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Afrodite: Amor E Desejo

Nova York

No céu pálido de uma cidade que está prestes a acordar, o sol se despede no horizonte, pintando aquela imensidão de tons quentes e dourados sobre os arranha-céus imponentes de Nova York. As luzes da cidade começam a ganhar vida, contrastando com a silhueta dos prédios. O vai e vem das pessoas apressadas cria uma sinfonia urbana enquanto o céu transita do laranja vibrante para o roxo suave. Nas ruas, os sons da cidade se misturam ao zumbido dos táxis e ao murmúrio animado dos que buscam a energia única da noite nova-iorquina. É como se a sexta-feira, cansada da semana, desse lugar à promessa de um fim de semana cheio de possibilidades.

Minerva estava completamente concentrada em seu computador, em sua mente não havia pensamentos, apenas a leitura mental do exel brilhando na tela a sua frente, ela digitava freneticamente como um robô, fazendo sua função perfeitamente. seus curtos e escuros cabelos crespos estavam penteados de uma forma que mostravam sua imponência, seus olhos âmbar transmitiam seriedade e tédio por trás de óculos quadrados cor de vinho, que combinavam com suas unhas perfeitamente cuidadas.

trrriiiim triiiim

Um pequeno choque pecorre no cérebro da mulher, ao ter sua concentração totalmente cortada pelo som de seu telefone tocando, ao atender com clara frustração na voz, ela ouve o som de seu secretário, dizendo que faltava cinco minutos para o turno acabar e ela era a única ainda presente no prédio. Sem muita conversa a mulher desliga a ligação e se espreguica deliciosamente em sua cadeira de escritório branca, suas pernas estavam um pouco dormentes por estar sentada o dia inteiro, então era perceptível sua dificuldade em andar em direção a sua enorme janela, a luz dourada do sol poente dava um brilho a sua pele morena e aos seus olhos, que brilhavam como diamantes, mas até mesmo o sol sabia que aquele brilho não era natural, já que seus olhos eram opacos como um dia nublado, e não possuíam um brilho desde quando era criança.

Minerva suspirou e pegou sua bolsa vinho da Vector Heitor, onde organizou seus objetos pessoais e se dirigiu até o elevador, que a levou até a garagem do prédio. Não demorou muito para a mulher achar o seu carro, que era uma MWB branca. Suas mãos estavam geladas por ficar o dia inteiro no ar-condicionado e nem mesmo o café italiano que tomava podia esquentar sua alma.

Dirigindo em meio a cidade que havia acabado de acordar, Minerva passa direto pelo Angel's Kiss, uma boate noturna onde suas melhores amigas estavam fazendo happy hour, ela nem mesmo cogita parar no local, mesmo que houvesse sete chamadas perdidas de suas amigas em seu celular. A mulher não estava afim de festas e muito menos de ter que interagir com seres humanos, sua maior vontade agora era de chegar em seu apartamento luxuoso e tomar um bom vinho antes de se deitar em sua cama com seu lençol de dez mil fios.

Após alguns longos minutos dirigindo em meio ao caos do trânsito de Nova York, Minerva chegou em sua casa, que era uma cobertura na parte nobre da cidade, o local era completamente automatizado pela aluxa, o que deixava sua vida menos solitária.

- Olá, aluxa! cheguei!

todo o interior do apartamento acendeu e uma voz robótica cumprimentou a mulher, que sentou em um banco acolchoado ao lado da porta e assim, retirou seus escarpans.

- olá Minerva, bem vinda ao lar, tocando playlist ambiente.

Uma música genérica de fundo de cena começa a ecoar pela casa, era um instrumental calmo, uma mistura doce de violinos e pianos, a mulher ouvia essas músicas todos os dias em seu lar.

- Obrigada Aluxa, poderia começar a esquentar a janta por favor?

um leve apito ecoou do sistema residencial e logo a inteligência artificial respondeu

- ligando as bocas 1, 3 e 5 do fogão

Minerva caminhou até o parapeito da varanda de sua sala e lá, ela observou a cidade, que estava viva e preenchendo o céu noturno com suas luzes coloridas. Um silêncio dominava a varanda e sua mente, não haviam pensamentos, apenas os funcionamentos básicos de seu cérebro.

- você tem 12 chamadas perdidas

Disse Aluxa, interrompendo o silêncio na mente de Minerva, que suspirou e olhou para seu celular com aqueles olhos sem vida. Ela não disse nada, apenas olhou para a tela, estática.

- devo retornar às chamadas?

A mulher mordeu o beiço levemente e se debruçou no parapeito, olhando para as ruas, lá de cima, tudo parecia tão pequeno e ela tão grande.

- não retorne as chamas Aluxa.

A inteligência artificial apitou, confirmando o comando de Minerva.

- Minerva você hoje está há 130 sem registrar saídas e passeios, devo ligar para o contato da terapeuta?

Ela suspirou e apoiou o rosto nos braços, sentindo um cansaço mental tomando conta do vazio de seu cérebro.

- Aluxa, você acha que devo tentar sair de novo?

- não posso responder com minha opinião, mas meu banco de dados aponta que sair de casa e estar com pessoas que você gosta melhora sua saúde mental

Ela voltou para a sala e olhou para o nada, conversando com o vazio.

- será que devo tentar?

- buscando frase motivacional, lendo a frase "ao sair de casa, coisas incríveis acontecerão se der um sorriso" isso ajudou a melhorar seu humor?

Não adiantava, por mais que ela conseguisse falar, Aluxa ainda era apenas uma inteligência artificial, não possuía sentimentos como seres humanos, se sentindo exausta, Minerva caminha até seu quarto, que era escuro e frio, como um quarto de hospital e deitou em sua cama, que a cada dia que passava parecia cada vez maior e mais vazia.

- talvez...eu possa tentar.

Minerva sussurrou palavras suaves, perdendo-se na melodia das músicas de ninar que preenchiam o quarto. A penumbra destacava seu olhar perdido, refletindo a melancolia que se instalava. Abraçando um travesseiro com a intensidade de quem busca conforto, sentia a textura familiar sob seus dedos. O quarto, envolto em sombras, tornava-se um refúgio para suas reflexões noturnas, onde a solidão dançava com a música, ecoando nos cantos mais profundos de sua alma inquieta.

coragem

Na manhã seguinte, Minerva despertou sob a luz suave filtrada pelas cortinas de seda azul que se ondulavam suavemente com a brisa matinal. A sinfonia das músicas de ninar da noite anterior persistia no ar, misturando-se ao aroma calmante das velas aromáticas queimadas durante a noite. Cada objeto no quarto era uma obra de arte cuidadosamente escolhida, refletindo o refinado gosto estético de Minerva.

Ao erguer-se da imponente cama queen-size, Minerva deslizou os pés descalços sobre o tapete felpudo, revelando uma delicadeza escondida sob sua aparência imponente. Seus cabelos crespos, curtos e escuros, foram arranjados com precisão, e seus olhos âmbar, visíveis através dos óculos de armação vinho, exibiam uma expressão de seriedade que mal escondia a chama da curiosidade que ardia dentro dela.

A transição para sair de casa tornou-se uma jornada emocional tão complexa quanto explorar o próprio labirinto de suas emoções. Cada passo em direção à porta de madeira maciça era um ato de coragem, uma superação dos medos que há muito tempo a mantinham confinada. A maçaneta, fria ao toque, parecia um portal para um universo onde as barreiras entre sua zona de conforto e o desconhecido desapareciam.

Enquanto dirigia em direção ao Central Park, Minerva sentia a ansiedade pulsar em suas veias, como se cada semáforo, cada esquina, fosse um obstáculo a ser superado. O barulho do tráfego tornou-se uma trilha sonora que ecoava suas próprias incertezas. Seu coração acelerado parecia querer competir com o ronco do motor do carro, uma dança frenética entre a impulsividade e a cautela.

Ao chegar ao parque, a atmosfera tranquila do ambiente começou a penetrar a couraça ansiosa de Minerva. A sinfonia dos pássaros e o cenário verdejante proporcionavam uma calma gradual, amenizando as ondas de inquietação que a acompanhavam. Cada passo no gramado macio tornou-se uma reconciliação entre a ansiedade que a impelia a voltar para casa e a curiosidade que a impelia a explorar o desconhecido.

Minerva escolheu um banco próximo a um lago sereno, onde os raios de sol filtravam-se entre as folhas, criando uma coreografia de sombras dançantes. Ao longe, ela viu um florista e curiosa, decidiu comprar uma rosa do vendedor local, ela sentiu a textura delicada das pétalas em suas mãos, como se cada toque fosse um lembrete tangível de que a transição emocional podia ser tão bela quanto complexa.

Caminhando pelos trilhos arborizados, a ansiedade de Minerva começou a ceder espaço para a maravilha do cenário ao seu redor. As árvores altas, os caminhos sinuosos, cada detalhe se transformava em uma obra de arte natural. Cada raio de sol que filtrava através das folhas era uma bênção que dissipava as nuvens de apreensão.

Ao entardecer, Minerva percebeu que foi a primeira vez que ela ficou mais de 4 horas sem pensar em seu travalho, à beira do lago sereno, Minerva contemplou o pôr do sol. As águas refletiam os tons quentes do céu em transformação, criando uma cena de beleza efêmera. O ambiente sereno contrastava com a intensidade emocional que Minerva experimentara ao longo do dia, proporcionando uma profunda sensação de reconciliação consigo mesma e com o mundo ao seu redor.

Minerva, sentada à beira do lago, contemplava as águas serenas do Central Park. Um turbilhão de pensamentos agitava-se em sua mente, enquanto a ansiedade se entrelaçava com a coragem que teimava em emergir. Observando o celular em suas mãos, ela refletiu sobre a necessidade de romper as barreiras que a mantinham afastada de suas amigas.

O toque do telefone ecoou como um desafio, mas Minerva, decidida, digitou os números familiares. Cada dígito pressionado era um passo em direção ao desconhecido. A voz animada de uma amiga do outro lado da linha trouxe uma mistura de nervosismo e alegria ao seu coração. Uma paleta de emoções pintava seus olhos âmbar, revelando a vulnerabilidade por trás da imponência.

Enquanto dirigia em direção ao Angel's Kiss, a ansiedade persistia, mas a promessa de companhia e diversão mantinha-se firme em seus pensamentos. O tráfego urbano, normalmente caótico, tornou-se um cenário secundário para a jornada emocional de Minerva. A cidade, tingida pelos tons dourados do crepúsculo, parecia conspirar a favor da coragem recém-descoberta.

Ao chegar à boate, a música pulsante e as luzes vibrantes recebiam Minerva como um abraço caloroso. Suas amigas, ao avistá-la, correram em sua direção com abraços efusivos. Minerva, normalmente reservada, permitiu-se absorver a energia vibrante do ambiente e se entregar à alegria do reencontro.

O Angel's Kiss, a boate adulta noturna, revela-se como um oásis de sensualidade e sofisticação no coração da cidade. Ao cruzar a entrada iluminada por néons vibrantes, Minerva mergulha em um ambiente onde a música pulsante é a trilha sonora da noite. As paredes escuras, decoradas com arte abstrata e detalhes dourados, criam uma atmosfera misteriosa e elegante.

O piso de mármore reflete as luzes coloridas que dançam no teto, criando uma ilusão de movimento constante. Os sofás de couro branco, estrategicamente posicionados, são ocupados por grupos animados e casais envoltos em risadas e conversas íntimas. Uma névoa leve paira no ar, intensificando a aura de mistério e sedução.

O palco, iluminado por holofotes intensos, é o epicentro da energia da boate. Performers talentosos e exuberantes se movem com graciosidade, entretendo a audiência com coreografias sensuais e acrobacias impressionantes. A pista de dança, repleta de corpos que se movem harmonicamente, é um espetáculo à parte, onde a liberdade de expressão se manifesta através de cada passo e movimento.

Os bartenders, habilidosos na arte de criar coquetéis exóticos, servem bebidas que brilham em copos iluminados. Minerva, ao se aproximar do bar, é envolvida pelo burburinho de conversas excitantes, enquanto as risadas e os murmúrios tornam-se uma sinfonia urbana que complementa a batida da música.

As pessoas na boate variam de indivíduos elegantes em trajes sofisticados a aventureiros vestidos de forma mais ousada. Cada rosto conta uma história, e a diversidade de expressões reflete a gama de experiências que se desdobram naquele ambiente noturno. Risos, suspiros e olhares provocativos constroem uma teia social onde as conexões são feitas ao ritmo pulsante da noite.

Em um canto discreto, um DJ comanda as pick-ups, misturando batidas envolventes que mantêm todos os presentes em um estado de êxtase musical. As luzes em movimento sincronizam-se com a música, criando uma sinfonia visual que cativa os sentidos. Minerva percebeu que fazia tempo que não se sentia tão bem e livre quanto naquela noite, mesmo que ainda estivesse um pouco ansiosa, ela não estava sozinha.

Afrodite

Minerva, imersa na atmosfera vibrante do Angel's Kiss, entregou-se à dança sedutora da noite. A pista de dança tornou-se seu refúgio, onde movimentos graciosos e livres expressavam uma liberdade há muito tempo esquecida. A música pulsante reverberava em seus ouvidos, guiando cada passo como uma coreografia improvisada.

Ao seu redor, as luzes cintilantes destacavam corpos em movimento, criando uma sinfonia visual que hipnotizava. Minerva, normalmente reservada, encontrou-se envolvida pela energia contagiante da boate. Seus passos, inicialmente tímidos, ganharam confiança à medida que ela se deixava levar pelo ritmo cativante.

Amigos, tanto antigos quanto novos, se juntavam a ela na dança, formando uma comunidade efêmera unida pela celebração da vida noturna. Rostos desconhecidos sorriam em reconhecimento mútuo da busca pela alegria em meio ao tumulto da cidade.

O ritmo envolvente da pista de dança foi abruptamente interrompido por uma mudança sutil na atmosfera da boate. As luzes diminuíram, criando um cenário de penumbra que antecipava um novo espetáculo. Minerva, curiosa, direcionou sua atenção para o palco, onde uma figura sedutora emergia das sombras.

Ao som de uma batida hipnotizante, a cortina de veludo se ergueu, revelando a Deusa Afrodite, a principal dançarina da boate. Seu corpo esguio, envolto em trajes sensuais, refletia a confiança e a destreza de uma verdadeira mestra do pole dance. Cabelos sedosos e olhos hipnóticos acrescentavam um toque de mistério à sua presença magnética.

A música, agora mais lenta e sensual, acompanhava cada movimento gracioso de Afrodite ao redor do poste de metal cromado. Seus movimentos eram uma fusão de força e graça, um espetáculo de sedução que mantinha todos os presentes em um silêncio admirado.

Minerva, inicialmente surpresa pela reviravolta na atmosfera, encontrou-se cativada pela performance envolvente. Os movimentos de Afrodite pareciam transcender a dança, criando uma narrativa visual que prendia a atenção de todos na boate.

A luz suave destacava os contornos delicados do corpo da dançarina, enquanto a música sussurrava histórias de paixão e mistério. A cada giro e deslize, Afrodite personificava a expressão mais pura da arte sensual, transformando a boate em um palco de adoração à beleza e à ousadia.

Minerva, embora acostumada a manter suas emoções sob controle, sentiu algo incomum surgir dentro dela enquanto observava a performance hipnotizante da Deusa Afrodite. Uma chama de paixão, há muito tempo adormecida, começou a crescer dentro de seu corpo, dançando em sintonia com os movimentos sensuais no palco.

Os olhos de Minerva, antes sérios e analíticos, agora refletiam um brilho intrigante. Cada movimento de Afrodite parecia acender uma centelha até então desconhecida em sua alma. O calor da paixão transformava a atmosfera da boate, criando uma conexão entre Minerva e a dançarina que transcendia as fronteiras do palco.

Enquanto Afrodite deslizava com graça e ousadia pelo poste, Minerva sentia uma ressonância profunda com a expressão artística da dançarina. A música, antes apenas um acompanhamento, tornou-se um eco pulsante da nova emoção que pulsava em seu peito.

A última nota da música ecoou, marcando o fim da hipnotizante performance da Deusa Afrodite. Minerva, tomada por uma paixão recém-descoberta, sentiu uma urgência interior para se aproximar da dançarina que havia despertado algo profundo dentro dela.

Dentre a multidão aplaudindo, Minerva navegou timidamente pelos corredores da boate em direção ao camarim de Afrodite. Seu coração batia forte, um eco da nova chama que ardia em seu peito. Ao chegar à porta marcada com o nome "Deusa Afrodite", Minerva hesitou por um momento antes de bater.

A voz da dançarina, extrovertida e envolvente, chamou do interior do camarim.

- Ah, finalmente alguém reconheceu o espetáculo! Entra, entra, minha querida.

Minerva empurrou a porta entreaberta, revelando Afrodite em sua aura de mistério. A dançarina, ainda vestida em trajes que evocavam uma sensualidade sutil, ergueu os olhos para encontrar o olhar tímido de Minerva.

- Você foi incrível lá em cima

Minerva começou, a voz suave e quase inaudível.

- Sua dança... despertou algo dentro de mim que eu não sabia que estava adormecido.

Afrodite riu, uma risada cheia de confiança.

-Ah, eu sei, querida! Sempre soube que minha arte tinha esse efeito nas pessoas. Uma verdadeira Deusa, não é mesmo?

Minerva, aproximando-se mais, encontrou coragem para expressar seus sentimentos de maneira mais reservada.

- Eu nunca senti algo assim antes. Você me fez perceber que há mais na vida do que apenas seguir a rotina.

Afrodite, ao observar a decoração de Minerva, exibiu uma indiferença quase soberba, como se a expressão de encantamento fosse algo que ela já tivesse testemunhado inúmeras vezes.

- Sim, querida, minha dança tem o poder de despertar emoções únicas em cada espectador. Mas, bem, você não é a primeira a se encantar. A vida noturna é cheia de admiradores temporários.

Minerva, desesperada para manter viva a chama da paixão recém-descoberta, sentiu o peso da indiferença nas palavras de Afrodite. Cada frase da dançarina ressoava como um golpe, desafiando a sinceridade de suas próprias emoções.

- Eu... eu adoraria passar mais tempo com você. Que tal um encontro, apenas nós duas?

Afrodite, acostumada com propostas semelhantes, respondeu com uma atitude descontraída, mas seus olhos revelavam uma faísca de curiosidade.

- Oh, querida, eu tenho tantos compromissos. Mas talvez... você poderia me convencer.

Minerva, sentindo o desespero crescer, tomou uma decisão impulsiva, seus sentimentos mesclados de esperança e temor.

- Eu... eu pagaria por um encontro. Quanto você quer?

Afrodite, surpreendida pela proposta direta, deixou um sorriso brincar em seus lábios, como se estivesse se divertindo com a situação.

- Você está falando sério? Bem, se for assim, você terá que fazer valer a pena.

Minerva, decidida a manter a conexão recém-descoberta, concordou, mesmo que soubesse que estava entrando em território desconhecido. A ansiedade pulsava em seu peito, misturada com uma determinação desesperada.

- Eu pago o que for preciso. Quero essa noite com você.

Afrodite, aceitando o desafio, assentiu com uma expressão de diva, seus olhos faiscando com uma mistura de diversão e curiosidade. Logo, aproximou-se de Minerva com uma energia intimidadora e dominante. Cada passo era um eco de confiança que preenchia o ambiente. Seu olhar, penetrante e sensual, prendia Minerva em uma aura de magnetismo irresistível. Ela estava determinada a explorar os limites da timidez de Minerva, fazendo do jogo um duelo de desejos.

- Você quer essa noite comigo, querida?

provocou Afrodite, colocando Minerva contra a parede com uma presença avassaladora. Suas mãos, habilidosas e confiantes, deslizaram pela parede, criando uma sensação de aprisionamento sensual.

Minerva, encurralada pela presença dominante de Afrodite, sentiu-se envolvida por uma energia que a deixava arrepiada. Ela tentou manter a compostura, mas a força magnética da dançarina a deixava insegura e submissa.

Afrodite, observando a reação de Minerva, zombou com um sorriso travesso, sua voz sussurrante ecoando como um convite provocante.

- Ah, querida, você tem certeza de que está pronta para algo tão... fora do comum?

provocou, aproximando-se ainda mais, como se estivesse prestes a desvendar os segredos mais profundos de Minerva com apenas um olhar.

Minerva, agora completamente tímida e encolhida diante da presença dominadora de Afrodite, tentou articular suas palavras:

- Eu... eu só quero que seja especial.

Afrodite, aproveitando a vulnerabilidade de Minerva, questionou com um tom sarcástico, sua energia sensual e provocante envolvendo-as como um manto hipnótico.

- Especial? Acha que vale a pena pagar por isso?

provocou, inclinando-se ainda mais, sua respiração quente tocando suavemente o rosto de Minerva.

- Há tantas outras opções por aí.

Minerva, apesar de estar claramente desconfortável, tentou manter a firmeza em suas palavras, enquanto a energia dominante de Afrodite se intensificava a cada instante.

- Eu sei que vale a pena. Quero descobrir mais sobre você, sobre essa paixão que você despertou em mim.

Afrodite, após um momento de silêncio, soltou uma risada sedutora, sua energia sensual envolvendo Minerva como uma teia irresistível.

- Muito bem, querida. Se está disposta a pagar o preço, prepare-se para uma noite que ficará gravada em sua memória.

afirmou, recuando apenas o suficiente para deixar Minerva respirar, mas mantendo o controle da situação.

Totalmente recolhida e com o coração a mil, Minerva engoliu seco e com as mãos trêmulas endireitou seus óculos cor de vinho

- e-eu não estou falando de...ahm...você sabe, de...contato intimo, eu queria um encontro casual, para te conhecer mais

Afrodite, inicialmente envolta na aura sensual e dominante, piscou surpresa diante da proposta de Minerva. Seu sorriso provocante deu lugar a uma expressão de perplexidade momentânea. Era evidente que aquilo não era algo que Afrodite estava acostumada a ouvir.

- Um encontro casual?

Afrodite repetiu, as sobrancelhas arqueadas em surpresa. Sua postura dominadora vacilou por um instante, enquanto tentava processar a inusitada sugestão de Minerva.

Minerva, ainda recolhida, tentou explicar com uma voz trêmula:

- Quero dizer, não estou buscando... você sabe, a parte física. Só gostaria de passar um tempo contigo, de nos conhecermos melhor.

A dançarina, recuperando sua postura confiante, deixou escapar uma risada desconcertada.

- Bem, isso é algo que eu não ouço todos os dias. Você está realmente propondo um encontro sem expectativas... físicas?

Minerva, sentindo-se um tanto envergonhada, assentiu, suas mãos ainda trêmulas.

- Sim, apenas um encontro para conversarmos, sem pressões.

Afrodite, ainda surpresa, soltou um sorriso intrigado.

- Interessante... um encontro sem pressões. Você tem certeza de que está no lugar certo? sabe que aqui é uma boate noturna...né?

Minerva, agora mais confiante em sua proposta, respondeu:

- Tenho certeza. Sei que este não é o local apropriado, mas você despertou algo novo em mim e quero explorar algo diferente, que nunca senti antes e não quero desperdiçar essa oportunidade.

Afrodite, após um momento de ponderação, sorriu de forma enigmática.

- Muito bem, querida. Um encontro sem pressões. Vamos ver o que essa noite nos reserva.

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