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Blade Of The Apocalypse

A ligação

Coloquei o som da minha música favorita no volume máximo enquanto pintava o meu quadro, é um dia chuvoso. sinto-me nas nuvens, a minha parte favorita do dia é quando estou no meu mundinho fazendo as coisas que gosto. Senti o meu celular vibrar, era meu pai. Desliguei a música.

— "Filha, tem como perguntar para a sua mãe se você pode dormir na minha casa hoje? Tenho uma questão a tratar com você."

— "Claro, vou perguntar e te retorno."

Assim que desliguei a chamada ouvi as gritarias que estavam em casa. Era minha mãe e o meu padrasto brigando de novo. Ouvi batidas contínuas na porta do meu quarto, era meu irmãozinho Yuri.

— "Noah posso ficar aqui com você? Eu to com medo."

— "Desculpa Yuri eu tenho que ir no meu pai, mais prometo que depois eu volto."

Vesti o meu moletom, coloquei o capuz e saí escondido. Não queria presenciar a briga.

— E aí pai o que foi? Eu juro que não bati em mais ninguém e nem me meti em briga

— Ah! quem me dera fosse esses problemas… Recebi uma ligação do serviço, presta atenção, um vírus vai ser exposto daqui dois dias, e esse vírus é muito perigoso então precisa ficar de quarentena aqui em casa, não deve abrir a porta por nada, não deixe ninguém entrar e não saia, eu vou ter que ir até à sede do governo para ajudar no combate ao vírus, para evitar que ele seja exposto antes do tempo. E não pode falar isso com ninguém, é uma informação confidencial, a mídia não vai saber porque senão vai virar um caos, eu só lhe contei isso porque eu sei que você é teimosa e não ia me obedecer, então por favor me obedeça.

— mais porque a mídia não pode ficar sabendo? Como eles vão se preparar? Vão ser pagos de surpresa?

— São ordens dos meus superiores e eu também concordo com eles, porque afinal não é o governo que decide, não foi eles que criaram o vírus,mais isso não é da sua conta, olha, deixei suprimentos para você, qualquer atualização eu te ligo. Consegue se virar sozinha?

— Consigo, não deve ser tão ruim assim.

— Mais é sim, se cuida viu? Tenho que ir.

Até parece que eu vou ficar parada sem fazer nada, vou falar com Yuri.

O começo- dia 1

Acordei com muita gritaria na rua. Corri para olhar a janela. Não entendi o que estava a acontecer, não desconfiei ser o vírus, afinal, julgava que era como a covid 19, mas a covid não chega nem perto desse vírus, o que vi foi horrível, pessoas mordendo pessoas igual aos filmes de zumbis, foi aí que me dei conta de que certas coisas não acontecem apenas em filmes, eu estou a viver isso. Senti ânsia, mas tenho que ser forte, afinal, vou viver isso todo o dia, é a realidade de agora.

Entrei em desespero, pensei no meu irmão, será que ele conseguiu? senti-me mal pelas pessoas que não sabiam, dava para muita gente ser salva! Vários pensamentos vinham na minha cabeça.

Cada barulho era um susto, medo de eles entrarem aqui, mas acredito que não vão entrar tão fácil aqui, o portão é bem alto e muito forte.

Passei o dia todo me preparando para quando as coisas se acalmarem eu ir buscar o meu irmão, mais acontece que demorou 3 dias para isso acontecer.

3 dias depois...

- É agora ou nunca!

É final de tarde, quase não se constata o sol, o clima é refrescante, sai de bicicleta levando algumas coisas para me defender, estava tudo tão quieto até que vejo alguns jovens correndo na minha direção com um montareis de zumbis atrás deles. Na frente havia um garoto loiro segurando um cachorro escandaloso. Fiquei confusa. O garoto com o cachorro se aproxima, e joga o cachorro na cesta da bicicleta

— Corre menina, vamos logo- diz a sentar atrás de mim

— E nós?- grupo de jovens

— Agora é cada um por si- garoto loiro

— Essa bicicleta não é para dois!- repreendi

— Ah por favor vamos logo com isso- O garoto insiste

O grupo Corre atrás de nós. Ouço barulho de tiros, era outro garoto, gritei:

— Você é burro? Não faz isso, vai atrair mais deles!

— Você tinha que me agradecer, eu te salvei- garoto da arma

— Eu que estou salvando vocês, principalmente esse idiota que ta aqui comigo!

— Ei!- garoto loiro

Cansei desses patetas, desse jeito eu vou morrer! Joguei uma bomba de fumaça do meu cinto. Cobriu a maioria dos zumbis e conseguimos escapar.

Chegado em casa brigas mais brigas. Decidimos que eles iam ficar, mas com uma condição. Ajudarem a buscar o meu irmão.

— Tudo bem, começamos com o pé esquerdo, prazer, sou Noah

— John- garoto loiro

-Finn — garoto da arma

-Me chamo Courtney, sou irmã gêmea do John

— Sou Mike, muito prazer

-Luke

— Bom, vamos lá buscar o meu irmão?

Decidimos que John, Finn, e Mike vinham comigo.

No caminho...

— Como o seu irmão se chama?- Mike

— Yuri

-Nome bonito, você que escolheu?

- Meu padrasto

-Ah..., mas ele é sua má também estão te esperando?

— Só o meu irmão

— Entendi...

— É aqui.

Suspiro.

-Vamos?- Dou um falso sorriso

A porta está fechada porém com a janelas quebradas, provavelmente foi por onde os zumbis entraram. Destranquei a porta e a abri bem devagarzinho, rangendo um pouco a porta, todos andamos bem devagar e com os olhos arregalados de medo.

— Vou pegar o meu irmão, vocês podem ir à cozinha e pegar comida.

— Onde fica a cozinha?- John

— Procura

Ele vira os olhos. Dou risada.

Subo as escadas. Finn vem comigo. Subimos a escada e passamos pelo corredor, primeiro passamos pelo meu quarto, estávamos a passar pelo banheiro quando ouvimos barulho de porta se abrindo, e não vinha do quarto do Yuri, Finn rapidamente puxa-me para dentro do banheiro e fecha levemente a porta deixando uma brecha aberta para olharmos, ele tampa aminha boca. Fechei os meus olhos. Ouvimos passos lentos e rastejantes. O barulho de algo se quebrando quebra esse silêncio assustador, aparentemente os meninos lá em baixo, o zumbi sai correndo fazendo os meninos começarem a gritar. Eles saem correndo.

Quando percebemos que não tem mais ninguém, saímos do banheiro e fomos ao quarto de Yuri. Bato na porta.

— Yuri pode abrir a porta

Imediatamente o abraço

— Tadinho deve estar com fome

— Morrendo!

— Finn pode carregar a mochila dele?

— Tudo bem garotão? Sou amigo da sua irmã

— Agora que vocês estão aqui eu estou bem

Peguei Yuri no colo

— Agora você tem que ficar quietinho viu? Por favor, não grita, só fecha os olhos ok?

Yuri acena com a cabeça, estávamos quase descendo as escadas.

— Esqueci o meu robô em cima da cama

— Yuri porque você não viu isso antes?

-Pode deixar que eu pego para ele

- Obrigada Finn

estávamos esperando em frente à escada, mas quando olhei para o corredor do lado oposto vi o meu padrasto parado olhando fixamente para mim, foi uma das coisas mais horríveis que já vi, ele foi mordido na barriga, suas tripas e estômago estavam todos para fora, na hora deu-me ânsia, mas ele começou a correr atrás de mim, desci a escada tão rápido que acabei caindo da escada e derrubei Yuri, o meu padrasto correu primeiro em direção ao Yuri. Mesmo tonta e desnorteada por bater a cabeça ignorei toda a dor e atirei o meu facao sobre a parte de trás do pescoço do meu padrasto fazendo ele cair em cima de Yuri. Desmaiei.

Aconteceu tudo tão rápido. Quando acordei Finn estava me carregando nas costas no caminho para casa.

— Yuri, cadê ele?—

— Sinto muito... Ele foi mordido.

— Não, eu consegui salvar ele e-eu...

Não,não, não pode ser..Eu salvei ele!

As palavras de Finn se repetem na minha mente. Senti uma dor no peito, deu-me falta de ar e comecei a chorar. Finn ficou quieto, acredito que queira-me dar um tempo. Não esta mais aquele clima refrescante, está frio, estou sentindo um vento gelado em meu rosto, secando o sangue e as lágrimas do meu rosto.

Chegando em casa tudo o que fiz foi ir para meu quarto e chorar até dormir.

Queria que as coisas tivessem sido diferentes, era para o meu irmão estar aqui comigo. Eu devia ter sido melhor, havia tantas coisas que eu poderia te feito. Minha mente esta me condenando. Se eu pudesse voltar ao tempo…

5° Dia

Mal dormi, acordei bem cedo, preparei o café da manhã para o pessoal, todos estavam dormindo na sala, mas me viram sair.

— Já volto

Todos correm para o andar de cima para olhar pela janela, ela vai em direção a casa em frente à sua e dá um chute tão forte que arromba a porta. Os que estão a observando levam um susto. Ela entra na casa depois de alguns minutos sai com a roupa cheia de sangue, ela vai á casa do lado daquela e repete a mesma coisa mas nessa casa eles veem um zumbi caindo da janela do andar de cima com o pescoço cortado. Quando ela sai da casa ela luta com os zumbis que estão na rua de uma forma tão profissional que deixa os outros de queixo caído. Quando ela esta voltando para casa os outros descem correndo e agem como se nada tivesse acontecido.

Quando cheguei tava todo mundo me olhando com cara de medo, deve ser por causa do sangue na minha roupa.

- Vamos sair?

Todos concordam, assim que eu gosto, espírito aventureiro.

...— Vamos nos dividir em grupos de três, um grupo arranja um carro e o outro arranja comida...

- Eu e os meninos vamos arranjar o carro, mas John fica com você- Luke

— Oxi oxi oxi, porquê? Tem algo contra a minha pessoa?

- Você atrapalha muito, deixa que as meninas cuidam de você — Luke

Já vi que isso não vai dar certo... Fomos num mercadinho pequeno e pouco movimentado para termos menos riscos. Já tiro o meu facão do cinto. As janelas estão cheias de sangue e só de entrar nos damos de cara com uma pessoa morta no chão, aparentemente essa pessoa levou tantas mordidas que não conseguindo resistir.

Inesperadamente um zumbi sai correndo na nossa direção

— Deixa comigo — John

Ele pega o seu taco cheio de pregos e dá uma paulada na cabeça do zumbi, mas os pregos ficam presos na cabeça do zumbi e John não consegue puxar o taco de volta.

— Eita, e agora???— John

Os dois dão voltas na loja

— Noah faz alguma coisa!- Courtney

Não consigo parar de rir

— Aí aí, John segura o taco por favor

John segura o taco com receio. Corto o pescoço do zumbi. O zumbi cai no chão, seguro a cabeça do zumbi com o pé e arranco o taco.

— John, vamos ter que treinar isso— disse rindo

Enchemos mochila de diversas comidas e esperamos.

— Eles não vão aparecer não?- Courtney

— Mas a gente não falou para eles onde íamos estar

Saímos correndo e fomos para o ponto onde nos separamos, mas eles na estavam lá. Se passaram 10 minutos e ouvimos barulho de rodas rangendo. Os meninos aparecem no carro com cara de que a vida acabou de passar diante de seus olhos. Luke esta dirigindo. Eles dão uma breve pausa para entrarmos. Há vários zumbis atrás deles. Luke acelera. O carro não tem tanto espaço para todos então jogamos John no porta malas.

- Apertem os cintos meninas— Finn

Mike está no banco da frente ao lado de Luke e Finn atrás atirando nos zumbis através do teto solar.

— Noah tem mais daquelas bombas de fumaça?-Finn

- Não, só bomba de verdade

— Levanta aqui, pode jogar.Luke se prepara para acelerar senão a bomba vai pegar a gente também.

Joguei o mais longe que consegui. Graças ao Luke o impacto não foi tão forte em nós. Como a bomba não matou todos, chegando na nossa rua Mike abre o portão correndo para Luke guardar o carro enquanto eu, Finn e John matamos o resto dos zumbis.

Chamamos atenção dos zumbis para longe do carro. Estávamos todos dando conta até que do nada Finn me puxa pela cintura, e protegendo-me me agarra num abraço desesperado. Eu não tinha visto, mas tinha um zumbi vindo me pegar pelas costas e Finn me ajudou, tinha me sentido um pouco confusa antes de entender. Finn atira no zumbi enquanto ainda me protegia. Quando percebemos que estamos agarrados nos soltamos rapidamente.

Por algum motivo aquilo me causou borboletas, senti algo por ele. Não! Pelo amor de Deus eu conheci esse menino ontem! Não deve ser nada.

- E aí? O que trouxeram?— Luke

- Eu trouxe enlatados

— Eu trouxe alguns doces, salgadinhos um brinquedo pro chupeta- Diz John empolgado

— Quem é chupeta?

— Meu cachorro

Misericórdia.

- Eu trouxe ovo, farinha de trigo… — Courtney

- P-Pera aí, você trouxe farinha de trigo? O que a gente vai fazer com isso?- Luke

-Não sei

- Ah meu pai dai me paciência, você só jogou as coisas aí dentro foi?

- ...

- Pelo menos o ovo tá inteiro?

- Alguns

— É preocupante Courtney

— Oxi fala com o John também ele só trouxe doce!

- É, já vi que o problema é de família

- Qualquer coisa a gente come o cachorro- Finn

— Ei, que isso? Não vai comer meu cachorro não!

Caímos na risada.

Enquanto almoçamos...

— Finn tem bastante bala?

— Pouco

— Vou pedir mais para o meu pai beleza?

— Agora eu fiquei curioso, Finn, o que você fazia antes disso? Era criminoso?- Luke

— Claro que não! Meu pai era policial, ele me ensinou atirar.

— E você Noah, era assassina? E outra, de onde veio aquelas bombas?

- Eu estava sendo treinada pela equipe do meu pai para me tornar espiã

— Sério? não sabia que existia isso, jovem aprendiz de espionagem— Courtney

— Acontece que apenas os jovem que tem os pais trabalhando nesta área que podem se tornar aprendizes.

— Combina com você, ninguém suspeitaram uma carinha fofa como você— Mike

— Você me acha fofa?

— Sim, mais só a cara mesmo porque você parece uma psicopata.

- Meu Deus!— Ri.

Passei a tarde toda treinando no meu quarto com Mike, ele é bem legal, simpático e brincalhão e descobri que ele também desenha.

Depois preferi ficar sozinha no meu mundinho desenhando. Amo expressar-me através dos desenhos, especialmente quando são sentimentos ruins, porque posso tira-los da minha mente e os pôr na tela, daí bato, rasgo, taco fogo, é como se eu estivesse destruindo aquele sentimento, me sinto muito bem quando faço isso.

Hoje decidi desenhar a noite de ontem. Ainda não me perdoei por não ter feito o possível para salva-lo e as imagens gravadas em minha mente estão me assombrando.

Cada pincelada é uma lágrima que escorre, o pincel flui tão suavemente na tela assim como as lágrimas apenas deslizam nas minhas bochechas.

Mike aparece em me quarto com um prato de comida a aba me vendo, ele põe o prato de lado e me dá um forte abraço, enquanto aacaricia o meu cabelo.

- Come bastante viu? Amanhã a gente pode chamar a turma para se livrar dos zumbis aqui da rua pode ser?

- Sim

- Então tá bom, quando você termina você desce o seu colchão pra dormir com a gente lá em baixo, pra você não ficar sozinha.

—Obrigada

Ele sorri.

Depois que termino de comer ele se levanta e me estende a mão, quando eu ia segurar a mão dele ele tira a mão e sai correndo

- Vai seu idiota -disse levantando e correndo atrás dele- Você me paga!

— Foi mal eu tava brincando

Descemos e arrumamos a sala. John dorme no sofá com Courtney e o cachorro enquanto Luke, Mike e Finn dividiam o colchão de casal do meu pai.E eu sozinha no meu colchão de solteiro.

— Cada um de um lado ao contrário?- Mike

- Não, denovo não, dá última vez eu acordei com o seu pézão bem na minha cara!- Luke

Todos caem na gargalhada. Esta tão quente e abafado que nem nos cobrimos.

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