Um aviso antes de começar a ler...

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Boa leitura.

Amaruk Seta.

Cap I: O início

Alexander 35 anos, é um homem rico e poderoso, Ceo de uma importante empresa, um homem amargurado com seu passado, focado no trabalho, depois que sua esposa faleceu anos atrás num tágico acidente do qual seu corpo nunca foi encontrado, deixando uma filha, Clarice, atualmente com 7 anos de idade.

Ele vive fechado na sua empresa, morando sozinho em  casa, afastado de todo mundo... Seu melhor amigo é o extrovertido Nicolas, o único próximo dele, na empresa e em casa, todos temem seu temperamento e jeito arrogante de tratar as pessoas.

A filha de Alexander, a pequena Clarice, estuda em uma escola de irmãs, em regime de internato, só indo para casa aos finais de semana, e mesmo assim ela e o pai tem uma relação distante...

Alexander estava em mais um dia focado nos trabalhos da empresa.... Quando sua secretária, Roberta bate à porta....

- Senhor Alexander! Bom dia! O senhor está lembrado do compromisso que pediu para  eu vir lhe lembrar? Diz a secretária.

- Senhorita Roberta... Se eu pedi que viesse me avisar, certamente é por que eu não iria me lembrar! Não acha? Então vamos... Diga logo! Estou cheio de trabalho aqui... Seja objetiva! Diz Alexander.

Já nervosa diante do patrão, Roberta com a voź trẽmula diz logo...

- Sua filha senhor... O senhor me pediu para lembrar que deveria ir na escola dela hoje! A Reunião...

Alexander se afasta da mesa com a cadeira, e respira fundo...

- Droga! Como eu pude me esquecer disso! Obrigada senhorita Roberta! Pode ir! Diz ele pegando o celular e caminhando até a janela do escritório...

Quando Roberta sai da sala do chefe esbarra com Nicolas, o diretor financeiro da empresa e amigo pessoal de Alexander.

- Bom dia Roberta! Alexander está na sala dele?  Pergunta Nicolas sempre bem animado.

- Sim senhor... E está daquele jeito!  De mau humor... Ele quase me engole viva agora... Tudo por que me pediu para lembrar ele de uma coisa importante... Ando tão cansada ...

Nicolas acalma Roberta... Lhe encorajando a suportar ....

- Roberta, Sei que Alexander é meio difícil, mas acredite, nem sempre ele foi assim, ele perdeu a esposa de forma trágica, colocou a filha naquela escola de Freiras, os dois só se vêem no final de semana, é difícil para ele, embora goste da filha, a clarice faz ele lembrar da Esposa dele que faleceu faz alguns anos...Olha, um momento mais oportuno eu vou falar com ele lhe prometo!  Eu sei como falar com ele!  Diz Nicolas indo para a sala de Alexander.

Mau ele abre a porta da sala do CEO, e já ouve a gritaria por telefone.

- Caramba! Eu estou cercado de pessoas incompetentes!  Celene! Não posso contar para nada! Nada mesmo! E desliga o telefone.

- Uh... Vejo que está com aquele humor hoje! Diz Nicolas.

- Tenho que ir num evento da escola da Clarice... Mas estou cheio de trabalho aqui, as reuniões costumam ser chatas e demoradas! Diz Alexander.

Nicolas puxa a cadeira e se senta....

- Então estava ligando para sua irmã, a Celene... Para ir no seu lugar! Isso? Diz Nicolas pegando o papel com o símbolo da escola de Clarice.

- Sim, mas ela não pode ir! Disse que está resolvendo umas coisas.... Enfim...

- Alexander! Cara! Não é convite de Reunião, é  um pedido para você ir na escola falar com a professora da clarice a irmã Larissa... Aqui diz que ela deseja falar com você. Diz Nicolas.

Alexander pega o papel... E lê....

- Clarisse deve ter aprontado alguma coisa... Não acredito! Eu peço toda semana para ela se comportar, para não aprontar nada na escola! Francamente! Eu vou lá! Senão depois, ainda serei taxado de pai irresponsável! Diz o CEO da empresa.

- Vai com calma amigão! Tenha calma, tenha paciência com sua filha! Pede o amigo.

- Veremos! Vamos ver o que esta senhora tem para reclamar de mim! Diz ele.

Alexander então se desloca a escola, Clarice sempre foi uma menina calma, o que de fato poderia ter acontecido? Perguntava ele durante o trajeto.

Alexander chega na escola, se identifica na portaria e vai direto para uma sala na qual os pais dos alunos são recebidos, e inicialmente ele fala com a Madre superiora Teresa.

- Bom dia Madre! Eu vim assim que pude, recebi o comunicado... Fiquei preocupado com o que possa ter acontecido com a Clarice.

- Senhor Alexander! queira sentar-se! A irmã Larissa está a caminho... Embora eu esteja por dentro do assunto, mas creio eu que ela irá melhor lhe explicar, mas de já peço que acalme seu coração....

- Madre, se não era algo importante... Por que me enviar um comunicado! Ando profundamente atolado de trabalho.. E...

Antes de qualquer resposta por parte da irmã,  Irmã Larissa abre a porta, surgindo na sala, ela, mostrando toda sua indignação com Alexander....

- Atolado de trabalho? Por isso a Clarisse anda triste pelos cantos, vez ou outra pegamos ela chorando, e a resposta era esta! Um pai irresponsável que coloca o trabalho na frente de tudo! Inclusive de sua filha! Diz a irmã já de cara como seu cartão de visitas.

Alexander fica sem acreditar que alguém fora capaz de lhe falar daquele jeito, daquela forma... Sem medir as Palavras... Tão surpreso com as palavras e atitude da irmã Larissa, ele fica a se deparar com ela...

Embora vestida com aquela roupa típica das religiosas, era possível ver que se tratava de uma mulher muito linda, seus belos e expressivos olhos azuis chamavam a atenção, mesmo brava eles refletiam doçura.... Diante da beleza e da impetuosidade da jovem irmã, o Poderoso CEO fica sem palavras....

- Quem é você? O que conhece sobre mim para me julgar assim? Desde quando os religiosos se dedicam a julgar os outros? Moça, eu sou um CEO de uma empresa... Uma grande empresa ... Ralo muito para dar o conforto e tudo que minha precisa para suprir a ausência da mãe! Rebate Alexander...

Larissa novamente o interrompe.... Sem aliviar e sendo direta em suas palavras.

- Senhor... O seu Título de CEO pode lhe servir lá na sua empresa! Aqui não! Aqui você é o pai de uma de nossas melhores alunas, uma menina doce, e meiga, inteligente e que está sofrendo bastante por conta de sua ausência como pai em sua vida! E por favor... Moça não, me chame de Irmã Larissa.

Alexander fica sem respostas....

Larissa senta-se ao lado da Madre, por mais que ele não quisesse crer... Não tinha como negar... No fundo ele sabia que havia mudado... Que havia falhado..

- Irmã, por favor... vamos ouvir o senhor Alexander... E vamos tentar ser compreensivas e tentar solucionar isso, pelo bem de todos... Diz a Madre Teresa.

Aquela seria uma longa conversa....

Alexander havia se surpreendido em todos os aspectos com a jovem freira, Larissa era de fato alguém bem sincera, que estava preocupada apenas com a filha de Alexander, ele estava ciente de que estava sendo um pai ausente.

Alexander respira fundo, e se acalma…

- Senhor, lhe chamamos aqui, pois o estado de sua filha tem preocupado a todos nós! cada dia mais ela está triste, disse que o senhor não gosta dela! Pois quando vai para casa no final de semana o senhor sempre briga com ela, pouco interage, não a leva para sair, passear! Explica a madre.

- Bom, de fato… depois que minha esposa faleceu naquele acidente… Eu tenho… tenho me voltado muito para o trabalho… Minha preocupação tem sido proteger a clarice… Eu tenho feito tudo para dar todo conforto para ela… Explica Alexander

A irmã Larissa estava impaciente ouvindo tudo que ele dizia, e não se contém…

- Ora mais por favor! O senhor… fala em … proteger sua filha! Senhor Alexander, o senhor só está sendo egoísta! Pensando em você mesmo! a vida é curta e ela é única! Poder proporcionar conforto para sua filha, sim… isso é importante!  Mas o senhor está só tentando fugir da sua própria dor de ter perdido sua esposa! Diz Larissa.

- Francamente! então me diga irmã! Você se acha tão conhecedora da vida das pessoas! Por acaso já perdeu a pessoa que mais ama ? Já sofreu a dor de ao menos se despedir de quem amava? Pergunta ele.

A Madre tenta apaziguar toda a situação… colocando em panos quentes…

- Senhor Alexander, Irmã Larissa, vamos focar na criança! as dores pessoais de cada um de vocês… não é a pauta…

Mas Larissa com fala firme e olhar corajoso olha para o homem cheio de si diante dela e diz….

- Não apenas uma , mas na verdade eu perdi todas as pessoas que sequer tive tempo de conhecer… Meu pai e minha mãe, os perdi num acidente de carro, tal como o senhor perdeu sua esposa, minha mãe estava grávida de mim, estavam a caminho do hospital para ter-me… Os dois não sobreviveram, eu sobrevivi por um milagre! Eu cresci criada por minha tia, que cedo me abandonou num orfanato das irmãs missionárias, e assim vim parar aqui, e nem por isso eu me fechei num mundinho criado por mim, odiando tudo e todos! Senhor Alexander! valorize aquilo que de melhor a vida lhe deu! uma filha! você tem uma filha maravilhosa! Ela não quer luxos e mimos! ela só quer um pouco de sua atenção! Diz Larissa.

As Palavras da irmã mexeram profundamente no interior de Alexander…  afinal ele estava mesmo fugindo da sua dor… 

- Irmã… O que posso dizer ? Apenas pedir desculpa! Reconheço que tenho falhado como pai, reconheço que tenho sim evitado minha filha, olhar para ela tem sido motivo de muita dor para mim… eu não sei como ser um bom pai! Eu ando fechado no ódio… Diz Alexander  abalado pelas palavras de Larissa.

A Madre vendo que Larissa tinha conseguido quebrar o orgulho do homem, se levanta deixando eles a sós…

- Eu vou ver uma pessoa e já volto! com licença…

Alexander se abre para Larissa, revelando que sua esposa foi alguém muito importante na sua vida, que os três viviam muito felizes…

- Senhor, sua filha Não precisa de um CEO como Pai, ela precisa de Alexander… o pai dela! Diz Larissa mostrando um desenho feito por Clarisse.

No desenho, Clarisse desenhou o pai de terno e gravata, ela no centro e um anjo do outro lado,que era sua mãe.

Não demora muito, a Madre estava de volta com Clarisse, ela chega  segurando na mão da filha de Alexander.

- Papai! O senhor veio me ver! diz a menina correndo de encontro ao pai e o abraçando.

- Filha… Eu…. diz ele olhando para Larissa…

A pequena solta o pai e corre para abraçar a irmã Larissa.

- Irmãzinha! Você estava conversando com o meu pai ? Sobre o que estavam conversando? Eu tenho certeza que não fiz nenhuma travessura! Diz a pequena.

A irmã sorri, e beija a pequena colocando-a no colo e fala com ela com carinho.

- Imagina meu amor! Você é a menina mais comportada dessa escola! Não teria nada para falar de você! imagina! diz Larissa.

A pequena respira aliviada…

- Filha, eu vim aqui porque estive pensando… sabe… tenho trabalhado muito, e não tenho te dado a devida atenção! então… que tal você voltar a dormir em casa durante a semana também ? aí vocẽ só dorme na escola quando eu tiver de viajar… O que acha? Pergunta Alexander meio sem jeito.

A pequena fica radiante de alegria, Larissa fica feliz por ter conseguido fazer Alexander entender o que ela lhe disse, olhando Clarisse tão feliz ao lado do pai, Ela muda de ideia a respeito de Alexander, ele não era um homem mau, não era um homem arrogante, toda aquela postura era apenas uma fachada, uma forma de se blindar das pessoas, de se proteger…

- Pai! Sabe o que eu queria mesmo? Eu sei que o senhor fica triste por causa da minha mãe que foi morar com Deus… Mas bem que o senhor podia se casar novamente… E por que não casar com a irmã Larissa ela é solteira e bonita! O senhor não acha ? Pergunta Clarice deixando desconcertados o pai e a Irmã Larissa…

A irmã envergonhada olha para Alexander , que também olhava para ela sem saber o que dizer… A madre ali presente apenas sorri, da ingenuidade da criança.

- Filha! Por favor! não diga algo assim! A irmã pode se sentir ofendida! Irmã Larissa Por favor… me desculpe…. Pede Alexander.

- Tudo bem senhor Alexander! Coisa de criança! Diz ela meio corada de vergonha.

Alexander leva a filha para o carro com a mochila da escola, e a irmã vai se despedir , era sexta-feira, então  Clarisse voltaria somente na segunda…

- Clarice, responda o dever direitinho, se comporte, escove os dentes antes de dormir e depois das refeições, e não esqueça de rezar antes de dormir! 

- Tá vendo pai! por isso que eu disse que a irmã Larissa é a única que serve para o lugar da minha mãe! Diz Larissa correndo para o carro.

Alexander fica sem jeito diante da irmã…

- Irmã, eu gostaria de lhe agradecer por abrir meus olhos, francamente, eu estava precisando de alguém para me abrir o entendimento… Ninguém jamais teve coragem de falar o que você me falou, da maneira que me falou!  Eu agradeço… acho que eu estava precisando mesmo ouvir umas verdades…. Diz o Alexandre.

- Bom, eu peço desculpas se peguei pesado, mas amo esta menina como se fosse minha filha, espero que as coisas mudem de verdade e fico feliz de ver que também me enganei que o senhor não é um homem tão mau assim! Diz Larissa.

Eles sorriem um para o outro,se despedem e Alexander vai para casa com sua filha.

Larissa fica pensativa…

- Clarisse tem cada uma mesmo… Eu e seu pai… Eu não poderia … já escolhi a vida religiosa e devo seguir por ela para sempre! Diz Larissa.. Mas por alguma razão, Alexander fica guardado na sua memória….

E Alexander olhando Larissa pelo retrovisor… Larissa também ficou guardada em seus pensamentos…

Alexander chega em casa com a filha, Os dois vinham conversando bastante durante o caminho da escola até em casa, a chamada de Larissa, da irmã Larissa acabou resultando e fazendo bastante efeito, o telefone de Alexander toca, era Nicolau seu amigo.

- Filha vai entrando, eu vou só atender o seu tio aqui, e logo vou falar com você uma coisinha... tá bem? Diz o pai.

- Tá bom papai! Diz Clarice abraçando o pai e correndo para dentro de casa.

A pequena entra em casa e se depara com Sofia, a empregada da casa e com Ramiro....

- Ai meu Deus! o Patrão trouxe a Clarice logo hoje! E de manhã ele já estava com um humor daqueles! Diz Sofia.

- Ora! Deixe de besteiras! Sofia é um amor de pessoa ! Um anjinho! Quando ela está aqui, enche de luz esta casa! Eu amo aquela menina como se fosse minha neta! Diz Ramiro, o velho mordomo...

- Ramiro! Sofia! Cheguei! Eu cheguei! Diz a pequena, abraçando Ramiro e Clarice....

Sofia se agacha e cochicha no ouvido da menina...

- Clarice filha! Se comporta! Hoje cedo o seu pai... O seu pai está num mau humor daqueles! Diz .

Ramiro percebe a entrada do patrão  atrás de Sofia... Ele tenta alertar ela cutucando-a mas ela não dá atenção.

- Ramiro! Para de me cutucar! Eu não gosto disso! Só estou alertando a Clarisse... Depois sobra para nós! O patrão hoje está daquele jeito! Diz ela.

- Seu patrão é muito mau humorado não é Sofia! Pergunta Alexander.

- Demais senhor! Diz Sofia sem dar conta que era o patrão lhe perguntando.

Sofia fica assustada e fica de joelhos....

- Patrão! Me desculpa! Eu preciso do meu emprego! Por favor! Não me demite! Diz ela.

Clarice se diverte com a cena, sorrindo de Sofia, Alexander coloca a filha no braço, e  também sorri...

- E por que eu demitiria você? Onde acharíamos uma ótima cozinheira ? Não é mesmo minha filha? Diz ele.

Sofia e Ramiro ficam sem entender absolutamente nada...

- O papai não vai mais ficar zangado, não é mesmo pai?

- Não filha e na verdade, eu quero pedir desculpas a todos vocês... Eu sei que depois que a minha esposa faleceu... Eu tenho mudado muito, tenho me tornado alguém insuportável!  Tratado mal as pessoas, mas agora... A partir de hoje, eu serei alguém diferente, serei uma pessoa melhor...

Alexander diz para todos que foi motivo de muita dor ter perdido a esposa, ver Clarice, o fazia lembrar de sua esposa falecida, assim como cada cômodo daquela casa... Falar o nome dela, ainda era motivo de dor e por isso ele evitava falar...

Os empregados respiravam aliviados, finalmente parece que o antigo Alexander havia finalmente retornado.

Logo em seguida, Celene a irmã de Alexander também chegava em casa, Celene tinha o gosto extravagante de se vestir de Rosa, algo que Clarice adorava na tia...

- Tia Celene! Que saudade eu estava da senhora! Diz Clarice correndo para perto da tia.

- Meu amor! Mas hoje já é sexta! Você já está em casa? O que houve? Pergunta.

- Celene, eu fui chamado na escola da Clarice, e a professora dela conversou comigo, bem... Foi uma conversa que me fez abrir os olhos! Me fez perceber que eu estava realmente precisando mudar, rever minhas atitudes... Acho que ela conseguiu me fazer entender as coisas, me dizer coisas que ninguém tinha conseguido antes, inclusive quero te pedir desculpas por mais cedo, acho que fui grosso com você ao telefone...

- Olha! A irmãzinha fez um bom trabalho! Quem diria! Faz tempo que eu e o Nicolas viemos tentando abrir os seus olhos... Finalmente alguém para colocar juízo nessa sua cabeça! Diz Celene.

Enquanto isso, no convento, Irmã  Larissa corrigia algumas atividades, ao chegar na atividade de Clarice, Larissa lembra da conversa tida com o pai dela, Irmã Samara, outra freira chega na sala de aula onde Larissa estava corrigindo as atividades... Sabendo do apego de Larissa com a criança... Ela vai perguntar...

- Saudades da Clarisse não é?

- Sim Samara... Muito! Espero que o pai dela realmente tenha entendido a mensagem!

- Tomara... Clarice é uma criança muito doce, meiga e amorosa...  O pai dela é um homem bonito não é irmã? Você não acha? Pergunta irmã Samara.

Desconcertada, Larissa muda de assunto.

- Irmã! Isso é pergunta que se faça? Aliás ... Isso é observação que se faça? Somos comprometidas com Cristo! Diz Larissa.

- Larissa! O que tem achar alguém bonito? E depois... Somos noviças ainda! Se um homem lindo daqueles se apaixonasse por mim... Não sei não! Deus que me perdoe, mas eu mudaria meus Planos! Diz ela sorrindo!

- Samara! Francamente! Você não tem jeito! Nem sei o que faz no convento! Você não parece ter vocação, eu não! Eu não trocaria essa vida por homem algum! Eu nem reparo nessas coisas! Diz Larissa já se levantando e saindo...

Samara fica sozinha na sala...

- Oxe! Eu falei alguma coisa demais? Se questiona sozinha Samara.

Larissa vai para a capela da igreja, na verdade, desde a conversa com Alexander, ela não parava de pensar nele... A sua reação às suas palavras, a maneira como ele foi receptivo às palavras dela, e principalmente quando Clarisse disse que gostaria que ela fosse sua mãe...

Irmã Larissa se ajoelha e começa a rezar...

- Meu Deus! Não deixe que estes pensamentos desvirtuem o dom, a minha alegria... A minha vocação! Eu peço!