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Casamento Sob Contrato

A revolta silenciosa

Hoje é o dia do meu casamento. Essas palavras ecoavam em minha mente enquanto eu caminhava pelo corredor adornado de flores em direção ao altar. Mas antes desse dia, antes de vestir este traje suntuoso que me sufoca, minha vida era uma canção tranquila e feliz.

Antes do casamento, antes da chegada da carta que mudaria tudo, meu reino era um refúgio de serenidade. As colinas ondulantes pintadas de verde, os riachos que cantarolavam histórias enquanto serpenteavam pela paisagem - tudo era uma tapeçaria de calma e alegria.

Fui criada sob o calor do sol, com risadas ressoando nos salões do castelo. Meu pai, um líder respeitado, guiava nosso reino com sabedoria, e eu era livre para explorar os vastos jardins e aprender com os sábios conselheiros que frequentavam nosso lar.

Então, uma carta chegou, trazendo consigo nuvens escuras de incerteza. Meu pai, rosto sombrio e expressão preocupada, me convocou à sua presença.

Mãe: Helena, querida, ouça seu pai. Esta união é para o bem de todos nós.

Pai: Uma proposta de casamento chegou do Príncipe de Lydoria. Uma união que fortalecerá nossos laços, mas exigirá sacrifícios.

Minha felicidade foi substituída por uma sensação de apreensão. O reino de Lydoria era desconhecido para mim, uma terra distante cujas nuances eram apenas rumores.

Antes do casamento, quando meu coração ainda pulsava em harmonia com a tranquilidade de meu lar, parti rumo a Lydoria para conhecer meu futuro esposo. O reino se desdobrava diante de mim como um quadro encantador. Castelos imponentes, jardins meticulosamente cuidados e uma atmosfera majestosa que sussurrava de tradições ricas.

Nos dias que antecederam o casamento, meu pai, apesar das preocupações iniciais, mostrava-se esperançoso. Ele via na aliança uma oportunidade de prosperidade para ambos os reinos.

No dia do casamento, o vestido que agora pesava em meus ombros foi escolhido com carinho. Os risos ecoaram novamente nos salões, mas dessa vez, a melodia era diferente. Meus passos em direção ao altar eram uma dança de compromissos selados, uma coreografia de deveres impostos.

Mas antes do casamento, antes de trocar juras que me atariam a um destino incerto, minha revolta silenciosa confrontou meu pai.

Helena: Pai, esta união é imposta! Minha vida não pode ser moldada por alianças políticas.

Pai: Helena, é nosso dever assegurar o futuro do reino. Seu sacrifício beneficiará a todos nós.

A discussão foi um duelo de vontades, mas diante das expectativas da realeza, minha voz, por mais resistente, tornou-se uma nota inaudível. No entanto, meu coração permanecia inquebrável, e eu caminhava rumo ao casamento não como uma noiva submissa, mas como uma rebelde silenciosa, determinada a desvendar os segredos que a carta de Lydoria escondia.

Helena avançava pelo corredor, seu vestido arrastando-se graciosamente pelos degraus de mármore. O murmúrio dos convidados era um zumbido distante, enquanto ela mergulhava em seus pensamentos tumultuados.

Seus olhos encontraram os do Príncipe de Lydoria, um homem cuja expressão era difícil de decifrar. Uma mistura de curiosidade e formalidade moldava seu rosto. Helena não sabia se encontraria conforto ou desafios nos olhos do homem que se tornaria seu marido.

Ao chegar ao altar, seu pai, o Rei, estava ao seu lado. Ele a guiara por esse caminho incerto, mas seus olhares revelavam uma tensão sutil entre dever e compaixão. O sacerdote, com vestes solenes, aguardava para iniciar a cerimônia.

O Príncipe de Lydoria, respeitosamente, aproximou-se do Rei. Um gesto cordial, mas os olhares trocados entre pai e futuro genro carregavam uma carga complexa de emoções. O príncipe gentilmente tomou a mão de Helena, sinalizando o início de uma jornada que nenhum deles escolhera.

sombras da união

Helena avançava pelo corredor, seu vestido arrastando-se graciosamente pelos degraus de mármore. O murmúrio dos convidados era um zumbido distante, enquanto ela mergulhava em seus pensamentos tumultuados.

Seus olhos encontraram os do Príncipe de Lydoria, um homem cuja expressão era difícil de decifrar. Uma mistura de curiosidade e formalidade moldava seu rosto. Helena não sabia se encontraria conforto ou desafios nos olhos do homem que se tornaria seu marido.

Ao chegar ao altar, seu pai, o Rei, estava ao seu lado. Ele a guiara por esse caminho incerto, mas seus olhares revelavam uma tensão sutil entre dever e compaixão. O sacerdote, com vestes solenes, aguardava para iniciar a cerimônia.

O Príncipe de Lydoria, respeitosamente, aproximou-se do Rei. Um gesto cordial, mas os olhares trocados entre pai e futuro genro carregavam uma carga complexa de emoções.

Nesse momento crucial, Helena sentiu a mudança iminente em seu destino. As palavras do sacerdote seriam como elos, conectando-a irrevogavelmente ao Príncipe de Lydoria. O casamento, uma aliança selada diante de testemunhas e deuses, estava prestes a começar, e ela se via na encruzilhada entre a tradição e sua própria busca por verdade e autonomia.

Helena colocou seu braço no do Príncipe de Lydoria, e a suavidade do toque foi eclipsada pela tensão no ar. O Príncipe, com uma elegância medida, segurou seu braço, criando um elo simbólico diante dos observadores silenciosos. A cerimônia se desdobrava como um destino predeterminado, e o sacerdote, com palavras antigas, selava esse pacto.

Sob o peso das alianças políticas, Helena sentiu o toque do Príncipe como uma promessa de uma aliança ainda desconhecida. Enquanto avançavam juntos, os murmúrios da multidão ecoavam como o acompanhamento de uma sinfonia que marcaria o início de uma história entrelaçada pelo destino e pela intriga.

Padre: Nobre casal, chegou o momento de unir vossos destinos perante os deuses. Por favor, ajoelhem-se e que esta bênção divina os guie.

Helena e o Príncipe Adrian de Lydoria se ajoelham de mãos dadas, aguardando as palavras do padre.

Padre: Que a luz dos céus ilumine vossos caminhos. Aceitais, diante da divindade, comprometer-se em amor e respeito?

O Príncipe Adrian, com uma expressão impenetrável, responde bruscamente.

Príncipe Adrian: Sim, sim, apressem-se com isso, padre.

Helena, surpresa com a atitude do Príncipe, olha para o padre, que, também atônito, continua rapidamente.

Padre: Muito bem. Príncipe Adrian, aceitas Helena como tua esposa?

Príncipe Adrian, de maneira ríspida: Sim, sim, siga em frente, padre.

O padre, apressado, continua.

Padre: Então, que estas alianças simbolizem vossa união.

O Príncipe Adrian pega a aliança, coloca-a rapidamente em sua própria mão, enquanto Helena faz o mesmo. A tensão paira no ar, enquanto a cerimônia prossegue com um toque de imprevisibilidade.

O boato se espalha entre os presentes na igreja, ecoando nas paredes imponentes.

Senhora 1: O Príncipe Adrian parece pouco interessado nisso.

Senhora 2: Já ouvi dizer que no reino de Eldoria, a Imperatriz está morta.

O murmúrio entre os convidados cresce, misturando-se ao suspense que envolve a cerimônia. Enquanto Helena e o Príncipe Adrian continuam a trocar juras, a notícia sobre o reino distante semeia dúvidas e especulações entre os presentes.

Entre portões reais

Após a troca das alianças, o Príncipe Adrian se prepara para levantar o véu de Helena. A tensão no ar persiste, alimentada pelos murmúrios dos presentes. O gesto simples, porém simbólico, é aguardado com expectativa enquanto os olhares se fixam no momento que revelará a expressão da noiva diante das peculiaridades desta união.

Ao erguer o véu de Helena, o Príncipe Adrian percebe uma sombra de tristeza em seu rosto, um indício silencioso de emoções que escapam ao brilho da cerimônia. Nesse breve instante, o olhar de Helena revela uma melancolia discreta, desenhando uma narrativa emocional que transcende os eventos festivos ao seu redor.

Ao erguer o véu de Helena, o Príncipe Adrian nota a expressão de tristeza em seu rosto, e, com uma mistura de frustração, pega sua mão com raiva. O gesto, carregado de tensão, reflete as complexidades ocultas deste casamento real enquanto eles saem da igreja, deixando para trás um rastro de emoções intensas e perguntas não respondidas.

Helena e o Príncipe Adrian, deixando para trás a imponente igreja, dirigem-se em direção a uma carruagem ornamentada, aguardando pacientemente nos jardins do palácio. A carruagem, adornada com detalhes dourados e puxada por cavalos majestosos, representa o elo entre o esplendor da cerimônia e a próxima etapa de sua jornada como casal real.

Adrian: Garota o que você tem? Não queria se casar comigo?

O Príncipe Adrian, com um olhar inquisitivo, expressa sua preocupação enquanto a carruagem se movimenta. A pergunta ecoa entre eles, lançando uma sombra sobre o início de sua vida como casal real.

Helena permanece em silêncio, desviando o olhar, sem oferecer uma resposta imediata. O Príncipe Adrian, ao perceber a falta de palavras dela, continua com uma mistura de impaciência e determinação.

Adrian: Não importa! Agora você é minha mulher.

Helena não abaixa a cabeça e responde com firmeza:

Helena: Por que acha que queria me casar com você? Um tirano que só se importa com a aparência.

As palavras de Helena revelam uma insatisfação profunda, lançando uma sombra sobre a carruagem enquanto o diálogo tenso entre eles continua a se desenrolar.

O Príncipe Adrian, com uma estatura imponente e cabelos escuros elegantemente penteados, irradia uma presença real. Seus olhos profundos carregam uma mistura de autoridade e inquietação, revelando as complexidades de seu papel como herdeiro do trono. Vestido com trajes reais que destacam sua nobreza, Adrian exala uma aura de poder que contrasta com a tensão evidente no interior da carruagem. Cada traço de sua expressão contribui para a atmosfera densa enquanto ele enfrenta os desafios iniciais dessa união real.

Adrian, irritado, avança até Helena, erguendo o queixo dela com firmeza.

Adrian: Não importa o que ache de mim, eu não ligo.

O Príncipe Adrian, apesar da irritação, mantém uma postura firme, deixando claro que a opinião de Helena sobre ele não abala sua determinação. A tensão entre os dois personagens cresce, enquanto a carruagem continua seu percurso em direção ao destino incerto.

A carruagem conduz Helena e o Príncipe Adrian até os imponentes portões do Palácio Real. Os guardas, vigilantes em suas posições, anunciam a chegada do casal real enquanto os portões se abrem majestosamente. O Palácio, com suas torres imponentes e salões suntuosos, recebe os recém-casados em meio a uma atmosfera de grandiosidade e mistério.

Este é o início de uma nova fase em suas vidas, onde os corredores do palácio guardam segredos e desafios que aguardam ser desvendados. Helena e o Príncipe Adrian adentram o Palácio Real, enfrentando o desconhecido enquanto o destino deles se entrelaça com as intricadas tramas da realeza.

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