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Híbridos

Prólogo

Naquele tempo, os vampiros híbridos comandavam. Somente os filhos da família real e líderes importantes poderiam ter um casamento com uma humana, dando assim continuidade ao poder daquele clã.

Um dia, o rei híbrido Hayder se apaixonou por uma sangue-puro. Necessariamente, os sangue-puro deveriam ser os mais poderosos, mas sua espécie havia sido extinta pelos híbridos em uma busca incansável de poder. Úrsula, era a última restante em todo o mundo, e Hayder se apaixonou por ela, não sabendo que estaria caindo em uma armadilha.

O casamento com uma humana era uma regra que jamais poderia ser quebrada, sendo como símbolo uma marca de nascença única em ambos. Hayden estava ciente disso, por isso, ele se viu obrigado a casar com uma humana, mas somente para evitar a sua queda do poder como punição.

E com isso, o inevitável aconteceu, em meio a imensa escuridão, nasceram duas crianças com mães diferentes. O verdadeiro herdeiro do clã nasceu de uma humana, e o outro, seria considerado fruto de uma traição, com o destino de morrer.

Mas Hayden não era o verdadeiro pai de uma das crianças. E isso para ele ficou claro a partir do nascimento dos bebês.

Úrsula (sangue-puro) teve um menino, naturalmente vampiro. Já Mirelle (humana), teve uma filha igualmente humana.

Naquele clã, só nasciam meninos, e todos sendo híbridos, nunca existiu na história a existência de uma filha, muito menos que não fosse metade vampira. Considerada como traidora, Mirelle e sua filha foram mortas, e desde então, herdeiro escolhido foi o filho de Úrsula, mas ninguém sabia que ela era a mãe, já que para esconder a traição do rei, foi considerado que Ruel, era filho o de Mirelle, que morreu dando à luz ao menino.

Anos depois, Hayden havia morrido por causas desconhecidas. Como seu herdeiro, Ruel subiu ao trono ainda com dezoito anos. Como sempre, todo o novo rei deveria se casar com a sua humana destinada, logo após sua sucessão ao trono, a humana deveria possuir a mesma marca de nascença, criando assim um vínculo entre ambos.

Inesperadamente, a humana que deveria se casar com Ruel não foi encontrada. Isso causou uma revolta em todo o povo, desacreditando que Ruel fosse realmente o herdeiro de Hayden.

Não houve outra alternativa a não ser "forjar" a marca de nascença. A escolhida foi Lecina, uma órfã que não conhecia nada sobre o reinado dos híbridos, pois vivia longe.

Obrigada a fingir ser quem não era, Lecina deveria se casar com Ruel para que ele pudesse provar que sua ascensão ao trono era de fato um direito dele, e assim gerar herdeiros também híbridos.

Também havia uma guerra que ocorria a tempos com os lobisomens, que abominavam completamente a existência de vampiros e os queriam exterminados. O reinado de Ruel estava longe de ser tranquilo, havia segredos por trás de toda a história que ninguém conhecia ou esperava.

Ruel não amava Lecina, e ela também não o amava, mas havia alguém no coração dele, e havia uma única dúvida: a história se repetiria igual ao passado?

Úrsula ainda estava viva, e sem saber que era uma marionete, Ruel estava agindo de acordo com o que ela queria. A vingança era a única coisa que passava por sua cabeça.

Apresentação dos personagens

...Normalmente eu não faço uma apresentação dos personagens, já que gosto que cada um imagine ao seu critério. Dessa vez, decidi fazer porque nas minhas outras histórias, sempre me pedem, então vamos lá......

(Atenção, todos os personagens apresentados aqui, foram gerados por IA, inteligência artificial, conforme as minhas descrições de cada um.)

...Hayden:...

Era o rei dos híbridos, oito anos antes do começo do enredo oficial. Ele era casado com Mirelly, uma humana que possuía a mesma marca de nascença que ele. Hayden amava outra pessoa, a última sangue-puro existente em todo o mundo, Úrsula. Ele morreu de causas desconhecidas, e seu filho assumiu o trono.

...Mirelle:...

Era apenas uma humana comum que foi obrigada a se casar com Hayden por possuir a marca de nascença. Ela foi acusada de traição após sua filha nascer, e foi morta por Hayden, a pessoa que ela amava. Sua morte foi camuflada, para que assim todos pensassem que ela morreu no parto.

...Úrsula:...

Última sangue-puro existente em todo o mundo, ela queria vingança por seu clã dizimado pelos híbridos que estavam em busca do seu lugar na sociedade vampírica. Ela era amante de Hayden, que foi extremamente criticado por não matá-la.

Características dos sangue-puro: Olhos vermelhos, pele extremamente pálida. Vampiros híbridos não possuem olhos vermelhos por sua mistura com humanos.

O filho de Úrsula, Ruel, não possuiu seus olhos vermelhos por conta do seu pai, (que não é Hayden).

...Ruel:...

Atual regente do trono, foi inesperadamente coroado como rei após a morte repentina e misteriosa do seu pai. Ele acredita fielmente que Mirelly é sua mãe, e foi criado por Úrsula, sua "madrasta", ele a tratava como uma mãe, e era grata a ela por tê-lo criado.

...Lecina:...

Possui a mesma idade que Ruel, órfã, foi criada por Vanessa, que perdeu sua família após decidir salvar Lecina. Ambas vivem longe da sociedade vampira.

...Ivone:...

Filha de um nobre vampiro híbrido, possui fortes laços com Úrsula. Possui a mesma idade que Ruel, foi criada junto a ele, ambos têm uma relação um tanto forte e peculiar.

...Vanessa:...

Vinte oito anos, acolheu Lecina quando a encontrou abandonada com apenas dois anos de idade. Mesmo não sabendo muito sobre a criança, cuidou como se fosse sua própria filha. Vanessa perdeu sua família pouco tempo depois de salvar Lecina.

...Robert:...

Metade lobo, e metade vampiro, Robert, o segundo salvador de Lecina, viveu sua vida inteira fugindo. Ele não era aceito em nenhum dos lados, e constantemente passava por tentativas de assassinato. Escolheu não beber sangue humano, tornando-se assim mais fraco, já que ele deveria ser mais forte que ambas espécies, vampiros e lobisomens. (Obs: apenas os sangue-puros são mais fortes que esse tipo de híbrido.)

...[...]...

Todo o enredo é fictício, sem conexões com a realidade. Por conta disso, possui algumas peculiaridades, e coisas diferentes do conhecimento geral sobre vampiros e lobisomens.

Comecei essa história anos atrás, inclusive postei na plataforma em 2022, mas retirei porque iria terminar primeiro outros projetos. Agora, estou voltando com essa história, e continuando de onde parei.

Como mencionei antes, os personagens foram gerados por IA, (Inteligência artificial), por isso, às vezes as imagens podem ter erros, olhos tortos e alguns problemas, peço que relevem, pois eu queria personagens que fossem de acordo com a minha descrição sobre eles.

Espero que gostem da história, particularmente eu amo escrever esse gênero, de fantasia e romance, mas não estive escrevendo muito porque também queria tentar outros gêneros.

Um abraço, a todos! ♡

Início

— O que eu deveria fazer? — Vanessa acariciou Lecina. — Não poderei estar com você para sempre, então você deve aprender a lutar sozinha, pois muitas coisas inesperadas te aguardam no futuro.

Vanessa havia criado Lecina bem longe da sociedade vampira.

— Tia… por que a senhora sempre me fala isso? — Lecina a olhou intensamente.

— Apenas… é algo que você somente entenderá quando for mais velha!

De fato, Lecina tinha apenas dez anos. Vanessa a criava desde os seus dois, quando ela foi deixada à sua porta.

Vanessa não sabia nada sobre Lecina, mas havia uma certeza que ela tinha, aquela não era uma simples criança. Ao longo dos anos que estiveram juntas, houveram ataques em todas as vilas em que estavam morando. Vanessa perdeu sua família graças a isso, mas ela não culpava Lecina, afinal era apenas uma criança que nem sabia de onde vinha. Por medo de ceifar mais vidas sem intenção, elas se mudaram para um lugar longe de tudo e de todos.

Lecina era alguém importante para Vanessa, e mesmo sem saber a razão de a quererem morta, ela jamais abandonou aquela criança, mesmo sabendo que estaria colocando sua vida em risco.

— Durma… você precisa descansar para crescer forte e saudável! — Vanessa disse com um sorriso.

— Tudo bem, tia!

Mas o que ambas não sabiam, era que naquela mesma noite seria o último adeus.

Vanessa não estava conseguindo dormir, então ficou ao lado de Lecina lendo um livro.

Alguém bate na porta.

— Evan? O que faz aqui a esta hora?

Evan era o único que sabia onde elas moravam atualmente, Vanessa confiava nele, já que estiveram juntos nos últimos três anos em que elas moraram ali.

— Eu queria ver você… — Ele a abraça.

— Tudo bem, mas agora não está muito tarde? Lecina já está dormindo.

— Essa menina de novo? Por que ainda cuida dela se nem mesmo é sua filha?

— Já te disse que se quiser continuar comigo, precisa aceitar a Lecina! — Vanessa o seu um olhar de raiva.

— Tudo bem, já entendi! Essa garota é mais importante que eu…

Vanessa de repente sentiu um cheiro de queimado.

— Espera… De novo não! — Ela correu em direção ao quarto de Lecina.

O fogo estava se espalhando rapidamente.

— Lecina! — Vanessa gritou desesperadamente.

Antes que ela pudesse tentar entrar, Evan puxa o braço dela.

— Você está louca? Quer morrer?

— Eu não posso deixar uma criança sozinha em um quarto em chamas!

— Precisamos sair daqui, o fogo está se espalhando estranhamente rápido! Não há chances de que ela ainda esteja viva!

Vanessa estava chorando, querendo se jogar ao fogo para salvar aquela criança.

Ao ver o estado dela, Evan decidiu tentar salvar Lecina.

Ele correu até o fogo, mas estranhamente, ele não se queimou.

— O que? — Evan estava incrédulo, já que o cheiro do fogo era forte o suficiente para o deixar sufocado.

A cama de Lecina estava intacta.

— Lecina! — Evan gritou, sem saber onde ela estava.

Evan voltou até Vanessa.

— O fogo… ele não me queimou…

— O que? — Vanessa não pareceu acreditar. — Onde está Lecina?

— Não tinha ninguém lá dentro…

— Não, isso é impossível! Eu a coloquei para dormir lá!

— Vanessa, estou falando a verdade!

De repente, uma voz os fez congelar.

— Tem razão, ela estava lá, mas agora está comigo!

Um vampiro estava a segurando e tampando a boca de Lecina.

— Solta ela! — Vanessa corre.

— Humanos… tão tolos! — Ele estrala o dedo, fazendo com que fogo fique ao redor dela.

Lecina se debate desesperadamente, enquanto Evan tenta correr até Vanessa.

— Não pense que só porque o fogo não os queimou antes, que será igual. Se não tivessem procurado por ela, poderiam ter sobrevido. Minha benevolência acabou!

De repente, o fogo começa a queimar Vanessa e Evan.

Os dois gritam.

O desconhecido segura Lecina, que chora e continua se debatendo desesperada.

— Vê isso? Foi culpa sua! Foi você quem os matou. Olhe bem para o rosto de sofrimento deles, e se lembre disso, você é uma assassina que mata a todos que estão perto de você! — Ele a obriga a olhar para o corpo dos dois queimando.

Lecina com apenas dez anos, se culpou pela morte daquelas duas pessoas. Aquele fardo, os gritos, o rosto de sofrimento, era algo que ela teria que levar para o resto da vida.

Ela foi obrigada a vê-los até que seus ossos virassem cinza.

No final, ele a soltou.

— Se sabe o que é bom para você, morra de uma vez, sua praga! — Ele saiu, colocando fogo na casa com Lecina ainda lá dentro.

Ela estava imóvel, esperando que fosse morta de uma vez.

Mas aquele não era o momento, alguém apareceu e a salvou.

— Não se culpe, você não teve nada haver com a morte deles. — O desconhecido estendeu a mão para ela, mas Lecina não queria mais viver.

Ele apenas a pegou no colo e levou-a de lá. Ele não era humano, por isso foi fácil a tirar de lá.

Enquanto ele a levava no colo, o reflexo da cabana pegando fogo se fez presente no olhar de Lecina, que parecia ter perdido toda esperança que ainda tinha na vida.

Lecina jamais esqueceu aquele triste dia.

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