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Da Máfia Ao Morro

Capítulo Um

Barbara

— pai, não quero voltar para o Brasil, preciso ficar aqui e ajudar você. — falo enquanto observo meu pai andar de um lado para o outro.

— Eu sei que você não quer ir minha pequena. — parou e colocou as mãos sobre meu rosto. — eu preciso que vá e se esconda até eu resolver as coisas. Não posso deixar que machuquem você de alguma forma.

— Pai eu posso ajudar você, sou treinada para isso. — falei me soltando das mãos dele.

Me senti frustrada, fui treinada desde meus seis anos para poder seguir os passos do meu pai e tomar a liderança da Cosa Nostra. Agora com tudo que está acontecendo, terei que ficar com minha prima no Brasil. Já faz anos que eu não ia lá, quando minha mãe morreu, viemos embora de lá, eu tinha apenas 2 anos.

— Minha filha, você terá de ir, amanhã mesmo vou te levar para o aeroporto e você vai para o Rio de Janeiro. — ele já parecia frustrado. — Assim que as coisas se normalizarem por aqui eu mesmo vou te buscar. Eu prometo minha pequena. — deixou um beijinho em minha testa.

— Tá bom pai. — não tinha mais oque fazer, era melhor eu ir e esperar, sabia que ia dar tudo certo.

Mensagem on

Barbara — oiê prima, vou ir pra sua casa amanhã.

Assim que chegar aviso você.

Naty — tá bom prima, aí tô ansiosa pra ver você ❤️😍

Barbara — tbm to, espero que eu chegue logo aí.

Mensagem off

Minhas malas já estavam prontas e só estava esperando meu pai me pegar para ir embora.

— Vamos minha pequena? — pergunta abrindo a porta da casa.

— vamos sim pai.

Entramos no carro e seguimos para o aeroporto, fiz o check in e me despedi do meu pai.

A viagem foi bem tranquila, dormi quase o vôo todo, assim que pousamos tive que esperar a liberação das bagagens e do meu carro.

Ninguém iria me buscar, então teria que ir sozinha rezando pra não me perder no primeiro dia.

Depois de quase duas horas esperando, trouxeram o meu meu carro e as minhas coisas. Entrei ligando o GPS com destino a favela da Rocinha, onde a minha prima mora.

Carioca

Caraca o dia tava realmente uma merda, primeiro perdemos uma carga pra polícia, agora estamos lidando com a porra de um x9, que ainda nem encontrado foi, e só comigo que acontece essas coisas, que porra!

— aí chefia, vamos procurar o x9 fica tranquilo, até o final do dia ele vai estar de frente com você parceiro.

— espero que sim, porque se não você já sabe o que vai acontecer.

— fica em paz

Continuamos arrumando algumas coisas na boca, a maior parte do tempo ficamos calados apenas revendo as papeladas e fumando.

— parceiro? Não é hoje que a prima italiana da Naty chega? — disse Cl.

— nem lembrava disso, ela já deve estar chegando por aí, pela hora que a Naty falou que ela viria.

— só espero que ela seja bonita, porque nunca vimos a cara dessa mina, tenho até medo. — diz Pg

Todos rimos, esse cara era um FDP.

Pg e o Cl são os meus de confiança daqui, eles me ajudam na gerência, e sinceramente se não fosse por eles, eu tava louco já nessa porra.

— o chefia, a Sthefany tá aí fora que nem louca querendo falar com você. — disse um dos vapor

— caralho parça o'que essa mina quer? — já estava estressado, essa mina tirava minha paz vei. — manda essa porra entrar.

— vou até embora que não quero ver a pouca vergonha de vocês. — Pg saiu rindo.

— vou nessa também parceiro, não esquece o jantar lá na Naty pra gente ir conhecer a prima dela em. — diz Cl.

— pode pá parceiro, vai lá, se vemos a noite.

Assim que eles saíram, a puta da Sthefany apareceu. Essa mina não me dava paz, era a mais gostosa do morro, mas infelizmente era puta pra caralho e agora queria pagar de minha fiel. Já vou logo corta as asas desse urubu porque se não já era.

— Oiê meu amor, tava com saudades de você. — diz vindo em minha direção pra me abraçar.

— iih qual foi Stephany, tá louca caralho, te dei essa liberdade não porra. — digo empurrando ela.

— para com isso amor, vim aqui só pra ver você.

— você veio aqui pra me dar e pra ganhar uma grana, apenas isso. — falei puto já

— não é bem assim, eu te amo você sabe neh. — ela diz chorosa.

— Stephany, eu nunca te dei essa liberdade, sempre fui no papo reto com você tá ligada. — me levantei indo em sua direção. — agora se você só veio falar merda é melhor sair.

— não vai querer brincar comigo hoje ? — diz enquanto tira a camiseta deixando os seios à mostra.

— Agora você falou minha língua.

Depois de alguns minutos terminei com ela e dei algumas notas de cem pra ela vazar logo. Tô fugindo de perreco pro meu lado, não quero fiel tão cedo.

Assim que ela saiu, fechei a boca e fui pra casa tomar um banho. Peguei minha moto e fui rumo a minha goma.

Cheguei, deixei a moto na garagem e comprimento os vapor que tava na porta. Assim que entrei já dei de cara com minha mãe e minha irmã jantando.

— Boa noite meu filho, como foi seu dia. — dei um beijo na testa da minha mãe.

— foi um pouco corrido, mas de boa. — fui até minha irmã e dei um beijo em sua testa. — eai maninha.

— eai irmão.

Subi pro meu quarto e fui logo tomar um banho, estava cansadão e ainda tinha que ir lá na Naty receber a prima dela. Só queria saber como essa mina era, porque a porra da Naty nunca mostrou uma foto dela.

Assim que sai do banho, me trajei de Lala, passei um perfume e desci pra sala.

— Vamos Crystal. — falei pra minha irmã, sabia que ela iria comigo.

— vamos sim, tchau mãe

— tchau meus filhos, juízo em.

Saímos de casa e logo montei na moto, Crystal veio atrás e fomos em direção a casa da Naty. Logo na entrada da casa já me deparei com uma Porsche pretona, coisa mais linda. Essa prima deve ser rica só pode.

Capítulo Dois

Barbara

Assim que cheguei na frente da favela, vi alguns homens armados, parei meu carro próximo deles e esperei um deles vir até mim.

— eai princesa tá querendo o'que aqui em ? — perguntou um moreno alto, todo tatuado.

Sinceramente eu até ia gostar do Brasil, pra onde eu olhava tinha um morenão, um negão lindo, ia ficar doida isso sim.

— Sou a prima da Naty, ela avisou que eu ia chegar.

— pode pah, ela avisou sim, vai lá princesa.

Liguei o carro de novo e fui até a casa dela, por mais louco que seja, sei chegar de boa na casa dela, porque essa menina fazia chamada de vídeo comigo pra me mostrar tudo.

Assim que cheguei na frente da casa da amada ela já me esperava no portão, desci do carro e corri pra abraçar ela.

— Aí prima tava tão ansiosa pra ver você. — diz ela, praticamente gritando. — meu deus você tá aqui mesmo?

— eu tô aqui sim. — dei risada.

Naty era minha única parente viva de parte de mãe, já fazia uns dez anos que conversamos e por isso viramos melhores amigas, foi com ela que eu melhorei meu português, que conheci mais o Brasil, ela era incrível e linda, era a famosa carioca gostosa.

Tinha pelo morena, cabelos cacheados, corpo em formato de pera, com quadris largos, seus olhos castanhos claro se destacavam no seu rosto simétrico. Ela era maravilhosa.

— Vamos entrar prima, vou te ajudar com as malas.

Abri o porta malas e fomos pegando minhas coisas aos poucos.

— garota que carrão é esse meu deus. — diz ofegante depois de levar a última mala.

— foi presente do meu pai, eu não iria deixar meu bebê lá. — digo rindo.

— e que bebe em — ela deu risada.

Entramos para casa dela, a casa era a coisa mais linda, por ser pequena tinha até piscina, e era toda organizada. Por ela morar sozinha, tudo estava perfeitamente em ordem.

Minha prima perdeu a mãe com 17 anos e desde então ela cuida de tudo sozinha, sempre foi batalhadora, eu sabia bem que ela trabalhava pro dono do morro, mas apenas fazendo as organizações de festas e cuidando de alguns postos da favela, como o postinho a escola, pra sempre deixar eles com o melhor. Ela fazia um trabalho incrível e o que recebia era o suficiente para ela só.

— prima pode subir, tomar um banho, sei que você deve tá cansada. — falou subindo as escadas e eu seguindo — meu amigos vão vir jantar aqui hoje, pra conhecer você, eles chegam 21h, então pode dormir até lá, quando chegarem eu te acordo.

— Tá bom Naty, obrigado de verdade. — digo abraçando a mesma. — certeza que não quer minha ajuda ?

— Eu quero que você descanse. — falou séria, mas logo abriu um sorriso brincalhão. — vai logo, garota.

Nem tive tempo de dizer nada, apenas assenti e entrei no quarto.

Abri minha mala principal e peguei uma toalha e meus itens de higiene pessoal.

Fui para o banheiro e tomei um banho demorado, lavei meu cabelo e fiz uma hidratação. E assim que terminei me sequei e sai.

Coloquei uma camisolinha preta e uma lingerie da mesma cor.

Nem encostei direito na cama e já dormi.

Naty

Estava ansiosa pela chegada da minha prima, eu estava sozinha aqui desde meus 17 anos, quando minha querida mãe se foi. A Barbara me apoiou em todo momento, mesmo não estando ao meu lado. Mesmo longe se falávamos todos os dias, ligamos uma para outra, mandavam mensagens diariamente, chamadas de vídeos, se tornamos grande amigas. E por ela ser minha única família, queria ela perto de mim.

A Barbara já havia ido descansar e eu precisava terminar o jantar, já eram 18h 30 e eu precisava adiantar as coisas. Coloquei uma música baixinha pra não acordar a babi e fui fazendo a janta.

Já eram 20h, me assustei com alguém tocando a campainha, assim que atendi vi o Cl sorridente na porta.

— caralho morena e aquele Porsche ali fora em.

— boa noite pra você também abusado.

— boa noite morena, desculpa. — diz me abraçando.

— entra logo menino. — digo puxando o mesmo pra dentro. — fica olhando pra mim a comida que eu vou tomar um banho tá?

— não quer companhia não ? — diz dando um sorriso malicioso.

— vai a merda Cl. — dei um tapa na testa pra ficar esperto

— Aí ignorante, só queria ajudar.

— cala a boca que já ajuda. — digo indo em direção a escada.

Entrei no meu quarto e peguei a toalha e minha lingerie, tomei um banho rápido, assim que sai já me troquei colocando um shorts preto soltinho e um croppet azul. Coloquei minha havaiana branca que eu amava e passei um perfume.

Desci e dei de cara com PG e a Flávia irmã dele sentados na sala.

— eai amiga, tá linda em. — falo abraçando a Flávia.

— você que tá meu amor, tava com saudades.

— eai Pg suave parceiro. — falei dando um abraço nele.

— fala aí toquinho. — diz batendo em minha cabeça.

— toquinho e seu pau. — falo empurrando o mesmo.

— que isso morena, que violência.

— Cadê sua prima pra gente conhecer ela. — Flávia pergunta.

— ela tá descansando, foram mais de 10 horas de voo, eu logo vou chamar ela.

— caramba deve ser foda viajar de avião todo esse tempo. — diz Cl.

— é mesmo. — assinto.

As coisas já estavam todas certas, o pessoal já havia chegado, até o Carioca e a Crystal. Resolvi chamar pra chamar a Babi.

— pessoal vou lá chamar ela tá bom. - digo subindo.

Capítulo Três

Barbara

Acordo ouvindo algumas pessoas conversando, me levantei devagar, tentando assimilar que não estava em casa. Levantei e fui ao banheiro, fiz minha higiene pessoal e dei uma boa olhada na minha cara, eu estava cansada demais e triste.

Não queria ter deixado meu pai sozinho, eu poderia ficar e lutar ao lado dele, poderia ter ajudado ele a matar Simone, o nosso maior inimigo. Eu só esperava que meu pai sobrevivesse e ficasse bem.

Sai do banheiro e lembrei do jantar com os amigos da Naty, peguei um macacão preto simples na mala e coloquei, ela marcava bem meu corpo, deixando minha cintura e meu quadril lindos, meus cabelos estavam limpos e bem soltinhos, apenas passei uma escova e nada mais. Passei um delineador só para destacar meus olhos e coloquei um perfume.

Roupa da Barbara

Assim que terminei, levei um susto com a Naty abrindo a porta do quarto.

— aí prima desculpa, achei que ainda estava dormindo. — diz sem graça

— Ei fica tranquila, eu acordei só tem alguns minutos e achei melhor me arrumar, vamos ?

— vamos sim, você tá linda demais meus Deus.

— obrigada Naty, você tá linda também.

Descemos a escada e todos os amigos dela estavam lá, assim que ela desceu e eu fui atrás, todos os olhares deles vieram até mim.

Haviam três garotos e duas meninas. As meninas eram lindas, uma delas a mais baixinha, tinha a pele negra, cabelos cacheados que iam até os ombros, seus olhos castanhos deixava sua beleza mais linda. Ela era bem magrinha com um corpinho de modelo.

A outra garota já era branquinha de cabelo vermelho sangue, ela era bem corpulenta, tinha um rosto angelical e olhos que te prendiam em um azul cor do oceano.

Os meninos eram todos lindos, um branquinho que parecia muito com uma das meninas. O outro era moreno e tinha algumas tatuagens pelo corpo.

Mas o que me chamou mais atenção, foi o mais alto deles, ele parecia ter um metro de noventa, tinha o corpo bem definido e cheio de tatuagens, a barba estava bem feita e o polo que usava deixava marcado seus braços e seu peitoral. Sua pele negra linda me fazia arrepiar. Que homem gostoso meu deus!!!

— pessoal, essa é minha prima — diz Naty animada. — Barbara essa é a Flávia irmã do PG. — ela apontava para os únicos branquinhos do grupo.

Fui até eles e comprimento os dois.

— Prazer em conhecê-los. — digo

— Prazer é só na…. — ele nem terminou e a irmã já deu um peteleco na orelha dele. — Nossa desculpa, que isso.

— para de ser retardado. — Flávia fala enquanto sorria pra mim. — desculpa meu irmão.

— Fica tranquila. — dei risada

— Esse é o Cl. — ela apontou pro moreninho, ele parecia bem animado em me conhecer, porque veio me abraçar como se fosse irmã dele.

— eai minha nova priminha. — diz me soltando. — seja bem vinda.

— oi novo priminho — demos risada.

— prima essa é a Crystal e o Carioca irmão dela. — ela apontava pro gostosão.

— oieeee —- Crystal veio saltitante me abraçar e eu retribui. — eu estava ansiosa pra conhecer você.

— eu também, a Naty vive falando de você e da Flávia. — dei risada — parece até que já sou muito amigas de vocês e vocês não sabem. — elas riram.

— a Naty é doida mesmo. — Flávia diz fazendo um gesto com a mão indicando loucura.

— eu tô aqui suas vacas.

Soltei Crystal e fui na direção do carioca, me levantei um pouco nas pontas dos pés e dei um abraço nele. Quando minha pele tocou a dele, um arrepio passou por todo meu corpo, o cheiro dele invadiu meu nariz, olha só digo uma coisa que Naty me ensinou “ nem guindaste “.

— acho que ela gostou do meu abraço. — carioca diz me abraçando.

Assim que ouço essas palavras saio rapidamente, que merda em, fiquei ali aproveitando o momento e esqueci de sair. Certeza que tava parecendo uma pimenta, porque todo mundo tava me olhando rindo.

— dês..culpa. — falo sem graça — ragazza stupida — digo baixinho.

— fica em paz gatinha. — ele me olha fixamente. – seja bem vinda e espero que goste do morro.

— obrigado, tenho certeza que vou amar.

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