novamente Ariele voltou a desabar em choro suas mãos tentavam fazer as lágrimas pararem de cair mas de nada adiantava\, um tempo depois a amiga se encontrava em posição fetal no meio da cama de Selena.

- Você ficou sabendo dessa notícia acredito que cedo\, então por que está toda arrumada - Selena ficou confusa visto que não iriam mais para lugar nenhum e mesmo assim sua amiga apareceu toda bem vestida em sua casa\, será que seus irmãos estão sabendo de algo?.

- Eu pensei que conseguiria sair mesmo assim para algum lugar\, espairecer a mente\, já não me encontro com forças para sair desta cama - Ariele falou com a voz embargada.

- Entendo\, tem algo que eu possa fazer pra você se sentir melhor Elle? - Selena usou o apelido que normalmente não usava.

- Eu gosto e não gosto desse apelido - Ariele confessou dando um sorrisinho de lado sem graça.

- Por quê? - Selena já sabia o porquê mas queria que saísse de sua boca.

- Mostra preocupação de sua parte eu sei e gosto\, mas sei também que você só usa quando está com pena de mim\, ou quando a sua vista pareço estar quebrada - Ariele finalizou sua linha de raciocínio.

- Sim\, você está certa é preocupação\, pena longe disso.

- Então o que é?.

- Outra hora eu lhe conto o que é - Selena já falou se saindo do quarto parando no meio da porta - Já comeu alguma coisa hoje? - Mudou de assunto e deixou isso em evidência para Ariele não tocar mais no assunto.

- Não deu tempo e não estou com fome.

- Tudo bem! Vou pedir uma pizza.

- Disse que não estou com fome.

- Mas eu estou - Selena sabia que era só Ariele vê comida em sua frente que a menina comia independente se sentia fome ou não\, a parte mais sensível de seu corpo era seu olfato se a pizza cheirasse o bastante ela iria descer correndo para comer. E nada melhor para melhorar o humor do que com comida.

(...)

- A criança já está perto de completar 22 luas e ainda não se transformou\, não está treinando\, como você espera que ela lidere a nossa raça se nem sua própria origem é de conhecimento da mesma - Milenium se exaltou.

- No tempo certo Mile… No tempo certo - Apesar de apresentar um rosto sereno e calmo por fora\, Luci estava extremamente caótico por dentro de preocupação\, mas não podia deixar transparecer para sua alcateia\, nem para Mile que demonstra sua inquietação\, seu braço direito era bem explosivo e pouco racional.

- No tempo certo você diz? E quando vai ser o tempo certo Luci\, quando estivermos a beira da extinção\, quantos dos nossos devem lavar a terra seca de sangue ou pior sermos submetidos a escravos das outras espécies - Mile falava tudo isso com um ódio descomunal pelo que estavam passando e mesmo que não pudesse por em palavras por Luci ser o Alfa\, lá na espreita do seu cérebro algo sussurrava que a culpa de tudo isso era de Luci por que ele não tomava uma decisão\, para mudar o rumo dos acontecimentos estava tomando.

- Está questionando minha autoridade Mile\, se estiver podemos resolver isso como nossos antepassados - claramente Mile não iria bater de frente com Luci\, sabia que ele estava no topo por um motivo.

- Não - Mile abaixou a cabeça deu meia volta em direção a saída e saiu rosnando. Xingando Luci de tudo quanto era nome\, amaldiçoando suas futuras gerações e pensando em mil e uma formas de tirar o posto que o mesmo ocupava. Antes que o próprio ou sua espécie entrasse em extinção.

Capitulo 03 - A Profecia Bate a Porta

(...)

Selena não lembrava o exato momento em que conheceu Ariele só lembrava que sempre foram próximas, não chegaram a contabilizar quanto tempo, só fizeram daquela relação algo contínuo e depois de um tempo quando perguntavam não sabiam dizer só que se conheciam a muito tempo. Depois das duas meninas terem devorado uma pizza família, dividida em partes iguais, se encontravam na sala da casa de Selena. Ouviram a porta sendo aberta e vozes, Selena reconheceu imediatamente quem era.

- Aquela vagabunda sabia e não avisou nada\, como você pode estar tão calmo Polux? É claro que fomos feito de trouxa - Castor vociferava na entrada da casa\, os dois foram para a festa e chegando lá só estava a família do garoto que morreu lamentando pela sua morte e lembrando dos momentos que passaram juntos. A família pensou que os dois foram dar os pêsames então praticamente prenderam eles na casa não deixaram sair para serem confortados e isso fez com que Castor perdesse toda sua noite de farra.

- Tenha calma Castor\, não podemos tirar conclusões ela não gosta de festas como poderia saber - Polux tentava a todo custo acalmar os ânimos de seu irmão que só sabia chiar. Não o culpava\, seu irmão tinha baixo tolerância ao álcool e depois que saíram da casa do defunto\, Castor achou de ir em um barzinho beber na intenção de Selena\, Polux só acompanhou para no dia seguinte outra morte não ser concretizada\, apesar de seu irmão ser terrível como pessoa era seu irmão e ao longo do tempo mesmo que não seja algo auspicioso\, você acaba pegando amor por “pessoas” independente de como elas ajam\, convivência que o diga.

- Olha Polux a vadiazinha estar em casa\, isso é novidade e a cabeça de fósforo está com ela como vamos proceder depois de sermos enganados na maior cara de pau - Castor já falava avançado em Ariele que estava mais perto dele\, um puxão de cabelo foi evitado por conta de Polux que agarrou Castor e o afastou antes de qualquer desastre acontecesse. Ariele sem entender nada continuou na mesma posição\, ela não esperava tal atitude então não teve muita reação\, apenas seus olhos que se arregalaram de surpresa.

- Já chega pra você\, aprontou demais hoje - Polux estava agarrado com um braço à cintura de Castor e o outro braço usando para transpassar o braço de seu irmão pelo seu pescoço levando-o em direção ao primeiro andar para que pudesse dormir\, iria jogar ele de qualquer jeito. Antes de dar as costas totalmente\, Selena por um breve momento viu um movimentar de cabeça de Polux se desculpando pelo irmão.

- Ele ia me bater?! - Ariele murmurou sem acreditar.

- Não\, eu não deixaria - Selena afirmou pensativa\, essa era a primeira vez que o do meio entrava em sua defesa\, mesmo que de forma impassível.

- Seleninha já está tarde eu vou dormir aqui tá certo - Ariele afirmou já ajeitando as coisas para ir para o quarto antes que Castor tivesse outro surto\, e da segunda vez acertasse o soco em seu lindo rostinho que no momento estava destruído de tanto chorar. Sua noite foi agitada demais para seu gosto.

- Certo\, eu já vou subir também só vou trancar a porta e levar a caixa para a cozinha - Selena confirmando sua subida para o quarto\, Ariele catou algumas coisas para deixar a sala como estava antes das duas transformasse em uma festa do pijama e subiu.

Depois que Ariele sumiu na ponta da escada, Selena se virou para trancar a porta não sem antes abrir para ver se Soren e Mabel já estavam chegando, mesmo que eles tivessem outra chave, era bom conferir. Acabou por se assustar com a imagem que viu era como estar assistindo algo ao vivo mais sem a questão de ser algo fictício, saiu na varanda por ver algo impressionante, estava no Outono iria demorar um pouquinho para chegar o inverno e mesmo assim a sua frente do lado de fora da cerca que fazia separação de sua casa da floresta, encontrava-se uma região em específico coberta de neve, havia uma matilha de no mínimo doze lobos seus olhos se encontravam em tons de amarelo e branco vivos, seus pelos variaram de preto, branco e castanho, estavam a espera de algum comando ao que parecia, eles estavam ao redor de uma garota não deveriam ter uns treze ou quatorze anos, seus olhos se encontravam na mesma cor da dos lobos, sua pele era pálida tão pálida que se perderia na neve fácil, seus cabelos eram pretos ofuscados escorriam abaixo dos ombros, usava um vestido que as mangas vinha até o pulso e compridos apenas não passavam de seus pés, com uma cinta preta no meio o vestido era velho devia ter muitos anos da cor branca era todo retalhada tinha vários buracos também. A cor dos seus olhos se intensificaram e erguendo uma mão ela proferiu.

“Uma criança nascida do pecado, marcada como um corcel.

Bravura brilha em sua beleza, tal como o fardo que carrega em suas costas.

A grande batalha urgente se aproxima, devastando o que avista.

Os mortos vivenciam a sede de subjugar, A linda mulher se cala e guarda o que não é para si.

A descendência muito protegida, deve ser consagrada.

Para que as sementes da destruição sejam poupadas.

Por meio do fim inicial da safra os vindouros permaneça”.

Da mesma forma que aquele matilha e garota apareceram sumiram sem deixar vestígio algum de que estavam ali, em um piscar de olhos não se encontravam mas nada naquele local que desse provas concretas de que algo anormal permaneceu lá por longos minutos. Em um estado de espírito um pouco caótico, Selena adentrou a casa ainda de costas fechando a mesma sem tirar os olhos da direção em que a garota estava agora há pouco. Se virou subiu as escada indo direto para seu quarto, passou fechou a porta olhou para sua amiga que deveria já estar adormecida, pegou um papel e uma caneta e escreveu do que lembrou na hora, ainda em choque se foi coisa da sua cabeça ou qualquer outra coisa que ela não conseguiria explicar naquele exato momento, terminou de escrever e colocou na gaveta da escrivaninha. Se jogou na cama e apagou, sua mente foi levada à terra dos sonhos e durante a noite teve leves flashes do que aconteceu e do que a garota falou ficava rondando sua mente sem Selena saber ao certo o que deveria significar.

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