NovelToon NovelToon

Além Da Carne!

PRÓLOGO...

...Amores, bem vindos a mais uma história, deixando claro que as minhas histórias sempre envolvem assuntos delicados, tratados explicitamente (hot, violência, palavrões), caso você não se sinta confortável com esse tipo de conteúdo, não siga em frente....

...Outra coisa que quero ressaltar, é que, aqui é apenas ficção, portanto caso não esteja gostando do assunto retratado, abandone a obra; um escritor adora sempre ler comentários, críticas e elogios, mas peço respeito a todos que forem comentar algo....

...A obra não está concluída, será atualizada DIARIAMENTE!...

...Informações adicionais, você pode conseguir no grupo de fãs do Novel ou no grupo do whatsapp, basta me mandarem o nome do livro que estão lendo, no meu número 74988133290....

...A você que escolheu ler, acomode-se no sofá, pegue uma caneca de chá de camomila, e vamos lá!...

...Att: Bia Morais❤✍️💃🏻...

.

.

.

PROTAGONISTAS...

Kilian Martinez Mitchell, 27 anos, médico cirurgião, veio de uma linhagem de mafiosos poderosos, justos e apaixonados por suas companheiras. Kilian tem 1,92 de altura, é protetor e carinhoso com todos da família, principalmente as suas irmãs, embora já sejam casadas. Os seus sobrinhos são as pequenas vidas que salvam a sua. A família é a força e a fraqueza desse homem. Sempre foi apaixonado pela vida. Os seus pais são os exemplos de pessoas que ele segue, é como dizem, a sua "religião", assim como os seus avós e o amor que há entre todos os membros da grande família Martinez Mitchell e Laviolette.

.

Maya D'aramtiz Avolio, 23 anos, recém formada em advocacia, vem de uma família comum da França. Tem 1,60 de altura, é meiga e simpática com todos, é a caçula entre quatro irmãos, sendo ela, a única mulher, foi criada num lar cercado de homens, pois perdeu a mãe no nascimento. É sorridente, extrovertida e muito dedicada a tudo que faz. Sempre foi a princesinha da casa, sendo sempre protegida pelo pai e irmãos, assim como o avô.

.

.

Os demais personagens serão expostos de acordo com o decorrer da história.

.

.

PRÓLOGO...

KILIAN...

Estou finalizando mais um plantão e indo em direção ao meu carro quando recebo uma mensagem de casa, era uma das meninas da limpeza avisando que encontrou a minha esposa Melayne, desacordada no banheiro.

Ligo para os meus pais e peço que eles vão dar uma olhada enquanto eu não chego, pois, estou saindo do hospital.

— Filho, não se preocupa, nós levamos ela — o meu pai responde assim que nota o pânico na minha voz.

Fico caminhando para um lado e outro, esperando os meus pais chegarem ao hospital com a minha esposa, se passa meia hora e nada, quando pego o celular para ligar, ouço a sirene da ambulância, saio para fora na intenção de ver quem pode estar chegando, e vejo tirarem um corpo já coberto.

Alguns instantes depois, o carro do meu pai para no estacionamento, tento não pensar na ideia que tomou conta da minha mente, mas a expressão que a minha mãe faz quando me vê... Aquilo bastou para eu entender tudo.

— Não, não, não, não, não... É mentira... A minha Melayne está bem, pai... Ela... Ela me ligou agora pouco, disse que tinha uma surpresa pra mim...

Me nego a acreditar no que aconteceu. O meu pai tenta a todo custo me conter, estou tão nervoso que me sento no chão da sala de espera e fico balançando a cabeça para a frente e para trás, uma duas horas depois, vejo uma enfermeira se aproximar com um médico legista.

— Ela sofreu um infarto... Esses são os resultados dos exames que foram feitos. Sinto muito pelas suas perdas, doutor.

— Perdas?! — pergunto sentindo o meu chão se abrir, não tenho coragem de abrir os exames.

Os meus pais foram cuidar de tudo em relação ao sepultamento da Mel, pois a família dela é canadense. Não consigo acreditar... Não... Não dá pra acreditar nisso. Em poucas horas eu estava casado, prestes a comemorar um ano de casamento com a mulher da minha vida. E agora... Estou segurando a sua certidão de óbito...

Hoje perdi uma amiga...

Hoje perdi a minha esposa...

Hoje descobri que seria pai...

Mas também...

Hoje perdi o meu filho...

Hoje eu perdi a minha razão de viver.

.

.

EM OUTRO LUGAR...

MAYA...

Hoje foi o meu último dia de aula na faculdade de advocacia, finalmente! Agora é só esperar pelo dia da formatura que é em uma semana.

Decido fazer uma surpresa para o meu noivo, Rousseau (a pronúncia é Russé). Vou até o apartamento dele, e já na entrada, percebo que tem alguma coisa errada, pois o porteiro assim que me viu, arregalou os olhos e pegou o telefone imediatamente.

— Boa noite, senhor Giuseppe.

— Boa noite, menina Maya. Chegou cedo hoje...

— Sim. O Rousseau já chegou? Estou querendo fazer uma surpresa.

Ele começa a gaguejar, disparando os meus batimentos. Sinto os meus olhos arder, mas não espero o senhor Giuseppe falar mais nada, apenas pego o elevador e subo até o andar do apartamento do Rousseau, assim que paro em frente a porta dele, já ouço vários gemidos altos vindos de lá de dentro.

Tento acreditar que é do apartamento vizinho, mas quanto mais próximo da porta fico, mais alto os gemidos se tornam. Pego a chave na minha bolsa e abro a porta, quando ponho um pé dentro da sala... Sinto o meu coração se partir em milhares de pedaços.

O meu noivo, meu Rousseau, está literalmente comendo a minha melhor amiga enquanto outro homem, o namorado dela, está recebendo um belo de um bo.quete, mas além de tudo isso... O Rousseau está beijando o Garth, namorado da Felícia.

Fico assistindo essa cena de horror até eles perceberem que estou aqui, estática, sem reação, com apenas as minhas lágrimas como sinal de que estou consciente. O Rousseau abre um sorriso nojento na minha direção, o que me faz sentir arrepios de nojo.

— Não quer participar também, mon amour? Garanto que conseguimos te fazer gozar pelo menos umas cinco vezes.

Não consegui falar nada, apenas saí correndo daquele lugar, não peguei o elevador, desci pelas escadas de emergência. Quando cheguei no hall do prédio, o senhor Giuseppe me olhou com pesar, como se dissesse que tentou me avisar de alguma forma.

Saio do prédio e fico parada na calçada enquanto ligo para um dos meus irmãos, George foi o único que me atendeu.

— Maninha? O que aconteceu? Por que tá chorando?

— Vem me buscar, George... Por favor...

— Estou indo, onde você está?

— Vou te esperar no restaurante que tem na esquina do prédio do Rousseau...

Ele concorda e desliga. Estou me sentindo traída da pior forma possível. Fico aguardando na calçada do restaurante até que o meu irmão George chega com o carro dele, entro e quando ele me vê já vermelha de tanto chorar, fecha a expressão, me causando medo.

— Eu vou matar esse infeliz! Não quero nem saber o que ele te fez, mas só pelo fato de você estar chorando, já diz tudo.

— Eu só quero ir para casa, George... Por favor...

Hoje terminei a faculdade...

Hoje perdi o meu noivo...

Hoje perdi a minha melhor amiga...

Mas também...

Hoje soube que nem todos são o que mostram ser...

Hoje me tornei a minha única razão de viver.

CAPÍTULO 1...

KILIAN...

A minha vida deu mais que um giro de 360 graus, sete meses atrás, ela praticamente capotou. Me joguei de cabeça no trabalho depois que perdi a Melayne e o nosso filho. Tenho notado os meus pais preocupados comigo, mas essa é a minha forma de lidar com o luto.

Os pais da Mel ficaram devastados quando souberam, mas ao contrário do que pensei que fariam... Eles me culparam pela morte dela. Isso só me fez ficar ainda mais deprimido.

Estou chegando de mais um plantão de 24 horas, quando noto o carro da minha irmã Joe parado em frente a minha casa, maldita hora que aceitei morar no condomínio da família. Respiro fundo antes de descer do carro, pois, sei que a Joe vai tentar a todo custo me tirar de casa, afinal... Os nossos avós Josh e Nique inventaram de fazer um jantar hoje.

Entro em casa e vejo ela sentada no sofá com o meu sobrinho dormindo no seu colo, antes que eu cumprimente ela, vejo a May vir da cozinha com o Chris. Beleza, eles vieram afim de ganhar.

— O que os três estão fazendo aqui?

— Viemos te tirar de casa, Kilian Martinez Mitchell — a May fala firme enquanto se senta ao lado da Joe no sofá.

— Só iremos sair daqui depois de te ver descer aquelas escadas com a barba feita, o cabelo cortado e uma roupa que não seja o seu moletom de quando era adolescente — agora é a vez da Joe falar.

— Irmão... Todos nós entendemos você, e deixamos você viver o seu luto... Mas já fazem sete meses, é hora de reagir um pouco — Chris, o traidor fala.

— A família toda está preocupada com você — May volta a falar.

— Então parem de se preocupar. Eu estou bem, e não, obrigado, mas prefiro ficar com a barba grande, o cabelo comprido e o meu moletom velho. Já podem ir.

— Kilian!

— Kilian, nada, Maitê... Nenhum de vocês sabem pelo que eu tô passando. Sabem o quanto é difícil acordar todos os dias e ver que a sua esposa morreu no aniversário de casamento de vocês e ainda levou consigo o nosso primeiro filho? Não, não sabem. Então não venha me dizer que preciso sair do meu luto, por que eu não vou. Agora se já disseram tudo o que tinham a dizer, a porta é a serventia da casa.

Falo tudo de uma vez e subo as escadas rápido, para eles verem que não estou nem um pouco me importando com essa baboseira de sair do luto. Só eu sei como é a dor de perder a mulher que amo e um filho.

Entro no meu quarto e passo direto para o banheiro, tiro o meu uniforme hospitalar e entro embaixo do chuveiro, deixo a água lavar o meu corpo ao mesmo tempo que as minhas lágrimas lavam a minha alma.

Termino o meu banho depois de sentir todo o meu corpo mais relaxado. Passo para o quarto e encontro a Joe sentada na minha cama, com um porta retrato que conheço bem, em mãos. Ela põe de volta no criado mudo e me olha atentamente, vejo lágrimas nos seus olhos.

— Ela era uma amiga maravilhosa...

— Joe...

— Kill... Senta aqui... Por favor — baixo a cabeça e vou até ela, me sento ao seu lado e ela me puxa para deitar a cabeça no seu colo — não queríamos ter falo tudo aquilo...

— Eu quem praticamente expulsei vocês de casa...

— É compreensível... A sua dor. É só que... Todos nós nos preocupamos mesmo com você, meu irmão... É difícil para todos nós, olhar para você e ver que está se tornando essa pessoa fria. Esse não é você. O verdadeiro Kill é um homem sorridente, que está sempre fazendo todas as vontades dos sobrinhos. Você viu que quase entrei em depressão quando o Brenno adoeceu... Mas você também viu que foi graças a nossa famiglia que consegui superar tudo.

Ela fica fazendo carinho nos meus cabelos, estou tão cansado, 24 horas correndo de um centro cirúrgico a outro excedeu todos os meus limites. Abraço a cintura da minha irmã gêmea, e acabo chorando mais uma vez.

— Eu não aguento mais, Joe... Dói de mais acordar todos os dias e não ver a Mel aqui... E... Quando eu lembro que ela estava grávida... Dói ainda mais...

— Nos deixe te ajudar, Kill... Deixe a nossa família te ajudar a passar por isso...

Ela continua fazendo carinho nos meus cabelos, começo a sentir sono, mas sei que se eu dormir agora... Não vou conseguir acordar a tempo do jantar dos nossos avós.

— Dorme um pouco. Não se preocupa com o jantar dos nossos avós... Iremos entender você. Queremos ver você bem, Kilian. Queremos ver o nosso Kill de volta, só isso.

Assinto ainda abraçado a ela. Ela continua fazendo carinho nos meus cabelos, ouço quando ela aperta o controle que fecha as cortinas do quarto, sinto todo o meu corpo se tornar mais leve, e aos poucos... Bem lentamente... Sou abraçado por um cobertor quentinho chamado sono.

.

Acordo no outro dia decidido a tirar um tempo para cuidar de mim. A foto da Mel é a primeira coisa que vejo ao abrir os olhos, o seu sorriso encantador me faz ficar um pouco melancólico, mas sei que preciso dar esse passo, para o bem da minha saúde mental.

Levanto, faço a minha higiene e vou para a academia, faz alguns meses que não piso os pés aqui. Faço uma série de exercícios, e depois de um banho e o meu café da manhã, saio para o hospital. Não vou operar hoje, apenas supervisionar alguns dos meus pacientes.

Quando chego em frente a minha secretária, vejo ela falando com alguém sobre checar a minha agenda, fico ouvindo um pouco da conversa e ela fala que vai transferir a ligação para a minha sala.

— Exterior?

— Brasil. Um caso de anemia aplástica, um menino. Precisam de um médico cirurgião para realizar o transplante, o médico responsável por ele só pode fazer a cirurgia daqui dois meses e o quadro dele está se agravando rápido.

— Feche a minha agenda por um mês, vou tirar minhas férias, veja passagens para o Brasil.

— Qual cidade, senhor?

— Vou ver em qual cidade o garotinho mora e te passo.

Ela assente e eu sinto que essa viagem para o Brasil não vai ser só para curar esse simples garotinho. Sinto que esse país vai ser o causador de mais uma reviravolta na minha vida.

.

Christopher 21 anos

CAPÍTULO 2...

MAYA...

Faz sete meses que presenciei a cena horrível do meu ex noivo me traindo, como estou sem ir para a faculdade, pois encerrou, tenho me doado apenas para o trabalho, o meu pai tem estado preocupado comigo, sei disso pela forma que me olha quando chego exausta do trabalho e passo direto para o meu quarto.

Hoje é mais um dos dias que chego cansada depois de dar tudo de mim no restaurante onde trabalho, só não saí dele ainda porque eu estava pagando a faculdade com o dinheiro que recebo aqui, o meu contrato só acaba daqui dois meses, e mesmo... Ainda não recebi nenhuma vaga de emprego com os currículos que distribui.

Assim que piso na sala, vejo os meus quatro irmãos, o meu pai e o meu avô. Todos sentados ao redor da televisão.

— Oi homens da minha vida.

— Filha, vem aqui — o meu pai fala batendo ao lado dele no sofá.

Me aproximo deles e sou recebida com um beijo de cada um, me sento ao lado do meu pai e ele segura a minha mão com carinho.

— Gente... O que tá acontecendo? — pergunto um pouco assustada, pois dificilmente nos reunimos assim.

— Só queremos conversar com você, princesa — o meu avô, com toda a sua paciência, fala segurando a minha mão.

Assinto esperando ouvir o que eles têm a dizer, encaro cada um dos meus irmãos, o George, Pierre, Juan e Martin, mas nenhum deles fala nada, cruzo os braços sobre o peito e me encosto no sofá.

— Qual é, falem logo. Eu quero ir dormir...

— Maninha, nós estamos preocupados com você, desde o dia que fui te buscar em frente aquele restaurante, você não fala com praticamente ninguém em casa, nem sequer nos contou o motivo de ter ficado assim... — George fala, iniciando a discussão.

— Nós queremos apenas o seu bem, princesa — Martin, o mais velho dos meus irmãos — por isso decidimos lhe perguntar de cara, o que aconteceu.

— Exato — Pierre, o do meio — porquê não quis participar da formatura? Sempre foi o seu sonho...

O Juan continuava calado, pois ele sempre foi assim, o calado da família toda, só fala algo quando a decisão sobra para ele. Respiro fundo e continuo quieta, mas sinto os meus olhos arder ao lembrar do motivo que me fez deixar o meu sonho de lado.

— Maya... O que o Rousseau fez?

O Juan fala com a voz carregada de ódio, todos olham para ele e depois para mim, esperando uma resposta minha. Eu apenas nego com a cabeça, me recusando a falar em voz alta o que aquele... Monstro, fez.

— Eu vou acabar com ele — Martin se levanta já com os punhos cerrados.

— Não! — grito — Por favor... — as minhas lágrimas já estão descendo pelo meu rosto, sem controle algum — não façam nada... Por favor... — abraço o meu avô chorando e ele faz carinho nas minhas costas.

Ouço os meus irmãos caminharem para um lado e outro na sala, mas estou triste de mais para se quer tirar o rosto do peito do meu avô. Sinto os meus irmãos, meus guarda-costas, se aproximarem e sentarem no chão, perto de mim, e cada um, colocar a mão na minha perna como sinal de que estão aqui comigo.

— Desculpa... — Martin fala com arrependimento na voz — eu não queria te assustar... É que...

— Só a ideia de que aquele Zé ninguém te machucou, ou te fez deixar de lado um sonho... — Juan, com a sua neutralidade de sempre.

— Dói na gente... — Pierre.

— Só queríamos te entender um pouco... Te ajudar... — George, completa.

Saio do abraço do vovô Alfred e me jogo nos braços dos meus irmãos, posso estar parecendo uma garota mimada, mas eles sempre me trataram assim, não é porque sou a única mulher da nossa família que eles me fizerem de empregada deles, pelo contrário, eles quem sempre fizeram tudo em casa, não deixando nem mesmo que eu lavasse uma louça.

É como se eu fosse quebrar se tentasse fazer qualquer coisa, então, sim, eu sou mimada por eles, como eles mesmo dizem, sou a princesinha da casa.

— Ele me traiu... — falo num fiapo de voz, sentindo todo o meu ser se retrair ao permitir que a lembrança volte a minha mente — com a Felícia e o Garth...

— O quê?! — o Juan fala praticamente gritando.

— Como assim com a Felícia e o Garth? — o George pergunta com calma.

— Eles estavam fazendo um... Ménage...

— Filho de uma...

— Martin! Olha a boca!

Papai repreende o meu irmão, pois a regra da casa é: nada de palavrões. Somos bem religiosos, o meu pai e avô dizem que fazem isso pela minha mãe e avó, pois ambas eram religiosas, e nunca perderam uma missa. Não conheci a minha avó, pois ela faleceu quando o meu pai tinha cinco anos, assim como não conheci a minha mãe, já que ela faleceu quando deu a luz a mim.

— Filha — olho para o meu pai e ele tem uma expressão triste no rosto — sinto muito pelo que aconteceu, não vou deixar ele se aproximar de você nunca mais — ele faz um gesto para que eu vá para o colo dele, não falei? Mimada — nós compramos uma coisa pra você, como presente de formatura.

Levanto uma sobrancelha, o Pierre levanta e vai até o armário da cozinha, na porta mais alta, só porque sou baixinha e nunca iria conseguir pegar, pega uma caixa rosé e volta para a sala, me entrega e deixa um beijo na minha testa.

— Esperamos que você goste — Juan fala com um sorriso fofo.

Abro a caixa e tem algumas coisas dentro, pensei que fosse só uma coisa. Pego uma caixinha de veludo e abro, tinha uma medalhinha, quando abro, era uma foto da minha avó e outra da minha mãe, atrás do coração tinha o nome delas: Aurora e Émelie.

Sinto lágrimas se formarem nos meus olhos, olho mais um pouco a caixa, e vejo duas passagens de avião, uma de ida e outra de volta, olho o destino: Brasil, mais especificamente, Rio de Janeiro, os meus olhos brilham ainda mais.

Olho mais uma vez na caixa e tem uma caixinha menor, quando abro, era um solitário com uma pedra azul, topázio talvez, ele era todo desenhado, como se tivesse sido feito à mão. Era lindo!

— Era da minha mãe... — o meu avô fala com os olhos cheios de lágrima — quando me casei com a sua avó, ela recebeu como sinal de benção, depois... A sua mãe. Agora quero que fique com ele.

Abraço o meu avô e agradeço a ele pelo anel, depois abraço o meu pai e os meus irmãos, eu sabia que não iria ficar na fossa para sempre, tenho seis homens que iriam a guerra por mim, e a partir de agora... Só aceito um homem na minha vida que estiver disposto a fazer o mesmo.

.

.

.

Alfred D'aramitz, avô.

Elson D'aramitz, pai

Martin D'aramitz, irmão

Juan D'aramitz, irmão

Pierre D'aramitz, irmão

George D'aramitz, irmão

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!