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O Fazendeiro E A Veterinária A História De Leandro Azevedo E Mayla

capítulo 1 Leandro

foto tirada da net

Abro os olhos com dificuldade, a claridade do quarto incomoda a minhas vistas, sinto um peso incomum em cima de mim, já estranhando a situação que para mim não costuma ser rotineira, tento recordar tudo que fiz na noite passada mas nada vem em minha memória, passo a olhar a minha volta, estranhando o ambiente desconhecido, tento sair do lado dos dois corpos agarrados ao meu, duas mulheres que para mim são desconhecidas, ao perceber que me encontrava nu no meio das duas fico pensando oque o meu pai diria se me visse numa situação, comum pra mim, mas vergonhosa para ele, pego pelo chão do quarto as minhas roupas e vou-me vestindo, procuro por meus pertences que estão espalhados pelo chão, pego o meu celular olho a hora e levo um susto por estar atrasado para uma reunião na empresa

Retiro da minha carteira uma quantia de mil reais, não posso negar que as duas fizeram um bom trabalho, acredito que as duas dividiria o valor somando quinhentos reais pra cada, saio do quarto, entro no elevador percebo que estava no décimo quarto andar do prédio, sigo até a recepção pago a conta, não era um hotel famoso na cidade, mas era muito procurado por pessoas com condições financeiras baixas, pois o preço da hospedagem era razoável

a moça reconhece-me e já me avisa que o meu motorista estava a minha procura, imagino que ele deva estar ao lado de fora esperando-me, concluo meus pensamento assim que saio do hotel e avisto o meu carro e o motorista do lado

Leandro: bom dia! José

José: bom dia! senhor

Leandro: vamos para meu apartamento preciso de um banho

José: foi oque imaginei senhor

Leandro: José o senhor lembra o que fiz ontem a noite

ele olha-me pelo retrovisor, e como se fosse pensar na resposta fica em silencio por alguns segundos

Leandro: pode falar José eu não recordo acredito que bebi muito não lembro nem onde encontrei aquelas mulheres que dormi está noite

José: deixei o senhor na “boate” que o senhor tem o costume de frequentar, fiquei o esperando no carro, ja por volta da meia-noite o senhor saiu do local, se via de longe a embriaguez, na sua companhia estavam duas mulheres acredito que sejam amigas, o senhor pediu que o levasse ao hotel Lester, lá o senhor entrou com as moças, pediu que eu retornasse hoje pela manhã para buscá-lo, foi o que fiz, mas as horas estavam passando e eu sabia do seu compromisso, entrei no hotel pra pedir informações do senhor, a moça informou-me que ainda estava no quarto, então decidi esperá-lo mais um pouco

Leandro: fez bem, mas, então não sabe quem eram as moças

José: pela conversa delas, no carro entendi que uma se chamava Lorena e a outra Miriam

olho no relógio e percebo que estava atrasado pra reunião, vi uma mensagem da minha secretária, ao ler o conteúdo dou risada, ela é a única na empresa que nao tem medo de ser demitida e aproveita o privilégio da nossa amizade para tirar-me fora do sério

Entro no apartamento, vou direto para o meu quarto tomo um banho rápido, vejo meu corpo marcado da noite que tive, não posso negar, foi uma noite incrível

após me arrumar passo os meus perfumes pego na gaveta o meu cordão onde carrego a foto dos meus pais, pego um relógio que ganhei de presente da minha cunhada no meu último aniversário, saio do apartamento, entro no carro em poucos segundos estamos a parar em frente à empresa

José: senhor já volto com o seu cafe da manhã sei que nao se alimentou ainda

Leandro: verdade José, preciso também de um energético, e um analgésico já estou a sentir a minha cabeça doer

José: sim, senhor

eu desço do carro e José segue com o carro, entro na empresa, todos que estavam próximo a entrada param o que estavam fazendo para olhar para mim, observo o olhar de malícia de algumas mulheres, outras com respeito, uns sorrisos simpáticos outros, com falsidade

No elevador entro sozinho, as, pessoa temiam ser demitidos caso se aproximassem de mim, na espera da porta se fechar ouço alguém pronunciar o meu nome, mantenho a porta do elevador aberta na intenção da pessoa entrar, já que pela voz eu já sabia quem seria

Sirlene: Leandro

ela fala, todos olhavam para nós, sempre falei para ela que não poderíamos demonstrar intimidade no trabalho e acredito que isso ela esqueceu

Leandro: fala maluca

Sirlene: vc esqueceu do seu compromisso

Leandro: entra logo, já falamos sobre está intimidade

Sirlene: a já cansei de esconder que apesar de ser sua secretária somos amigos quase irmãos

Leandro: tá, mas não podemos deixar as pessoas pensando que vc tem privilégios

Sirlene: nem ligo, então o que aconteceu para chegar a está hora

Leandro: saí com umas garotas ontem e acabei dormindo de madrugada eu acho

ela olha-me e faz cara de nojo, depois fala

Sirlene: eram bonitas pelo menos

Leandro: dava pro gasto

Sirlene: estou precisando conhecer umas garotas daqui da capital, logo vamos voltar para cidade e não sai com ninguém ainda

Sirlene gosta de garotas apesar dela não demonstrar para ninguém, ela assumiu ainda jovem o desejo por pessoas do mesmo sexo, o que fez os pais a expulsar de casa, nos conhecemos quando eu fazia faculdade, e desde então nos tornamos amigos, paguei a faculdade dela e dei um apartamento para ela na nossa cidade, ficaram anos sem se ver, a poucos mais de uma ano eles a procuraram e aceitaram ela como é, fizeram as pazes e são uma família feliz, como ela mesmo diz uma borracha no passado traz felicidade para o presente, ela é como uma irmã faço tudo por ela, eles aprenderam a respeitar a escolha dela, claro ela não demonstra para ninguém, pois mesmo os pais aceitando há o medo do preconceito das pessoas de fora

Sirlene: Prince mais tarde vamos ao barzinho antes de voltarmos para casa

Já me acostumei com os apelidos dela para mim, já nem ligo mais, saímos do elevador e eu segui para minha reunião, enquanto ela foi para meu escritório

capítulo 2 Mayla

A quem não me conhece vou apresentar-me, o meu nome é Mayla, tenho 24 anos, sou natural do Rio Grande do Sul, venho de uma família humilde, tenho dois irmãos mais velhos e um casal mais novos, sou filha do meio, o meu pai é funcionário de uma empresa de construção Civil, a minha mãe é doméstica trabalha em casas de família, a quatro anos atrás ganhei uma bolsa de estudo na Universidade Federal de Santa Maria, onde pude realizar o meu sonho de se tornar uma veterinária, após concluir os meus estudos comecei a fazer estágio na clínica veterinária que pertencia a uma amiga que fiz na Universidade, tínhamos muitos atendimentos onde a maioria era particular, mas nosso sonho manteve-se em atender os animais de pessoas de baixa renda

Fazia meses que íamos de fazendas a pequenas propriedades, com o dinheiro que eu ganhava ajudava nas despesas de casa

Ligação on

Mayla: oi Bento

Bento: Mayla

Mayla: porque está com essa vós de choro

Bento: o papai Mayla

Mayla: o que tem o papai

Bento: ele está no hospital regional

nem esperei o meu irmão dizer mais nada, levantei-me da minha cadeira, de longe vi Valéria vindo até mim, apenas avisei ela que tinha que sair, ela concordou sem questionar, ao sair na rua chamei do outro lado da calçada um amigo moto táxi que aceitou na hora a corrida, peguei com ele o capacete e montei na garupa, o trajeto foi rápido não era um horário de grande movimento, e contava com a clínica que não era tão longe, ao descer paguei ele, e caminhei até a entrada do hospital, como era um hospital público a minha família estava na entrada não poderíamos entrar, pela norma do hospital a sala de espera seria o nosso local onde aguardamos notícias

Abraçei a minha mãe que chorava desesperada, se juntou ao nosso abraço os meus irmãos mais velhos e as minhas cunhadas, não tínhamos palavras para falar, no momento só queríamos que tudo que estávamos sentindo terminasse,

As horas naquelas cadeiras pareciam parar, não havia notícias tudo que sabíamos era que o meu pai estáva entre a vida e a morte, não percebi quando já estava escurecendo só soube quando já estava cansada de ouvir o choro da minha mãe, então sai do hospital para tomar um pouco de ar, constatei as luzes dos postes se acendendo a mostrar que já se aproximava a noite, mas algo me chamou a atenção, uma moça estáva desesperada chorando na entrada do hospital, ela abraçava um rapaz e dizia-lhe que não era para ele ter a deixado, imaginei que ela perdeu um familiar, imaginei como seria a minha reação se o meu pai me deixasse, com lágrimas que desciam no meu rosto não consegui me controlar, senti um abraço forte e a vós do meu irmão

Francisco: ei May, papai vai ficar bem, vem vamos entrar, vc não pode ficar sozinha

Concordei com ele sem dizer uma palavra caminhamos até a recepção do hospital, ao nos aproximar da minha mãe notamos que ela olhava para um corredor onde saía alguns médicos, eles que caminharam até nós

Médico: parentes de Francisco Goulart

minha mãe apresentou-se a ele como esposa, e ele começou a falar

Médico: o quadro do paciente é estável, devido ao derrame cerebral o paciente perdeu os movimentos dos membros do lado esquerdo, tivemos que fazer uma cirurgia de emergência para uma drenagem de fluido que se acumulou no celebro do paciente, tivemos que tratar as lesões ocasionadas pela queda, vamos manter ele sedado pelas próximas vinte e quatro horas, faremos a diminuição da sedação caso o paciente esteja em condição melhores, sinto dizer que mesmo instável a riscos do paciente sofrer uma parada cardíaca, ou entrar em coma, ele foi encaminhado para UTI aonde vamos monitorar a evolução do quadro

Rebeca: mas ele vai ficar bem doutor meu marido vai ficar bem

Médicos: faremos tudo que estiver ao nosso alcance: mas se acreditam em Deus peça a ele, pois só um milagre para salvar o seu esposo, eu sinto muito

Bento: doutor podemos ver o nosso pai

Médico: infelizmente não, mas se tudo correr bem amanhã eu libero a entrada de vcs para vê-lo

Agradecemos o médico e ele saiu, vi entrar no hospital a moça que estava chorando do lado de fora e o rapaz que ainda a apoiava, ela sentou-se próximo a nós e o rapaz saiu a deixando sozinha, fiquei a olhar para ela até que o rapaz voltou com um copo de água e entregou para ela, a minha mãe pediu que os meus irmãos fossem embora, que ela iria ficar esperando notícia, o meu irmão mais velho, recusou-se disse que ele ficaria com o nosso pai, que passaria a noite esperando por notícias, Bento convenceu a nossa mãe de ir embora, pois ainda tinha os, casulas para consolar, eu aconpanhei a minha mãe, mas antes de sair do hospital queria trocar uma palavra com a moça, eu estava preocupada a moça estava sofrendo, aproximei-me o rapaz olhou-me com um olhar de indiferença, percebi ser de classe alta, talvez um playboy metido, agachei-me de frente para moça e ela ficou-me olhando eu abri os braços e ela abraçou-me talvez ela queria isso, em silêncio fiquei a ouvir ela chorar e todos nós olhavam, foi aí que após se acalmar, ela falou-me que perdeu o marido num acidente de trânsito, a história mais uma vez se repetia um casal recém, casados, separados por uma tragédia, entendi que o rapaz que estava com ela era um amigo do marido dela, antes de ir embora vi se aproximar outra moça que entrou em desespero no hospital e juntou-se a outra num abraço, despedi-me dela desejando as minhas condolências e ela desejando melhoras ao meu pai, entrei no carro do meu irmão, e seguimos pra casa, as minhas cunhadas e os meus irmãos ainda moravam na nossa casa, foi um pedido do nosso pai, ele queria a casa cheia queria acompanhar o crescimento dos netos,

Ao chegar em casa minha mãe foi consolar os meus irmãos mais novos, e explicar tudo que acontecia a minha avó que chorava preocupada com o genro.

capítulo 3 Leandro

Após a reunião terminei de resolver tudo que estava pendente na empresa, agradeci ao meu irmão pela ajuda e avisei que estarei a ir até eles no final de semana, a alguns meses não nos vemos, já sinto saudades

Como combinado sai com Sirlene, fomos para um barzinho bem famoso na capital de Porto Alegre, foi uma perdição já que terminei a minha noite na cama de um hotel com uma desconhecida, Sirlene encontrou-me no dia seguinte, já com a mala na mão, pronta para voltar para casa, ela deu detalhes desnecessários da noite que teve com uma guria que ela também não conhecia, ao embarcamos no meu helicóptero e voltamos para cidade

Sirlene: Prince acredito que pela primeira vez me apaixonei

Leandro: sai com uma guria uma noite e já se apaixona

Sirlene: ela é diferente de todas que ja fiquei, ela parece ser sofrida como eu

Leandro: só toma cuidado as aparências podem enganar, ja passei por muitas assim, por fora eram gurias perfeitas, mas por dentro cheias de defeitos

Sirlene: eu sei, mas ela era diferente

Leandro: pegou o número dela

Sirlene: sim vou conversar com ela para conhece-la

Leandro: certo só não quero vc sofrendo

enquanto falava com Sirlene fico a ouvir José falando no celular, já entendia que ele falava com o meu capataz filho dele, ao encerrar a chamada ele avisa-me que devemos ir diretamente para fazenda, pois surgil um problema, sem protesto avisei o piloto e assim, foi feito, ao desembarcar já fui informado por António que Jackson havia sofrido um acidente, Jackson era filho de um dos empregados mais antigos da Fazenda, crescemos juntos, tínhamos uma amizade com ele, o meu irmão dizia que ele era como um irmão para nós, já que Jackson não tinha mãe mas considerava a minha mãe como uma, perguntei da esposa dele e fui informado que ela estáva no hospital onde Jackson fui levado, estranhei quando Antonio falou que ele estava num hospital público, não questionei no momento só decidi que iria até lá

Sirlene deixaria as coisas dela, na casa dela e depois me encontraria, ao chegar, encontrei Samanta na entrada do hospital, ela falou-me aos prantos os detalhes do acidente e explicou que Jackson não resistiu, me senti mal pelo meu amigo e por Samanta passar por aquilo, eu não conseguia consolar ela, só a abraçei e deixei que toda a dor que ela estava sentindo rolasse em forma de lágrimas

Após alguns minutos ela acalmou-se e entramos no hospital, deixei ela um pouco sozinha e fui pegar a água, ao retornar percebi que algumas pessoas nos olhava, no grupo uma moça me chamou a atenção ela parecia estar triste, senti uma palpitação ao manter o contato visual com ela, desviei qualquer tipo de pensamento, não poderia sentir nada ela nem fazia o meu tipo, gosto de mulheres com atitude e aquela sem dúvida parecia uma adolescente e pior sem experiência nenhuma

Notei que ela olhava para Samanta e logo se aproximou, as duas se abraçaram e Samanta contou para moça oque havia acontecido, e ela falou sobre o pai que estava internado em estado grave, Após a conversa das duas Sirlene chega se jogando para abraçar a Samanta, a família foi embora, eu fui acinar a documentação de liberação do corpo do Jackson, após tudo resolvido fui resolver os problemas do velório e enterro, após tudo feito fui informado que a funerária levaria o corpo pro recinto no dia seguinte, fomos pra Fazenda tinha que descansar, avisei meu irmão que falou que chegaria bem cedo com minha cunhada

Após tomar banho e jantar fui deitar-me, mas não conseguia dormir, os meus pensamentos levaram-me até uma certa moça que estava no hospital e sem dúvida mexeu comigo

No dia seguinte tive dificuldade para levantar-me por conta da noite mal dormida, tentei manter o meu alto controle, pois estava de mau-humor

Tomei uma café da manhã bem reforçado, tomei um analgésico para dor de cabeça, sai de casa Samanta já me esperava ao lado do carro, nos cumprimentamos notei que ela estava com os olhos inchados talvez nem dormiu chorou a noite toda, no caminho fomos em silêncio nem José não falava nada, o chegar no local encontramos Sirlene, meu irmão, minha cunhada e alguns familiares de Samanta, todos queriam abraçar a viúva na tentativa de consolar o sofrimento que ela sentia

Maria: sinto muito Sami

Samanta: obrigado Maria

Leandro: como está,minha cunhada

Maria: estou bem e vc

Leandro: seguindo, e vc Leo

Leo: estou bem, como aconteceu o acidente já sabe quem foi o responsável

Leandro: não sei de nada, mas quem pode saber de algo é o José ele foi falar com os policiais ontem

Leo: vou falar com ele, amor já volto

meu irmão sai para ir falar com José, enquanto eu fiquei ao lado da minha cunhada, confesso que depois de Sirlene, Maria é a única mulher que consigo confiar, desde o momento que eu a conheci eu comecei a gostar dela, sempre admirei a mulher que ela é, tenho orgulho dela, os meus sobrinhos então são maravilhosos o meu irmão não poderia arrumar uma esposa melhor, ouço algumas moças falando com Samanta uma eu reconheci, pois era a vós da moça do hospital, olhei para ela e ela estava linda, ela olhou para mim e quando notou o encontro dos nossos olhos ela desviou

Maria: quem é ela

fiquei sem entender até Maria fazer um sinal para moça

Leandro: não sei, a moça próximo a ela é uma veterinária filha de um empresário da cidade

Maria: ela é linda, vc não acha

dei um sorriso, sabia o que Maria estava fazendo

Sirlene: muito linda, parece um anjo

Maria: vc poderia conhecer ela Si, e apresentar ela pro Leandro

Leandro: não gosto de adolescente, gosto de mulher experiente, que tenha a idade próxima à minha

Maria seguiu para se aproximar de Samanta eu segui ao lado dela, ao chegarmos próximo às mulheres eu passei o meu braço atrás das costas da minha cunhada éramos como irmãos eu sabiá que Maria era uma manteiga derretida a qualquer momento poderia sorrir e chorar, Samanta contava como havia acontecido o acidente e nos surpreendeu ao dizer esperar um filho do Jackson, as pessoas a sua volta emocionaram-se e como imaginei estava com a minha cunhada me abraçando em lágrimas

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