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A Escolhida Do Vampiro

1. Capítulo

Era uma noite chuvosa quando eu precisei cobrir uma amiga no hotel onde trabalho como arrumadeira. Chamo-me Heloísa, tenho 24 anos e moro com a minha mãe no leste da cidade. Sempre que consigo, aceito as horas extras e as cumpridas de plantões para ajudar nas contas em casa. Desde que meu velho se divorciou da minha mãe, ela e eu temos dificuldades em manter todas as despesas e o aluguel da casa onde moramos em dia e ainda assim, ela detesta que eu trabalhe até tarde, mas esse é único jeito para sobrevivemos. Eu sempre tive muitas oportunidades, mas sempre meu velho opinava, me fazendo desistir de todas as portas de salário maior e cargo melhor com a qualificação que tenho e agora que o emprego está tão difícil, eu tenho que me conformar onde estou e é sendo arrumadeira que mesmo com dificuldades, sustento a mim e a minha mãe. 

Heloísa 

Com um tempo para me alimentar,  vou até a parte externa do hotel para fumar um cigarro com um colega de trabalho. 

Henrique: A noite está para vampiros. 

Heloísa: Como?! 

Henrique: A noite, está parecendo receptiva para os vampiros invadiram a cidade. 

Heloísa: Você acredita mesmo no que diz? 

Henrique: Eu acredito em muita coisa. Até que um Vampiro se apaixona por um humano.

Heloísa: Já eu não acredito nessas coisas. 

Henrique: Não sabe o que está perdendo. 

Heloísa: Acho que sei sim, um filme de terror. 

Henrique: Ou um romance. 

Heloísa: Henrique, não viaja, tá? Essas coisas não existem e se fosse assim, seriam só para serem monstros e para atrapalhar a vida complicada que nós humanos levamos. 

Henrique: Você que é muito incrédula, se deixasse essa magia da fantasia lhe tocar Mauá seria uma mulher mais feliz porque ser o amor de um Vampiro é um privilégio. 

Voltando para o meu trabalho, eu fico pensando na conversa que tive com Henrique. Não entra na minha mente que Vampiros existem. No entanto, ao voltar para casa, eu senti que estava sendo seguida, mas toda vez que olhava para trás não havia nada e nem ninguém. Não seria um vampiro; certo? 

Mãe: Você chegou muito tarde hoje, Heloísa.

Heloísa: Estava de plantão, mãe. 

Mãe: E você tem mesmo que fazer isso? 

Heloísa: Se eu quiser pagar as contas, sim.

Mãe: Nós damos outro jeito, o que acha?

Heloísa: Que jeito, mãe?

Mãe: Não sei, mas não gosto disso.

Heloísa: Do que a senhora não gosta? 

Mãe: De você chegando tarde, andando sozinha pelas ruas. Está tudo tão perigoso que eu não posso fechar os olhos e torcer para que não passe o mesmo com você. 

Heloísa: Mãe, não precisa se preocupar tanto assim, eu sei me defender.

Mãe: Heloísa, um homem sem arma já é um monstro e com arma então, vira impossível. Prometa-me que deixará de chegar tarde.

Heloísa: Desculpa mãe, mas eu não posso lhe prometer uma coisa que não vou conseguir cumprir e você sabe o quanto sou correta.

Heloísa passa para a sala e inicia uma limpeza no cômodo. Sem perceber, a imagem de um homem aparece bem atrás dela e a observa.

O mesmo aconteceu quando Heloísa subiu para a parte de cima da casa, dessa vez foi no banho quando ele a observava se banhar.

2. Capítulo

Já era de manhã quando tomei o meu veneno para sair como um humano à luz do sol. Eu tinha que vê-la novamente e com sorte sem toda aquela roupa que rouba sua beleza.

O único problema era que eu não me aguentava de ciúmes ao observá-la com um babaca que parece deixá-la contente e bastante sem sua personalidade verdadeira.

Consigo ouvi-los daqui.

Raphael: Você trouxe o nosso vício predileto?

Heloísa: Você é doido por gostar desse doce. 

Raphael: Ele me faz aguentar a jornada.

Heloísa: Oras, suas férias está chegando.

Raphael: E é uma pena porque não…

Heloísa: Não, o quê? Termina! 

Raphael: Não vou ver-lá com frequência. 

Se você quiser, eu posso lhe acompanhar e causar as férias mais sombrias que você já teve seu babaca. Porque se sente a vontade de se comportar assim com a minha Heloísa. 

Steven: Perseguindo essa mulher, de novo?

Klaus: Você sabe que eu devo.

Steven: Você deve sequestrar ela de uma vez.

Klaus: Eu vou no meu tempo.

Steven: Foco, você não tem tanto tempo.

Sim, eu não tenho muito tempo de vida. Heloísa é a única humana que pode impedir a minha morte e é por isso que estou a meses seguindo os seus passos. 

Steven: Porque não acaba logo com isso?

Klaus: Porque eu não sou como você.

Steven: Não, você é o pior. 

Klaus: Eu estou cansado de saber disso.

Steven: Não me diga…

Klaus: O quê? 

Steven: Você se apaixonou pela garota. 

Klaus: E se assim fosse? 

Eu sabia a resposta. Acabaria sem vida e com vida, estaria sem ela. Olha o meu dilema. 

Steven: Você estará perdido na virada do ano ou pior, você não terá mais vida. A não ser que aquela bruxa lhe tire a promessa de uma vida curta depois que você fez toda aquela merda com os familiares dela. Você é a porr@ de um impulsivo e agora está pagando por isso.

Confesso que esse chá de sinceridade me deixa sem palavras. Eu não queria que as coisas fossem assim.

Steven até pode me acusar de ser um vampiro ruim, mas eu só obedecia às ordens do meu tio que por sua vez, era sim, o Vampiro mais sangue ruim que possam conhecer. Foi por sua causa que eu estou grudado a promessa dessa bruna impiedosa. 

Klaus: Cara, eu preciso ir.

Steven: Acabe logo com isso, repito. 

Em um piscar de olhos, eu corro rapidamente pela floresta até o outro lado do hotel onde Heloísa trabalha. Hoje, eu vou conhecê-la como um simples cliente buscando descanso. 

Fazendo isso, eu vejo o quanto ela é mais bela por perto. No entanto, ela é bastante “grossa” ao me tratar como se estivesse paquerando ela e eu sei que o que estou prestes a fazer vai me tornar em um vilão, mas é necessário. 

Heloísa: Ajudo mais em alguma coisa? 

Klaus: Oh, se sim.

Heloísa parece não gostar da minha resposta, mas isso é apenas o início da nossa história. 

Heloísa: Estou lhe ouvindo.

Aproximo-me dela e pego a toalha largada em cima da cômoda e digo que preciso de mais toalhas e de um chinelo para tirar o tênis.

Heloísa: Vou agora mesmo providenciar esses itens para o senhor, com licença. 

Estendo a minha mão porta e abaixo a cabeça enquanto ela se retira do meu quarto.

Logo ela volta com os itens que pedi nas mãos. Posso quase achar que ela espera por uma gorjeta. Coisa que não ando por aí distribuindo por ser um vampiro e vampiros não precisam de dinheiro, apenas do nosso poder de convencimento. Um talento que bem poderia usar com Heloísa agora, mas acho que posso tirar os meus ténis sozinho e até me massagear as minhas pernas sem ajuda da minha prometida. No entanto, eu preciso aproveitar desses momentos para conhecê-la antes que eu tenha que morder seu pescoço e chupar seu sangue para quebrar a promessa da bruxa e eu poder voltar a ter vida plena. Uma pena que não tenha outro jeito porque Heloísa é tão bela que não merecia a morte. 

3. Capítulo

O meu trabalho me traz um estresse que me obriga a descontar em alguma coisa ou no caso, em alguma atividade. Por isso, eu escolhi fazer Box e dessa vez, eu penso que o saco é um cliente em específico que não me deixou em paz desde o momento em que nos conhecemos quando ele não devia está em seu quarto, nos obrigando a ser cordiais. 

Klaus: Pensando em mim? — Ele aparece bem atrás de mim, vestindo uma um shorts e sem nada além de uma toalha na parte superior.

Heloísa: Como… o que está fazendo aqui? 

Klaus: Eu treino nesta academia, num é Igor?

Igor era o personal trainer na academia e conhecido por quase nunca mentir, mas acho que ele mente confirmando o que esse homem está me respondendo. Não pode ser que eu nunca o tenha visto por aqui antes.

Heloísa: E como sei que não está mentindo e sim me seguindo? 

Klaus: E como sei que você não está?

Vou até a minha bolsa no canto da parede e tiro o meu crachá da academia para aquele metido perceber que o único perseguidor aqui é ele por aparecer em todos os lugares. 

Heloísa: Está provado da minha parte.

De repente, absolutamente tudo escurece e eu apago. Quando acordo novamente, percebo que estou dentro de um carro com o estranho. 

Klaus: Acordou? 

Heloísa: Mas… o que faço aqui e com você?

Klaus: Como assim? Estamos indo para casa.

Heloísa: Mas que casa? Enlouqueceu?! 

Klaus: Minha última psicóloga havia dito que não, mas nunca se sabe.

Heloísa: Não acredito! Eu estava certa. Você está me perseguindo. 

Klaus: Sim e lhe roubei para mim.

Tento levantar minha cabeça da cadeira, mas me sinto tonta que a única segurança que encontro é voltar a encostá-la de volta na cadeira e torcer para que isso seja apenas um pesadelo e que eu nem fui dopada.

Heloísa: E o que me deu? 

Klaus: O lado mais inocente de uma rosa.

Heloísa: Não me diga. — Digo, com ironia.

Klaus: Oxe! Você perguntou. 

Percebo o filme de terror em que estou piorando quando ele estaciona o carro e chega do meu lado em um piscar de olhos. Ele me pegou em seus braços e correu comigo como se fosse o flash, mas não. Ele era um vampiro.

E ele me leva até uma casa genérica de vampiro onde tudo é preto e as cortinas estão todas fechadas. Eu sinto medo, mas parece que a droga que ele me deu me impede de sentir um desespero maior dentro de mim.

Ele me coloca em sua cama e um homem pálido sai do escuro de um closet. 

William: Então você é a prometida?

Heloísa: Prometida? 

Klaus: Esse é o meu irmão esperto. 

Esse irmão em menos de dois segundos está do meu lado, mexendo no meu cabelo e cheirando o meu pescoço. 

William: Ela é virgem.

Heloísa: Mas que porr@ é essa?

Klaus: Se contente em descansar. Mais tarde nós conversamos. 

Diga-me como se descansa em uma mansão louca como essa, com dois vampiros invadindo o meu espaço e me deixando com muito receio de ter o meu pescoço mordido. Eu nunca acabei nessas mitologias, mas eles dois me parecem bem reais. 

Do nada, adormeço e quando acordo estou com vestido que deixava os meus seios quase à mostra. Sentada em uma mesa, de frente ao vampiro idiota do Klaus e do lado do seu irmão ainda mais idiota por me expor do jeito que fez anteriormente. Cara, eu sempre fui fã de séries de vampiro, mas não esperava conhecer dois babacas realmente. 

A comida na mesa parece horrível e a bebida me lembra sangue e não vinho. Eles parecem ter saído de algum filme ridículo. Preciso fazer alguma coisa para não virar refém. Porcaria, eu preciso voltar para casa, para a minha mãe que sem mim, voltará a morar na rua.

Heloísa: Vai me dizer o que pretende?

Klaus: Não.

Heloísa: E porque não? 

Klaus: Porque você não gostaria de saber.

Heloísa: É algo ruim? 

Claro que era algo ruim. No entanto, eu sei que nada de muito ruim vai me acontecer porque sou um sobrevivente e vou encontrar um modo de acordar desse pesadelo amador que estou envolvida. Isso eu prometo a mim mesma e também à minha querida mãe. 

William: Depende. Casar com um vampiro é ruim para você, docinho? 

Heloísa: Tá brincando? Prefiro a morte.

Klaus: É bom saber disso. — Ele levantou a sua taça e brindou  com o seu irmão. 

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