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O Herdeiro Solitário

In memoriam

Diana é uma jovem e a mais bela moça, após sentir o amor mais puro e belo por Dylan, o maior mafioso que muitos o chamavam de imperador, o qual, na onde o fruto desse amor, veio uma pequena criança que se chama Liam, o futuro herdeiro do império da máfia.

Diana, ao ficar grávida novamente, descobriu que tinha câncer, infelizmente. Isso fez com que perdesse o bebê que estava esperando. Dylan fazia de tudo para encontrar a cura para Diana, mas nada adiantava.

A infância de Liam foi repleta de amor e carinho dos pais, algo totalmente diferente do que muitos pensam. Liam aprendeu o que era o amor vendo seus pais e queria aquilo para ele no futuro, um amor puro e belo.

Mas aquela felicidade estava prestes a terminar, pois Diana estava morrendo em seu quarto. Mas antes disso, disse algo que o pequeno Liam, com apenas 9 anos, nunca esqueceu: 'Não chore, meu pequeno príncipe, se não seu pai estará triste. Seja forte por mim, assim seu pai não estará sozinho novamente.'

Mas naquela noite, Diana tinha feito mais uma promessa, a qual, no momento certo e só quando Liam estivesse pronto, Dylan iria realizá-la.

E em sua lápide, a última mensagem de amor de Dylan para Diana: 'A pessoa que ama os outros também será amada.' In memoriam para Diana. Foi algo que Diana disse quando Dylan a conheceu e nunca esqueceu que uma simples frase era o suficiente para iluminar a sua vida.

Dylan encarregou a criação de Liam para os empregados mais antigos da casa, os mesmos que o criaram quando era criança. Por mais que Liam recebesse amor dos empregados mais velhos, os mais novos o ignoravam, acreditando que Liam era apenas mais uma criança mimada como qualquer outra.

Liam estudava diariamente, e a sua inteligência era algo que sempre o seu pai teve orgulho. Do seu filho, com apenas 13 anos, Liam já terminou o ensino médio e a faculdade de Direito, onde, ao ser questionado pelo seu pai porque direito, a única resposta de Liam foi que tem bastante livros para matar o seu tempo, e essa resposta foi suficiente para que o seu pai não questionasse a faculdade de biologia e medicina.

Liam sempre foi uma pessoa amável com os empregados. Para os mais velhos, aquela pequena criança estava se tornando um grande homem; para os mais novos, era apenas como se ele tivesse a tratar aquelas pessoas como um bichinho de estimação, na onde ao dar um pouco de carinho e onde morar terá a sua devoção.

As pessoas que trabalhavam para Dylan moravam em uma vila em sua propriedade, na qual Liam amava visitar os mais velhos. Em uma de suas visitas, Liam encontrou a velha senhora que sempre o tratou como se realmente fosse seu neto, morta em sua pequena casa no meio da vila

Liam respirou fundo e saiu da casa, chamando a primeira pessoa que viu passar na sua frente, designando-a para velar pela velha senhora que faleceu. O empregado surpreendeu-se com a frieza do jovem de apenas 18 anos ao noticiar a morte da senhora que sempre o cuidou.

Ama?

Liam ficou de longe, sem ser percebido, vendo o velório da velha senhora. Ao perceber que estava prestes a chorar, correu para seu quarto, lembrando das palavras de sua mãe: — Não chore, meu pequeno príncipe, senão seu pai estará triste — não poderia quebrar tal promessa que fizeste com sua mãe. Então, olhou-se no espelho e disse para si mesmo: 'Não chore, seja forte, Liam, pela mamãe e pelo papai. Seja forte.' E enxugou a única lágrima que escorreu de seus olhos.

Então, saiu do seu quarto e foi até a academia de sua casa para aliviar o estresse daquele momento e esquecer, por um momento, o que estava acontecendo ao seu redor. De longe, seu pai, observando, percebeu que seu filho não estava bem, mas decidiu não intervir, pois acreditava que só assim seu filho conseguiria superar os desafios que iriam estar em seu caminho.

Liam treinava e estudava diariamente. Queria dar o seu melhor e ter o seu pai orgulhoso de suas conquistas. Sabia diferentes categorias de artes marciais, além de praticar diferentes esportes. Ao tomar um descanso, Liam decidiu fazer algo que há 2 meses não fazia desde a morte da velha senhora: ir até à vila.

Chegando na vila, Liam visitou a casa da velha senhora e lembranças de quando era criança se passavam em sua cabeça, como se estivesse vivendo tudo aquilo novamente. Olhou a velha senhora o recebendo com um grande sorriso e o esperando com um bolo que tinha feito para ele. Afinal, Liam não podia comer muito doce, o que fez com que seu pai proibisse o cozinheiro da casa de fazer doce fora de ocasiões especiais.

Foi tirado dos seus pensamentos quando um jovem, aparentemente da mesma idade dele, perguntou o que estava a fazer ali, sem reconhecer que quem estava à sua frente era o jovem mestre. Liam respondeu calmamente:

— Vim visitar a minha avó, qual o problema? - ao perceber que o jovem não o reconheceu.

O jovem, não entendendo como Liam não sabia que a própria avó morreu, disse:

— A velha senhora morreu de tanto trabalho que aquele jovem mestre deu-lhe — com uma expressão de raiva ao se referir ao jovem mestre.

Liam, sem entender aquela expressão, perguntou:

— O jovem mestre ama a velha senhora, por que ele a daria trabalho?

Desde os seus 15 anos, a velha senhora parou de trabalhar na mansão, mas continuou indo apenas para verificar se Liam precisava de algo, pois Liam não falava quando precisava de algo para não dar mais trabalho aos velhos empregados, com medo de que eles não descansasse o suficiente.

O jovem, com uma expressão de desgosto, respondeu:

— Ama? Ele apenas trata os seus empregados como se fossem cachorros, onde ao dar de comer e dormir deve-lhes mostrar devoção.

Liam, sem reação, apenas escutou o jovem a continuar a falar:

— Ele nem deve saber o que é amor, jamais saiu daquela casa, apenas estuda e estuda, nem foi ao velório ou mostrou um sentimento de perda ao dizer que a velha senhora tinha morrido naquele dia.

Liam, intrigado, perguntou:

— Acha que o jovem mestre conseguirá achar o amor?

Após rir, o jovem respondeu:

— Aquele jovem mestre nem sequer consegue viver sozinho fora daquela mansão, como pensa que ele vai encontrar alguém que o ame?

Liam, depois desta resposta, disse adeus e voltou para seu quarto, pensando nas palavras ditas por aquele jovem:

— Como pensa que ele vai encontrar alguém que o ame? Ele nem deve saber o que é amor.

Tais palavras não saem de sua mente ao ir jantar com o seu pai, como faz diariamente. Mesmo o seu pai não dizendo nada além de "Boa noite!", Dylan percebeu que o seu filho não prestava atenção no seu jantar quando viu Liam a tentar cortar o bife com um garfo, mesmo tendo a faca na sua mão.

Dylan então perguntou:

— Há algo em sua mente que o perturba, filho?

Mesmo surpreso com a pergunta repentina do seu pai, Liam apenas respondeu de forma simples:

— Não há nada, não precisa se preocupar.

Mesmo não estando satisfeito com a resposta de seu filho, Dylan decidiu deixar que quando seu filho estivesse pronto o disse o que realmente se passava.

Kelvin

Diferente de todas as noites, Liam, ao invés de ler um livro antes de dormir, ficou olhando para o teto se perguntando se sabia o que era amar outra pessoa.

Liam, diferente de outros jovens, não tinha um celular; sabia usar um, mas apenas não tinha tempo, já que seguia uma rotina diária de estudo e práticas intensivas.

Saindo do seu quarto, Liam foi atrás do assistente de seu pai, um homem que desde sua infância nunca conseguiu entender como ainda estava vivo, trabalhando 24 horas todos os dias para seu pai.

Liam tinha teorias de que Kelvin, na verdade, era um robô ou um alienígena.

Como sempre, Kelvin estava fazendo suas patrulhas diárias ao redor da mansão, segundo ele mesmo tendo a melhor segurança do mundo; ainda assim, algo poderia acontecer, como quando Liam era criança e furou o dedo ao tentar pegar uma rosa para sua mãe.

Liam, de longe, chama por Kelvin, que se surpreendeu ao ver o jovem acordado nesse horário; afinal, Liam sempre foi uma criança disciplinada.

— Jovem mestre, o que deseja a esse horário? — Kelvin perguntou.

— Kelvin, você me viu crescer, pare de me chamar de jovem mestre.

— Não acredito que esteja acordado nesse horário por esse motivo, jovem mestre.

Liam suspirou, afinal, era como uma missão impossível fazer com que Kelvin não o chamasse de maneira formal.

— Preciso de um celular pra amanhã de manhã.

— Precisa de um celular? — Kelvin perguntou surpreendido. Nunca viu o jovem mestre Liam interessado em um celular, nem mesmo quando estava aprendendo a como fazer um.

— Sim, entregue no café da manhã — disse Liam, se retirando, fugindo de mais perguntas.

Kelvin, mesmo não entendendo, comprou todos os celulares de última geração; afinal, Liam não lhe tinha falado qual era o celular que queria.

Liam, de alguma forma, não conseguia dormir naquela noite, e seu principal pensamento foi que deveria estudar psicologia para entender o que lhe passava, mas logo desistiu ao lembrar que tinha que estudar sobre como gerenciar uma empresa.

Quando Liam olhou para o lado, percebeu que já amanheceu; então, se levantou, tomou um banho e se preparou para ir à cafeteria em sua residência.

Lá encontrou seu pai, que diferente do jantar, estava com um semblante sério e visivelmente cansado.

Quando ia perguntar se algo se passava, Kelvin entrou pela porta, e seu pai imediatamente lhe lançou um olhar de puro ódio para Kelvin.

O mesmo olhar que viu quando Liam achou bonito uma moto na revista e Kelvin comprou todas as motos recém-lançadas no mercado.

Com isso, Liam lembrou que não especificou que celular queria. Kelvin então sentou na mesa para tomar o café da manhã com os dois. Dylan então perguntou:

— Filho, por que quer um celular?

— Preciso fazer umas pesquisas, nada de mais.

Liam não se surpreendeu ao ver que o seu pai sabia.

Afinal, provavelmente Kelvin o acordou para lhe dizer que Liam tinha lhe pedido um celular, algo que nenhum empregado tinha coragem de fazer.

— Jovem mestre, os celulares estão em exposição na sala de reuniões para que possam escolher o que mais lhe agrada — disse Kelvin de forma tranquila, mesmo depois de ter comprado não apenas todos os celulares, mas também ações das empresas que as fabricam, caso não seja suficiente a quantidade que tinha comprado.

Resultando numa noite cheia de contratos para Dylan assinar, mesmo se perguntando como ainda não tinha se livrado de Kelvin.

Liam, após o café, foi até à sala de reuniões, encontrando uma pilha de celulares, o que o surpreendeu em como Kelvin tinha a habilidade de exagerar. Afinal, ele não apenas comprou celulares de modelos diferentes, mas de todas as cores disponíveis de cada modelo.

Liam, após pegar o primeiro que observou na mesa, mandou Kelvin distribuir para quem precisar na vila. Algo que apenas foi visto pelos moradores como um simples descarte do jovem mestre.

Dylan já estava acostumado com os exageros de Kelvin, pois quando disse a Kelvin que ia ir se declarar para Diana, Kelvin comprou vários aviões e simplesmente ordenou que colocassem: 'Eu Te Amo Diana', 'Quer Casar Comigo Diana', e a melhor de todas, 'Dylan ama apenas a Diana'.

Sendo que nem pediu ela em namoro ainda, Diana sempre lhe dizia que Kelvin é o melhor amigo do mundo para Dylan, ou que os dois pareciam irmãos.

Mesmo não aceitando Dizer, Kelvin realmente é o melhor amigo que Dylan poderia imaginar ter em sua vida.

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