Me chamo Elena Mendonza, tenho vinte e sete anos e uma vida digamos que sem emoções. Acordo bem cedo como de costume, faço minhas higiênes pessoais e me arrumo para o trabalho, tenho uma casa de modas e nela posso desligar um pouco da minha vida tediosa.

_ Vamos logo Elena, não tenho todo tempo do mundo para você. Gregório meu marido grita lá de baixo.

Não sei porque ele se casou comigo, realmente não entendo como uma pessoa que jurava amor eterno pode mudar tanto em apenas dois anos.

Ou talvez até entenda, o sobrenome Mendonza fez dele hoje quem é.

Em dois anos seus status subiram mais que a sua vida toda de solteiro.

Desço inconformada com sua falta de respeito já pela manhã, seu mal humor começou cedo hoje.

Moramos em um condomínio de luxo por opção de Gregório, pois um apartamento simples me bastava.

Estávamos na entrada de casa quando vejo um caminhão que para na casa ao lado, vizinhos novos. Ótimo!

Só espero que sejam melhores que os anteriores, pois a senhora Jones era odiosa. Penso comigo mesma.

Olho para a casa vizinha não muito para que não percebam meu interesse, más devemos saber quem são nossos vizinhos. Então vejo apenas um homem, deva ter em média uns trinta anos não mais, ele é algo forte e bem atraente por sinal.

Bem atraente o escambau ele é um espetáculo, minha cabeça responde meus pensamentos.

Ele sorri para mim, e me embaralho toda.

Merda!

Ele percebeu meu olhar, e tento ao máximo disfarçar só que aqueles olhos já estavam tão fixos em mim que não sei dizer como apenas não consigo fazer com que os meus deixassem os dele.

_ Qual problema Elena ainda não acordou, anda mais sonsa que nunca, Gregório diz mais uma vez me humilhando.

_ Quer saber Gregório vá sozinho, já deu por hoje. Digo já cheia de sua falta de respeito comigo.

Ele não diz nada, apenas sai adentrando seu carro.

Gregório estava tão confiante e tão certo de meu amor por ele, que achava que nada nem ninguém no mundo me tiraria dele.

Só que ninguém e insubstituível, ninguém e nada dura para sempre.

E estava prestes a descobrir isso, aqueles olhos não só me despertaria para vida como eles seriam a minha perdição.

É meu pecado mora ao lado.

🍃 Stefan 🍃

Me chamo Stefan, tenho trinta anos morava em Madri com minha falecida esposa, que morreu devido a uma trágica doença.

Só que ela me deixou um presente, uma linda menina que se parece tanto com ela que chega ser difícil olhar, pois seus olhos sempre me lembraram os de Kate.

Faz exatamente quatro anos que ela deu a luz e que também se foi, pois decidiu deixar a quimioterapia para continuar a gravidez.

Minha vida se foi desde que ela partiu, pois não só ela mais também morri por dentro.

Nunca mais tive uma só mulher, nenhuma foi capaz de despertar meu interesse nem mesmo capaz de me fazer sorrir até hoje.

Quando a vi.

Uma bela mulher, que aparentemente tem minha idade, Elena deve ser seu nome pois ouvi o homem ao seu lado a chamando assim, e ele com toda certeza é seu marido.

Um homem que já de primeira impressão odiei.

Uma mulher se trata bem, e logo de cara vi que ele não faz.

💞Elena 💞

Volto para casa e fico por lá mais um tempo, apenas pensando como foi que vim parar aqui, como uma mulher tão independente como eu me sujeito a um casamento assim.

Amor? Não! Acho que isso já passou, amei ele um dia, sim. Só que isso ficou lá atrás.

Virou um costume, uma rotina, sabe.

É difícil de explicar, quando nem eu mesmo entendo, desisto do ir para a casa de modas já que lá terei que vê-lo e realmente não estou a fim.

Preciso de um dia para mim, um dia para pensar e refletir oque está em jogo pois minha vida está em jogo ela está passando sem que eu perceba e apenas estou deixando ela ir sem viver sem ter aquele frio na barriga sempre que a pessoa chega perto, sem nem ao menos sentir aquela paixão depois de uma briga aquela loucura de querer se amar, oque tivemos não passou de uma simples atração que aos poucos foi acabando até que não restasse mais nada.

Olho meu closet e lá estava, meu biquíne que a tempos não uso. Sim, uma casa enorme cheia de luxos na falta de uma duas piscinas para um casal sem filhos, e quantas vezes entrei nela. Bem, nenhuma.

Minha vida é trabalho, e mais trabalho.

Quer saber, que se dane o trabalho por hoje.

Me coloco dentro dele e saio para meu jardim. Hoje sozinha aqui sem ninguém para dizer ou mandar que eu faça algo farei oque eu quiser.

Mergulho de cabeça naquela água que no princípio está fria, só que com o passar do tempo ela se torna morna tão morna quanto minha relação.

Só que ela me ajuda a lavar a alma.

Quando olho para cima após um dos muitos mergulhos vejo uma menininha, tão doce e serena que chega a dar vontade de ter uma.

_ Kate, onde está. Ouço uma voz masculina que procura preocupado.

Saio da água e apenas coloco uma saída de banho,

_ Kate, é seu nome. Pergunto para aquela doce garotinha.

_ Sim, ela responde cabisbaixa.

_ Acho que o papai está preocupado você Kate, não deve sair sozinha, digo e ela sorri envergonhada.

A doçura e inocência das crianças me encanta, tão doce e tão inocente mais ao mesmo tempo elas sabem muito, elas enchergam nossa alma e são verdadeiras.

Já viram uma criança mentir? Não.

_ Você está triste, são as palavras que ouço da doce garotinha. Sim, eu estou só que não falaria isso para ela.

_ Não querida, vamos achar o papai.

_ Está sim o papai também fica triste como você, ela diz e me surpreende uma menina tão nova falar assim tão bem. Ela não tem mais de quatro anos, isso se vê claramente.

Pego sua mãozinha a levando até a casa ao lado, o belo rapaz quando me vê não consegue evitar o olhar de cima a baixo.

Tento me cobrir um pouco mais, só que está saída de banho não ajuda.

_ Kate estava preocupado meu amor, ele diz quando consegue tirar seus olhos de mim e se voltar para a garotinha, que corre e o abraça.

_ Fui ver minha amiga papai, ela diz nós fazendo rir ao mesmo tempo, só que no rosto daquele homem está um certo espanto uma surpresa.

_ Ela também pode ser sua amiga, ela é legal. Ela finaliza seu pensamento.

_ Pode sim querida, ele diz e a beija ternamente.

_ Você deve ter algo muito especial Elena, ele diz me surpreendendo. Como sabe meu nome?

Será que ele ouviu o idiota de meu marido me chamando de sonsa.

_ Especial, acho que não. Respondo e ele sorri.

_ Kate raramente fala, e ela parece uma tagarela em sua presença. Ele responde me surpreendendo ainda mais. Só que não sei dizer porque mais sinto-me feliz com isso.

_ Será ganhou a pílula falante igual a Emília ganhou, ele diz a Kate relembrando uma história infantil.

_ Eu acho que sim papai, a menina responde. Ele então faz cócegas nela que sorri desenfreadamente.

_ Obrigado por trazê-la, ele diz quando acaba sua brincadeira divertida. _ Prazer me chamo Stefan.

_ Não foi nada, me chamo Elena mais acho que você já sabia.

💞Stefan 💞

Após conversarmos por um tempo o marido de Elena chega e ela entra apressadamente para casa, acho que para evitar que ele a veja aqui vestindo tão pouca roupa e aquele corpo, bem ele não sai de minha cabeça.

Aquelas belas curvas que vi perfeitamente por baixo daquela saída de banho rendada seriam minha perdição. Só ainda não sabia.

Após procurar em uma lista enorme uma babá para Kate por fim encontro Stela, uma senhora mais velha que trabalhou para meus pais e também para mim quando me casei com Katharine.

Chamada 📱

_ Stela como vai, digo e ela fica em silêncio um minuto.

_ Senhor Stefan e você mesmo.

_ Sim Stella, será que poderíamos nos ver. Digo e ela parece feliz do outro lado da linha, Stella foi minha babá por muitos anos e não creio que recusaria ser de Kate, preciso urgente de alguém para me ajudar com ela e não confiaria minha filha a ninguém além dela.

Após marcarmos em minha casa ela chega não muito tempo depois e como avia imaginado ela aceitou.

Então poderei voltar a trabalhar pois minha empresa já estava indo a ruína sem minha cabeça para os negócios e apenas meu sócio no comando. Um sócio que não conheço pois quem tratou de tudo quando me mudei foi meu advogado.

Sou dono de uma filial de modas que rodeia todo o país e no Brasil a Casa della Ferreira é quem me representa.

Agora resolvido a questão da babá preciso resolver os negócios.

Ligação 📱 Adolfo ( Advogado)

_ Adolfo, como vai.

_ Até quem fim Stefan achei que não ligaria nunca.

_ Preciso saber onde encontrar meu sócio, pois desejo voltar a trabalhar, digo e ele sorri.

_ Vou te passar o endereço também o telefone, ele responde.

E após anotar vejo que se trata do mesmo bairro que o meu, olho novamente e a rua é exatamente está.

Se minha casa e 376 e a sua é 378 quer dizer que meu sócio é o escroto do meu vizinho, o mesmo imbecil que não sabe bem como tratar uma mulher como a dele.

Me arrumo e sigo até lá, e se não pude colocá-lo em seu lugar perante a uma briga de casal, poderei fazer isso pois ele terá que me explicar e não só a mim a sua esposa oque ele fez com o dinheiro que entrou em nossa empresa neste último ano.

Pois ele simplesmente sumiu.

💞Elena 💞

Quando entro dou de cara com Gregório já dentro de casa.

_ Onde estava, porque não foi trabalhar Elena. Ele pergunta.

_ Se está bem da visão pode ver que estava nadando, digo e ele sorrir.

_ Não havia notado, ele responde. Como se fosse novidade ele notar algo em mim, nem se estivesse nua a sua frente ele veria.

_ Irá jantar hoje pergunto esperando sua negação pois nunca jantamos juntos.

_ Sinto muito querida vim apenas pegar uma troca de roupas pois preciso viajar por uma semana, negócios você intende.

Ele responde e esse é o único momento que ele é gentil, quando precisa me contar de suas supostas viagens de trabalho e realmente recuso até imaginar oque acontecem nelas.

O ignoro enquanto ele sobe para pegar sua mala subo para o banho para tirar o cloro da piscina de meu corpo, e enquanto me banho meus pensamentos não saem daqueles belos olhos tão penetrantes de Stefan.

E somente este pensamento me deixa excitada.

_ Que isso Elena, digo a mim mesmo evitando pensar nele e em seu corpo maravilhosamente esculpido. _ Deus e que corpo.

A imagem daqueles belos músculos tão à-vontade me vem em mente quase que instantâneamente.

E aquele sorriso, céus.

Apresso o banho tentando parar de pensar em meu vizinho gostoso, pois meu corpo todo já está respondendo a estes pensamentos impuros.

Verifico o quarto e vejo que Fernando já se foi.

Já lá em baixo e prestes a ir para cozinha preparar algo já que a natação abriu meu apetite, só que a campainha toca.

E quando abro a porta aquele que em apenas um dia conseguiu perturbar meus pensamentos mais que meu próprio marido em anos está aqui diante de mim.