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FORTE OBSESSÃO

CHUVA

Victor

O céu está escuro, o dia parecia noite. A chuva caia lá fora sem dar trégua. Faz dois dias que chovia sem parar. E eu me encontro sozinho em uma mansão num dia de domingo e sem nada pra fazer. Mas deixa eu me apresentar, me chamo Victor, prazer em conhecer.

Eu sou um homem solitário, introvertido. Não gosto de pessoas e elas também não gostam de mim. Por que eu nem mesmo sei, mas não me importo, não preciso de nada e nem de ninguém. Sou um CEO, tenho minha empresa que fatura bilhões por mês.

Hoje dispensei todos os funcionários da minha casa, inclusive o motorista. Não quero ter que ver ninguém. Vou sair daqui, andar um pouco por aí, sem rumo e sem direção. Pego meu carro esportivo e saio da mansão. Eu não costumo dirigir, mas dessa vez me permiti. Pretendo andar sem parar ou parar em algum lugar isolado sem ninguém. Como já podem ter percebido sou anti-social. Não gosto de falar e não gosto que falem comigo. Amo o silêncio. O motivo disso? Nunca fui num psicólogo pra descobrir, acho perca de tempo. Nasci assim e vou morrer assim. Não sei o por que, mas deve ter haver com o meu passado.

Sou orfão minha mãe me abandonou. Cresci em um orfanato nunca ninguém me adotou. Sempre via meus colegas saindo do orfanato e sendo adotados, mas eu sempre fiquei. Devia ter alguma coisa se errada comigo, pois se nem a minha própria mãe me quis.

Sempre fui um menino muito feio, gordo e desengonçado. Não sabia nem falar direito que dirá se comportar. Todos riam de mim sem parar. Sofri bullying calado sem reclamar. Mas uma coisa tinha de bom, minha memória. Não levava cadernos pra escola, não copiava a matéria. Aprendia tudo só pelo ver e ouvir e gravava pra nunca mais esquecer.

Eu era o que chamam por aí de Nerd. Nunca tirei uma nota abaixo de 9,9. Só tirei 9,9 uma vez na prova de português, esqueci o maldito acento da palavra e a professora cruel me tirou o décimo.

Aos meus 18 anos quando sai do orfanato consegui um trabalho em uma empresa de tecnologia como serviços gerais. Fazia de tudo um pouco. Limpava o chão, carregava caixas de máquinas e computadores, cortava grama, regava as plantas, trocava as lâmpadas queimadas.

Nunca fui acomodado sempre demonstrei interesse em aprender. Acho que por isso despertei algo em meus patrões e eles começaram aos poucos a me colocarem em outras funções. Não me acomodei e sempre busquei crescer. Movido por curiosidade e ambição, por que não?

Aprendi rápido como as coisas funcionavam na empresa em que trabalhava. Pedi demissão e fui montar minha própria empresa. Comecei do zero, quer dizer do zero não ! ninguém começa do zero. Abri minha empresa com o dinheiro da minha rescisão. Fui atrás de mais conhecimento na área, me formei em sistemas pra informação.

Me tornei analista de sistemas. Criei meu próprio aplicativo de gerenciamento de empresas e fraturei meu primeiro milhão aos 25 anos. Hoje 10 anos depois posso dizer que nem se quisesse poderia gastar todo o dinheiro que tenho.

Refletindo sobre o passado posso dizer que aquele meu primeiro emprego para mim não foi de maneira nenhum humilhante ou um desperdício de tempo. Ele foi um divisor de águas. Lá foi onde eu abri minha mente para o mundo da tecnologia. Um mundo que se tornaria a minha vida.

Tive experiências boas e ruins. A ira, a dor, a humilhação foram a mola propulsora para eu levantar minha cabeça e ir atrás de um futuro grande.

Apesar de ser humilhado e chamado pelos piores nomes que existe, eu aprendi que nesse mundo devemos tirar força de tudo. Hoje aquele menino não existe mais, a vida me tornou frio, calculista, duro, firme, arrogante e prepotente. Piso nas pessoas como um dia elas me pisaram no passado. Uso e abuso do que quero. A roda sempre girou assim e eu sou eu que vou reinventar.

Criei vergonha na cara e com dinheiro que conquistei mudei minha aparência. Fiz cirurgia plastica no nariz.Tratamento de pele para tirar marcas e manchas de espinhas, Lipo aspiração para tirar a barriga e emagrecer. Cirurgia ocular pra me livrar dos óculos. Coloque lentes em meus dentes feios.

Faço exercícios para manter a forma. Se antes eu era um gordo asqueroso, como muitos me chamavam. Agora sou um Deus grego, bom é assim que as mulheres me definem e eu me gabo.

Não acredito no amor. Amor é fraqueza que só te traz dor. Então como um homem que sou, me relacionado com mulheres de uma forma diferente. Me utilizo de umas das profissões mais antiga do mundo. Profissão essa deliciosa por sinal. Sem compromisso, sem conversa, sem o dia do amanhã. Simples, fácil, mas rápido só se eu quiser. Pego, uso, pago e vou embora.

São e foram assim os meus dias. Prefiro apenas existir, por que viver mesmo eu nem sei se vivo.

Eu então vou seguindo em frente. Chega de auto análise. Decidi ir até a praia. Como está chovendo com certeza não deve estar vazia. Perfeito para mim, que quero continuar só sem ter que ver ou ter que falar com gente idot@.

Chego, estaciono o meu carro e saio. Eu não estou com capa ou guarda chuva. Pra mim isso é frescura. Se for pra ficar doente eu tomo remédio e acabou. E se for pra morrer que seja rápido e sem dor. Não tenho medo da morte e pra mim tanto faz. Sem familia, sem amigos, se eu morrer ninguém irá sentir minha falta.

Tiro os meus sapatos e vou caminhando devagar em direção ao mar. A praia como eu previa está vazia. Ótimo para mim. Silêncio e calmaria. O que sempre busco. Minha alma ferida assim sempre desejou.

Enquanto caminho na areia molhada, olho para o mar. Sinto a sensação boa em apenas estar ali. Acho que fiz bem em sair de casa. O barulho do mar agitado e ressaca do é como uma música para os meus ouvidos. Uma música que acalma e traz de certa forma um bem estar. Não digo que traz paz, por que isso nem eu sei o que é. Nunca na vida senti então não posso dizer.

Paro, me sento e me deito. Fico ali deitado sentindo a chuva cair em meu corpo. Pare que estou sendo massageado, OW! sensação boa.

Subtamente uma mulher vindo do nada aparece. Ela solta as sandálias na areia e caminha em direção ao mar. Curioso me sento e começo a observar. Ela na chuva vestida em um vestido, entra na água sorrindo sem parar. Mas do que tanto ela rir? O céu está escuro, faz 2 dias que chove sem parar e ela está alegre com que mesmo? Fico intrigado.

Nunca vi uma mulher tão feliz na minha vida. E realmente nem eu sei por que as pessoas ficam tão alegres. Ela pula as ondas e gira com os braços abertos olhando para o céu. Essa dai pra mim é doida de pedra. Ela mergulha várias vezes. Entra e sai chutando a água. Ela não tá com frio? Será ?

A roupa molhada e colada em seu corpo mostra as belas curvas que tem. Ela é bonita, bonita não, linda , isso não posso negar. Gostosa pra c@cete. Com os meus olhos não perco um só movimento dela. Minha mente diz para eu parar de olha-la mas meus olhos não obedece. Em vez de observar o mar eu agora a observo sem parar.

Não sei quem é e nem de onde veio. Mas sei que ela tem algo diferente. Não sei explicar. Ela é como um imã que me atraiu e me tirou o ar.

Ela sai correndo do mar e torcendo seus cabelos sorridente. A roupa molhada e água escorrendo pelo corpo dela a faz ser ainda mais sensual. Meu amigo aqui já se animou com apenas a cena que me admirou.

Ela caminhando em direção as suas sandálias ao me ver desfaz um pouco seu sorriso. Penso que ela imaginava assim como eu que a praia estava vazia e que estaria sozinha ali. Ela me olha desconcertada.

Nossos olhares se cruzam e se prendem um ao outro. Não consigo parar de olhar e pelo jeito ela também não. Percebo ela ofegante. O peito dela sobe e desce rápido. A sua boca entre aberta, mais parece um convite para um beijo. Quando faço um movimento para me levantar ela desvia o olhar. Pega suas sandálias e sai apresadamente.

Eu levanto e a sigo. Eu não quero assusta mas também não queria falar. Sou ruim com palavras. Não me comunico bem nem com meus funcionários que dirá com uma mulher.

Ela percebe que eu a estou seguindo e corre para o seu carro. Ela sai em dispara sem dar tempo deu sequer pergunte qual e o seu nome. Mas eu guardei em minha memória a placa do seu carro que é- SIM 01010101.

Eu sorri da placa do carro. A placa me deu autorização e me disse sim..kkkk o número mais parece o código de um programa de computador, nisso temos algo em comum.

ALEGRIA

Adele

Estou feliz, mais do que feliz! Hoje nem esse tempo de feio chuvoso vai apaga minha felicidade. Meu paizinho querido do meu coraçãozinho lindo, saiu do hospital. Depois de mais de 50 dias internado por causa de um câncer ele recebeu alta e já está em casa. Além acabei de ir na faculdade para pegar o resultado do meu teste bolsa de admissão....e adivinha? APROVADA! Consegui! Finalmente! E o mais espetacular em primeiro lugar...bolsa de 100% mal pude nem acreditar.

Mas deixa eu me apresentar, Me chamo Adele, prazer em conhecer. Sou agora um estudante, estudante de direito. Futura advogada....kkkk Irei realizar o meu sonho de infância e ainda dar muito orgulho ao meu paizinho.

Penso sempre nele, pois é a única coisa que me importa na vida. Ele é a única pessoa que tenho. Minha mãe morreu no parto. Não tenho irmãos e nem irmãs. Minha madrasta quando descobriu que meu pai estava doente sumiu e nem sequer se despediu.

Desde então somos só nos dois em um bairro classe média baixa tentando sobreviver as adversidades que nos aparecem. Nós apoiamos mutuamente para conseguir seguir em frente.

Hoje é definitivamente o meu dia de sorte. Animada, eu fui para a praia. Sim, para a praia. Mesmo chovendo quis comemorar no meu lugar favorito. Parece esquisito ir a praia em dia de chuva, mas pra mim lá e tão bonito que não importa se está fazendo chuva ou sol.

Ao chegar lá nem espero muiro e já tiro as minhas sandalias para pisar na areia molhada. ah! As gotas de chuvas caindo em meu rosto me fazer rir sem parar e mesmo sentindo um friozinho decido, eu vou para o mar.

Estou de vestido, mas acho que não haverá problema. Imagino que a praia deva estar deserta. Vou para o mar gargalhando de braços abertos. Pulando e girando. Felicidade sem fim isso é o que sinto.

Passei minha vida toda estudando em escola pública, pois o meu pai não tinham dinheiro para me colocar em um colégio particular. Todos me diziam que eu nunca ia conseguir passar no vestibular. Riam de mim, quando eu ia no meu horário do intervalo para a biblioteca. Faziam chacota e me chamavam de nerd quando eu ficava depois da aula pra estudar.

Eu sempre focada não ia a festas e nem saia pra passear. Acabei não fazendo amizades e anulei minha vida social. Meu foco era sempre os estudos. Queria fazer faculdade, ter ensino superior, uma carreira e conseguir com o meu trabalho ajudar meu paizinho.

Mas eu não tinha dinheiro pra pagar faculdade e sabia que para continuar estudando teria que me esforçar ainda mais. Na faculdade, em cursos de requisitados como o que eu queria normalmente só é aprovado quem vem de escola particular, quem tem um bom ensino desde de berço. Eu posso não ter tido bom ensino, mas eu tenho duas coisa que muda tudo vontade e perseverança.

Me inscrevi pra concorrer uma bolsa na melhor faculdade do estado. Com dedicação e renuncia, aqui estou eu. Estudarei de graça sem pagar nada, pra mim é uma vitória. Vitória essa que gostaria de comemorar com meu pai, mas ele ainda requer cuidados.

Então cá na praia estou eu. Depois de um suco de laranja, pois eu não bebo. KKKK Entro no mar e dou vários mergulhos. Nem me importo com nada. Ali não tem ninguém mesmo. Meu vestido cola no meu corpo. Eu brinco chuto e jogo água para cima. O mãe está agitado, por isso não me arrisco a ir muito longe. Pulo ondas e giro no ar.

Já cansada e depois de extravasar minha alegria saio torcendo meus cabelos caminhando em direção ao local onde deixei minhas sandálias. Quando me dou conta vejo um homem sentado na praia me olhando. Será que ele chegou agora? Será que estava aí desde que cheguei? Como eu não o vi antes? Ele me olha de um jeito que me faz sentir vergonha. Arrumo meus cabelos e tento ajeitar meu vestido, que, merd@ tá tão colado em meu corpo que dá pra ver o céu e as estrelas.

Me sinto nua e fico sem jeito e paro de sorrir. Sem graça caminho devagar. Nossos olhos se encontram. Eu me perco nele naquele instante. Sinto meu corpo queimar com aquele olhar. Sensação estranha e inexplicável que eu nunca na minha vida senti. Sinto arrepios e posso afirmar e com certeza dizer aquilo não é do frio. Estou ofegante, mas não por causa da brincadeira do mar. É esse homem que está me tirando o ar.

O homem é lindo, isso não posso negar. Mesmo sentado pude observar seu porte físico. Sua roupa está molhada assim como a minha. Sua camisa branca está transparente. Através dela consigo ver seu corpo definido e seus músculos bem desenhados. Bonito de corpo e de rosto. Um prefeito Deus Grego. A forma como está setando e o seu semblante o faz sedutor. Mas agora eu não consigo mas parar de olhar para ele. Que atração louca é essa que sinto.

Ele faz um movimento para se levantar e me assusto. Pego minhas sandálias e saio apressada. Não sei quem e e nem o quer. Não vou me arriscar, todo cuidado é pouco. Ele não parece ser uma pessoa má ou ruim. Mas como não leio mentes e nem sei quais suas intenções continuo a caminhar. Percebo que ele está me seguindo. Aí minha filha, pernas pra que te quero! O pânico abre a porta do meu coração e entra pra valer. Corro como se eu estivesse querendo ganhar uma maratona.

Entro no carro do meu pai e saio em disparada. Ufa! estou segura. Vai que era um assassino em série, um serial killer. Mais ele se fosse, as vítimas devem passar muito bem nos braços dele. AFF! Que pensamentos são esses Adele? Balanço minha cabeça na tentando parar de pensar besteira. Onde já se viu uma vítima se sentir bem nos braços do seu algoz.?!

Volto para casa encharca. Toda molha e com areia por todos os lugares do meu corpo, tem areia até no meu olho. Entro em minha humilde porém aconchegante residência e sigo direto para o banheiro. Tomo banho, pego o primeiro pijama que vejo e visto. Saio e vou até o quarto de meu pai para saber se está tudo bem. Percebi que ele dorme tranquilamente e sem fazer barulho volto para o meu quarto e me jogo na cama.

Do nada me pego pensando no homem da praia. Me pego sorrindo e sinto vergonha. O que aquele homem deve ter pensado de mim? Que loucura essa minha. Bom pelo menos sei que nunca mais vou ver ele. O cansado bate e aos poucos no sono. Adormeço.

DOIDO

Victor

Depois que a mulher foi embora da praia aquele lugar perdeu a graça. Vou para o meu carro e dirijo de volta para casa. Durante todo o percurso me pego pensando na jovem. Jovem é um nome delicado que estou utilizado. Na verdade deveria chamar ela de doida. Pois só uma doida sairia naquele tempo sozinha e ficaria desfilando praticamente nua na praia deserta. Para uma mulher e muito perigoso, já para homem nem tanto. Ela podia ter sido assaltada, abusa, estupr@da e morta.

Mas o que eu quero mesmo pensar nisso? Nunca me importei com ninguém, não e agora que vou me importar. Deixa os doidos se entenderem com os doidos. Chego em casa e vou direto para o chuveiro, tomo um banho quente.

Mas do nada vem a cena da doida da praia na minha mente. Aquele vestido molhado modelando as curvas de seu o corpo violão não me sai do pensamento. Meu amigo aqui já ficou duro e está doendo de tanto latejar. Tenho que me aliviar. Não gosto de fazer isso, existem profissionais para isso, mas não vou conseguir esperar uma delas chegar. Não consigo mais me conter e goz@ pensando nela. Depois disso penso que já acabou, mas não. Quando fecho os meus olhos lá está ela de novo.

Saio só banheiro e visto uma calça moleton. Vou pra cozinha fazer um lanche. Ao abrir a geladeira eu vejo uma pera e novamente a doida da praia me vem a cabeça. Essa mulher já tá me deixando doido. Ela me persegue onde quer que eu vá e em qualquer ambiente dessa casa. Meu amigo não dá trégua Ligo para uma profissional que sabe muito bem me satisfazer. Eu a aguardo na sala e quando a mulher chega já vai tirando a roupa. Penso comigo que ela vai me fazer esquecer a doida da praia.

Me engano completamente. Não consigo me concentrar e parar de pensar. Acabo me endurecendo e mando a mulher embora. Pego um whisky e encho o copo generosamente. Fico ali por horas bebendo para esquecer. O que deu em mim? Eu nunca fiquei assim. Preciso fazer algo. Preciso ver a doida novamente.

Ligo para um funcionário e mando ele puxar a placa do carro da doida da praia. Dou o número pra ele SIM 01010101 como hoje estou sem paciência dou apenas 12 horas para ele me dar toda e qualquer informação sobre aquela placa. Digo logo que se ele não conseguir que nem apareça mais na empresa. Pois ele estará demitido. Quero descobrir onde a doida mora. Acho que estou ficando doido também, doido que nem ela. Se for mesmo isso pelo menos vamos no encontrar no hospício.

Bebo tanto que já não consigo nem mais andar direito. Mas apesar do álcool já ter feito efeito a doida está lá em meus pensamentos. Me jogo na cama e durmo do jeito que cai.

No dia seguinte acordo cedo com uma enorme ressaca. Me levanto da cama já massageando minhas têmporas. E vou para o banheiro fazer minha higiene. Não estou de bom humor, mas por que digo isso ? Na verdade eu nem sei o que e isso. Estou ansioso quero saber se meu funcionário cumpriu minhas ordens, se conseguiu informações daquela jovem.

Não entendo o que há comigo. Nunca fiquei assim tão ancioso por algo. Desço e nem tomo café da manhã. Deixo minha empregada no vácuo, parada ao lado da mesa posta. Vou até meu carro onde o meu motorista já me espera. Eu entro já pedido para ele dirigir depressa, quero chegar o mais rápido possível em meu escritório. Não vou me enganar, não quero trabalhar. Quero notícias da doida da praia.

Assim que chego no meu edifício empresarial entro altivo caminhando com passos firmes. Por onde ando as pessoas param, abaixam a cabeça com medo de me olhar e saem do meu caminho. Eu não as comprimento e elas também não. Não gosto e nem suporto bajuladores quero apenas ter trabalhadores. Sem conversas e sem aliados quero somente ver resultados . Todos sabem que eu não gosto de aproximação. E quando entro no elevador ninguém mais pode entrar.

Gosto de estar e ficar sozinho. Não gosto de falar. Prefiro a solidão do que ter que aturar a falsidade e bajulação.

Assim que entro em minha sala já ligo para o meu funcionário, cobro a tarefa que lhe repassei. Minutos depois ele envia um e-mail. com todas as informações que pedi. Visualizo então as informações sem demora. Leio tudo minuciosamente.

Me deparo com uma inconsistência. Dados de homem e não de uma mulher. O carro pertence a um homem Chamado Sebastião de 55 anos. Que mora em um bairro de classe média baixa. No arquivo fala que ele não é casado e que é autônomo. Dono de uma floricultura.

Fico ali analisando e pensando. Será que a doida roubou o carro? Ou ela pediu emprestado? A doida pode filha dele? Percebo que só há uma maneira de descobrir. Fecho meu notebook com raiva e me levanto depressa. Mal cheguei em meu escritório e já saio. Vejo meus funcionários se espanta tem com minha atitude, pois durante todos esses anos nessa empresa sempre cheguei cedo e sai tarde. Nunca abandonei meu trabalho no horário de expediente e talvez por isso me tornei tão exigente. Vou até ao meu carro e ordeno para que o meu motorista vá ao endereço do dono do carro.

Peço para o meu motorista não se aproximar da casa e fico ali dentro parado observando de longe o local.

Vejo uma casa simples e modesta, com portões de grades. Percebo que ali fora está parado um carro, o mesmo veículo que a doida dirigiu. Olho para o meu relógio que marca 8:30 da manhã e solto o ar pela boca. Olha o que essa doida me fez eu fazer.

Estou imerso em meus pensamentos, pensando o quanto estou ferr@do. Perdendo tempo e dinheiro. Me condeno mentalmente quando De repente a doida aparece. Eu que estava sentado todo desengonçado no banho de trás do carro ajeito minha postura.

Vejo a doida sai da casa saltitante. Será que ela não sabe caminhar e só sabe pular ? Abaixo um pouco o vidro da janela do carro para a ver melhor. Nesse momento sinto o ar falta em meus pulmões. Minha garganta fica seca. Eu não sei o que está acontecendo comigo e nem quero saber. Deve ser alguma doença, mas não ligo. Só quero e preciso me aproximar mais dela, mas ão sei como. Vejo o homem de 55 anos a gritar da porta se casa.

-ADELE! ADELE! - Grita o pai chamando a filha no portão de casa.

Adele! Esse e o nome da doida. Lindo nome. Ela s aproxima do homem. Percebo ele falar algo e ela concordar com a cabeça. Ele a beija na testa e ela o beija na mão.

Penso que eles devem ser pai e filha. A doida entra no carro. E sim é o mesmo veículo do dia anterior. Ela faz a manobra e sai de casa dirigindo.

-SIGA AQUELE VEÍCULO!- Ordeno ao meu motorista.

Minutos depois já estamos em um centro comercial. Vejo carro entrar em um estacionamento.

- PARE! - Digo com tom ácido na voz.

Em seguida ela sai do local e atravessa a rua. Com o olhar sigo os seus movimentos de longe. A doida caminha aos pulos e cumprimenta a todos que vê na rua.

-Bom dia! Bom dia!- Adele fala sorridente

Adele abre sozinha uma porta de ferro e coloca um cavalete para fora. Ela coloca várias plantas expostas. Vejo então que ali é a floricultura do tal Sebastião, que deve ser o pai dela e que ela está trabalhando.

Agora não sei o que fazer para me aproximar. Como vou entrar lá? O que vou falar? Que desculpa vou dar? Se ela trabalha- se em um restaurante bastava entrar, pedir um café e ficar lá até a hora que eu quiser. Mas uma floricultura ?! O que um homem como eu poderia fazer em uma floricultura?

Minha cabeça dá voltas e voltas fórmula do e planejando algo. A minha vontade é de descer do carro e ir até lá. E é isso o que faço. Não sei o que dizer e nem o que fazer. Mais vou, a doida me passou a sua loucura e me deixou doido também.

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