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Tides Of Destiny: Miss Aiko

XIV - Terra à vista!

O mar estava calmo naquela tarde enquanto a bordo do Ésde, o trio junto dos voluntários zarpavam rumo a Lost Maze, a última ilha do East Blue. Com o log pose ajustado para apontar para o próximo destino, eles partiram em direção ao mar aberto.

Aiko assumiu o leme, guiando o navio com habilidade pelo oceano, mesmo ainda se acostumando com o material diferente que compunha a roda. Emi e Grom estavam atentos, prontos para qualquer eventualidade que surgisse durante a viagem.

[…] – Por que gaita? – Aiko questiona sem poder evitar a curiosidade.

– Hum? – Grom arqueia a sobrancelha e em segundos compreende. – Oh, sim sim. Gaita porque antes do fascínio por guitarra, ela adorava gaitas. E ficava gritando na minha orelha, lembrava uma. Então assim ficou.

– Qual é, minha voz não era tão irritante assim. – Emi resmunga.

Grom apenas arrastou uma risada sarcástica e ficou em silêncio.

"Enquanto observava Grom, meu olhar se fixou em seu semblante preocupado. Eu podia sentir a angústia que o consumia, e uma onda de compaixão tomou conta de mim."

Eu me perguntava se ele estava se culpando por não ter acordado quando seu neto foi levado. Mas nesse momento, eu sabia que era importante olhar para frente e focar na missão que tínhamos pela frente. Em vez de me deixar levar por pensamentos melancólicos, eu me concentrei em encontrar soluções e em como poderíamos superar os desafios que surgiriam em nosso caminho.

Enquanto o horizonte se expandia diante de nós, sentia uma mistura de determinação e esperança preenchendo meu coração. Eu estava determinada a fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para ajudar Grom e trazer seu neto de volta em segurança.

..."Sei como é ser uma criança deixada para trás mesmo com esperança de que alguém apareça e a realidade não passe de uma ilusão distante. Não quero que o neto de Grom sinta o mesmo."...

O vento sussurrava suavemente, balançando as velas do navio e criando uma melodia tranquila. Cada um mergulhado em seus próprios pensamentos e reflexões, enquanto o mar azul estendia-se infinitamente diante deles. O silêncio a bordo do Ésde era interrompido apenas pelo suave som das ondas quebrando contra o casco do navio, criando uma sensação de calmaria e mistério enquanto eles avançavam em direção ao desconhecido.

...[…]...

...Horas se passam....

Após várias horas de navegação, Aiko decide explorar um local especial dentro do Ésde. Ela percorre os corredores do navio, passando pelos tripulantes ocupados em suas tarefas e pelo som suave das ondas batendo no casco. Finalmente, ela chega a uma pequena sala com janelas amplas, que oferecem uma vista deslumbrante do oceano.

Ela para diante da vista panorâmica e respira fundo, permitindo que a serenidade do ambiente a envolva. Essa sala é o novo refúgio pessoal de Aiko, o quê antes não tinha em sua antiga embarcação, é um lugar onde ela poderá se reconectar consigo mesma e encontrar equilíbrio em meio à agitação da jornada. As paredes estão adornadas com mapas antigos, livros empoeirados descansam nas estantes. – É tão... Confortável.

Enquanto observa as ondas dançando na superfície do oceano, seu coração se enche de antecipação pelos desafios à frente, e o quanto ela pode alcançar a partir de agora. Ela sente uma conexão profunda com o mar, com o vento que acaricia seu rosto e com a energia pulsante do navio. Essa sala é seu novo santuário.

– Lost Maze... Última ilha de East blue. – Examino as minhas mãos e as fecho em punhos. – Não sei o que esperar, mas pressinto que não seja algo bom.

Após alguns minutos de silêncio, uma batida suave na porta a interrompe de seus devaneios. – Capitã Aiko, com licença, acredito que gostará de ver isso.– Diz um tripulante com uma expressão animada.

– Huh? Bem, então vamos. – Curiosa, decido acompanhá-lo.

Eles saem da sala e, ao chegar do lado de fora, uma atmosfera completamente diferente toma conta do ambiente. Um brilho suave e misterioso resplandece no oceano, emitindo reflexos hipnotizantes entre as ondas.

Enquanto observa, uma pequena ilha começa a se formar à frente do Ésde, envolta em névoa densa. A atmosfera ao redor parece pulsar com uma energia especial, como se a própria ilha exalasse uma magia única. Aiko sente grande curiosidade e intriga, ansiando por explorar o lugar, mesmo que pouco.

Ela se volta para os outros e anuncia. – Vamos desviar o curso de Lost Maze por um curto período e... Quem sabe, conseguir alguma novidade. – E certamente explorar o local misterioso.

– Agora, Aiko? – Grom se levanta abruptamente.

– Ei, relaxa grandão... A capitã deve saber o que está fazendo. – Emi caminha para o lado de Grom.

– Ainda tenho minhas dúvidas. – O velho retruca.

– Mas é assim que será. – Concluo de cenho franzido, a voz notória e impassível preenche a atmosfera. – Entendo sua preocupação, Grom. Mas Lost Maze é longe daqui, talvez levemos dias para chegar. Assim como o seu neto. – Gesticulo para o horizonte de águas infinitas.

O velho suspira fundo, parecia estar lutando para reprimir palavras, sabendo que seria inútil se opor contra.

Aiko caminha até ele e o encara nos olhos. – Vamos dar apenas uma olhada, está bem? Partiremos daqui a pouco. – Ela observa a ilha de relance, e caminha pelo convés. – Vamos, ajustem as velas para aproveitar ao máximo a força do vento! – Os tripulantes acenam e começam o trabalho.

Ao atracar na ilha, a névoa espessa envolve o navio, criando uma atmosfera de suspense.

[…] – Vocês vem? – Aiko olha diretamente para Grom e Emi.

– Claro. – Emi pula sobre a amurada e cai de pé no chão de areia.

– Humpf. Eu vou ficar esperando aqui. – Grom acende outro charuto e se recosta em um dos mastros do convés.

– Como quiser. Fiquem atentos, pessoal. Disquem o Den Den Mushi caso avistem algo fora do comum. E preciso que alguém vá atrás de pesquisar sobre essa ilha nos livros ou mapas. – Ela observa a vegetação. – Eu nunca ouvi falar de um lugar assim. Embora me pareça familiar... – Ela sobrepõe o queixo nos dedos.

– Sim, capitã. – Os tripulantes dizem em uníssono e vão atrás de suas tarefas.

Emi se apoia no ombro de Aiko. – Isso me parece tão divertido, o que estamos esperando?! Vamos!

A ilha revela-se exuberante e selvagem, com uma vegetação densa e exótica. Enquanto avançam, elas começam a notar estruturas antigas, ruínas cobertas de musgo e indícios de alguma civilização, descrita com símbolos dragônicos. – Fascinante!

Emi coletava frutos silvestres e admirava as espécies de borboletas de cores distintas do lugar, e Aiko explorava as grutas nas rochas. Em uma dessas, lá dentro havia marcas estranhas em pedra, como se algo enorme tivesse arranhado o local.

"Mas o que diabos é isso?" – Penso comigo mesma.

Eram garras poderosas, as marcas na pedra estavam bem conservadas e pareciam profundas.

Eu examinava as intrigantes marcas nas paredes da gruta, e de repente percebi algo brilhante e insistente que capturou minha atenção. Meus olhos foram atraídos por um objeto cravado no chão, emitindo um brilho fascinante. Curiosa, dei alguns passos em sua direção e percebi que se tratava de um fragmento curvado – Uma esfera, talvez. – e misterioso.

Instintivamente, estendi a mão e peguei o fragmento com cuidado. Senti um arrepio percorrer minha pele ao tocar naquela superfície suave e fria. Meus dedos exploraram cada detalhe, maravilhados com o brilho reluzente e energia que parecia emanar do objeto. Minha mente se encheu de perguntas sobre a origem e o propósito daquele fragmento.

Enquanto eu me deleitava na análise da peça, um grito agudo de minha companheira, Emi, rompeu o silêncio. O som cheio de surpresa e alarme me fez estremecer, e rapidamente tentei guardar o fragmento em um bolso seguro, mas ele desapareceu tão de repente quanto como foi encontrado.

Não era hora de pensar. Aquela matéria sólida de repente se desfez em minhas mãos, ainda assim, era o menos importante para o momento.

"Um sentimento de urgência tomou conta de mim ao imaginar o que poderia ter acontecido."

Apressei-me em direção à entrada da gruta e, ao chegar do lado de fora, deparei-me com Emi, ofegante e com os olhos arregalados. Seu dedo trêmulo apontava para o céu, e segui seu olhar com curiosidade. Fiquei instantaneamente maravilhada com a visão que se desdobrava diante de mim.

– O que...!

Aiko deparou-se com uma visão surreal. Pairando no ar, diante delas, estava uma única borboleta gigante. Sua presença era inexplicável, com traços exagerados que a tornavam bizarra, mas ao mesmo tempo fascinante. Suas asas eram descomunalmente grandes, com padrões vibrantes e cores exóticas que pareciam pulsar com vida própria.

Ambas, Aiko e Emi, ficaram paralisadas, observando aquela criatura majestosa e desconcertante. O voo suave e gracioso da borboleta gigante enchia o ambiente com uma aura de encanto inexplicável. Cada batida de suas asas criava uma corrente de ar mágica ao seu redor, envolvendo-as em um sentimento de reverência e admiração. – Como um majestoso dragão faria.

"Movidas pela curiosidade e pelo desejo de descobrir mais sobre as peculiaridades da ilha, decidimos seguir a borboleta gigante, mantendo uma distância segura para não perturbá-la."

– Você... Acha que estamos fazendo o certo em segui-la? – Emi me pergunta com uma voz apreensiva.

– Estamos aqui para investigar. Quero descobrir um pouco mais sobre o que essa ilha tem a me revelar. Você não? – Aiko sorri levemente e volta a seguir a borboleta sem esperar por uma resposta.

...Uma decisão Inteligente ou uma fragilidade aberta por curiosidade?...

XV - Fragmento Esferal

Enquanto Aiko e Emi seguiam cautelosamente a borboleta gigante, chegaram a um lugar da ilha que era como um santuário das borboletas. Era uma área repleta de casulos, cada um deles do tamanho de borboletas gigantes, como à que seguiram. A paisagem era impressionante, com os casulos suspensos nas árvores, criando uma atmosfera mágica e surreal.

Os casulos eram de um branco iridescente, adornados com padrões intrincados e delicados.

– Isso... parece coisa de outro mundo! – Conclama Emi, fascinada.

– Sim... – Aiko concorda, lembrando-se exatamente do fragmento misterioso que simplesmente sumiu em suas mãos. – Talvez seja alguma evolução própria da ilha, quem sabe.

– Se for assim, então pode existir mais animais grandes desse jeito aqui? – Emi se volta para ela, pensativa. – Talvez devêssemos... – Ela fixa o olhar em uma árvore atrás de Aiko.

– O que foi? – A capitã acompanha o olhar de Emi, e então a vê.

Ali ao fundo, encontraram uma borboleta gigante, com uma das asas presa em uma grande teia de aranha. A asa estava um pouco desgastada, mostrando sinais de luta e esforço para se libertar.

Com compaixão em seu coração, Emi se aproximou da borboleta com cuidado. Ela parecia poder sentir o desespero e a angústia da borboleta, que lutava para se libertar da teia que a prendia.

Em silêncio, a garota de cabelos negros observou a cena de Emi se aproximando da borboleta presa.

"Uma sensação conhecida de impassibilidade tomou conta de mim. Eu contemplava o destino daquela borboleta, convencida de que sua fraqueza e captura eram inevitáveis. Emi olhou para trás ao perceber que eu não a acompanhava, parecia confusa e perturbada, questionando minha falta de empatia."

– Por que você não vem ajudar? Ela está presa e precisa da nossa ajuda! – Exclamou a ruiva, com uma mistura de perplexidade e preocupação em sua voz.

Aiko, mantendo seu olhar fixo no horizonte, respondeu com calma – Às vezes, é melhor não interfirimos nas consequências da vida. Essa borboleta está presa por uma razão, talvez seja parte de seu destino. Nós não devemos nos intrometer.

Emi, sentindo frustração, tentou argumentar. – Mas nós podemos ajudar, Aiko. Não podemos simplesmente ignorar o sofrimento dela. Talvez ela tenha uma chance de sobreviver e voar novamente se a soltarmos.

Ignorando as palavras de Emi, Aiko voltou a andar, se afastando dos casulos e da borboleta presa. Seu comportamento impassível deixou Emi atordoada. Ela se viu dividida entre seguir a capitã ou ficar para ajudar a borboleta.

– Ela não está aí à toa. Se fosse mais esperta, não estaria nessa situação. – Finalizo, antes de voltar ao meu caminho.

Em um momento de decisão, Emi escolheu ficar e ajudar. Com cuidado, desembaraçou a asa da borboleta presa da teia de aranha. A pobre criatura, fraca e exausta, pousou delicadamente no chão, ao lado da ruiva. Sua asa estava danificada e ela não conseguia voar com facilidade.

Ela se ajoelhou e pegou da bolsa uma banana que teria coletado de uma das bananeiras que encontrou enquanto buscava frutas silvestres, temendo que a grande borboleta não fosse comer. Mas com dificuldade, ela começou a degustar lentamente do alimento.

– Você vai ficar bem. – A ruiva suspira e se levanta, sorrindo. – Será que borboletas gigantes seria um bom artigo para uma música?

...[…]...

Curiosa e determinada, Aiko avançou na escuridão de uma gruta das proximidades, encontrando um ambiente ainda mais sombrio do que os anteriores que havia explorado. Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha, mas a sensação de mistério a impulsionou a seguir em frente.

Enquanto seus olhos se ajustavam gradualmente à falta de luz, ela notou algo surpreendente e familiar. Uma grande pedra exibia marcas profundas de garras poderosas. As incisões eram tão nítidas e bem definidas que evidenciavam a força e o porte da criatura responsável por elas. Outra vez.

Sua mente se encheu de perguntas sobre a natureza e a identidade da criatura que possuía tamanha força.

De repente um som repetido ressoa. Era o Den Den Mushi preso em sua cintura.

– Capitã Aiko! Tenho notícias! – Um tripulante anuncia com a voz acanhada.

– Prossiga. – Permaneço observando as marcas no rochedo.

– Temo que... Esse lugar seja Heart-Gunkan! O pedaço central de Gunkan Island ou Ilha Navio de Guerra, a terra dos dragões, que sumiu pelos mares.

– Heart-Gunkan? Mas o governo anunciou que esse lugar estava imerso permanentemente.

– Sim, as notícias diziam isso, mas o formato da ilha, a localização... É Heart-Gunkan, capitã. – O rapaz conclui convicto.

– Terra dos dragões... Talvez isso explique as... Hum? – Aiko ficou em silêncio, seus instintos apitaram, enquanto sentia ser observada.

Inesperadamente, um rugido feroz ecoou, fazendo tremer as rochas. Um enorme crocodilo com traços assustadores e idênticos à alguma espécie de dragão, apareceu das sombras, coberto por cicatrizes de antigas batalhas. Olhos famintos focaram em Aiko. O monstro parecia decidido a não deixar sua presa escapar.

– C-capitã Aiko, algum problema?! – O homem pergunta assustado ao ouvir o rugido.

– Não. – Ela observa a criatura e diz despreocupada. – Eu e Emi voltaremos para o Ésde em breve. – Sem esperar resposta, guardou o Den Den Mushi novamente.

Antes que pudesse pensar, ela ficou surpresa ao vislumbrar de relance novamente o brilho familiar do fragmento da esfera, cravado no chão da gruta escura, pouco atrás do crocodilo. Era uma visão que a intrigava e despertava uma sensação de conexão com algo maior.

 "Mas como se aproximar daquele fragmento com uma criatura tão imponente e bizarra diante de mim?!"

Aiko suspira, e um sorriso presunçoso se forma em seus lábios. – Então está na hora de brincar. Venha até mim!

Rapidamente, ela pensou em um plano, usando ilusões para distraí-lo.

..."Sinister Ilusion!"...

O crocodilo avançou furioso, suas mandíbulas se abrindo em uma mordida mortal. Rápida com suas ilusões, ela criou sua própria versão fugindo para a profundidade da gruta, confundindo os sentidos do predador.

Ele hesitou por um instante, incerto de seguir adiante. Mas foi tempo suficiente para correr até Emi que estava lá fora procurando Aiko pelos arredores.

– Oh, aí está você. Sei que não tenho nada à ver com suas escolhas, mas você realmente precisava... – A ruiva não consegue terminar de falar, pois Aiko segura seus ombros com firmeza e a encara nos olhos.

– Corra para o Ésde e não olhe para trás. Agora.

– Huh? Por que?

Um rugido estridente e próximo ressoou, alertando Emi que ouviu, seus olhos arregalando instantaneamente.

– E você?! – Emi questiona assustada.

– Vou te acompanhar em breve. Agora suma. – Aiko ordena antes de retornar em direção à gruta.

A ruiva acena e sai correndo, sumindo rapidamente do campo de visão de Aiko. Ao retornar para perto da gruta, se escondeu em uma árvore próxima e concentrou-se então, projetando a ilusão de uma manada de wapitus selvagens correndo para um riacho à frente dali, fazendo o crocodilo rugir e seguir naquela direção.

– Eu preciso entrar na gruta... – Ela conclui e se infiltra na escuridão, caminhando em direção ao fragmento brilhoso ainda cravado no chão.

Quando Aiko conseguiu desprendê-lo, o fragmento obtinha a mesma solidez, curva e energia do anterior que havia supostamente desaparecido. Parecia ser o mesmo.

No entanto, assim que o crocodilo gigante anunciou sua volta de modo ensurdecedor reaparecendo na entrada da gruta, o fragmento começou a brilhar intensamente. Essa súbita mudança deixou Aiko surpresa e um tanto assustada com a coincidência.

O brilho intenso do fragmento sob a presença do crocodilo imponente fez com que ela percebesse que havia uma conexão entre os dois. Talvez aquele crocodilo fosse de alguma forma ligado ao poder ou à energia do fragmento.

– É seu? – Ela estende a mão com o fragmento, apenas na tentativa de analisar o comportamento do crocodilo.

Ele observava Aiko com seus olhos imponentes antes de rugir ferozmente, enquanto o fragmento continuara a emitir seu brilho intenso.

"Eu podia sentir a energia pulsante do artefato e sabia que estava diante de algo extraordinário."

Ele avançou, mais rápido desta vez. Aiko sorriu e provocou. – Se quiser de volta, terá que recolher.

..."É hora de descobrir de uma vez por todas a correlação disto."...

Afinal, percebeu que confundir o crocodilo com múltiplos fragmentos parecidos poderia ser uma estratégia eficaz. Em vez de provocar fúria, ela concluiu que o crocodilo estava agindo de maneira protetora em relação aos fragmentos.

Usando seus poderes de ilusão, a garota criou várias réplicas do fragmento brilhante, espalhando-os pelo ambiente ao redor. Cada réplica emitia um brilho semelhante ao original, criando uma cena de múltiplos fragmentos reluzentes. Conquanto ela, se acobertava num véu de invisibilidade ilusória, permanecendo em silêncio.

"Eu observava atentamente o comportamento do crocodilo, estudando seus movimentos e reações. Notei que a grande criatura estava genuinamente preocupada em proteger os fragmentos, o que poderia significar que esses objetos eram de grande importância para ele. Agora o porquê..."

O crocodilo, curioso e instigado pela aparência dos fragmentos, começou a avançar em direção a eles, tentando recolhê-los. Ele se movia com cautela, como se estivesse cuidadosamente recolhendo os fragmentos com sua boca.

...Tinha se esquecido completamente da garota que sumiu subitamente....

..."E o fragmento permanece em minhas mãos, este não desapareceu, e voltou ao seu brilho original."...

Enquanto ele se concentrava nos fragmentos falsos, Aiko aproveitou a oportunidade para se mover silenciosamente, mantendo-se afastada e fora do alcance do animal. Ela sabia que precisava ser ágil e tomar cuidado para não ser notada.

– Ugh... – Ela reprime os olhos, suas veias da testa saltam. – Só mais um pouco. – Decide agir rapidamente, isolando a audição da enorme criatura e correr para fora da gruta.

"Minhas pernas cederam ligeiramente, mas consegui me equilibrar e voltar a correr para longe. O rugido estridente, desta vez mais alto, tomou conta do ar. Alguns pássaros que descansavam em árvores próximas voaram ao susto. Examinei o meu bolso, e o fragmento estava lá."

Após alguns minutos correndo, seu campo de visão se estendeu e finalmente Ésde foi avistado ancorado na praia.

– Vamos zarpar, rápido! – Gritou ofegante.

Emi aproximou-se e me puxou para dentro enquanto os outros soltavam as amarras. Ao cair no chão do convés, sinto as vozes aumentarem ligeiramente, e algumas figuras distintas se multiplicarem no céu.

...Ainda é difícil manter os limites da Yūgana....

XVI - Terras Esquecidas

[…] "Com um sorriso fraco nos lábios, eu tentei tranquilizar à todos, recostando-me na amurada e tentando controlar minha respiração."

Colocando a mão sobre as têmporas, me pronuncio. – É como um... ônus da minha akuma no mi. Não é o fim do mundo.

Todos a observam com surpresa estampada no rosto, pois ninguém sabia que se tratava de uma usuária da fruta do diabo.

– Isso explica muita coisa. – Afirma um dos presentes.

Enquanto o homem falava, Aiko não conseguiu compreender, pois as vozes em sua cabeça se misturavam e se distorciam, tornando difícil se concentrar. Ela também notou que algumas figuras pareciam desfocadas ou distorcidas, como se estivessem sendo vistas através de uma lente deformada.

Com a ajuda de Grom, ela levantou e apoiou-se em seus ombros largos para caminhar em direção ao banco. Agradeceu a todos pela preocupação e tranquilizou-os novamente de que os efeitos colaterais eram temporários e que ela ficaria bem.

[…] Ao conduzir Aiko até o banco mais próximo, Grom imediatamente notou a mudança na cor de seus olhos vermelhos para âmbar. Ele franziu a testa e a questionou com uma voz grave e incrédula.

– O que diabos aconteceu com seus olhos, Aiko? – perguntou ele, a expressão séria mostrando sua curiosidade. – Isso não parece normal.

– Diferente, não? Faz parte dos efeitos colaterais.. – Respondeu ela ao entender sua dúvida, a voz suave contrastando com a firmeza dele. – É temporário como todo o resto, eu sei lidar com isso.

Grom cruzou os braços e olhou fixamente para Aiko, avaliando sua condição. Ele não parecia acostumado a lidar com poderes e transformações.

– Escute, Aiko. – Disse Grom com uma voz grave e impassível. – Eu não gosto disso. Essa coisa toda das frutas do diabo é perigosa. Vamos focar em seguir até Lost Maze à partir de agora, não perca seu tempo gastando energia ou seja lá o que for com coisas inúteis. – Ele soltou um suspiro pesado.

– Está bem. – Disse ela com dificuldade em reprimir os efeitos, sua voz ainda firme, mas com um toque de aceitação.

...[…]...

O céu escuro estava repleto de nuvens densas, que se estendiam por todo o horizonte. A luz do sol já havia desaparecido completamente, deixando para trás uma atmosfera sombria e vasta. A escuridão envolvia a paisagem, destacando as estrelas brilhantes que começavam a pontilhar o firmamento. A lua, em seu ciclo, iluminava suavemente a escuridão, lançando uma luz prateada sobre o cenário. Era um céu que inspirava uma sensação de mistério e contemplação, convidando à reflexão e ao encontro com o desconhecido.

Quando finalmente conseguiu reunir forças suficientes, decidiu dirigir-se à sua sala no navio. Sentia a necessidade de descansar e reunir seus pensamentos antes de abordar o assunto da ilha Gunkan-Heart com o mesmo tripulante, chamado Maroon, que havia conversado com ela pelo Den Den Mushi.

Aiko chamou o tripulante pelo nome e pediu que ele se encontrasse com ela em sua sala.

...[…]...

Assim que o rapaz chegou à sala da capitã, ela o cumprimentou com um esboço de sorriso cansado, mas determinado.

– Obrigado por vir. Vamos ao que interessa. Eu queria falar mais sobre a ilha Gunkan-Heart. – Começou Aiko, sua voz revelando a curiosidade e desejo de saber mais sobre o lugar esquecido pelos mares. – Você mencionou algumas informações durante nossa conversa pelo Den Den Mushi, e eu gostaria de saber mais sobre o que você sabe, já que fomos interrompidos.

O tripulante, consciente da importância do assunto, levou um momento para organizar suas ideias antes de responder:

– Certamente, senhorita. – Respondeu ele, assumindo uma postura mais séria. – A ilha Gunkan-Heart é conhecida por ter sido um ponto central de Warship Island, que sumiu pelos mares misteriosamente. Além de quê, era uma área restrita e pouco acessada. – O homem esguio sobrepõe o queixo nos dedos. – Há rumores de que esse lugar guardou uma relíquia poderosa e vários segredos, mas devem ser apenas especulações. Poucos se aventuraram a explorá-la completamente, pois ela era envolta por uma aura misteriosa e perigosa. E realmente é.

Aiko ouvia atentamente, intrigada com as informações compartilhadas. – Relíquia poderosa? Será que... – Ela vasculha o pequeno bolso de seu vestido inutilmente. Não havia nada sólido, mas a energia manifesta pelo achado ainda se mantinha presente. – Hum?

– Algum problema, capitã? – Maroon observa o inquieto de Aiko remexendo no bolso.

Com um suspiro, ela balança a cabeça em negação lentamente, não poderia revelar o objeto se não o sentia fisicamente. – Você tem mais alguma coisa para me dizer?

O homem ponderou por um momento antes de responder. – Na verdade, eu gostaria de perguntar se for possível.

Aiko observa com curiosidade. – Perguntar o quê?

– Viu algo incomum naquele lugar? Quer dizer, além da aura que contorna a ilha, algo... Exótico? O rugido da criatura que eu ouvi quando falei com a senhorita, não me parecia normal.

– Humpf. – Ela resmunga e observa a janela. – É, o pouco que eu pude inspecionar me fez entender que a evolução daquela ilha é avançada no mundo animal, digamos assim.

– Incrível... Então Warship Island ainda prevalece naquele pedaço de terra. Com licença. – Ele caminha até uma prateleira de livros e começa a vasculhar os títulos. Ele parecia ser um homem curioso e inteligente, além de um ótimo navegador como os outros voluntários. Ao encontrar o que queria, ele põe o livro sobre a mesa, e em páginas abertas folheia em busca de um título específico. – Esta é Warship Island, ou Gunkan-jima como conhecido.

– Essa é a única foto que disponibilizaram no livro. – Ele prossegue. – Mas vendo em uma planta baixa, é nítido o pedaço da lateral central vazio. Nem mesmo os dragões tinham domínio em Gunkan-heart. Infelizmente, as informações sobre esse pedaço esquecido são escassas. – Ele folheou mais um pouco enquanto explicou. – Desde então, o governo anunciou que é um lugar submerso, como terras esquecidas.

Aiko assentiu, compreendendo a situação. As peças começaram a se encaixar agora. A intriga maior era o motivo da exclusão do lugar, e o quê tinha de tão importante nele. Não importa agora.

– Obrigado, Maaron. Você pode sair agora. – Ela gesticula sutilmente para a porta. – Espere por uma remuneração pelo seu serviço. – Ela piscou para ele.

O tripulante assentiu agradecido, demonstrando seu compromisso e gratidão pela intenção da capitã. – Farei o possível para te ajudar, Capitã Aiko, obrigado! – Ele faz uma reverência e caminha para a porta.

Com a ausência do rapaz, ela não pôde deixar de vasculhar novamente seu bolso para ter certeza sobre o desaparecimento do fragmento brilhoso que havia carregado para o navio.

"Sumiu outra vez?! Não pode ser..." – Pensou consigo mesma.

Finalmente, sentiu um arrepio percorrer sua espinha junto de uma sensação de alívio e intriga, quando percebeu que o objeto sólido em seu bolso, que anteriormente parecia ter desaparecido com a presença do tripulante, estava novamente lá. Ela retirou o fragmento e examinou-o cuidadosamente. Ele emitia uma luz suave, criando uma aura misteriosa.

– O que poderia ser você? Eu não posso entregar na mão de qualquer um... Será que eu vou precisar voltar para Gunkan-Heart? – Ela observa o horizonte escuro através da janela sentindo as emoções que vagam pelos ares da atmosfera noturna. – Não... Eu estarei saindo de East blue logo logo. Não posso voltar. Mas para o que você vai me servir?

Enquanto segurava o fragmento em minhas mãos, observava a singularidade deste. Como uma energia pulsante emanando, ele parecia estar vivo. Eu podia jurar que o fragmento respondia à minha presença, como se tivesse uma conexão especial comigo. – Talvez um dia eu encontre alguém que poderá me ajudar e você vai aceitar se mostrar, não é?...Prima, o quão distante você pode estar? – Ela suspira de olhos fechados, lembrando-se de sua prima distante, uma renomada pirata que anda conquistando os vastos mares. – Nico Robin.

...[…]...

Após uma noite tranquila a bordo do Ésde, o dia seguinte amanheceu com a nova rotina da tripulação marítima. Grom se distraia com seus charutos e discutindo com os tripulantes que pescavam descontraídos, todos pareciam unidos de alguma forma. Emi, por outro lado, parecia concentrada enquanto escrevia várias vezes em papéis que logo eram jogados na lixeira, tentando encontrar letras à altura para seus solos de guitarra.

O sol brilhava no horizonte enquanto o navio navegava pelo oceano, com as velas estufadas pelo vento. Após muitas horas de navegação, um olhar atento no convés avistou uma coluna de fumaça ao longe, indicando a presença de um navio patrulhando as águas próximas.

– Será que é o navio do Colecionador, Aiko?! – Ele murmura de braços cruzados, seus olhos afiados encarando a embarcação.

Aiko observa em silêncio, Emi se aproxima com sua guitarra recostada na barriga, intrigada e curiosa. – Temos companhia, huh? Não parece ser a marinha. – A ruiva sorriu.

– Tem razão. Nós temos. – Aiko conclui, divertida.

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