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Destinados: Quando O Acaso Vira Amor

Personagens

Personagens…

Evelyn…

“ A vida é feita de acasos, muitas das vezes não conseguimos compreender os motivos de certas coisas acontecerem, no entanto, no meio da jornada percebemos que tudo tinha um propósito. O destino nos leva diretamente, para o lugar onde seremos felizes, não importa onde será esse lugar, desde que aquele a quem o destino preparou para nós, esteja lá. A verdade, é que, muitas vezes, somos usados como divisor de águas, temos o propósito de salvar alguém, de mostrar o lado bom da vida aqueles que pensam que tudo está acabado.”

Meu nome é Evelyn, tenho 25 anos e sou formada em psicologia, também fiz curso de administração, mas o que amo mesmo, é atuar na área em que me especializei.

Gosto de ajudar as pessoas a lidar melhor com os sentimentos e evitar o agravamento de doenças da mente, como a depressão, a ansiedade, o transtorno bipolar, entre tantos outros problemas que podem se desenvolver na mente.

Sou uma pessoa extrovertida, animada e autêntica, o que tenho para falar, não tenho medo de dizer o que penso sem receio, também não faço o estilo boazinha, tenho comigo, o que aprendi com a minha mãe: bateu, levou.

Acostumada com a vida na cidade, não troco esse lugar por nada.

A minha vida toda, admirei o amor, carinho e respeito que meus pais têm um pelo outro. Sonho em ter alguém assim um dia, porém está longe de acontecer. Isso porque adoro levar uma vida de adrenalina e vez ou outra, meus pais, tem que me tirar de algumas enrascadas que me envolvo. Rachas é um deles, adoro ouvir o ronco do motor, meu cabelo esvoaçando e a adrenalina que se instala dentro de mim, deixando cada músculo do meu corpo mais forte. Gosto de me sentir uma mulher forte e nesses rachas, sinto que posso ser invencível, é como se tivesse superpoderes.

Atualmente solteira, óbvio que por opção.

Ainda não encontrei ninguém que me fizesse sentir algo diferente, já tive vários homens e nenhum conseguiu fazer meu coração acelerar ou sentir aquele famoso frio na barriga. Os homens que já tive, são apenas coisas de momento, confesso que nunca senti prazer com nenhum deles.

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Alyssa...

Sou Alyssa, tenho 25 anos e estou cursando medicina, amo ajudar as pessoas. Não há nada mais lindo, do que conseguir salvar. Isso é gratificante, poder ajudar a salvar vidas, ajudar pessoas a curar suas doenças e obter melhor qualidade de vida.

Sou uma pessoa bem diferente da minha irmã, mesmo sendo gêmeas, somos diferentes. Sou uma pessoa inteligente, dedicada, doce e introvertida. Já tive várias experiências ruins no decorrer da minha vida e preferi me fechar para certas coisas.

Atualmente, namoro Matt, um colega da faculdade. Ele é chamado de nerd, por seu interesse absoluto por livros, estudos, games, jogos de tabuleiro, ciências e computadores. Também é muito organizado e tem tudo controlado, não faz nada que não esteja em seus planos. Tem um pouco de dificuldade em se socializar com pessoas que não tem os mesmos gostos e estilo.

Começamos a namorar recentemente, éramos amigos e ele pediu uma chance e acabei aceitando. Sempre sonhei e ter alguém especial, viver uma linda história de amor, como a dos meus pais, porém acredito que isso não exista mais. Por isso, prefiro estar com alguém que me traga estabilidade para o futuro. E Matt é essa pessoa.

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Luis Henrique…

Sou Luis Henrique Carter, tenho 30 anos, sou fazendeiro e formado em zootecnia. Escolhi essa profissão, pelo amor que tenho nos animais e na fazenda. Também pensando na melhoria da produção e qualidade de produtos de origem animal. Sempre visando o bem-estar de cada um deles e segurança alimentar e promover a sustentabilidade na produção. Consegui elevar muito a produção aqui na fazenda da família e somos os mais procurados com produtos de qualidade.

Sou um homem criado na fazenda, bruto, rústico e sistemático. Nem sempre fui assim, mas devido às perdas e decepções, me fechei e hoje este sou eu. Não sei ser diferente, não tenho mais perspectiva de ser feliz, já me conformei de que não nasci para ser feliz.

Moro com a minha mãe, irmã e sobrinha na fazenda, meu pai abandonou nossa mãe, devido ao trabalho. Ele é promotor e sua carreira sempre veio a frente da família. Nunca o perdoei, por nós abandonar num momento tão difícil como aquele.

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Anthony Gabriel...

Sou Anthony Gabriel Carter, tenho 32 anos, sou Cowboy e peão.

Amo a vida que levo, cada temporada estamos em uma cidade ou país diferente. A emoção e adrenalina, que sentimos quando estamos em cima do touro é inexplicável. Sou um homem rústico criado no campo, aprendi com as decepções a ser mulherengo.

Levo uma vida cheia de adrenalina, sem me importar com o amanhã. Montar é a minha paixão, quando estou em cima do touro, são os oito segundos mais alucinantes da minha vida. Ali encontro um refúgio para superar as perdas. São apenas segundos, mas amo essa vida e nada nem ninguém poderá me fazer desistir disso.

Nem sempre fui assim, amava a vida no campo, cuidar dos animais, acordar com o cantar do galo, mas tudo isso se acabou, quando uma mulher entrou em nossas vidas, devastando tudo. Já caí muitas vezes do touro, tive graves quebraduras, mas nenhuma foi tão dolorosa quanto a que senti quando meu coração foi despedaçado.

Capítulo 2

Los Angeles…

Evelyn…

Acordo, faço a minha higiene pessoal, tomo um banho rápido e desço para tomar café.

Ainda moramos com nossos pais, até penso em ter minha própria casa, mas quero aproveitar o quanto puder ao lado deles, mesmo dando trabalho, amo estar com eles.

Ao chegar no corredor, encontro com Alyssa a puxo para um abraço e a encho de beijos.

Nossa relação é bem aberta, conversamos sobre tudo, nos damos muito bem apesar de não concordar com as atitudes uma das outras. Ela não concorda com minhas atitudes rebeldes, e eu não concordo dela ter se fechado tanto por ter tido experiências ruins, e ainda namorar uma pessoa que não tem nada a ver com ela.

Descemos de braços dados, conversando assuntos aleatórios. Na sala de estar, estavam nossos pais, Fabrício e Aline.

Se levantam e nos cumprimentamos com beijos e abraços.

— Como estão, flores do meu jardim? — pergunta papai.

— Bem pai! — respondemos em uníssono.

Tomamos nosso café conversando sobre a faculdade de Alyssa e seu estágio, também sobre meu trabalho no hospital e assim foi nosso café, comunicativo e agradável como todos os dias. Nosso pai é muito carinhoso, desde que me conheço por gente, sempre fomos muito apegadas a ele, mas também é bem firme quando necessário. Já a nossa mãe é carinhosa, mas muito mais firme e rigorosa que nosso pai. Ela não mede as palavras, fala o que pensa sem se importar se vai nos machucar, diz que temos que lidar sempre com a verdade. Ela não concorda com nosso pai fazer sempre as nossas vontades, diz que temos que aprender a lutar pelo que queremos e conquistar nosso lugar sem depender deles, pois um dia vamos precisar e vamos sofrer quando esse dia chegar.

Após o café dou uma carona para Alyssa até o hospital e vou para o meu consultório.

Meu pai montou um escritório para mim, quando não tenho consultas no hospital, atendo no meu escritório particular. Modéstia parte, sou muito procurada, todos os meus pacientes gostam do meu trabalho e me indicam a terceiros.

Chego no meu consultório e recebo uma mensagem de alguns amigos, me convidando para uma festa na casa de praia do meu ficante. De imediato não aceito, pois meu pai já avisou que se eu aprontar novamente, vai cortar meus cartões de crédito e pegar as chaves do meu bebê. É assim que chamo a minha Ferrari.

Meu telefone toca e é um dos meus amigos, Kaique. Eu e ele ficamos ocasionalmente juntos, mas sempre é o mesmo, não aguenta muito tempo no sexo, goza e joga a culpa em mim, dizendo que sou muito gostosa, um mulherão da porra e não consegue se controlar. Ultimamente eu tenho sentido prazer mais sozinha do que com os idiotas que saio, então tenho evitado ficar procurando alguém que me faça delirar de prazer. Como diz minha mãe, antes só do que mal acompanhada, estou nessa vibe.

— Oi, gatinha! Por que não quer ir na minha festa, amanhã a noite? — pergunta, assim que atendo sua ligação.

— Estou de boa, não quero ter problemas com meus pais!

— Fala sério, gatinha! Já tem vinte e cinco anos e ainda tem medo do papai?

— Não é medo, seu idiota! É respeito!

— Calma aí…

— Diz logo o que está querendo, estou no trabalho!

— Quero que seja meu par nessa festa! Não quero ir sozinho, por favor gatinha! Vai ter racha, será muito divertido!

Ele sabe como sou fissurada em rachas, por isso usou esse argumento, porém mesmo que quisesse meus pais iam surtar se fosse.

— Se quiser vou falar com seus pais e...

— Nem pense nisso, sabe que meus pais não te suportam!

— Se não topar vou falar com eles!

Se Kaique aparecer em casa, é bem capaz da minha mãe me bater. Sim, dona Aline não se importa com a idade que tenho, diz que posso estar velhinha que se fizer algo errado ainda assim me dá uma surra ou me castiga. Nunca nos bateram, mas não duvido nada dela cumprir agora.

— Está bem, eu topo!

— Ótimo gata! Que horas te pego?

— Vou no meu carro, vou ver se consigo convencer a minha irmã de me acompanhar!

— Sério? Ela é aquele namorado delas, são muito chatos!

— Escuta aqui, não admito que fale da minha irmã, entendeu?

— Desculpa, não está mais aqui quem falou! Te mando o endereço por mensagem, gata! Um beijo nessa sua boca gostosa!

— Tchau! — respondo revirando os olhos.

Encerro a chamada e foco no meu trabalho.

A manhã passa muito rápido, tive pacientes com problemas graves e agora realmente preciso relaxar um pouco. Agora a tarde tenho mais três consultas no hospital e essa semana será assim. O índice de pessoas depressivas aumentou muito e dos que atendo, cinco tem pensamentos suicidas. Até mesmo adolescentes, uma que passou pelo meu consultório outro dia, disse que tentou se matar, porque estava entediada. Isso é o cúmulo, temos que cuidar e zelar das nossas crianças e adolescentes, para que se amem primeiramente e vejam a vida com mais perspectiva, sabendo que somos obras-primas de Deus. A ausência dos pais é um dos grandes motivos da depressão precoce nos filhos, claro que tem muitos outros motivos, mas dos casos que passaram por aqui, a maioria é a falta dos pais, a ausência da figura paterna no início de sua infância.

Na hora do almoço, convido Alyssa para almoçar. Quero convencê-la de ir comigo a essa festa. Tenho dois motivos, primeiro porque ela vai me impedir de cometer loucuras e segundo porque tem que se divertir um pouco, sair de casa, conhecer gente nova e quem sabe conhecer um homem de verdade.

Chego no restaurante que combinamos e nos cumprimentamos com um beijo no rosto, nos acomodamos em nossos assentos e fazemos nosso pedido.

Já sei que ela vai negar de imediato, então conversamos sobre outros assuntos até que eu consiga chegar onde quero.

Capítulo 3

Alyssa…

Hoje de manhã o hospital estava bem movimentado, um acidente na avenida principal deixou vários feridos, então não tivemos nenhum momento de descanso. Nem consegui conversar com Matt direito hoje, apesar que já faz dois meses que estamos juntos e nossos únicos assuntos, é sobre trabalho, jogos que ele gosta muito, mas nunca falamos sobre projetos futuros. Quando saímos com seus amigos, me sinto como se fosse um prêmio. Ainda não fomos para os finalmente, não porque não quer, mas porque ainda não me sinto a vontade. Nossos beijos são bem rápidos e nada que me faça perder o ar e tal.

Na hora do almoço, sou convidada por minha irmã Evelyn, para almoçarmos juntas. Provavelmente está querendo algo, a conheço muito bem.

Entre uma conversa e outra, durante o almoço a questiono.

— E então Evelyn, o que quer?

— Nossa mana! Desse jeito me ofende! — diz fingindo mágoa.

— Te conheço muito bem!

— Está bem, fui convidada para uma festa e queria que fosse comigo!

— Nem pensar, sabe que não gosto do tipo de festa que frequenta!

— Por favor, Aly! Por favor…

Na porta principal, vejo o namorado dela entrando.

— Não acredito que convidou esse nerd para o nosso almoço de irmãs?! — diz indignada.

— Não convidei, apenas disse que estaria aqui com você!

— Dá no mesmo!

Assim que se aproxima, Evelyn revira os olhos entediada. Matt deposita um selinho em meus lábios e senta-se ao meu lado.

— Como vai Evelyn?

— Estava bem melhor antes da sua chegada!

— Evelyn! — a repreendo.

— Tudo bem, Aly! Sei como a sua irmã é, já me acostumei! Não sei por qual motivo não gosta de mim, Evelyn, nunca te fiz nada!

— Olha só Matt, não tenho nada contra você, pois não acrescenta nem diminui na minha vida, no entanto, não combina com a minha irmã! Sei que não é a pessoa certa para ela e não a quero sofrendo!

— Jamais a faria sofrer!

— Não por vontade, mas estar com uma pessoa sem amor já é sofrimento demais!

— Já chega, Evelyn!

— Só estou esclarecendo as coisas, com seu namoradinho, mana!

Evelyn sempre foi assim, não mede as palavras e acaba magoando as pessoas e sei que Matt ficou chateado, no entanto, ele sabe muito bem que não o amo e mesmo assim quis que tentássemos.

Ele pede a sua refeição e nos acompanha.

— Sobre o que falavam antes de eu chegar?

— Evelyn quer que eu vá numa festa com ela, mas já disse que não!

— Aly! — agora ela me repreende.

— Por que não vamos com ela? Assim a impedimos de aprontar e trazer mais dores de cabeça aos seus pais!

— Está falando sério? — pergunto surpresa.

Tanto eu como Evelyn, olhamos surpresas para ele. Matt, não gosta de ir em nenhuma festa e estranhei muito sua atitude, ele é mais tranquilo e gosta de ficar jogando vídeo game em seus tempos vagos. Já dormi duas vezes em seu apartamento e vira a madrugada jogando.

— Já que a sua irmã não aprova nosso relacionamento, vou provar que sou a pessoa ideal para estar ao seu lado!

— Não tem que fazer nada que não queira, para provar nada, Matt!

— Mas eu quero! Também fui convidado para essa festa e sua irmã tem razão em uma coisa… tem que sair um pouco para se divertir!

— Matt, nem gostamos desse tipo de festa! — digo surpresa, com sua mudança de pensamento.

— Está na hora de mudar um pouco, Aly!

Acabo aceitando, mas mesmo ele tentando agradar minha irmã, não funcionou. Ficou o almoço todo sem dar uma palavra e a cada coisa que Matt falava, ela revirava os olhos ou mexia com a boca o imitando. Não sei porque tanta implicância.

Após o almoço, voltamos para o hospital juntos, cada um vai para seus respectivos postos.

O período da tarde foi mais tranquilo.

No final do expediente volto com Evelyn para casa, eu não dirijo, tenho muito medo.

Como disse, tudo na minha vida é resumido em experiências ruins. Evelyn até tentou me ajudar, é uma excelente profissional, porém se o paciente não quer se abrir ou não quiser assumir que tem um problema, de nada adianta. E esse é o meu caso.

Ao chegar em casa, vou para meu quarto, tomo um banho, me arrumo e desço para comer algo antes de ir para a faculdade.

Minha mãe, Evelyn e eu conversamos até meu pai chegar. Evelyn fala sobre a festa. Quando Evelyn diz que eu e Matt vamos com eles, nossos pais ficam mais relaxados, sabem que eu sou ajuizada e não deixo ela entrar em roubadas.

— Já que a sua irmã vai, ficaremos mais tranquilos! — diz papai.

— Nossa, muito obrigada pela parte que me toca! — finge indignação.

— Sabe muito bem nossos motivos! — diz mamãe.

— Não se esqueça que foi graças ao Matt…

— Aí, esse estrupício agora se tornou o salvador da pátria?!

— Nossa, você não muda mesmo!

— Mana entende uma coisa, de boas ações o inferno está cheio! Não vou com a cara dele e nada vai me fazer mudar de opinião!

— Também não vou com a cara desse rapaz! — diz papai.

— Mãe! — peço ajuda.

— Desculpe, meu amor, mas também não vou muito com o jeito desse rapaz! Ele não é o homem que te faz bem… quando a gente ama, andamos suspirando pelos cantos e com um sorriso estampado no rosto! Já faz muito tempo que não te vejo sorrir espontaneamente!

— Ele não tem culpa! — digo abaixando a cabeça.

— Não, mas se não te faz feliz e não te faz bem, não é para você, meu amor! — completa papai.

Não digo nada, apenas fico pensativa.

Após o café meu pai me leva para a faculdade, desde criança ele faz isso, adorava nos levar para a escola e como eu não dirijo, quando pode me leva para a faculdade e conversamos sobre diversos assuntos. A única coisa que ele não aceita, é falarmos sobre a nossa vida sexual, alega ser como duas facas cravando seus ouvidos. Morre de ciúmes de nós e para aceitar meu namor, minha mãe teve que interferir. Mesmo assim ele não aceita, apenas tolera.

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