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Mason — Meu Alfa

Capítulo 01

Queridos leitores, essa obra literária é apenas uma ficção. Qualquer semelhança com pessoas reais ou lugares é coincidência. A classificação indicativa dessa obra: +18.  Espero que vocês curtam, porque ela foi escrita com muito carinho. Antes que de fato vocês iniciem sua leitura, preciso apenas passar algumas informações

📌 A história que você está preste a ler poderá conter situações que podem gerar gatilhos mentais.

📌 Não sou formada em letras, apenas me aventuro em algo que realmente gosto. Esclarecido o fato, me perdoem se encontrarem erros ortográficos, estou tentando corrigir o máximo que posso.

📌 Caso encontre esses erros e queira me sinalizar, ficarei feliz em corrigir. Porém, não aceitarei críticas.

Aqui se inicia sua aventura nessa história emocionante de "Mason — Meu Alfa". Desejo uma excelente leitura a todos e um enorme beijo no coração!

Senti aquela fisgada no peito, um sinal característico de que alguém foi desligado da minha matilha. Precisava averiguar o que havia acontecido. Tentei entrar em contato com meus guerreiros responsáveis pela patrulha, mas estranhamente nenhum deles respondia ao meu chamado pelo elo mental. Algo estava errado.

“Owen” — Contatei meu beta.

“Também senti isso, Mason. Estou indo localizar os guerreiros, não consegui contato com eles”. — Owen disse.

“Acione todos os nossos outros guerreiros e me aguardem” — Foi a ordem que dei.

Se um grupo de sete guerreiros altamente treinados não foi capaz de conter o que quer que tenham encontrado, mandar apenas meu beta ao local para averiguar era o mesmo que enviá-lo para a morte. Precisávamos agir com cautela. Toda a nossa matilha conseguiu sentir quando as ligações com dois dos nossos lobos foram cortadas.

Quando nos aproximamos do provável local onde estavam nossos guerreiros, nossos lobos farejaram o inconfundível cheiro de sangue. Algo aconteceu naquele local. Apesar de sermos lobos e termos uma visão aprimorada, precisávamos ficar mais atentos na escuridão da noite. Um dos meus guerreiros pegou um odor estranho, então resolvemos segui-lo.

Nos deparamos com uma extensa área desmatada dentro da nossa floresta. Essa área ficava bastante distante da nossa comunidade, mas ainda fazia parte do nosso território. Aquele local deveria ser uma mata fechada, mas fizeram um imenso plantio. Analisei a situação e dei a ordem para invadir o local e apreender todos que estavam ali. Quem seria louco o bastante para invadir nosso território, desmatar nossa floresta e realizar plantações?

“Mason, temos um grave problema”. — Owen disse.

“Que tipo de problema, Owen?”

“Isso é uma plantação de acônito”

No momento da nossa incursão, descobrimos que alguns lobos também estavam envolvidos naquela ação, e a punição não seria tão branda para esses indivíduos. Eles tinham ciência do que a floresta representava para os nossos lobos e do que esses tipos de folhas eram capazes de fazer com nosso animal. Eles seriam punidos conforme a lei lupina.

Os lobos envolvidos estavam cientes das consequências de seus atos e se rebelaram contra nossa investida. Como resultado, alguns foram mortos e outros ficaram gravemente feridos. Em uma sala improvisada com tapumes, encontramos nossos guerreiros também bastante machucados, inclusive dois deles mortos.

Os lobos feridos relataram que os dois guerreiros mortos foram os primeiros a perceberem o odor estranho. Ao tentarem avisar, foram surpreendidos pelos lobos adversários. Quando os outros guerreiros chegaram ao local, perceberam que algo estava errado, mas foram surpreendidos pelo ataque com acônito.

“Alfa, pegamos um vivo.” — Informou Carter, um dos meus guerreiros encarregado da varredura na área.

“Mantenha-o dessa forma. Traga-o vivo. Preciso de informações.” — Eu precisava descobrir se todos os envolvidos naquela plantação estavam presentes ou se havia mais alguém de fora.

Quando eles chegaram, nunca imaginei encontrar justamente um dos professores de nossa universidade envolvido em tudo aquilo: William Forks. Quando um dos lobos feridos o identificou como o responsável pela morte de um dos nossos, ele não sairia impune por aquilo, mas antes eu pretendia obter as informações que necessitava.

— Impressionante que justo você esteja envolvido com tudo isso aqui. — Comentei. Ele era professor de ética e filosofia moral.

— Já ouviu um ditado que diz: faça o que eu digo, não faça o que eu faço? — Respondeu ele.

— Isso apenas destaca sua hipocrisia, de não agir de acordo com suas próprias palavras. No entanto, a única informação que quero de você é se existe mais alguém envolvido nisso tudo, além desses que foram mortos e presos por meus guerreiros. — Nesse momento, ele deu uma gargalhada.

— Você seria um tolo se pensasse que apenas esses que foram capturados aqui estão envolvidos nessa fábrica de dinheiro. O que você conseguiu aqui foi apenas atrasar o trabalho de alguns. Isso era apenas a mão de obra necessária, mas não a única. — Ele encarava-me.

— Quem são eles? — Perguntei, sentindo meu lobo querendo vir à superfície. Um sorriso brincou nos lábios daquele idiota.

— Se eu falar, serei um lobo morto. Se eu não falar, o mesmo acontecerá. Então, deixarei que você tenha um pouco de trabalho para descobrir. O que posso te dizer é que ficará surpreso com as descobertas. — Ele deu uma risada, e eu perdi o para meu lobo, que lhe cortou a garganta com as unhas.

A lei em nossa alcateia é bastante clara: a morte é punida com a morte. No entanto, dentro de mim, sabia que aquilo era apenas a ponta do iceberg que estava emergindo. Mais coisas viriam à tona. Pela única informação que William tinha me dito, eu apenas precisava ficar preparado para tudo que estava por vir.

Com a descoberta daquele plantio, conseguiríamos tratar vários dos nossos lobos internados na enfermaria, mas cujos médicos não conseguiam identificar os motivos para seus sintomas. Ninguém havia ligado os sinais ao envenenamento por acônito, até porque esse tipo de folha não deveria existir em nossa matilha. Acreditávamos que ela estava extinta.

As reações que esses tipos de folhas causam nos lobos são devastadoras. Vai da simples náusea até a morte. Uma quantidade excessiva desse material dissolvido em qualquer produto ingerido por nós pode nos levar a essa fatalidade. Por isso, nossas leis são tão rígidas quanto a esse tipo de erva. Acionamos a polícia ambiental de nossa localidade, eles tinham conhecimento da existência de nossa raça, inclusive alguns lobos faziam parte da força policial.

Os humanos detidos naquela plantação também tinham conhecimento de nossa raça, mas não poderíamos julgá-los como os nossos. Sabíamos do risco que corríamos sempre que alguns deles descobriam sobre nossa existência, mas o fato era que eles não tinham qualquer prova para comprovar o acontecido. A mente humana era muito limitada para acreditar na existência de lobisomens. Como ninguém infringiu a lei de se transformar diante daqueles que não tinham conhecimento, todo o resto era fácil contornar.

Precisaríamos apenas estar preparados para o que viria a seguir. Ninguém desiste facilmente de sua ganância. Essa era a doença do mundo. Quanto mais se tinha, mais se desejava. E aquele plantio que estava prestes a ser destruído provavelmente representava a fortuna de alguém.

Capítulo 02

Descobrimos recentemente que alguns humanos estavam usando essa erva na fabricação de um novo alucinógeno, mas cultivá-la em nossas terras era inacreditável. Sabia que alguém não ficaria feliz com a destruição de toda essa plantação, no entanto, pouco me importava. Eu não queria que mais nenhum de meus lobos fossem infectados por essa substância.

Precisaríamos de muitos equipamentos de segurança para fazer a destruição de toda essa área de plantio. Nos humanos, essa erva apenas causava alucinações, mas como havia dito, para nós lobos, isso causaria nossa morte. Não era uma situação fácil para nós, no entanto, precisávamos destruir totalmente essa plantação.

Quando amanheceu, alguns humanos, membros de nossa alcateia, companheiros de alguns de nossos lobos, se ofereceram para fazer esse serviço. Eles sabiam do risco que aquela erva representava para nós e para eles mesmos, no entanto, se voluntariaram para isso. Disponibilizamos todos os equipamentos de segurança necessários para a remoção daquelas plantas.

Eu e meu beta acompanhamos de perto a remoção e a destruição daquela plantação. Tudo foi incinerado em tonéis de ferro, até que não restasse mais nada dentro deles. Não poderíamos jogar nenhum produto químico na terra com o intuito de acabar de vez com aquela planta, pois pretendíamos reflorestar toda aquela área novamente. No entanto, ficaríamos de olho no que crescesse naquele solo, até termos certeza de que nenhuma planta de acônito voltaria a florescer.

Certa noite, enquanto estava em meu escritório, recebi um pedido de ajuda de um de nossos guerreiros. Nosso território estava novamente sendo invadido por uma quantidade ainda maior de lobos. Saí do escritório, e quando passei pela porta, minha transformação foi instantânea. Minha mente foi conectada a todos eles de forma mais profunda.

“Aguarde. Não ataquem até todos estarmos presentes.” — Meu lobo rugiu a ordem. Ele não era imprudente, nem consigo, nem com os demais.

Assim que cheguei, meu beta e outros guerreiros também chegaram. Avancei, seguido pelos demais. Cerca de vinte outros lobos apareceram diante de nós. Os rosnados eram ensurdecedores. No entanto, me transformei para que alguém do lado oposto pudesse se comunicar comigo. Como não faziam parte de nosso bando, não poderiam compartilhar de nosso elo mental. Como imaginei, outro lobo também se transformou.

— Vocês estão invadindo nosso território. — Comuniquei ao que parecia o líder dos demais.

— Tenho certeza que vocês não precisam dele, não vejo nenhuma família o habitando.

— Aí é que vocês se enganam. Nossa matilha é enorme, então precisamos de uma área maior para caça. Se sua intenção for um local para ficar, teremos o maior prazer em oferecer isso. Mas imagino que sua intenção não seja essa. — Um risinho irônico apareceu em seu rosto. — O que vocês pretendem fazer pode resultar em consequências para minha matilha, então aconselho a se retirem dessas terras, afinal elas pertencem a mim. — Mais uma vez, aquele idiota sorriu.

— Você acha que consegue nos expulsar com apenas uma dúzia de lobos? — Ele ironizou e mais uma vez voltou a sorrir.

— Vocês podem tentar a sorte, caso desejem. Mas no final, servirão de exemplos para outros iguais a vocês. — Falei, me distanciando dele, e em seguida, dando o controle ao meu lobo. Aqueles idiotas acreditavam que o fato de estarem em uma quantidade maior que a nossa era sinônimo de vitória. Eles não tinham noção da capacidade de meus lobos. No entanto, logo descobririam. Dei a chance de eles desistirem, mas resolveram arriscar. Meu lobo não seria benevolente com nenhum deles.

“Se preparem, não abaixem a guarda. Eles não estão dispostos a irem embora, então vamos fazer com que se arrependam de tentarem a sorte. Não sejam benevolentes, eles não serão com vocês.” — Meu lobo transmitiu para os demais.

“Sim, alfa!” — Foi o que responderam em conjunto.

A tensão cresceu no ar enquanto nossos lobos esperavam o avanço e o ataque dos recém-chegados. Os rosnados profundos ecoavam, misturando-se com os uivos ocasionais. Meu lobo exibia uma linguagem corporal de dominância, com uma postura ereta, orelhas para trás e pelos eriçados, sinalizando claramente que estava preparado para a disputa.

Eu sentia em meu ser que esse seria apenas um dos confrontos que teríamos por essa terra. Eu precisava descobrir o que estava levando tantos lobos a arriscarem a sorte em meu território. O que essa terra tinha, que outras não possuíam. Mas de qualquer forma, não entregaria meu território sem uma boa luta primeiro.

Eles subestimaram nossa quantidade de lobos, mas não sabiam de nossas habilidades. Não se submeteram a nós e terminaram mortos. Depois daquele dia, mais lobos apareceram reivindicando aquele território, e briga após briga, ou se submetiam, ou acabavam mortos. Até que, depois de muitos confrontos, eles cessaram. No entanto, eu sabia que aquele não era o fim. Algo grande estava por vir.

Solicitei o estudo daquele solo, para descobrir o motivo de eles quererem tanto aquele território. Descobri que aquele trecho da floresta tinha um solo extremamente humífero, e nem os próprios profissionais souberam explicar o motivo, sem antes fazerem um estudo para descobrir o que existia ali antes da floresta.

O solo humífero era caracterizado por uma alta quantidade de matéria orgânica em decomposição, além de ser extremamente fértil. Como as plantas de acônito eram de difícil plantio, ali elas cresciam com muita facilidade. Segundo meus químicos, alguns contrabandistas estavam pagando muito bem por quem possuísse folhas desta planta.

Ainda assim, nem eu, nem meu lobo conseguíamos entender por que tantos lobos morreram tentando conquistar aquele espaço. Após o levantamento de informações de Owen, descobrimos que muitos daqueles lobos eram mercenários, mas não conseguimos descobrir quem os estava contratando.

No entanto, sabíamos que alguém tinha um grande interesse por aquele terreno, mas não havia se arriscado a vir até nós, apenas enviava lobos tolos o suficiente para arriscarem suas vidas em uma invasão hostil. Isso só teria um fim quando descobríssemos a pessoa responsável por aquele plantio que destruímos e que estava tão interessada nesse território.

Capítulo 03

Um mês havia se passado, e ele foi extremamente turbulento para mim. Como alfa de uma matilha, nunca era fácil lidar com as disputas territoriais entre lobos. Muitas vezes, essas disputas se tornavam sangrentas. Vivemos em uma comunidade pacata em Pinewood Falls, mas desde a descoberta de terras muito férteis para o plantio de uma planta chamada mata-lobo, ou simplesmente acônito, em nossa área, várias disputas têm ocorrido. Tentava lidar da melhor forma com tudo, tentando manter meu lobo na coleira, mas isso estava se tornando cada vez mais difícil.

Ele não era paciente, e isso me tornava uma pessoa severa muitas vezes. Agora, imagine ter que lidar com isso dentro da universidade onde sou o reitor. Lidar com regras era algo extremamente fácil para mim. Regras, como o próprio nome sugere, são um conjunto de diretrizes estabelecidas para orientar o comportamento ou conduta em uma determinada situação, contexto ou sistema. Elas são criadas para garantir a ordem, promover a justiça, prevenir conflitos e estabelecer padrões.

Era muito bom em segui-las e melhor ainda em aplicá-las. No entanto, parecia que em uma universidade, os jovens não eram muito adeptos delas, ou competiam para ver quem conseguia burlar mais essas regras, e era nesse momento que eu entrava na história. Nem todos eram lobos aqui. Muitos desconheciam o meu mundo, então era obrigado a manter as aparências, mesmo quando meu lobo sentia vontade de impor sua autoridade como alfa.

Apesar de ser considerado novo para um reitor, eu tinha as qualidades perfeitas para tal função, além de especificações profissionais que me permitiam assumir o cargo e a sala de aula quando necessário. Estávamos iniciando mais um período na universidade. Muitos já me conheciam, outros estavam chegando agora, mas terei prazer em ensinar as diretrizes da nossa instituição para eles. A universidade era uma das principais fontes financeiras da minha alcateia. Como alfa, trabalhava para manter esse nosso investimento.

Muitos diziam que eu liderava a alcateia com punho de ferro, e o mesmo acontecia na universidade. No entanto, a universidade era uma das mais conceituadas, e minha alcateia, uma das mais desenvolvidas de toda a região. Assim, não me preocupava muito com as opiniões dos outros. Muitos julgavam que tudo isso ocorria pelo fato de eu não ter uma luna, e que isso estaria deixado meu lobo sanguinário.

Discordava veementemente disso. Sempre afirmei que as leis existiam para domar uma sociedade. Se alguém infringia essas leis, estaria concordando que, se fosse pego, aceitaria a punição. Você jamais colocaria sua mão na chama de uma fogueira se tinha ciência de que o fogo a queimaria. Concordam comigo? Assim funcionavam as regras. Você pode quebrá-las, mas estaria disposto a assumir as consequências.

A morte do professor William Forks afetou diretamente nossa universidade, pois não conseguimos encontrar um substituto em tempo hábil para assumir a cadeira desse professor. Diante dos fatos, tive que assumir temporariamente essa função. Não era algo que eu fizesse com frequência, mas sempre que necessário, acabava assumindo algumas aulas. No entanto, os alunos não eram muito adeptos das minhas doutrinas.

Do lado de fora, observei toda a algazarra acontecendo naquela sala. Alguns daqueles alunos eu já conhecia dos corredores, mas nunca precisei ministrar aulas para eles. Assim que entrei, todos me olharam com curiosidade. Afinal, não era todo dia que o reitor da universidade entrava em sua sala de aula. Após meu "bom dia", todos se dirigiram aos seus lugares, e o silêncio reinou no recinto.

— Devido ao desligamento do professor Forks, irei ministrar as aulas dele até que um novo substituto chegue à nossa universidade — disse a todos.

Não sei por qual motivo, meu lobo estava extremamente inquieto hoje, como se fosse um prenúncio de que algo iria acontecer. Não sabia exatamente o que era, mas sentia a necessidade de estar preparado. Coloquei meu material em cima da mesa e inspirei profundamente, tentando me concentrar para aqueles 45 minutos de aula. No entanto, ao fazer isso, fui tomado por um aroma de morango, jasmim e um toque do cheiro da floresta.

Meus sentidos entraram em alerta. Isso não poderia estar acontecendo comigo justo diante de todos que me olhavam em expectativa. Alguns dos que estavam ali eu já conhecia, então esse cheiro só poderia estar vindo de alguém que ainda não tinha tido o prazer de conhecer. Meu lobo entrou em desespero, tornando-se quase impossível controlá-lo.

Se permanecesse ali, sabia que não conseguiria controlá-lo. Terminaria fazendo algo imprudente diante de todos. Levantei meu olhar tentando identificar a fonte daquele aroma, mas os primeiros sinais de transformação começaram a acontecer em meu corpo. Rapidamente, pedi desculpas, informando que precisava resolver um imprevisto urgente e me retirei daquele recinto. Precisava de um momento para poder controlar meu lobo.

“Nossa” — Meu lobo repetia continuamente em minha mente.

“O que você está tentando fazer? Infringir a maior lei lupina. Se transformar diante de tantos humanos? Você perdeu o senso da prudência?” — Perguntei, irritado.

“Ela é nossa! Já esperamos por muito tempo.”

“Você não precisa me lembrar disso. Mas não estamos em um ambiente apenas de lobos, seu idiota. Você precisa ser cauteloso. Você nem sabe se ela é uma loba!”

Precisava chegar o mais breve possível em meu escritório. Minhas unhas machucavam a palma da minha mão, e tinha certeza de que meus olhos haviam mudado de cor, assim como sentia meus caninos crescendo rapidamente. Ignorei todos que me cumprimentavam no caminho até lá, e assim que entrei no escritório, respirei aliviado.

Sentia meu lobo inquieto, querendo tomar o controle e ir até nossa companheira. Para piorar a situação, ela era aluna da universidade. Tínhamos uma política rígida que proibia qualquer envolvimento entre funcionários e alunos. Como eu contornaria essa norma da universidade para atender a uma necessidade minha e do meu lobo, algo primordial para ele? Isso só poderia ser uma brincadeira de muito mau gosto de Moros (senhor do destino), com a ajuda da Deusa Selene (deusa da lua).

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