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ELE

ONDE TUDO COMEÇOU

Em uma tarde fria típica de inverno um temporal se forma. O céu escurece transformando assim o dia em noite. Rajadas de ventos batem nas árvores com um chicote fazendo folhas caírem e galhos se quebrarem. O barulho do vendaval ensurdecedor é antecedido pela chuva forte e intensa que cai sem demora. As grandes gotas de água caem como se fossem pedras. Na estrada vazia só se vê e se ouve a chuva.

Repentinamente um barulho de motor de carro ecoa ao longe. Abruptamente uma SUV branca surge no horizonte. O veículo em alta velocidade desafia a natureza.

Com a visibilidade diminuída e os vidros embaçados o motorista tem dificuldades em permanecer na estrada. Sem conseguir enxergar nada a sua frente ele sai da via inúmeras vezes, indo assim para o acostamento e para a mão contrária. Em busca de algo que se torne um ponto de referência para não sair da pista, o motorista olha para as faixas amarelas pintadas na estrada, mas está quase impossível de vê-las.

As palhetas do limpador do para-brisa estão trabalhando no máximo, mas não conseguem dissipar as gotas de chuva enormes que caem no vidro. O carro começa a dar sinais de que está perdendo o seu controle. Os bolsões de água desestabilizam o veículo. A pista escorregadia faz com que os freios percam parte da sua eficiência.

Os pneus deslizam nas lâminas de água da pista. O veículo faz zig-zag, e o que era então inesperado, porém previsível acontece. A SUV capota 1, 2, 3, 4, 5 vezes parando assim no meio da estrada com os pneus para cima e ainda girando. O óleo começa a vazar do automóvel. Gotas pequenas caem devagar, perigo eminente para quem está lá.

Segundos, minutos, horas se passam. O dia finalmente se transforma por completo em noite. O vendaval dá uma trégua e a chuva cessa. Contudo é tarde demais para os passageiros do veículo. Na estrada há apenas as consequências causadas pela tempestade. Não há pessoas, casas ou veículos por perto, e também não há nenhum movimento dentro da SUV.

Uma nevoa branca e espessa cobre a estrada da mesma forma que um véu branco cobre o rosto de uma noiva. Quando menos se espera, saindo da imensidão densa do nevoeiro um carro esportivo preto aparece.

O veículo em alta velocidade ao visualizar a SUV reduz e para. O motorista desce do automóvel. Ele dá a volta no carro e abre a porta para um homem de terno e gravata muito elegante sair de dentro. O senhor de cabelos grisalhos aparentando possuir cerca de 61 anos caminha lentamente e se aproxima do acidente.

O senhor com um semblante neutro observa a cena não apenas como um curioso. Apesar de aparentar estar alheio a tudo, o seu olhar revela o contrário. Internamente ele está abalado, mas não demonstra. Ele atentamente olha para o veículo que está completamente amassado.

O automóvel antes robusto teve seu tamanho reduzido por conta do capotamento. Os vidros das janelas faróis e retrovisores estão quebrados. O homem se proxima mais do carro. Ele pisa em cima dos cacos de vidros espalhados pelo chão. O barulho dos vidros sendo pisado e quebrado ainda mais quebra o silêncio da estrada. O idoso com cautela se abaixa para saber se há sobreviventes.

O homem coloca o seu pé em uma parte do veículo e utilizando toda a sua força puxa a porta do carro para poder abrir. Com muito esforço e dificuldade ele consegue. O idoso se abaixando entra com a com metade de seu corpo dentro do automóvel. O motorista do carro preto observa seu patrão receoso. Nunca ele havia visto um carro naquele estado. Para ele é praticamente impossível alguém ali dentro estar vivo. Então em sua mente pensa que não há nenhum sobrevivente do acidente. O idoso demora alguns minutos para sair de dentro da SUV.

Subitamente um choro de bebê é escutado. Sem mais demora o senhor sai de dentro do carro trazendo consigo um bebê conforto com uma criança.Um milagre dos céus. Algo inacreditável. O homem de idade caminha de volta para o seu carro carregando o bebê que chora incessantemente. Ele com muito cuidado coloca a criança dentro do seu veículo. Em fração de segundos uma explosão acontece. Sorte? Destino? Não ! Isso são mistérios dos céus que são inexplicáveis para os homens e que só poderão ser compreendidos quando criador responder.

O idoso se vira em direção ao carro em chamas e olha com pesar e tristeza. Sua alma naquele momento sofre com uma perca.

-Vamos! Não há mais a se fazer! - friamente e com a voz altiva fala com o seu motorista

-Para onde Senhor? -Sem saber o que fazer e nem para onde ir pergunta o motorista com o semblante de dó e pena.

-Pra qualquer lugar menos para casa! - Responde o senhor convicto de sua decisão.

O motorista efetua uma manobra rápida no carro. Depois de um giro de 180° graus ele volta pelo caminho que veio. Ele dirige o automóvel em alta velocidade, mas sem destino. Apesar de não saber para onde ir, executa a ordem do seu patrão. O seu patrão é Eduardo Miles. O idoso em seu ciclo social é apenas conhecido como Miles. Ninguém nunca soube o primeiro nome dele, pois ele mesmo tratou de esconder a sete chaves.

Em seu carro ele verifica se o bebê possui algum machucado. Felizmente e milagrosamente o bebê não sofreu sequer um arranhão. A criança de seus 5 meses é uma menina. Ela de pele branca e rosada possui olhos azuis.

A menina não para de chorar e de mexer seus bracinhos e perninhas pequenas. Miles vendo aquela cena transfigura sua fisionomia. Seu semblante antes sério e neutro desaparece e ele se compadece. Seus olhos começam a marejar. Ele tenta conter a emoção e se manter firme, mas acaba deixando uma lágrima escapar. Na tentativa de conter seus sentimentos e escondê-los no mais íntimo do seu ser ele engole seco.

Respirando fundo ele destrava as fivelas do cinto do bebê conforto e pega a menina em seus braços. Miles acaricia as bochechas rosadas da bebê com afeto e muito carinho.

-Shiiii.... Calma anjinho! Eu estou aqui! - diz ele com uma voz firme, rouca, porém mansa bem baixinho.

Miles a abraça com amor. Depositando um beijo na cabecinha dela, ele a embala na tentativa de acalma-la. O senhor de idade fecha os seus olhos, se permitindo assim demonstrar todo sentimento que nutre naquele momento. Com um tom de voz calmo ele canta uma canção de ninar- Feche os olhos de Raquel Durães.

🎼Feche os olhos, meu bem

Não há nada que possa te assustar

Não há medo que te impeça de sonhar

Feche os olhos, meu bem

Não há nada que possa te assustar

Não há medo que te impeça de sonhar

Como penas bailando levemente no ar

Cantarei docemente

Nada vai te acordar 🎼

A bebê se sente segura, protegida e amada. Com a canção ela aos poucos se acalma. Depois de algum tempo ela para de chorar e dorme tranquilamente nos braços de Miles.

Logo mais a frente o motorista do carro para. Ele se vê diante de dois caminhos.

-Se...senhor Miles...Q...qual a direção ? Pergunta o motorista gaguejando.

-Qualquer delas, para mim não irá fazer diferença! Responde Miles com convicção.

O motorista apesar de achar estranho obedece o comando e opta pelo caminho em direção ao leste. Dirigindo noite adentro ele não para por nada até o amanhecer.

No local do acidente outro carro preto surge. O motorista para diante do automóvel pegando fogo. Ele desce do veículo, dá a volta correndo e abre a porta para o seu patrão sair. Um senhor que aparenta ter cerca de 34 anos sai de dentro. Também usando um terno e muito elegante, ele caminha lentamente em direção a SUV. O homem também não é apenas um curioso qualquer. Ele estava ali para um propósito, porém chegou tarde demais. Frustado com o que vê ele fecha seus punhos. Com um semblante de fúria e ódio fica ali parado vendo as chamas consumir o carro.

-MALDIÇÃOOOOOOO! - grita com odio o homem furioso.

Ele caminha em direção ao seu veículo a passos rápidos e firmes. O motorista com temor abaixa a cabeça, pois não ousa olhar para o rosto de seu patrão. O medo visivelmente percebido dá lugar ao pavor quando percebe que seu chefe saca uma arma e aponta para a cabeça do motorista.

-Você falhou!- diz o homem com a voz fria e ácida.

Um tiro é disparado e som ecoado assusta os bichos da mata ao redor. O homem passa por cima, chutando o corpo de seu motorista caido no chão. Ele assume a direção do carro, faz um giro de 180° no veículo e volta por onde veio.

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UM ANJINHO PARA PROTEGER

Amanhece e Miles chega em um hotel 5 estrelas carregando a bebezinha em seu colo. Ele sempre sério se matem com um semblante neutro. Mas a bebezinha aos poucos está transformando o homem frio e durão. O barulhinho que a menina emite faz com que Miles ache engraçado. Ele acaba dando um meio sorriso de lado com os lábios fechados.

O local em que eles estão está cercado por homens fortemente armados. Snipers estão espalhados em prédios próximos ao hotel. Aquele lugar, naquele momento se torna uma fortaleza. Miles com um extinto protetor não permite que ninguém além dele toque na bebê.

Com a criança em seu colo ele adentra o hotel. Dois segurança vão a sua frente verificando o perímetro. Outros dois o acompanham cada um de um lado, um a direita e outro a esquerda. Além deles mais dois o seguem logo atrás, protegendo a retaguarda. Em nenhum momento Miles tira os olhos da bebê. Caminhando a passos firmes ele cruza o saguão do hotel que está praticamente vazio. Um casal que estava ali observa curiosamente.

- Ele deve ser muito importante amor, olha a quantidade de seguranças que ele tem! - Diz a mulher recém casada para o seu marido.

- Deve ser um desses presidentes, sabe aqui é um hotel onde celebridades, presidentes e bilionários se hospedam! Responde o marido com peito estufado para impressionar a esposa.

Miles entra no elevador com 3 seguranças. Os homens que fazem a sua proteção a todo o instante estão em alerta máximo. Eles se comunicam pelo ponto eletrônico na orelha. Quando as portas do elevador se abrem Miles sai. Ao caminhar no corredor em direção a suíte Master presidencial ele passa por vários seguranças que ali já estavam a sua espera. São tantos homens armados que não há como contar.

Um dos seguranças abre a porta e entra antes de Miles para verificar se o ambiente está seguro. Depois de constatar que está tudo ok Ele sinaliza para o seu chefe entrar. Miles entra no quarto com mais dois seguranças. Uma mulher que estava sentada ali no seu aguardo se levanta rapidamente. Ela foi contratada para cuidar da bebê. A babá de aparência jovem possui cabelos curtos da cor preta. Vestindo jeans e um suéter da mesma cor de seus cabelos ela abre um sorriso ao ver a bebezinha.

Miles a olha de cima a baixo. Com seus olhos de águia percorre cada centímetro do corpo dela rapidamente. Ele a analisa com o seu olhar.

-Bom dia senhor Miles! Ela fala acenando com a cabeça ao cumprimenta Miles com um sorriso no rosto e serenidade em sua voz.

-BOM DIA!- Com uma acidez em sua voz rouca ele responde com firmeza.

- Nossa que linda! Oi bebê....kkkk - tentando ser simpática e ganhar a confiança logo de cara a babá estica os braços para pegar a bebê no colo.

Miles olha com a testa franzida para ela esticando os braços. Ele desconfiado não entrega a bebê. A babá sem perceber ao tentar pegar a menina em seu colo acaba fazendo com que as mangas de seu suéter subam um pouco. Sem querer ela mostra uma pequena parte de uma tatuagem que possui em seu pulso. O desenho é um arco e flecha.

Miles ao visualizar a tatuagem rapidamente saca sua arma e ainda com o bebê no colo atira na cabeça da mulher. Os seguranças que ali estavam olham surpresos com a atitude de seu patrão.

-ELA NÃO É A BABÁ! LIMPEM ISSO! - Rispidamente fala com um tom de voz alto e apontando com sua arma o corpo caído no chão.

Os seguranças se movimentam e sem demora tiram o corpo da mulher de dentro do quarto. Miles sente um cheirinho nada agradável vindo da bebezinha. Ele que mentalmente já sabe o que é aquilo se auto responde. O idoso a leva em direção a cama e a deita. Em seguida o senhor de idade tira o paletó e gravata. Ele as joga na poltrona próxima a cama com um meio sorriso de lábios fechados e de lado. Miles arregaça as mangas de sua camisa e em seguida começa a tirar a roupinha da bebezinha.

-Anjinho....KKK pensa que eu não sei fazer isso? - ele fala com doçura.

-Ah! Eu sei sim meu docinho... KKKK - demonstrando carinho e afeto ele toca com a ponta de seu dedo indicador o narizinho da bebê.

- eu troquei a fralda de sua mamãe sabia? É! Eu troquei fralda, dei banho, contava historinhas para ela dormir..... -Continua a conversa com nostalgia.

-só que, eu, eu...eu não fui um bom pai! Não protegi minha pequena. - Com um tom de tristeza e de arrependimento ele diz.

-Mas com você tudo vai ser diferente! Eu vou fazer diferente e nada e nem ninguém vai conseguir fazer mal a você! Enquanto eu viver você estará protegida, pois eu a protegerei até com a minha vida! - Com firmeza e convicção fala altivo.

-Eita anjinho... Na verdade você não precisa trocar só de fralda não! você precisa é de um bom banho! Kkkkk Então vamos lá! agora eu vou ser a sua babá! Kkkkk - franzindo a testa e fazendo cara de nojo ele conclui achando engraçado a situação em que se encontra.

Miles leva a netinha para o banheiro e a coloca dentro da banheira. Ele a segura nas axilas e a apoia em seu braço esquerdo. Com a mão direita pega o chuveirinho e inicia o banho molhando aos poucos o corpinho pequeno da bebê.

-precisamos dar um novo nome para você. Você não pode mais se chamar Eduarda... Apesar de eu ter amado receber essa homenagem de sua mãe. Ela me emocionou muito ao te colocar o meu nome, mas.... - Com a voz já embargada ele fala tentando não deixar se levar pela emoção.

-Vamos ver... Gabriela? Não! Luiza? Não! Vitória? Não! Ah! KKKK já sei! Alice! Alice! gostou do seu novo nome? Alice ! KKKK Doce e angelical como você meu anjinho! - Ele fala pensativo até que se anima ao encontrar o nome que ele julga ser perfeito de acordo com as características de sua neta.

- blu a agu da- jargão da bebezinha depois de ouvir seu avô.

-KKKK que bom que gostou! Kkk- Animado diz.

Miles termina de dar banho em Alice. Ele a enrola na toalha dos pés a cabeça deixando só o rostinho pra fora.

Ele a deitada na cama e para evitar uma possível queda, o avô precavido coloca travesseiros ao redor de sua netinha. Miles pega roupinha, fralda, pomada para assaduras e perfume. Ele a arruma.

-AH! Agora sim! Limpinha e cheirosinha.... tão linda como sua mãe! Agora vamos comer ? Tá na hora do mama anjinho.- Com carinho ele fala ao cuidar de sua neta.

Um segurança que estava atento a tudo que seu chefe faz e diz se aproxima de Miles. Ele entrega uma mamadeira para seu patrão. O avô da pequena cuidadoso pega a mamadeira e vira deixando cair uma gota do leite no dorço de sua mão.

-Hum! está na temperatura perfeita.- diz ele lambendo a gota de leite de sua mão.

Miles pega sua netinha no colo e ele mesmo a alimenta. Alice com fome agarra a mamadeira com suas pequenas mãozinhas. Ela bebe todo o leite. Depois de secar a mamadeira ele coloca a cabecinha de sua netinha no seu ombro e da pequenas batidinhas para fazê-la arrotar.

-Ow! KKKK agora sim está pronta para dormir! Kkkk- Com um tom de voz alegre ele afirma.

Miles com sua netinha no colo canta- Feche os olhos de Raquel Durães.

🎼Feche os olhos, meu bem

Não há nada que possa te assustar

Não há medo que te impeça de sonhar

Feche os olhos, meu bem

Não há nada que possa te assustar

Não há medo que te impeça de sonhar

Como penas bailando levemente no ar

Cantarei docemente

Nada vai te acordar 🎼

A bebê se sentindo amada e protegida, dorme serenamente nos braços do avô materno. Ele com muito cuidado a coloca no centro da cama. Cuidadoso, ele pega novamente os travesseiros e espalha ao redor de seu anjinho. Miles se senta na cama ao lado de Alice admirando sua netinha. Ele coloca suas pernas em cima da cama e se encosta na cabeceira. Com os braços e pernas cruzadas ele fecha seus olhos na tentativa de tirar ao menos um cochilo.

De repente um de seus seguranças aparece e para não fazer barulho ele pisa devagar. O homem está com um celular na mão. Miles que estava de olhos fechados ao sentir a presença do homem rapidamente abre seus olhos.

-senhor, precisa atender!- O segurança se aproximando de Miles fala baixinho para não acordar a bebê, enquanto estende o aparelho para entregar ao seu patrão.

Miles pega o celular e aproxima de seu ouvido.

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A AMEAÇA AO DERREDOR

...LIGAÇÃO ON...

-MILES! Sou eu....kkkk- fala o homem entusiasmado do outro lado da linha.

-DANTE! - Miles ruge bravo.

- Parece que não gostou da babá que eu indiquei. KKKK Te dizer, você saiu perdendo... Ela era conhecida como boca de veludo....kkkk Mas agora estou curioso, por que ainda está aí? - Dante com tom de deboche fala.

-Não vou atrapalhar o sono da Eduarda!- Miles responde com firmeza.

- AFF! Que nome feio! Quando eu a pegar vou colocar outro nome nela! Valentina, o que acha? - em um tom de provocação Dante retruca.

- Eduarda é um lindo nome! - Já Irritado Miles afirma.

-Esse foi o nome que a mãe dela escolheu. - Ácido conclui.

- Você sabe que eu vou pegá-la, não sabe? - Dante diz com convicção!

-Em seus sonhos talvez! - Ríspido responde Miles.

-kkkk É questão de tempo! Mais precisamente- Dante do outro lado da linha olha para o seu relógio

- 20 minutos! Kkkk- Sorrindo Dante ameaça.

-Acho que seria mais tempo do que isso.....A eternidade! - Responde Miles com sarcasmo antes de encerrar a ligação.

...LIGAÇÃO OFF...

Sons de tiros são escutados ao longe. Miles visivelmente tranquilo coloca o celular na cabeceira da cama. Ele com seu olhar terno observa a pequena Alice dormindo. O idoso pega na mãozinha de sua neta com carinho e ela ainda dormindo agarra o dedo dele.

Miles sorrir de lábios fechados. Ele com medo de acordá-la não tenta se soltar. Com seu coração transbordando de amor ele vela o sono de sua netinha. Miles aos poucos vai fechando os seus olhos. Vencido pelo cansaço acaba dormindo ao lado de Alice enquanto a guerra acontece lá fora.

Distante dali, Dante, em seu escritório, está com um olhar fixo em um ponto qualquer de sua sala. Ele espera pelo desfecho do confronto.

Horas depois um dos homens de Dante entra no escritório para falar sobre ataque. A notícia não favorável o desagrada. Ele furioso, com seus braços fortes passa em cima de sua mesa derrubando todos os objetos que ali estão no chão.

Dante não conseguiu seu intento mais uma vez e perdeu novamente a chance de pegar a bebê. Ele está raivoso, com seus dentes e punhos cerrados caminha em direção a janela e olha para o horizonte respirando com ódio.

...----------------...

...4 ANOS DEPOIS...

Dante está na sala da presidência em um edifício comercial. Parado em Frente a janela ele observa a movimentação da rua com as mãos no bolso.

Um investigador depois de ser a anunciado pela secretaria entra em seu escritório. O homem de porte atlético cumprimenta Dante com temor e receio. Ele por sua vez imóvel não sai da frente da janela e continua a olhar para a rua. O investigador com medo de uma reação negativa procura as melhores palavras para utilizar. Ele com sua boa oratória explica o rumo das investigações.

- O QUÊ?- Dante bravo fala arqueando a sobrancelha direita.

-Senhor, ele não deixou nenhum rastro, desapareceu... As empresas dele estão nas mãos de terceiros.....ele não vai mais aos lugares que antes frequentava, nem no alfaiate onde costuma encomendar os ternos. Ele não usa cartões e nem movimenta mais as suas contas bancárias. Além disso, ele não mantém contato com amigos, conhecidos, nem familiares e nem com as pessoas que deixou a frente de seus negócios... Colocamos escutas em todos os empreendimentos dele, mas nada...nenhuma ligação, nenhuma aparição!Miles não está mais usando esse nome, eu...eu.. não consegui descobrir qual o nome e sobrenome ele está usando...- Se justificando o investigador fala o motivo de não obter êxito.

Dante furioso se vira para o homem com os dentes cerrados e um olhar de ódio. Eles ficam frente a frente. Sem dizer uma só palavra Dante saca a sua arma e atira na cabeça do homem.

- MARGÔ! - Grita Dante irritado.

- Sim se....se...senhor! - A secretaria fala ao entrar e quando vê um homem morto no meio do escritório ela assustada e com seu coração acelerado gagueja.

- Mandem limpar essa bagunça! - Diz Dante se sentando em sua cadeira e já com seu tom de voz voltando ao normal.

A quilômetros de distância dali Miles, ou agora Eduardo Gomes entra em uma creche para buscar sua netinha. Ao vê o avô Alice abre os braços e corre em direção dele. Eduardo por sua vez vendo sua neta vindo ao seu encontro abre os braços e se ajoelha para ficar na altura de sua netinha.

- vôzinhuuuuuu- Alice grita enquanto corre em direção ao seu avô!

-OW! KKKK anjinho! - Diz Eduardo quase caindo no chão com o abraço que recebeu de sua netinha.

Eduardo e Alice se abraçam forte. Alice apesar de só ter passado 4 horas na escola sentiu muita saudade de seu avô. Eduardo se levanta, Ele pega na mãozinha de sua netinha e saem da escola caminhando tranquilamente.

- Como foi o seu primeiro dia de aula meu anjinho? - Ele Pergunta curioso.

- vôzinhu foi legau um mininu blincou comigu.- Balbuciou Alice.

-MENINO? - Eduardo surpreso interroga Alice com a testa franzida.

-Alice presta atenção no vô! Meninas não podem brincar com meninos....- Diz Eduardo ao para de caminhar.

-Mas por que não vôzinhu?- Alice desanimada pergunta.

-Meninas devem brincar com meninas! E meninos com meninos! E se um menino se aproximar de você, você dá um chute nele! Combinado? - Fala Eduardo depois de se abaixar para ficar na altura de Alice.

-Tá bom vôzinhu, se um mininu chegar perto de mim eu chutlo ele! Mas onde eu chutlo?- Alice pergunta para fazer as coisas certo e agradar o seu avô.

-Se ele chegar perto chute na perna, mas se ele mexer com você e fizer algo ruim chute no meio das pernas. combinado? - Eduardo fala olhando nos olhinhos azuis de sua neta.

-Ta vôzinhu...comblinado! Na perna e no meio das pernas....entlendi! - Alice fala fazendo um sinal positivo com a cabeça.

- Nunca mais brinque com meninos ! Me obedeça, digo isso para o seu bem! Meninos são maus e são ruins! - Diz Eduardo apontando do dedo indicador para sua neta.

-Mas vôzinhu o senhor é um mininu e num é mal e nem é ruim! O senhor blinca comigu, cunversa com eu, mi dá chocolati, sorvlete, mi põe no colu faz calinho, cantla.... - Alice fala sem compreender.

- Eu sou o único menino bom! Nenhum outro presta! Só eu sou bom! Tá ouvindo? - Eduardo diz com um tom firme.

- Tá ouvlindo! - Alice responde balançando a cabeça.

-Não é assim que se diz...kkkk É tô ouvindo!!! KKKK - Diz Eduardo sorrindo após achar engraçado o modo como a sua neta agiu e falou.

-Tô ouvlindo! Acertlei?- Alice faz uma carinha manhosa esperando por uma resposta

- kkkk sim! Promete pro vô que não vão deixar nenhum menino chegar perto de você! - Eduardo com seu tom de voz serio fala com Alice mostrando o dedo mindinho.

- Plometo vôzinhu! - Alice fala com convicção entrelaçando o dedo no dedo mindinho de seu avôpara fazer juradinho.

- Quer sorvete?- Fala Eduardo animado

-Sim....sim ... Sorvlete! Oba! Eeh! - Contente Alice responde pulando de felicidade.

-Depois do almoço podemos brincar de outra coisa??... já cansei de brincar de bonecas....Hum deixa eu ver... que tal passearmos de patinete? - Eduardo pergunta com receio da resposta.

-SIM! SIM! KKKK EH! Vôzinhu eu te amu! - Alice responde o avô animada.

Eduardo se abaixa para ficar na altura de sua neta e olhando nos pequeninos olhos azuis dela ele diz.

-Eu também te amo meu anjinho!- Com ternura em sua voz Eduardo fala e depois deposita um beijo na cabeça de Alice.

Eduardo uma enorme satisfação compra um sorvete para Alice e um milkshaque para ele no caminho de casa.

Horas depois, Dante ainda em seu escritório, bebe seu whisky e fuma seu charuto. Perdido em seus pensamentos ele traça novos planos para conseguir pegar Eduarda que agora se chama Alice. Ele que odeia o nome Eduarda quer trocar o nome dela e a chama de Valentina. Margô sua secretária entra na sala e anuncia a chegada de uma mulher que é uma de suas aliadas. Ele permite a entrada da pessoa. A mulher entra na sala com um largo sorriso no rosto.

- Senhor Dante? Com licença....- Diz a mulher caminhando em direção a mesa se Dante e colocando um envelope grande e amarelo dele.

Dante coloca o copo na mesa e o charuto no cinzeiro. Ele curioso abre o envelope com a testa franzida. De dentro do envelope ele tira uma fotografia e ao vê-la em ele muda completamente de semblante.

...FOTO...

- Valentina! - Diz surpreso por ver pela primeira vez a menina.

Dante rasga a foto ao meio e descarta a parte que mostra o rosto de Miles. Abruptamente ele muda o seu humor e grita.

-ONDE ELA ESTÁ? POR QUE NÃO A TROUXE? - Grita Dante furioso e sem paciência.

- Essa foto foi tirada hoje senhor Dante! Íamos trazê-la para o senhor, mas fomos surpreendidos por snipers e .... Não obtivemos êxito, hoje, mas já sei onde ela está e é questão de tempo para trazê-la ao seu encontro.- Afirma a mulher com um tom de voz firme.

-SUA BURRA! VOCÊ NÃO VAI MAIS CONSEGUIR PEGA-LA ! SE NÃO CONSEGUIU USANDO O ELEMENTO SURPRESA COMO ACHA QUE VAI OBTER ÊXITO AGORA QUE ELE SABE QUE FOI DESCOBERTO ?? SAIA DA MINHA FRENTE! SAIA! SÓ NÃO TE MATO AGORA NESSE EXATO MOMENTO PORQUE ME TROUXE A FOTO VALENTINA! - Dante irado grita. Ele bate com toda a sua força na mesa enquanto se levanta da cadeira.

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