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Senhorita Pérola

SERÁ QUE REALMENTE ESTOU ACORDADA OU SONHANDO

A minha vida mudou completamente a partir de uma simples noite onde deveríamos apenas nos divertir e comemorar a promoção do meu namorado. De repente me vi a mudar totalmente de direção rumo a um futuro totalmente inusitado e lindo.

Reviravolta

A noite anterior foi definitivamente terrível. Terminei com meu namorado, bati o carro e perdi o emprego.

Chegando em casa horas da madrugada, sentei meio tonta a beira da cama e pensei.

Como eu desejo simplesmente sumir daqui. Nem me dei ao trabalho de trocar de roupa, dormi ali mesmo como estava, tensa, estressada, suada, bêbada, um caos, pensando em como seria o dia de manhã. Ao acordar percebo que ainda estava um pouco escuro, enfim pra falar a verdade mal dormi.

Levantei imediatamente, tomei banho e fui correr. Precisava correr, precisava fugir, precisava esquecer o dia anterior. E ficar em casa deitada relembrando tudo não me levava a lugar nenhum. Havíamos saído como um lindo casal como qualquer outro dos nossos encontros. Até que levantei e fui ao banheiro ao retornar dei de cara com meu namorado beijando a mulher do meu chefe.

Fiz um escândalo, bati naquele idiota chamei meu patrão de trouxa e sai dali feito uma louca. Até bater meu carro e ficar chorando na rua até a madrugada esperando que o seguro viesse recolher o mesmo. Pra fechar meu dia com chave de ouro, nenhum taxi queria aceitar a minha corrida. Enfim definitivamente esse não foi um dos meus melhores dias.

Tudo me aconteceu em tão pouco tempo que eu só posso ter ofendido os Deuses e está sendo punida. Naquela manhã o parque estava silencioso e calmo, o sol ainda nem havia saído, estava literalmente de ressaca, e sem saída. Sem emprego, sem namorado e sem carro. Só esqueci de dizer que deixei meu cartão de crédito caído no bar onde parei para afogar minhas magoas e precisaria ir buscá-lo.

Comecei a correr, no ouvido KISS rasgava todos os seus vocais para não me deixarem pensar no que viria a seguir. Quando comecei a correr sem prestar muita atenção esbarrei em um jovem que me parece não ter gostado muito. O jovem ficou me olhando de cara feia sem nada dizer. Ele era bem gato para falar a verdade. Me desculpei e simplesmente voltei a correr ele que ficasse ali ressentido ou não.

Dei várias voltas e praticamente cai ao chão esgotada física e mentalmente. Fiquei ali parecendo um zumbi pensando se voltaria para casa e iria enfrentar tudo o que estava acontecendo. Mais ali não tinha mais como ficar mal conseguia andar depois dessa maratona toda tentando esquecer tudo, principalmente aquele babaca que havia me feito de corna na frente de todos. Pelo menos ele devia está agora escondido em algum lugar afinal o chefe assim como eu não ficou nada satisfeito em ser feito de palhaço em público.

Não parava de pensar como ele podê fazer isso comigo, namoravamos a três anos, fizemos planos de casar de viajar o mundo juntos. Como ele poderia sequer ter pensando em começar um outro relacionamento enquanto estávamos juntos, e não bastasse em público. Nesse momento senti até um pouco de pena daquele cara que a pouco tempo era meu namorado porque ele deveria está saindo do país agora caso não quisesse ficar em maus lençóis. Nessa hora meu telefone toca e como estava de fone atendi no automático sem me dar o trabalho de olhar quem me ligava.

_Pérola precisamos conversar.

Ao reconhecer a voz simplesmente desliguei.

Nem morta seu idiota, desgraçado.

PÉROLA ESBARRA EM MÁRIO SEM FAZER IDEIA DE QUEM ELE ERA E DE QUEM IRIA SE TORNAR

_Ao desligar o telefone, percebo que o mesmo começa loucamente a vibrar. Mensagens, muitas mensagens.

_Onde está? Precisamos conversar. Ele está louco por sua causa. Ele ameaçou-me sabia? Pérola estou aqui perto no parque, você pode vir aqui? Você quer eu fiquei louco? Por favor. Você entendeu tudo errado. Nos colocou em uma péssima situação. Posso pelo menos te vê antes de ir embora.

_Nem terminei de lê as benditas mensagens e no automático fui levantando e saindo dali, definitivamente não queria vê a cara daquele idiota nem banhando a ouro. Quando dei as primeiras passadas lá estava ele, Omero, bem ali diante dos meus olhos. A tá faça-me o favor de não me dirigir a palavra e me deixe sair daqui. Ou vou te jogar em baixo de um carro em movimento.

_ Pérola nós precisamos conversar.

_ Não. Não precisamos, nada temos a falar. O que havia a ser dito foi dito. Te odeio e quero que você suma da minha frente. Meus pais não me criaram para ser humilhada em público e ainda ter que ser compreensiva. Suma da minha frente. Nesse momento Omero se atreveu a me tocar. Segurando firme meu braço, e disse.

_Pérola você pode se acalmar? A gente pode sentar num café por dois minutos e conversar, serei breve.

_ Não. Tentei retirar suas mãos sujas de mim e o idiota continuou a segurar firme meu braço, você está me machucando. Me larga agora. Foi quando o vi bem ali do meu lado pela segunda vez, afinal eu havia esbarrado nele a pouco minutos atrás. Ainda de cara feia, fiquei pensando se estava ali para me defender ou se queria que pedisse desculpas. Quando ele falou bem no ouvido de Omero.

_ Você vai largar a moça por bem? Ou deseja que eu te obrigue a isso? Estou esperando e odeio quando me deixam esperar.

_Quando me dei conta Omero já havia soltado-me, e estava do nada caminhando agora presa às mãos de um estranho, que também me segurava pelo braço. Poxa que maravilha agora eu era o que? Você pode me largar por favor? Quem é você? Com que direito está me levando sei lá pra onde? Sua mãe nunca te disse para não falar com estranhos. Me larga seu idiota. Ele parou de repente e me olhando falou.

_ Perdão. Só podemos por favor sair daqui. Se preferir podemos andar de mãos dadas senhorita.

_ Nossa que gentil você é. Nem te conheço. Porque devo ir com você a qualquer lugar.

_ Perdão senhorita, só estou tentando de livrar do seu namoradinho violento. Mais se preferir pode voltar para ele.

_ O homem soltou meu braço e continuo a caminhar. E claro que fui atrás dele. Quem ele pensa que é para me tocar, e me dizer o que devo ou não fazer. Ei espera, volta aqui. Ele voltou um pouco e parou bem na minha frente. Seu corpo todo suado colado ao meu.

_Diga senhorita? O que deseja?

_ Certo, respirei e respondi sua pergunta. Oi prazer me chamo Pérola, obrigado por ter me salvado de meu namorado violento, e não precisava afinal eu só estava sendo educada. Mais eu iria da um jeito de quebrar a cara daquele palhaço. Sempre fui uma mulher forte e aprendi desde cedo que uma mulher deve aprender a se defender. E desculpe- me por ter esbarrado em você. Posso saber seu nome cavalheiro dos céus. Protetor das mocinhas indefesas. Ele olhava estranho para todos os lados e falou novamente.

_Senhorita Pérola, podemos dispensar as apresentações por enquanto e sairmos daqui.

_ Aff, odiava quando me mandavam fazer qualquer coisa. Posso pelo menos perguntar Senhor, onde irei com um estranho?

_ Que o tal inferno?

_ Ri dele.

_ Desculpe querida, mais se vamos ficar aqui batendo papinho tenha ciência de que está correndo grande perigo, a senhorita pode por gentileza não me fazer mais perguntas por enquanto. Pelo menos até sairmos daqui. E não iremos a nenhum lugar só quero entrar no primeiro café que estiver aberto.

Por favor Pérola.

MEU DEUS QUE MULHER MARRENTA E LINDA, SERÁ QUE TAMBÉM É ATREVIDA ASSIM NA CAMA 🔥

PÉROLA VAI A UM CAFÉ COM MÁRIO E CONHECE SEU TIO.

_Saímos então dali. Já que o jovem atrevido do meu lado me assegura que não estamos seguros conversando no meio da rua. Após andar um pouco sendo sempre muito observador. Entramos em um café. Puxando-me pelo braço mais uma vez ele fala:

_ Pronto senhorita acredito que já estamos seguros. O que deseja saber? A se minha mãe não tinha me ensinado que falar com estranhos é errado. Perdão nunca conheci minha querida mãe. Ela faleceu quando nasci.

_Desculpe, não sabia. Então Senhor cavalheiro dos céus, enviado pelos Deuses, não sei se pra me salvar ou pra me punir, agora que estamos em um lugar seguro posso saber seu nome? querido. Ele sorriu e levantando a mão chamou o garçom.

_Bom dia! Você pode nos trazer um bom café da manhã. Minha querida amiga Pérola ainda não tomou café hoje. E estava me falando que está morta de fome.

ATREVIDO 😑

_ Após me pedir um café que certamente não iria tomar nem morta. Seguimos o diálogo. Então, posso por gentileza pelo menos saber seu nome querido amigo? O desgraçado era lindo de morrer. Me olhando ao sorri ele falou.

_ Bom, se acha tão necessário querida Pérola, me chamo Mário. Seu cavalheiro, só que das trevas. Por acaso andava dando uma voltinha aqui na terra e resolvi te salvar. Mas agora estou pensando: quem sabe faça um rapto e te leve pro inferno comigo. Você ficaria linda como um objeto de decoração.

_Nessa hora tive que sorrir também. Ele não me conhecia nada pra me comparar a um objeto de decoração. No mínimo eu seria um dragão e sairia cuspindo fogo nele. Querido Mário você não faz ideia do quanto eu seria um objeto espetacular. Mais vamos deixar as formalidades pra outra hora. Preciso ir embora e quanto ao seu café da manhã. Tome sozinho querido, vou acabar com minha fome em casa. Foi um prazer enorme te conhecer. Levantei da mesa e sorri. Desejando matar ele. Mário também sorriu. Ao sair um homem de cara feia me parou bem na porta e perguntou:

_ Olá senhorita, então você é a jovem namorada de Mario. Pena que já esteja indo embora. Te convido a nos visitar em breve. Será um prazer enorme ter alguém como você em nossa humilde residência.

_ Desculpe. Com sua licença. Eu realmente preciso ir embora agora.

_ Pude perceber que Mario sorria descaradamente. Que maluquice. Sai dali caminhando em direção a minha casa. (Apartamento.) Ao chegar tirei toda a roupa e fui correndo ao banho. Tanta coisa havia me acontecido em uma noite e um dia que era difícil de acreditar. Saí do banho e corri pra cozinha realmente estava faminta.

Preparei panquecas e fui me arrumar para ir ao bendito bar pegar de volta meu cartão de crédito. Ou começaria a passar fome logo em breve. Que tristeza, teria que ir de metrô já que meu carro estava na oficina. Minha vida estava simplesmente perfeita. Não faltava mais nada a acontecer. Enquanto me arrumava pensava no louco que acabará de conhecer e queria me levar ao inferno.

Gostoso ele, mas, tadinho nem sabe ele que eu era o próprio inferno. Meus pais sempre foram muito pobres e sempre tive que aprender a me virar sozinha. Na marra, lutei muito para me formar e arrumar um bom emprego. Trabalhei noites e mais noites pra não morrer de fome enquanto estudava e dormi na rua porque não tinha para onde ir. Aí me vem um louco achando que sou um objetinho ou bixinho de estimação do diabo.

Nem sabe ele que o diabo teve aulas comigo. Na rua aprendemos de tudo. Ou você aprende a se defender ou você morre. Eu preferi aprender a andar por minhas próprias pernas. Quando meus pais disseram que não havia a mínima condição de pagarem minha faculdade e ainda manterem um lugar onde eu pudesse morar. Pedi que fizessem minha inscrição que eu iria me virar para comer e morar em qualquer lugar que fosse. E assim fiz por seis loucos anos seguidos. Os piores anos de minha vida.

Porém, os que mais me ensinaram.

Do nada me peguei pensando nele, quando nossos corpos ficaram colados um ao outro.

MEU DEUS QUE HOMEM E AQUELE OLHAR.

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