Após um bom tempo afastado da máfia Danyel Braidon tentava prosseguir com a vida, sua esposa Lídia estava entrando no oitavo mês de uma tão sonhada gravidez, quando em uma tarde após um atentado na mansão, Lídia perdeu a vida com um tiro.
Os médicos conseguem salvar o bebê. Dan entra em desespero com essa perda. E acaba voltando para a Máfia com muito mais sede de vingança. Após dias no hospital o bebê é liberado e levado para a mansão. Dan lhe registra e põe nele o nome: Denyel Braidon.
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Doze anos depois
Denyel
Desde pequeno eu sabia ser extremamente proibido dizer uma simples palavra 'Mãe' eu nunca posso falar sobre ela.
Até outro dia não sabia nem o nome. Lídia achei o nome lindo, mas ao perguntar quem era ao meu pai. Ele simplesmente se irritou comigo.
Logo notei de quem falávamos. Eu não quero magoar ele, eu só queria saber mais sobre ela... E como ela morreu.
"ei. Está prestando atenção na aula sr. Braid?" Ouço de repente
"claro sr. Albert." Digo sem dar muito atenção a ele.
"então explique o assunto aqui."
"não que seja da minha conta, mas isso é o seu trabalho."
"rapazinho controle o seu linguajar."
"como quiser". Os alunos sorriram.
"Silêncio." Ele diz em seguida volta a sua explicação. De fato eu não estava interessado naquela aula. Já o que eu disse para o professor ele simplesmente ignorou.
De sorte eu não sou um mal aluno. Tirar notas altas sempre foi uma das minhas vantagens. Ouço o soar do sinal e todos os alunos se agitam. Henry vem em minha direção.
"Deny vamos à minha casa ao fim da aula."
"Henry seu pai não vai estar né."
"não Deny. Meu pai viajou."
"então vamos sim."
Ao final da aula eu disse para Lendon ir para casa.
"mas tarde eu vou pra casa Lendon."
"rapaz seu pai não vai gostar."
"depois eu me entendo com ele." Digo e entro no carro com o Henry sem nem esperar a resposta do Lendon que com certeza fica imaginando o que dizer ao meu pai. Ouço o Henry perguntar:
" você vai no passeio da escola semana que vem?"
"ainda vou ver."
"Tomara que sim e assim podemos combinar para assustar o professor Albert. Ele é um chato."
O motorista olha para Henry. " nenhuma palavra Juan." O motorista se concentra no caminho. E logo chegamos. Descemos no jardim da casa grande. Em seguida entramos pelo salão principal.
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Hanny
"ei Hanny." Ouço a voz de marta me chamando, abro o olho muito sonolenta.
" vai se atrasar para a aula."
"quanto tempo falta?"
"vinte minutos para a primeira aula." Me levanto apressada, não posso me dar ao luxo de perder essa aula. Até porque não teria como justificar minha falta.
Corro para o banheiro e me arrumo às pressas. Minha amiga me ajuda com o uniforme, calço os sapatos e descemos. Fomos até a sala chegamos encima da hora. A professora Jenny já nos olhou seriamente, após os comprimentos nos sentamos...
Ao final da quarta aula, a dona Cecília entra na sala. Eu estou concentrada desenhando para a próxima aula quando ouço a voz de Ceci
"senhorita Hanny. Seu pai a aguarda no salão principal." Eu me levanta entediada. Sempre que o sr. Julian vem não traz nenhum assunto interessante. Quando chego na sala meu pai está sorrindo. Ele me abraça e diz:
"como tem passado minha linda." Quem o vê assim até pensa que esse carinho é sempre assim. Sei que após as palavras doce vai vir a verdade.
"muito bem papai."
"Bom, vim te avisar que não será possível te levar para casa no final do mês terei duas viagens a trabalho. E sua mãe irá comigo."
"eu posso ficar com o Henry papai."
"O seu irmão tem um passeio da escola inadiável princesa, você iria ficar sozinha compreende?"
De fato não, mas eu já estou acostumada a ficar o tempo todo no colégio, nem sinto falta da casa grande. Mas eu queria ser incluída no projeto família.
Mas em vez de expor minha vontade, sorrio e concordo com meu pai. Que me dá um beijo no alto da cabeça. "sabia que ia entender amor."
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Denyel
Depois de uns minutos na casa do Henry alguém bateu na porta. Vejo meu pai entrar com um semblante sério.
"vamos embora, nesse minuto Denyel."
"pai ao menos cumprimente o Henry."
"oi." meu pai franze o cenho arqueando um pouco a sobrancelha, olha para mim "agora para o carro." diz claramente.
Eu me despeço de Henry que faz uma careta. Saio em seguida meu pai me acompanha. Ele não estava com o motorista e notei que tinha vindo direto da empresa.
" O Ledon não devia ter te ligado."
"eu já disse que não quero você saindo com esse garoto."
"ele é meu amigo pai."
"eu não quero, brigar com você Deny"
"ok papai."
"vamos almoçar."
"mas o senhor tem que voltar para o trabalho."
"mas antes eu tenho que almoçar. Não é?"
"sim." digo com um sorriso. Então paramos no restaurante onde a gente costuma ir.
"peça o que quiser Deny." Após o pedido a gente aguarda. De fato, meu pai sempre troca as brigas por almoços ou jantares.
Após uns minutos os pedidos chegam o telefone do meu pai vibra. Ele olha o aparelho. "se quiser algo mais peça, tá bom filho."
"sim, pai." Ele se afasta um pouco e atende. Durante o telefonema ele fica sério. Ao final ele volta para mesa. "algo errado?" Pergunto, ao perceber, seu semblante preocupado. Ele sorri para mim e diz:
"não é nada meu garoto, vamos comer, estou cheio de fome." Após comermos, meu pai me deixou em casa.
"Ledon não é pra você fazer todas as vontades dele." Meu pai diz para o motorista.
" a culpa não foi dele papai."
"nada de sair hoje rapazinho." Ele diz olhando para mim. Depois meu pai sai. Eu vou para o meu quarto.
Denyel
De manhã cedo acordei, meu pai estava tomando café.
"bom dia filho."
"bom dia pai." Eu me sento à mesa.
"hoje eu vou te levar na escola e o Ledon vai te buscar mais tarde ok?"
"ok." Aisha me serve o café pois a Sílvia não veio hoje, eu começo a comer.
Ao terminar Edgar me entrega a mochila o meu pai falava ao telefone, quando me aproximei, ouço apenas: "depois continuamos. Pronto garotão."
"sim pai."
"então vamos." A gente saiu. Chegamos na escola quinze minutos antes. Meu pai se despediu de mim e foi para a empresa.
" e então como foi a bronca?" Ouço Henry perguntar.
"que bronca nada, meu pai me levou ao restaurante."
"vida boa, meu pai teria me dado uma bronca enorme."
Eu sorrio com o olhar do Henry. Logo vamos para a sala e começamos a aula.
Ao final da aula Ledon já estava ali. Após me despedir de Henry, entro no carro.
"meu pai vai estar em casa Lendon?"
"só mais tarde, senhor." Estávamos na metade do caminho quando sentimos uma movimentação estranha. Noto que Lendon pareceu tenso.
" algo errado?"
"espero que não." Nesse momento vejo que um carro prata está nos seguindo. De repente um impacto no vidro me assusta.
"se abaixa, menino." Ledon diz. Eu me abaixo, mas começo a ficar assustado. De repente vejo que o vidro do carro se quebra com outro impacto e eu tenho certeza que são tiros.
Vejo que o motorista começa a se apavorar. Ele pega o telefone enquanto continuam atirando. Ele digita algo e envia. Nesse momento o carro que nos seguia empurra a gente para fora do caminho.
O carro capota meu coração acelera quando o carro para após capotar algumas vezes eu sinto uma dor intensa em meu braço. Mas continuo tentando.
"Ledon." Chamo. Mas ele não reage eu não consigo me mexer sinto muita dor não consigo me concentrar, aos poucos o movimento fica mas longe e tudo desaparece e fecho os olhos.
Dan
Ver o meu filho naquele estado fez-me sentir totalmente vulnerável, notei que em menos de um minuto eu podia ter a minha vida destruída.
Senti raiva de mim por não ter podido fazer nada e senti muito mais raiva do causador. Agora o meu menino estava ali tão pertinho, mas eu não podia fazer nada para ajudar.
E quando o médico disse que ele podia ter quebrado o braço eu senti vontade de quebrar todos os ossos do maldito culpado.
Me senti melhor quando disseram que de fato era só uma fratura leve, e nem precisaria engessar. Mas eu não consegui nem por um minuto me sentir aliviado enquanto não fizeram todos os exames necessários.
"sr. Braidon." O médico diz após um tempo.
"pois não, fale como está meu filho?"
"ele vai ficar bem. Crianças tendem a se recuperar bem rápido.
Ele precisa mexer o mínimo possível o braço por um tempo"
"posso ver ele?"
"sim, senhor, por aqui." Acompanho o médico até o quarto.
"cheque as informações sobre o meu motorista" Peço antes de entrar.
" volto já com as informações." Entro no quarto e ao ver meu garoto a minha reação é chorar.
Por que só agora ali ao lado dele é que eu me sentia aliviado. Sentei ao lado da cama, eu só queria ver esses olhinhos claros brilhantes ao olhar para mim. O médico pede licença e entra.
"o estado do motorista é bem crítico, ele levou um tiro e está na UTI."
"façam o possível para que ele se recupere não me importa os gastos." Digo e o médico sai.
Eu seco as lágrimas e coloco minhas mãos sobre os lábios, finto o chão branco daquele quarto e nesse momento ouço...
Denyel
Ao acordar, vejo meu pai, ele está com os olhos vermelhos e suas mãos estão cobrindo seus lábios.
"pai." Chamo sua atenção para mim.
Ele me olha e mesmo envolto em lágrimas sorri.
"como você está, meu garoto?" Diz ele pegando em minhas mãos. Eu me observo.
" acredito que inteiro." Digo e sorrio para ele.
"eu fiquei apavorado, quando recebi a mensagem do Ledon."
"e o Ledon pai?"
"ele vai ficar bem."
"por que eles queriam matar a gente?"
"não pense nisso só descansa." Disse ele me acariciando. Meu braço está enfaixado e percebo que de fato devia ter alguma fratura.
Meu pai estava desesperado com isso e percebi pelo jeito que estava quando acordei. Mas ele tenta disfarçar eu vejo o medo claro em seus olhos. A mão está sobre a minha.
"o senhor parece tenso."
"não se preocupe, isso foi só pelo susto que eu levei."
"eu nunca tinha sentido tanta dor." Eu digo involuntariamente sem pensar. E percebo a raiva nos olhos do meu pai.
"eu nunca mais vou permitir que machuquem você." Ele diz segurando firme a minha mão. Percebo que as palavras são mais para si mesmo do que para mim. "descansa, filho. Descansa." Ele diz e em seguida eu fecho os olhos.
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Hanny
Eu estou em meu quarto ouvindo Marta, Allana e Soraia falar sobre diversas viagens que irão fazer com a família. Essa conversa não me interessa nenhum pouco.
Mas finjo estar prestando atenção, para que elas não me venham com reclamações. Desde de que eu fui colocada neste colégio, eu me sinto mais distante da minha família.
Já estou aqui há oito anos e nesse tempo quase não tenho visto meus pais ou meu irmão Henry. Mas sempre falo com Henry.
"e você vai viajar para onde?" Soraia me pergunta, eu olho pra ela com um sorriso curto.
"não vou viajar pra lugar nenhum."
"como assim?"
"vou ficar no colégio mesmo." Elas olham para mim e posso ver que estão se perguntando por que eu tinha decidido isso. Na verdade, não tinha a intenção de ficar sozinha ali. Foi um imprevisto. Simples. Mas de fato eu não tive outra escolha.
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Denyel
Eu estava terminando o café da manhã, quando o médico entrou acompanhado por meu pai.
"como está, se sentindo amigão?" O médico me pergunta.
"Bem." Meu pai estava olhando para mim com um sorriso. A enfermeira me pediu licença, assenti, ela então saiu com a bandeja.
Todos ali tinham me paparicado o tempo todo como se eu não tivesse mais que cinco anos. Após o médico sair, meu pai veio até mim.
" disseram que amanhã já poderei levar você para casa." Ele diz e se senta ao meu lado. "vou trabalhar em casa a semana inteira" eu sorrio ao ouvir suas palavras.
" só saio do seu lado quando seu braço estiver 100%" em seguida ele me abraça. Agora de fato não vi a tristeza do dia anterior e sim muita empolgação para me levar pra casa.
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Hanny
Eu e as meninas estamos na sala vendo um filme. Nós sempre fizemos esse tipo de programa. Como na semana que vem elas vão estar viajando hoje aproveitamos.
Eu ficarei mais uma vez aqui junto com os professores. Aí a minha vida é tão chata. Ao menos já estou acostumado com isso.
Vejo Bárbara se aproximar com a vasilha de pipoca. A gente começa a comer. Sorrio com a cena do filme imitando as meninas.
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Acordo pela manhã. Hoje não teremos aula, vou aproveitar para sair com as meninas. Meu pai me deu permissão, enfim.
Me encontro com elas na saída e vamos. A professora Melissa estava com a gente. Fomos à vários lugares. Estávamos animadas com o passeio.
Ao fim da tarde voltamos para o colégio, amanhã minhas amigas já vão para casa delas, estou feliz por elas, mas chateada por ficar sozinha.
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