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Quem É Ela?

Os Avaller's

Um dia ensolarado como outro qualquer, uma pequena nuvem surge no horizonte trazendo o presságio da chegada do outono.

Duas meninas brincam alegremente no quintal da mansão Avaller. Uma família de Condes muito próspera e estimada em toda a sociedade.

A vida é simples e tranquila para as duas garotinhas. A mais nova é sempre cheia de energia, seus lindos olhos verdes esmeralda se destraem com facilidade quando avistam belas flores campestres, laços coloridos, bonecas e bordados. Era uma criança espontânea que amava bailar entre as flores com seus lindos cabelos negros soltos ao vento.

Já sua irmã mais velha, era mais observadora, ama ficar contemplando a natureza, ver os passaros voarem para o sul quando o inverno se aproxima, ver as folhas das gigantescas árvores cairem no outono, e o desabroxar das flores na primavera. Sua personalidade calma e serena combinam perfeitamente com seu aspecto angelical.

Cabelos e peles tão alvos como a mais branca neve do inverno, olhos tão azuis que lembram o mar na sua mais pura calmaria, lábios rosados e delicados assemelhando-se as flores mais belas da primavera.

Seu único sonho: "Conhecer o mundo!".

Seu lindo mundo colorido, escureceu. Tudo mudou do vinho para água em pouco tempo. Em um dia de festividades a condessa Avaller caiu ao chão desacordada e pálida.

Os dias que se seguiram depois daquele dia fatídico foram exaustivos e sombrios.

Diagnosticada com uma doença considerada incurável para a época, a pobre mulher ficou acamada, seus lindos cabelos negros que antes brilhavam como uma perola negra agora estavam opacos, seus olhos azuis celestes não tinham mais vida, sua pele branca avermelhada já não tinha o mesmo aspecto, a pobre mulher estava cada dia mais pálida e magra, as crianças choravam pela sua ausência.

Passos apressados percorriam dia e noite por toda mansão, vozes sussurravam um desastre eminente.

O Conde um homem tão alegre e comunicativo quanto a filha mais nova, agora vivia triste e abatido pelos cantos, carregando um olhar quase sem esperanças.

Vários médicos, curandeiros e sacerdotes foram chamados para "curarem" a condensa, mas todos em vão. Cada visita era com um golpe, esvaindo cada vez mais a pouca esperança que lhes restava.

Seis meses de sofrimento, seis meses de gasto incontáveis, as finanças daquela família próspera já não era mais a mesma. Foram seis longos meses da prévia de um sofrimento que nunca mais cessaria.

O inevitavel aconteceu, a condessa considerada a "Flor de Neve" perante a sociedade faleceu tragicamente em um dia frio de inverno.

Prantos angustiados ecoavam por toda mansão, todos a amavam desde de seus familiares até mesmo os empregados.

Homenagens grandiosas foram feitas em seu funeral.

Os dias se passaram rapidamente, mas para aquele homem angustiado nem sequer um dia parecia que havia passado.

As dívidas se amontoavam em uma pilha cada vez maior. O Conde Avaller considerado um bom governante em seu território, agora era mal visto por seus credores.

Algumas pessoas se solidarizaram com sua perca, mas outros o faziam ter a fama de caloteiro. E o homem que um dia foi forte e admirável estava cada dia mais apático e sem forças. A morte da condessa mecheu muito com seu psicológico, afinal o grande amor da sua vida havia partido precocemente.

Aquela sociedade era dura e cruel, um dia os que lhe deram as mãos em acordos agora eram os mesmo que faziam petições ao rei para que lhe fosse tirado o título e suas posses, pois não haviam herdeiros homens para prosseguir com o legado Avaller.

— No final das contas o Conde Avaller falhou em não ter tido um filho homem! Ele podia ter tido mais mulheres para que uma pudesse ter lhe dado um filho varão! — era o que muitos diziam.

Uma época cercada por preconceitos e estereótipos, criada para que as mulheres fosse bonecas e os homens guerreiros.

A magia não fazia distinção de sexo, mas os seres humanos sim!

Aos homens era dada a obrigação de servir o Império como guerreiros implacáveis. Um menino quando nascia era a "honra" de uma familia, sua infância desde tenra idade era cercada por espadas, magia ofensiva e lutas constantes.

Ao primogênito era atribuída a tarefa de se tornar o próximo líder da família, recebendo assim aulas de administração, contabilidade, gestão financeira e política.

Já ás moças era incumbida a responsabilidade de serem o suporte para seu irmão mais velho ou futuro marido. Elas eram obrigadas a terem aulas de etiquetas, bordados, danças, magia defensiva e tudo relacionado aos círculos sociais.

Independente da habilidade em magia, uma mulher nunca poderia se tornar uma guerreira, ao menos não com o apoio social.

"Selvagem", "libertina" ou simplesmente "louca" era como eram chamadas as mulheres que se libertaram das amarras sociais e vivam como queriam. Elas tinham pouco apoio, dificilmente conseguiam emprego ou uma chance de demonstrarem sua valia.

Muitas vezes elas acabavam morrendo no inverno rigoroso por não conseguirem um lugar para se abrigar. Obrigadas a caçar com suas próprias mãos, sempre saiam feridas por alguma besta selvagem, pois não tinham os mesmos treinamentos que os homens, tudo que sabiam era o que haviam aprendido por elas mesmas.

Se algum dia pertenceram a uma família de status social alto, seus nomes eram simplesmente apagados dos registros familiares e esquecidos em meio ao tempo.

O Conde Avaller sabia que não poderia dar o luxo de permitir as suas filhas um "destino livre" e menos cruel. Ele e sua esposa acreditavam que cada pessoa poderia escolher ser o que quisesse. Eles haviam prometido um ao outro que apoiariam suas filhas na escolha que elas fizessem.

Porém, as circunstâncias não colaboraram para que a promessa fosse cumprida. A condessa estava morta e o Conde estava cada dia mais doente. A saga de tentar curar a sua mulher não consumiu somente seu psicológico e finanças, mas consumiu em grande parte sua saúde física.

O pobre homem sabia que seus dias de vida também estavam próximo ao fim. Ele precisava resguardar suas filhas de serem entregues em casamentos forçados e sem amor.

"— Ao menos uma delas deve ter o luxo de escolher seu próprio destino!" – ele pensou consigo mesmo.

Sem saber qual delas escolher, o homem se via entre o dilema de amaldiçoar uma filha a uma vida cruel e solitária e dar a outra a benção de ser "livre"!

Os Avaller's

Um dia ensolarado como outro qualquer, uma pequena nuvem surge no horizonte trazendo o presságio da chegada do outono.

Duas garotinhas brincam alegrimente nos jardins da majestosa mansão Avaller, residência de uma linhagem de Condes, cujo prestígio se estende por toda a sociedade.

A vida para as duas meninas é serena e descomplicada. A mais jovem irradia vitalidade, seus olhos verdes esmeralda encantam-se facilmente com flores campestres, laços vibrantes, bonecas e delicados bordados. Uma criança espontânea, apaixonada por dançar entre as flores, com seus lindos cabelos negros soltos ao vento.

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A irmã mais velha, por sua vez, revela-se uma observadora dedicada, apaixonada pela contemplação da natureza. Delicia-se ao testemunhar o voo das aves em direção ao sul, anunciando a proximidade do inverno, aprecia a suave queda das folhas das majestosas árvores durante o outono, e alegra-se com o desabrochar das flores na primavera. Sua personalidade calma e serena combinam perfeitamente com seu semblante angelical.

Com cabelos e pele tão alvos quanto a neve mais pura do inverno, olhos azuis que evocam a serenidade do mar em sua calmaria mais profunda. Uma verdadeira visão de pureza e beleza.

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Seu único sonho: "Conhecer o mundo!".

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O encantador mundo colorido mergulhou na escuridão abruptamente. Tudo transformou-se rapidamente, como vinho que se torna água. Durante uma festividade, a Condessa Avaller desfaleceu, pálida e inconsciente. Nos dias que se sucederam a esse fatídico evento, a atmosfera tornou-se exaustiva e sombria.

Diagnosticada com uma enfermidade considerada incurável, a desafortunada senhora viu-se confinada à cama. Seus cabelos negros, outrora brilhantes como pérola negra, perderam o lustro; seus olhos celestes, desprovidos de vitalidade; e sua pele branca adquiriu um tom acinzentado. Dia a dia, a pobre mulher definhava, tornando-se uma sombra do que havia sido um dia.

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Passos apressados ecoavam pela mansão, enquanto vozes sussurravam sobre um desastre iminente. O clima de apreensão pairava incessantemente nos corredores.

O Conde, antes um homem tão alegre e comunicativo quanto sua filha mais nova, agora encontrava-se triste e abatido, perambulando pelos cantos com um olhar quase desprovido de esperanças. A sombra da aflição obscurecia a sua antiga vivacidade.

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Seis meses de angústia, seis meses de despesas incalculáveis; as finanças daquela família próspera já não eram mais as mesmas. Seis longos meses anteciparam um sofrimento que nunca mais cessaria.

O inevitável ocorreu. A Condessa, considerada a "Flor de Neve" perante a sociedade, faleceu tragicamente em um gélido dia de inverno. O luto envolveu a mansão, marcando o fim de uma era de prosperidade e alegria.

Prantos angustiados ecoavam por toda a mansão, pois todos, desde seus familiares até mesmo os empregados, a amavam profundamente. Homenagens grandiosas foram prestadas em seu funeral.

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Os dias se desvaneceram rapidamente, mas para aquele homem angustiado, nem sequer um dia parecia ter passado.

As dívidas se acumulavam em uma pilha crescente. O Conde Avaller, antes considerado um bom governante em seu território, agora era mal visto por seus credores, testemunhando a mudança abrupta do destino que o atormentava.

Algumas pessoas expressaram solidariedade diante de sua perda, mas outros o rotulavam como caloteiro. O homem que outrora fora forte e admirável tornava-se cada dia mais apático e sem vigor. A morte da condessa mexeu profundamente com seu psicológico, afinal, o grande amor de sua vida havia partido precocemente.

Aquela sociedade, por sua vez, revelava-se dura e cruel. Aqueles que antes estendiam as mãos em acordos agora eram os mesmos que solicitavam a retirada

de seu título e posses. O destino do Conde encontrava-se à mercê das maquinações sociais implacáveis.

O Conde Avaller era alvo de críticas por não ter tido um filho homem. Alguns argumentavam que ele poderia ter tido mais mulheres para aumentar as chances de ter um herdeiro do sexo masculino. As murmurações sociais evidenciavam a pressão sobre ele diante da ausência de um sucessor homem para preservar o legado Avaller.

Numa época permeada por preconceitos e estereótipos, moldada para que as mulheres fossem vistas como bonecas e os homens como guerreiros, embora a magia não fizesse distinção de gênero, os seres humanos sim.

Aos homens incumbia a obrigação de servir o Império como guerreiros implacáveis. O nascimento de um menino era considerado a "honra" da família, e sua infância desde os primeiros anos era permeada por espadas, magia e batalhas. A sociedade impunha rígidos papéis baseados no gênero, moldando o destino desde o início da vida.

Às moças, por outro lado, era atribuída a responsabilidade de serem o suporte para seus irmãos mais velhos e futuros maridos. Eram compelidas a participar de aulas de etiqueta, bordado, dança e tudo relacionado aos círculos sociais, além da magia.

Independentemente de sua habilidade mágica, uma mulher jamais poderia se tornar uma guerreira, pelo menos não com o respaldo social. As limitações impostas pelos papéis de gênero eram evidentes, relegando-as a papéis específicos na sociedade. As que desafiavam as normas sociais eram rotuladas como "selvagens", "libertinas" ou simplesmente "loucas".

Com pouco apoio, enfrentavam dificuldades para conseguir emprego ou mostrar seu valor. Muitas vezes, sucumbiam ao rigoroso inverno, sendo forçadas a caçar e frequentemente sofrendo ferimentos, pois careciam dos mesmos treinamentos que os homens.

O Conde Avaller reconhecia que não podia permitir que suas filhas enfrentassem um "destino livre". Apesar dele e sua esposa acreditarem na liberdade de escolha para cada indivíduo e prometerem apoiar suas filhas em qualquer caminho que decidissem seguir, as circunstâncias conspiraram contra a realização da promessa.

A saga para curar sua esposa não apenas impactou seu psicológico e finanças, mas também corroeu significativamente sua saúde física.

O pobre homem reconhecia que seus próprios dias estavam contados. Sentia a urgência de proteger suas filhas de casamentos forçados e desprovidos de amor.

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"Ao menos uma delas merece a liberdade de escolher seu próprio destino!" — refletiu consigo mesmo.

Sem saber qual delas escolher, o homem se via entre o dilema de amaldiçoar uma filha a uma vida cruel e solitária e dar a outra a benção de ser "livre"!

Destino Prematuro

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