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Apenas Uma Chance

Cap. 1

Em meio ao brilho dos arranha-céus, na metrópole onde os negócios eram tão implacáveis quanto os jogos de poder, Luci Anne, aos 23 anos, estava no comando das empresas deixada pelo seu falecido pai.

Quando assumiu a empresa do ramo de telecomunicações, Luci era recém formada em administração, e encontrou uma empresa à beira da falência. Mas ela, éuma jovem empreendedora dotada de determinação e talento, logo conseguiu traçar planos e estratégias que alavancaram os ganhos da empresa.

_ Você não acha que já está na hora de ir para casa? A voz alta de Matheus, ecoou na sua sala fazendo Luccu se assustar e quase cair da cadeira.

_ Matheus! Você quer me matar do coração? Perguntou colocando a mão sobre o peito.

_ Não, eu não quero te matar do coração, mas você vai acabar se matando de tanto trabalhar. Mulher, você está acabada, olha o seu cabelo, a sua pele está pálida, as suas roupas estão velhas e largas. Não se parece mais com mulher bonita que chamava a atenção de todos por onde passava. Fique sabendo que até o seu bumbum diminuiu nesses dois anos que você se tornou a CEO das empresas. Falou com humor.

_ Matheus, você sabe que eu tive muitos problemas para resolver, mas vai ficar tudo bem.

AH Luci, pensa que eu não te conheço? Falou Matheus cruzando os braços. Você só pensa em trabalho....

Luci e Matheus eram amigos desde a infância, compartilharam risadas, segredos e os altos e baixos da vida. Cresceram juntos, enfrentaram desafios e celebraram conquistas lado a lado. O laço entre eles era tão forte que pareciam irmãos.

_ Eu tenho que analisar esse relatório, e assim que terminar, eu vou embora, eu prometo!

_ Vou fingir que acredito. E cadê aquele imprestável do seu namorado?  Ele não é o vice presidente? Deveria estar trabalhando com você.

_ Não sei porque você implica tanto com o Diego... Ele já foi para casa, e não sabe que eu fiquei trabalhando até mais tarde hoje.

Melhor assim, por senão ele estaria aqui incomodando, porque ele não vê a hora de se apossar do seu corpinho... O comentário de Mateus deixou Luci vermelha. Não adianta ficar com vergonha não, sei que ele quer tirar a sua virgindade, isso ficou claro para mim na semana passada quando entrei na sua sala sem bater na porta, e ele estava em cima de você, sendo bruto. Se eu não tivesse chegado…

_ Para de falar besteira.

_ Luci Anne, eu não vou com a cara dele, e admita, ele estava sendo violento com você. Luci ficava confusa sempre que falava do seu relacionamento com Diego, ela gostava dele, mas não sabia quais eram os seus reais sentimentos. A ideia do relacionamento amoroso partiu dele, e ela cedeu depois de muita insistência.

_ Matheus, nós estamos juntos a quase seis meses, ele deve sentir falta de sexo, e ele diz que me ama…

Isso não é motivo para ele agir daquela forma, e pelo que já me contou não foi a primeira vez. Agora me diga, por que você ainda não se entregou a ele? Matheus pressionava a amiga. Já sei, você não gosta tanto dele assim, não está apaixonada.

_ Não é isso, e e eu não me sinto preparada, ele é o meu primeiro namorado de verdade…

_ Não, isso não tem nada a ver, pois se vocês tivessem química, se ele fizesse a sua amiguinha ai esquentar, não diria isso, e já teria se entregado para ele. Falou apontando para as pernas de Luci que ficou mais envergonhada.

Matheus! Matheus começou a rir da reação da amiga. Você não tem nada melhor para fazer não? Cadê seu namorado?

_ Está pegando pesado amiga... Chata! Sabe que nós terminamos, e que eu ainda o amo.

_ Quem mandou você ser ciumento.

_Bem, vou embora, a nossa conversa está ficando realmente chata. Vou me encontrar com um amigo

_ Amigo? Sei...

_ Dessa vez é sério, estou indo encontrar um amigo. Mas se ele não fosse hetero, eu pegava, oh homem gostoso, cheiroso, e que corpo, que cor-po!

_ Ah... Luci se lembrou do amigo de Matheus, mas não se lembrou do nome dele. _É o amigo que sempre fala, o que conheceu na faculdade?

_ Sim, nós estudamos juntos, e ele sempre me respeitou e me tratou bem, mesmo sabendo que sou homossexual.

_ É encontrar pessoas que sabem respeitar as nossas escolhas.

_ Sim...Sabia que ele tem uma parceria com as suas empresas?

_ Não sabia, ele é dono de qual empresa?

_ Não é esse tipo parceira que ele tem com a Telecom. Ele tem uma empresa que trabalha em outro ramo, mas  fundou uma ong que ajuda na formação profissional, e esportiva de diversas crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, e a Telecom sempre faz doações generosas para os projetos deles. Quero apresentar vocês na festa da empresa neste ano, já coloquei o nome dele na lista de convidados.

_ Está bem, eu quero conheço, você sempre falou bem dele.

_ Se você não estivesse namorando com o traste e ele estivesse solteiro, formariam um casal lindo. Matheus suspirou imaginando Luci e o amigo juntos.

_ Isso só na sua cabeça mesmo. Agora vai, senão vai se atrasar, sempre se atrasa. Luci riu da expressão brava do amigo

_ Vou mesmo, vê se não dorme na empresa, amanhã você tem uma reunião pela manhã.

_ Já tinha me esquecido dessa reunião, porcaria.

_ Se não sou eu, o seu assistente e amigo, você estaria perdida.

_ Sei… Discorda Luci Anne arrancando um sorriso de Matheus.

_ Beijos, nos vemos amanhã Luciane.

_ Beijos… E pare de me chamar assim, o meu nome é Luci - Anne. Falou pausadamente. _Todos acham que é Luciane.

_  Culpa do seus pais. Disse Matheus que saiu rindo.

_ Ah… Suspirou Luci voltando ao relatório, e somente duas horas depois, ela finalizou a analise do documento encontrando algumas inconsistências, mas devido ao seu cansaço, ela decidiu ir para casa, precisa descansar para descobrir ao certo o que as inconsistências significavam para a empresa. Ao se levantar, esbarrou na moldura que estava sobre a mesa e guardava um boné do pai. Ela amava aquele boné pois lembrava momentos felizes que passaram juntos. E ver a moldura quebrada, Luci ficou chateada.

Eu sou tão desastrada… Lucci pegou o boné com cuidado entre os cacos. Vou levar você para casa, depois vou providenciar outra moldura. Falou colocando o boné na bolsa e antes de sair da sua sala, Luci escutou o barulho de uma porta se bater o que a assustou. Passava das nove da noite e ninguém trabalhava naquele horário.

Luci apagou a luz de sua sala abrindo um pouco a porta, e por uma fresta viu que a luz do escritório de Diego estava acesa o que a deixou intrigada. Luci pensou em ir embora, mas algo dizia que ela deveria descobrir o que estava acontecendo. No escuro, Luci caminhou lentamente até a sala do namorado tentando não fazer barulho.

Luci estava namorando Diego, que tinha vinte e oito anos. Eles eram primos distantes, e desde que Luci assumiu o comando das empresas que herdou, Diego trabalhava com ela. Aos olhos de todos, ele parecia um namorado perfeito.

No entanto, o coração de Diego estava contaminado pela ganância, e sua lealdade era apenas uma fachada para os planos nefastos que ele secretamente alimentava.

_ Ai amor… Luci escutou a voz de uma mulher gemendo quando se aproximava da sala de Diego.

_ Já disse para você não gritar. A voz de Diego era inconfundível para Luci, ela tinha certeza que ele estava na sala, por isso se aproximou vendo através da porta entre aberta o namorado abraçado a outra mulher que ela não conhecia. Naquele momento Luci  sentiu uma sensação ruim tomar o seu corpo.

_ Eu não vou gritar mais,amor... é que você me deixa louca. Falou a mulher deslizando as mãos pelo corpo de Diego.

Você também me deixa louco Amanda. Diego, movido pela ambição desenfreada, encontrou refúgio nos braços de Amanda, uma mulher astuta cuja beleza escondia uma mente ardilosa. Quero te fazer minha agora, até voce sentir vontade de grutaa.Falou enquanto beijava o pescoço de Amanda e Luci tomada pela raiva, pensou em entrar na sala e surpreender os dois, mas parou quando escutou o que Amanda disse:

_ Calma amor, viemos aqui conversar, não se esqueça que temos que colocar o nosso plano em prática. Já tem seis meses que vocês está namorando aquela mulher, e nada.

_ Eu sei… ela sempre dá um jeito de fugir de mim… fala que não se sente segura, que ainda é virgem. Talvez seja melhor pedi-la em casamento, sei que posso convencê-la a se casar comigo, assim como consegui que ela me desse o cargo dr vice presidente.

Com certeza você tem que se casar com ela. Eles Conversavam entre carícias. Mas não se esqueça, ela tem que ficar grávida logo.

_ Gravida? Se perguntou Luci sem entender onde eles queriam chegar.

_ Eu sei, é que essa história de filho…

_ Ah amor, ter um filho com ela é necessário. Não vai querer que a sua sogra apareça querendo parte da sua herança, pois se algo acontecer a sua esposa, e vocês não tiverem herdeiras, a mãe dela pode ficar com a metade de tudo que ela tem, e é não é isso que nós queremos.

_ Mas eu não quero cuidar de uma criança.

_Podemos pagar uma baba para cuidar da criança, depois podemos colocá-la em um colégio interno, sei lá, encontraremos  uma solução.  Luci estava horrorizada ao saber que a sua vida estava sendo negociada como se fosse uma peça descartável em um jogo.

_ É verdade, um filho é a garantia que tudo será nosso. Juntos, tramavam um ardiloso plano para Diego se casar com Luci, uma união que não tinha como base o amor, mas sim a obsessão pelo controle da fortuna que ela possuía.

_ Meu Deus… Luci estava assustada com o que havia escutado. A descoberta a deixou abalada, e a fez perceber que o perigo rondava cada passo que ela dava.

_ E para te ajudar, consegui uns comprimidos especiais para você colocar na bebida da sua namorada, a tal Luciana. Falou Amanda.

_ Luci Anne, o nome dela se escreve separado. Corrigiu Diego.

Luci Anne, Luciana, não importa. Amanda sorriu tirando um frasco de comprimidos da bolsa. Basta colocar um comprimido na bebida dela que ela vai ser sua quantas vezes quiser, e logo ela estará gravida, e vocês casados.

_ E nós estaremos milionários...

_ Sim, milionários. Concordou Amanda Beijando Diego.

As mãos de Luci Anne tremiam enquanto ela recuava sentindo nojo daquela conversa, e seu coração martelando no peito. A revelação da traição e do plano macabro a atingiu como um soco. Ela precisava agir rapidamente antes que os sinistros desejos de Diego e Amanda se concretizassem. Consciente de que sua vida estava em perigo, Luci recuou silenciosamente, decidida a não se tornar uma vítima de uma conspiração que girava em torno de si, e naquele momento ela tropeçou em uma lixeira que a fez cair, e o barulho da sua queda chamou a atenção de Diego e Amanda.

__________

Cap. 2

O tropeço de Luci ecoou como um alerta na escuridão, chamando a atenção de Diego e Amanda, que se aproximaram rapidamente vendo ela se levantar.

_ Luci… O coração de Luci quase parou ao ver a figura sinistra de Diego e Amanda emergindo das sombras. _ O que você está fazendo aqui? Questionou Diego que não sabia se Luci havia escutado ou não a sua conversa com Amanda

_ Essa é a sede das minhas empresas, não entendo a sua pergunta. Respondeu encarando seus algozes tentando vencer o medo que sentia encarando bem Amanda, uma mulher bonita e sedutora.

_ Essa é Amanda, ela vai trabalhar nas nossas empresas... A Amanda possuiu muitos anos de experiência na área de telecomunicações. Diego tentou encobrir a verdade, apresentando Amanda como uma futura colaboradora. _ Acabei de fazer uma entrevista com ela.

_ Prazer em conhecê-la, Luciane. Amanda estendeu a mão para cumprimentar Luci. Diego estava, aparentemente confiante em sua trama, e Amanda, com um sorriso dissimulado.

_ Nossas empresas? Questionou Luci. _ Porque não a apresentou como o que ela realmente é, a sua amante, não me venha com desculpas esfarrapadas… A revelação deixou Diego e Amanda momentaneamente atordoados.

_ Não Luci, não sei de onde você tirou a história que somos amantes… Luci começou a bater palmas de forma debochada diante da fala de Diego.

_ Você tem o raciocínio rápido, mente bem, mas eu escutei tudo Diego, cada palavra do que vocês disseram sobre mim.  Revelou Luci com raiva. _ Você não vai mais me enganar, vou tirar você da minha vida para sempre. Falou cerrando os lábios com a expressão fechada.  Luci, que sempre era doce e calma, agora expressava uma ferocidade que ele nunca haviam testemunhado.

_ Luci…

_ Eu acreditava em você, Diego. Pensava que você me amava. A voz de Luci ecoava  nas paredes vazias demonstrando a sua decepção.

_ Luci, você entendeu errado… Diego, tentando manter a compostura, gaguejou enquanto buscava desculpas fracas. Amanda, por sua vez, lançou olhares de desdém, olhando para Luci se sentindo superior a ela

_ Eu sei muito bem o que ouvi, o que pretendia fazer...  ter um filho comigo para ficar com tudo que é meu. Estou enojada, o meu corpo até arrepia ao imaginar o que pensou em fazer comigo, por isso ficava tentando me levar para a cama de todas as formas.

_ Luci...

_ Acabou! Gritou o calando._ Junte as suas coisas e sai da minha empresa. Ordenou Luci para a fúria de Diego que detestava receber alguma ordem. _ Se você não sair agora, eu vou chamar a policia!

_ Essa empresa… eu trabalhei anos nesse lugar, primeiro com o seu pai, e agora com você, vendo voce ter tudo, o dinheiro, o reconhecimento, enquanto eu sempre recebi migalhas dos dois, eu mereço mais, não sair daqui  sem nada. Gritou mostrando a sua insatisfação o que assustou Luci.

_ Você não merece nada.

_ Pelo contrario, eu mereço tudo! E se tudo não for meu por bem, será por mal. Falou avançando em direção a Luci que impulsionada pelo medo, recuou com agilidade ao perceber que sua vida parecia esar em perigo. _ Esta com medo, vamos conversar. O tom de voz de Diego assustava Luci que apertava os botões do elevador, mas a porta não se abriu. _ Não fuja. Diego agarrou Luci pelos cabelos  o que a fez gritar de dor, e em seguida a puxou em direção a sua sala.

_ Socorro... Gritou Luci. _ Diego me solta, você está me machucando. Ja já os seguranças vão chegar aqui, eles estão vendo o que você está fazendo. Luci se referia as câmeras do segurança do andar, pensando que o setor de segurança estavam vendo o que estava acontecendo com ela.

_ Você pensa que eu estaria fazendo isso se não tivesse o controle de tudo. Tem muitas pessoas dentro da empresa que trabalham para mim. Está vendo essas câmeras? Elas são desligadas todas as vezes que eu venho a empresa à noite. Falou com o rosto colado ao de Luci achando graça na expressão assustada dela.

Luci não conseguia acreditar no que estava acontecendo e que não conhecia o real caracter de Diego.

_ Me solta, você está me machucando… Gritava Luci dando socos nas mãos de Diego enquanto Amanda  olhada a cena de braços cruzados se divertindo com a cena.

_ Amanda, na última gaveta da minha tem um envelope, pegue-o para mim.

_ Claro amor. Amanda sabia o conteúdo do envelope, e pegou dentro dele uma procuração que entregou para Diego.

_ Agora seja boazinha, e assine essa procuração, que eu te deixarei ir. Diego tentou convencer Luci que a deixaria ir, mas ela não acreditou nas suas palavras.

_ Eu não vou assinar… tudo fazia parte do seu plano...  Luci terminou de juntar os pontos, o plano de Diego de se casar com ela também incluía que ela assinasse uma procuração para que ele pudesse cuidar de tudo que ela tinha, e o que aconteceria com ela depois da assinatura dessa procuração, ela não fazia ideia.

_Se você não assim essa procuração, vamos passar a noite inteira aqui, é quero ver até quando você vai resistir. Falou em tom de ameaça afrouxando a gravata.

_ Diego, existe um meio mais fácil de convencê-la. Amanda se referia as drogas que tinha na bolsa o que deixou Luci em pânico.

_ Boa ideia, por isso estamos juntos nessa. Disse Diego sorrindo para  Amanda que pegou em sua bolsa o frasco com a drogs..

_ Não, não, não... Luci não sabia o que fazer, como fugir. A respiração estava ofegante, faltava ar.

_ Abra a boca, não vai doer nada… Amanda debochava de Luci que fechou a boca tentando resistir enquanto lágrimas de desespero molhavam o seu rosto. Diego com força segurou o queixo forçando Luci a abri a boca a fazendo engolir o comprimido. _ Já já ela fará o que você pedir, e sem esforço. Falou Amanda sentando sobre a mesa de Diego.

_ O que vocês vão fazer comigo? Perguntou Luci horrorizada com tudo que estava acontecendo com ela, sem ver uma saída.

_ Não te interessa... Respondeu Diego puxando com força o cabelo dela._ Talvez você vai sofrer uma overdose acidental, ou quem sabe pular da janela... Falou fazendo terrorismo psicológico com Luci que definitivamente conhecia esse lado obscuro de Diego.

Mesmo em pânico,   Luci analisou as opções que tinha naquele momento, ela não se daria por vencida. Em um ato de desespero, Luci deixou o corpo desfalecer, com seus olhos semicerrados, ela ficou imóvel, fingindiu desmaiar.

" Eu só tenho uma chance" Pensava.

_ O que está acontecendo com ela? Perguntou Diego sem desconfiar que ela estava fingindo.

_ Eu não sei, não era para ela desmaiar.

_ Tem certeza que essa é a droga faz mesmo o que você disse? Questionou Diego nervoso, soltando Luci por um instante.

_ Eu tenho certeza do que eu comprei, fique calmo.

_ Nosso plano está falhando, ainda precisamos da assinatura desse documento, além pensar no que fazer com ela.

_ Eu sei, não era para ser assim, acho que é melhor dar um pouco de água a ela, pode ter desmaiado por outro motivo.

_ Está bem, eu  vou na copa buscar água, fique de olho nela..  Luci analisou as possibilidades que tinha, e depois Diego saiu da sala, ela resolveu agir. Quando Luci se levantou,  Amanda se assustou percebendo que ela estava fingindo, e tentou impedir a sua saída.

_ Diego… Diego… Ela começou a gritar tentando segurar Luci que a empurrou  com força saindo correndo da sala. No Hall , viu todos os elevadores estavam parados no térreo, e quando Diego surgiu no campo da sua visão, ela não pensou duas vezes e seguir pela escada de emergência.

_ Como você deixou ela fugir? Diego estava com raiva e seguiu Luci.

_ A culpa não foi minha, ela estava fingindo. Amanda tentou se defender.

_ Com certeza foi sua, agora me ajude a pegá-la, porque se ela fugir, não sei como ficará a nossa situação.

O som de passos rápidos ecoou atras de Luci que se assustou ao ver Diego a seguindo pelas escadas.

_ Você acha que pode fugir? Gritou Diego. E naquele instante Luci que sentiu uma pequena tontura, era a droga que começava a fazer efeito. A principio, Luci pensou em ir para o estacionamento, mas sabia que devido a droga,  ela não teria condições para dirigir, já que poderia colocar a sua vida e de outras pessoas em perigo.

_ O que eu faço… A primeira alternativa de Luci, era pedir ajuda na portaria aos seguranças.

_ Segurem ela, ela está em surto. Ordenou Diego quando chegaram na portaria do Edifício.  Assustada, e vendo os seguranças que obedeceram o comando de Diego correrem na sua direção, Luci decidiu ir para a rua, e correu por dois quarteirões sem parar quando começou a se sentir estranha, sentiu forte uma vertigem, a visão ficou distorcida, o coração batia acelerado, e o seu corpo começou a queimar, um calor estranho que a fez tirar o blazer que usava. Luci se escondeu atras de um poste tentando não ser vista.

_ O que eu faço… Confusa, Luci pensou apenas em Matheus, sabia que no amigo poderia confiar. Enquanto procurava o celular na bolsa encontrou o boné do pai que colocou na cabeça. Confusa, Luci pensou que o boné poderia ajudá-la a se disfarçar.

Diego

Amanda

Luci neste capítulo.

Luci

(imagens tiradas na Internet).

Cap. 3

Matheus alheio ao que estava acontecendo com Luci, havia chegado ao restaurante onde jantaria com Gael, amigo que conheceu na faculdade e de quem gostava bastante. Gael, aguardando Matheus, observou-o se aproximar, acenando para ele.

_ Matheus, a quanto tempo. Os dois se cumprimentaram com um aperto de mão.

_ Sim, tem meses que não nos vemos.

Sim, você tem trabalhado demais. Brincou Gael. Sente-se. Matheus se sentou para continuarem a conversar antes do jantar.

_ Realmente eu tenho trabalhado bastante, haja trabalho. E você?

_ Também estou trabalhando bastante, mas formalmente trabalho menos que você, tenho dedicado boa parte do meu tempo na Ong.

_ Eu sei, a Telecom continua a contribuir com o seu projeto, e sempre que entro no site da ONG fico encantado com o projeto.

_ As doações vindas de Telecom são as maiores que a ONG recebe, tenho que te agradecer pela ajuda.

_ Tem que agradecer a Luci Anne, ela fica feliz por ajudar projetos como o seu, fora que as empresas também ganham com incentivos fiscais.

_ Luciane, é a sua chefe?

_ Ela é mais amiga do que chefe, nós nos conhecemos desde criança, eu tinha  quase oito anos  anos quando a conheci na escola, ela tinha uns cinco. Desde sempre ela foi a minha amiga, ela é um amor de pessoa, inteligente e muito competente em tudo que faz, por isso conseguiu salvar as empresas que estavam à beira da falência quando ela assumiu o comando. Vai conhecê-la na festa da empresa, já coloquei o seu nome na lista de convidados, não pode faltar.

Pode contar com a minha presença. O engraçado Eu nunca a vi, nem por foto. Em todas as entrevistas e matérias sobre a Telecom, eu sempre vejo o Diego Caetano representando as empresas, pensei que ele fosse o Ceo. Falou vendo Matheus torcer o nariz. Pelo visto você não gosta dele.

_ Não gosto mesmo, aquele cara se acha. Ele só aparece nas entrevistas porque a minha amiga tem certa fobia de falar em publico, por isso, ela deixa toda essa parte para ele. E não, ele não é o Ceo da Telecom, é apenas o vice diretor.

_ Entendi.

_ Ele aproveita que namora a minha amiga, e age como se tivesse o mesmo poder que ela dentro da Telecom.

_ Parece que você tem ciúmes dela.

Eu tenho ciúmes sim, mas não nesse sentido. O Diego não presta, trata mal as pessoas, e eu tenho certeza que ele traí ela co outras mulheres.E ainda por cima fica tentando levar a minha amiga para cama, forcando ela... parece que não entende que ela ainda é virgem… Falou sem pensar tomado pela raiva. Ai meu Deus, eu não disse isso. Matheus tampou a boca com a mão pois revelou um segredo de Luci.

_ Ela é virgem? Esse detalhe deixou Gael curioso.

_ Gael, você não escutou isso, esquece, esta bem?. Eu tenho a boca grande mesmo.

_ Mas quantos anos ela tem? E por que ela ainda é virgem?

_ Ela tem 23 anos... ah, eu não devia ter falado nada, e não entendo porque vocês homens gostam tanto de saber desses assuntos.

_ Mas o que isso demais?

_ Não tem nada demais, mas é a intimidade da minha amiga, ela confia em mim e eu abrindo a boca e contando tudo. Culpa do Diego! Para que eu fui lembrar daquele cara.

_ Calma, eu não vou contar para ninguém sobre essa conversa.

_ Se a Luci Anne descobrir que te.contei usso, vai me matar. Gael começou a rir da expressão de desespero de Matheus.

_ Acalme-se, ela nunca vai saber que você me contou, sem querer, que ela ainda é virgem.

Obrigado. Matheus tomou um gole de agua. Na festa da Telecom vou apresentá-los.

Nao sei porque, eu quero muito conhecê-la. Mas, por acaso, ela é feia ou que? Perguntou sendo encarado por Matheus. Estou curioso, pois não é comum uma mulher de vinte e três anos ainda ser virgem.

_ Fique sabendo que a minha amiga é linda, deslumbrante, uma deusa… e ela ainda é virgem porque não se sente preparada para se entregar ao Diego. Quando ela descobriu que o pai estava muito doente, pensou apenas em esturdar para atender um pedido feito pelo pai. Ele queria que Luci Anne estivesse preparada para assumir as empresas quando ele morresse. E como ela amava o pai, focou nos estudos deixando de lado festas, balada, namorados. E quando o pai morreu, ela assumiu o comando das empresas e foi meio que seduzida pelo Diego, mas eu sei que ela não o ama, senão já teria se entregado a ele. Confidenciou Matheus.

_ Esta bem, vou descobrir se você está dizendo a verdade na festa.

_ Ela é linda, e vocês dois formariam um lindo casal se não estivem namorando com outras pessoas, mas quem sabe até o dia da festa vocês... os dois podem estar solteiros, e eu vou fazer questão de agir como um cupido. Falou fazendo Gael rir.

 Você sabe que eu sou apaixonado pela minha namorada.

A loura falsa de farmácia… Matheus Pensou em voz alta. _ Eu minha boca. Desculpa, é que a sua namorada fica me olhando de um jeito estranho, acho que ela não gosta muito de mim.

_ Que isso, a Amanda apenas não tem conhece bem.

_ Sei, vou fingir que acredito. Ela ainda implica com o seu projeto social?

_Um pouco, ela pensa que eu deveria focar mais no trabalho, ganhar mais dinheiro, aproveitar a fama que tenho na mídia para focar em outras áreas.

Você ficou famoso por causa do projeto social, todo mundo te conhece, mas pensam que você é alguém famoso, que faz apenas a publicidade para a ONG. Quem mandou ser bonito?

Não me lembre disso, eu não quero fama por esse motivo. Até hoje as pessoas me perguntam se sou modelo ou ator. Chegam a falar que me viram em alguma novela, que eu estava em algum programa de tv, mas nunca lembram do meu projeto. Matheus riu de Gael. _ Por causa disso, conheci muitas pessoas interesseiras.

_ Pois é, inclusive estão olhando para você agora, na mesa ao lado.

_ Isso sempre acontece. Falou sem olhar para.os curiosos.

_ Apenas ignore esse tipo de pessoa, detesto pessoas interesseiras. Falou pegando o cardápio. Vamos pedir, estou morrendo de fome.

_ Vamos, eu também estou com fome.

Gael e Matheus fizeram o pedido e a conversa seguiu, e eles conversaram sobre outros assuntos.

Foi bom rever você, conversar. Disse Matheus quando estavam se despedindo.

Sim, mas você tem que trabalha menos. Falou em tom de brincadeira

_Só se você tem que falar com a minha amiga e chefe. Falou rindo.

Eles se despediram, e enquanto Matheus dirigia para casa, recebeu uma ligação de Luci.

Oi amiga, você me ligando a essa hora? Aconteceu alguma coisa? Perguntou ao. atender a ligação no viva voz.

Matheus, me ajuda... eles estão atras de mim, eu não sei o que fazer. Luci falava sussurrando baixinho e o seu tom de voz assustou Matheus que freou bruscamente.

Luci, quem está atras de você, e onde você está? Perguntou preocupado.

Eu não sei onde estou, o meu corpo está quente, está queimando... Sob efeito da droga, Luci tinha dificuldade em dizer onde estava e o que estava sentindo.

_ Luci, me diz onde você está que eu vou para aí agora te ajudar.

Luci...Luci...

Luci escutou a voz de Diego se aproximando e se desesperou guardando o celular na bolsa confusa com o efeito da droga.

Luci, Luci... Gritava do Matheus sem resposta, e

Luci, mesmo confusa começou a correr sendo vista por Diego.

Matheus, 25 anos

Gael, 27 anos

(Imagens da Internet para ilustrar a história.

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