NovelToon NovelToon

Ele Me Tem Desde Criança

Capítulo primeiro

Capítulo 1 — De volta à origem

Katherine Rowan Salazar, 22 anos, 1,68 de altura.

Estou sentada em um canto, chorando. As lágrimas não escorrem apenas por saudade do que vivi, mas pela dor de não reconhecer mais a garota doce e alegre que um dia fui. Tudo o que resta agora é esse vazio esmagador no peito. A vontade de gritar me consome.

Sua testa está encostada na minha. Ele me empurra contra a parede, os olhos carregando a mesma angústia que transborda em mim.

Onze meses antes...

Estou voltando para o país onde mais sofri. De volta para perto do desgraçado do meu pai.

Sim, eu o odeio.

Ele é o responsável por tudo que me tornei — por tudo que perdi. Aquele homem imundo destruiu partes de mim que eu valorizava mais do que a própria vida. Mas, ao mesmo tempo, estou voltando para perto do meu primeiro amor... e da minha família.

Quando digo “amor”, não é força de expressão. Nós vivemos tudo — literalmente tudo — o que um casal adulto pode viver. E, apesar de me arrepender de certas escolhas, a dor da separação foi tão profunda que quase perdi o controle da minha própria sanidade.

Fui forçada a escrever uma carta de despedida. Uma carta mais cruel do que qualquer golpe.

Depois disso, meu pai começou a me torturar psicologicamente. Durante anos. Sempre me jogando na cara o fato de minha mãe ter sido judia — como se isso fosse uma ofensa.

O ódio dele é cego, doentio... lembra Hitler em sua forma mais pura.

E pensar que um homem tão poderoso deveria ser exemplo. Mas eu, mesmo sendo sua filha, me recuso a me ver nele.

De volta ao presente...

O silêncio no avião é sufocante. A ansiedade me corrói por dentro.

Como será que estão todos?

Minha mãe... meu irmão mais velho... os amigos que deixei para trás...

Será que ainda lembram de mim?

Sou interrompida pelo anúncio da aeromoça:

— Senhores passageiros, estamos passando por uma turbulência. Por favor, afivelem os cintos.

De novo, isso...

A náusea volta com mais força. Quando finalmente aterrissamos, sigo para a esteira de bagagens — e, no caminho, esbarro em um homem.

— Olha por onde anda! — ele diz com arrogância.

Levanto o olhar e lanço meu típico olhar frio, sem responder. Mas ele insiste:

— Não vai falar nada, não, esquisita?

Pego minha mochila e sigo em frente, ignorando. Mas ele agarra meu braço. Instintivamente, revido com um golpe direto no nariz. Meu treino diário na academia fez valer o movimento. Ele recua com dor.

— Você tá maluca?!

É o mesmo homem de antes. E mesmo agora, com sangue no rosto, ele continua com aquele tom provocativo.

— Só não te reviro no chão porque é mulher.

— Para de ser chato, caralho. E me deixa em paz.

Ele ainda tenta responder algo, mas viro as costas sem me importar.

TSK... Tinha que ter um idiota pra me atormentar logo na chegada.

Quando pego minha mala, sigo em direção à saída do aeroporto.

Na escada rolante, avisto minha mãe. Ao lado dela, três pessoas. Um homem, uma moça... e uma criança.

O homem me encara com intensidade. Aquele olhar... é familiar demais.

Meu coração para por um instante.

É ele. Dante.

Meu “melhor amigo” de infância.

O menino pelo qual fui capaz de quase morrer. O mesmo que agora me olha como se pudesse enxergar o fundo da minha alma.

Repito para mim mesma que esse olhar não me afeta mais — mas é mentira. As minhas pernas tremem.

Passei mais de seis anos no México. Seis anos de provações. Não posso me deixar abalar agora.

Sou agente da S.W.A.T. Voltei ao país por uma missão extremamente sigilosa. Qualquer erro pode comprometer tudo. Me matriculei em uma faculdade de administração como fachada.

Desvio o olhar. Se eu continuar o encarando, vou cair ali mesmo.

Minto para mim mesma que ele não está bonito. Mas, puta que pariu... ele está mais lindo do que qualquer homem que já vi.

Alto, corpo definido sem exagero. O rosto parece esculpido. Cabelos negros, lisos, caindo sobre os olhos. Mas é o olhar... aquele olhar maldito... que me desmonta.

Com o rosto neutro, cumprimento minha madrasta, Maria.

— Oi, mãe.

Ela não perde tempo. Me abraça forte, calorosa. Me surpreendo. Sempre me tratou com frieza, favorecendo meus irmãos. Isso é estranho.

— Esperou muito? — pergunto.

— Esperaria a eternidade, filha...

— É... então tá.

Ela me olha com tristeza. Se eu demonstrar incômodo, ela vai voltar ao modo cruel. E não quero entrar no teatrinho dela, não com tantas testemunhas por perto.

— Não vai cumprimentar seus amigos de infância?

Merda.

Presto atenção nas outras duas pessoas. Uma delas é...

— Oi, Kate! É a Lisa. Não tá me reconhecendo?

Lisa. Uma das responsáveis por transformar minha vida em um inferno quando descobriu o que eu e o irmão estávamos fazendo.

— Desculpa... eu realmente não reconheci vocês.

Dante dá um sorriso debochado, carregado de desprezo.

— Já se passaram mais de seis anos, não é mesmo, Lisa?

— Foram sete, na verdade — ele diz, firme, como se quisesse que eu sentisse cada segundo da nossa separação.

Ele me odeia. Sei disso. E tem motivos. Eu o ignorei. Nunca respondi suas cartas. Nunca voltei.

— Já que terminaram as apresentações, vamos logo. Tenho que buscar minha namorada.

Namorada.

Fingir que isso não me afeta é quase impossível. O peito aperta. Dante está sério, distante.

— Como sempre com essa carranca — comenta Lisa, tentando aliviar o clima. — Não liga pra ele, Kate.

Sigo com eles. Mas algo me incomoda. Nenhum agente apareceu para confirmar minha chegada. Minha missão é secreta demais pra falhas assim. Por isso, inventei a matrícula na faculdade. Preciso me manter sob o radar.

Chegando ao carro, Dante abre o porta-malas e coloca minhas malas sem sequer olhar em minha direção.

— Vai na frente, Kate — diz Lisa, empurrando-me gentilmente.

— Não precisa, eu prefiro ir atrás.

— É bom mesmo — Dante diz seco. — Minha namorada não ia gostar.

— É só um banco, seu otário — rebate Lisa.

— Tanto faz.

Me sento no banco de trás, mas Lisa insiste e me empurra para o da frente. Dante evita meu olhar durante o caminho. Até que finalmente chegamos à casa.

Recebo uma mensagem:

— Já chegou?

Percebo Dante observando, então desligo a tela e apenas respondo:

— Sim. Só não me mande mensagens agora.

Ao entrar, vejo meus irmãos. Meu coração quase explode de saudade. Eles correm em minha direção, me esmagando em um abraço coletivo.

Cinco irmãos.

O mais velho, Jonathan Hades.

Depois eu.

Depois os gêmeos, Dave e Alice.

Depois a pequena Seo-yoon — ou Ana, como chamamos.

E por fim, minha favorita: Miriam. Minha bebê.

Somos um escândalo de nacionalidades, graças ao histórico amoroso do meu pai.

Mas somos únicos.

E, por um instante, naquela confusão de braços e risos... eu me sinto viva de novo.

Quando olho para trás...

Dante e Lisa já foram embora.

Capítulo revisado...

continua...

capítulo 02

_Katherine_

Ao entrar no meu quarto, percebo que o tempo parece ter parado. Cada detalhe permanece intocado, como se esperasse minha volta. Inclusive a antiga caixa de música onde escondi a joia que Gael me deu — a mesma do dia anterior à nossa última vez juntos. Tudo está exatamente onde deixei.

Pego uma maleta com meus equipamentos e a guardo no cofre. Em seguida, desço para a sala de estar, que está vazia. Caminho até a garagem, acendo um cigarro e, como se o universo conspirasse contra minha paz, recebo uma ligação.

Esse cara não vai me deixar em paz.

— Já se instalou, Kate?

— Sim. O que você quer?

— Quero que você ligue para a Unidade de Inteligência. Eles já estão esperando a sua ligação.

— Pensei que verificariam minha chegada no aeroporto. É o protocolo básico…

— Acho que você ainda não entendeu a sua posição. Você é a agente mais aguardada — e confiável — da agência. Eu construí sua reputação. Agora ligue para eles.

— Ok.

Mais que merda…

Sempre fiz as coisas do meu jeito. Odeio receber ordens.

Depois de fazer a ligação, fui informada que deveria comparecer à base militar no dia seguinte. O problema é que amanhã preciso entregar meus documentos na faculdade… e isso exigirá um plano alternativo.

Subo até o quarto de Ana e bato à porta. Ela abre com um sorriso encantador.

— O que foi, mana?

Perguntou ela se levantando da cama.

— Vai fazer algo amanhã? — Perguntei curiosa.

— Pretendo ir à faculdade. Por quê?

— Preciso que entregue algo lá.

— O quê?

— Meus documentos.

— Vai fazer o quê amanhã?

— Procurar um emprego. — Respondi coçando a cabeça.

Péssima mania de quem não sabe mentir. Mais ela acreditou, ela sempre acredita em tudo o que eu falo.

— Tudo bem, eu levo.

Assim que saio do quarto, dou de cara com meu irmão mais velho, Jhonatan. Vinte e cinco anos. Ele é frio e arrogante como eu, mas valoriza a família acima de tudo.

— Vai aonde amanhã?

— Procurar um emprego.

— Por quê? Somos ricos.

— Justamente por isso. Quero sair das garras do nosso pai.

— Não imaginei que você ainda seria tão ingênua.

— Acredite, irmão. Eu não sou.

— Qual o problema em arrumar um emprego?

— Nenhum. Vai em frente. — Respondeu ele indiferente, porém ao contrário de Ana o seu olhar era desconfiado.

Ele se vira e entra em seu quarto. Sempre me protegeu quando éramos crianças… Parece que, no fundo, isso não mudou.

Na manhã seguinte, me levanto, me arrumo, pego o capacete e sigo para a garagem. Ao passar pela sala de jantar, vejo Jhonatan comendo sozinho. Ele ergue os olhos.

— Vai sair sem comer?

— Estou sem fome. — Falei pegando apenas uma maçã.

— Só não desmaia na rua.

Chegando na garagem, monto na moto e sigo para a base militar. O lugar está movimentado. Reconheço, à distância, o idiota do avião sentado num dos bancos. Passo direto pela recepção sem falar com ninguém, e, claro, ele me vê.

— Ora, ora... Estão aceitando vadias por aqui agora?

Ignoro o inseto e sigo em frente.

— Sua...

Ele tenta me alcançar, mas é barrado pelo soldado na porta.

No gabinete, a presença dele me tira o ar. Adrian. Meu ex. Agora chefe da companhia militar. Sabia que ele estaria aqui — foi designado com honras para este país. Ele me encara com aquela maldita arrogância.

— Quando disseram que uma nova agente estava chegando à S.W.A.T., jamais imaginei que seria você.

— Legal.

— Por que veio?

— Trabalhar. Estar perto da minha família.

— Continua arrogante.

— Não posso fazer nada.

— Deve ser bom ser filha de bilionário.

— Você mais do que ninguém sabe do que sou capaz.

Ele se cala. Joga alguns papéis sobre a mesa com violência.

— Assina logo. Quero me livrar da sua fuça.

Enquanto assino, ele solta mais uma provocação:

— Estou noivo. A mulher mais linda que já conheci. Inglesa. Corpo perfeito. Só de pensar nela fico...

Meu estômago revirou.

— Que bom. Felicidades.

Minha indiferença o deixa ainda mais irritado.

— Nunca tinha conhecido algo belo, afinal... só namorei você.

Otário. Como se eu não soubesse que sou uma deusa.

— Terminei.

Assim que vou sair, uma loira entra na sala.

— Meu amor! — Falou ela com uma voz estridente.

Acho que os meus ouvidos já eram depois dessa.

— O que está fazendo aqui?

— Vim ver meu docinho.

Ao passar por ela, a idiota se joga no chão como uma atriz de quinta.

— Ai! Por que fez isso?

— Você está maluca, Kate?! Sei que está com inveja, mas não precisava empurrar! Se machucasse um dedo dela, eu faria você sofrer, sua vadia!

— Que canseira... Toda vez é a mesma merda, Adrian! Vai se tratar! Quantas vezes preciso dizer que eu não te quero?

Ele me encara com puro ódio e parte pra cima.

— Vou fazer você aprender, vagabunda!

O soco que recebo no rosto me faz sangrar, mas também desperta a fera dentro de mim. Com o sangue fervendo, revido. Bato nele até meu corpo doer. Quando paro, vejo a loira mijando de medo.

— Que nojo.

Me aproximo e seguro seu pescoço.

— Já ouviu falar da Judaica doida do México? Pois é. Sou eu. Amanhã seu noivinho estará preso por desacato. Meu cargo aqui é superior. Estou gravando tudo desde que cheguei. Inclusive investigando... a sua família.

Solto seu pescoço. Ela chora descontroladamente. Dou um beijo em sua bochecha e saio, com os punhos cobertos de sangue. O idiota do avião me olha pálido. O soldado nada faz — já havia recebido ordens. E isso assusta a todos.

Tomo um banho no posto mais próximo, troco de roupa, acendo outro cigarro e sigo para casa.

Lá, vejo Dante conversando com Jhonatan. Quando os nossos olhares se cruzam, ele me lança um sorriso debochado, sexy... mais lindo do que qualquer outro que já vi.

Concentre-se, Katherine.

— Você demorou. — Falou meu irmão me olhando como uma águia desconfiada.

— Estava resolvendo uns assuntos...

— Vai começar amanhã? — pergunta Dante.

— Sim.

— Estou no penúltimo ano. Se precisar de algo, me avisa... Só não fica falando comigo lá, tá? A Lisa me obrigou a te ajudar.

— Tudo bem. Não vou precisar.

Subo as escadas com o coração apertado. Tranco a porta e vou direto para o banho. Depois, deito na cama. Há quanto tempo não durmo em um colchão decente?

Mas não consigo parar de pensar no olhar dele… Na chuva do lado de fora… e no passado.

Ele costumava me abraçar quando eu tinha medo de trovões. Um dia, meu pai me jogou sozinha sob a tempestade, sem abrigo. Gritei o nome do Dante até desmaiar de frio. Tive hipotermia e quase morri.

Preciso tirá-lo da minha mente… Antes que tudo se repita.

_Dante_

Não sei mais o que fazer. Toda vez que vejo a Katherine, meu coração dispara. Sinto uma vontade incontrolável de beijar a sua boca… e o maldito pescoço. A forma como ela me olha, o jeito como caminha, tudo me tira do controle.

Eu quero ela. De novo. Mais não posso!

Essa chuva me lembra da primeira vez que acariciei os seus cabelos… quando os nossos corpos ainda descobriam o desejo. A pele dela era quente e delicada. Sua voz... manhosa, doce, implorando que eu parasse, mas eu já não podia. Meu corpo já havia se entregado.

Na escola, ela era a minha obsessão. E no dia do nosso aniversário, fizemos de novo. Na casa na árvore. Nossos olhos se cruzaram, ela mordeu os lábios, e tudo aconteceu como num incêndio que ninguém podia apagar.

Foi ali que percebi… não queria mais só ser seu melhor amigo perante as pessoas.

Namoramos escondidos. Eu era viciado nela. Até que Lisa contou para o nosso pai. Fui espancado até babar sangue. Trancado por dois dias. Sem água. Sem comida. E depois, proibido de vê-la.

Dois meses longe dela foram um inferno. Tudo me lembrava a Katherine. Sua risada. Seu cheiro. Sua pele.

Até que um dia, entrei em seu quarto pela janela. E tudo recomeçou.

Na madrugada seguinte, comprei um colar. Cadeado e chave. Dei o cadeado para ela. A chave, eu guardei comigo.

Eu queria prendê-la ao meu destino. Para sempre.

Depois disso, ela foi mandada para o exterior. Fiquei sete anos sem vê-la.

Sete anos de silêncio.

Sete anos em que mandei cartas todos os meses, sem falhar. Eu estava desesperado. Nada mais importava — nem escola, nem família, nem amigos. Tudo o que eu queria... era ela.

Até que um dia, uma miserável carta chegou.

Quando abri e li aquelas palavras, desabei.

Ela havia escrito que não queria mais me ver. Que era melhor eu esquecê-la... porque ela já havia me esquecido.

Cada frase era uma lâmina.

Aquilo me destruiu.

A esperança que eu mantinha viva com tanto esforço morreu ali.

E como se não bastasse, ela ainda disse que tudo o que tivemos... não significou nada para ela.

Nada.

Mas o maldito sentimento continuava me corroendo. Eu tentava seguir em frente, tentava apagar sua imagem... Mas sempre que eu me deitava com outra mulher, era dela que eu lembrava.

E foi assim que se encerrou a lembrança mais dolorosa da minha vida.

Depois disso, me alistei no exército. Precisava fugir de mim mesmo.

Quando saí de lá, comecei a beber e fumar — não era vício, era fuga.

Viajei com meu "pai", conheci o mundo. Me envolvi com diversas artes marciais e me dediquei a cada uma com disciplina. Com o tempo, despertei interesse por negócios e entrei para a faculdade de Administração.

Tenho três irmãos. Frederick — ou Frede — o mulherengo da família. Miguel, o bonzinho, que me segue em tudo e nunca hesita em me defender. E Lisa.

Miguel esteve ao meu lado o tempo todo.

Nos momentos em que pensei em desistir, ele foi meu apoio silencioso.

Hoje, ele cursa Medicina.

Frede está fazendo Direito.

De repente, escuto minha mãe gritando na sala.

Meu corpo reage antes da minha mente. Corro até ela, com o coração disparado...

Capítulo revisado.

Continua...

Capítulo 03

(Katherine)

Estou enlouquecendo com o fato de estarmos tão perto um do outro. Estou a horas tentando dormir porém não estou conseguindo...

Me levanto e vou até a cozinha de camisola, pois pretendo apenas pegar um copo com leite e subir...

Chegando na cozinha, decido preparar um lanche, abro a geladeira e pego o leite e depois de um tempo preparando o lanche começo a subir e foi quando escutei um barulho vindo da sala. Chegando lá eu vejo o desgr@çado do meu pai bêbado... Ele só serve para isso, enquanto eu estava me matando no exército ele estava se embriagando.

Ele me olha com um olhar nojento e então eu subo para o meu quarto... Chegando lá eu tranco a porta e foi quando eu escutei uns gritos vindo da casa de Gael.

Era a voz da tia Lana.

Peguei minha arma e fui correndo sem me importar com a roupa que estava usando... Chegando na sala todos já estavam lá.

Ana- Pensei que só eu havia escutado...

Jonathan- Vamos logo.

Ele olha para a minha mão e diz espantado:

Jhonatan- Que porr@ é essa Kate??

Não dou ouvidos e vou correndo junto com Ana e minha mãe, Jhonatan veio logo em seguida gritando para eu parar...

Chegando lá a porta já estava aberta, foi quando eu vi o pai de Gael em cima dele com uma faca ensanguentada na mão, enquanto Miguel e tia Lana estavam feridos no canto...

Katherine- Abaixe essa faca AGORA PORR@!!

Todos olhavam com espanto enquanto Gael estava me olhando com um olhar indecifrável.

O pai de Gael e os demais se chama Maycon. Ele é um sociopata igual ao meu "pai",não é atoa que eles são inimigos mortais.

Maycon- Olha só como a garotinha Kate cresceu...

Ele me olha com olhos maliciosos e começa a se aproximar. Então atiro em seu pé esquerdo fazendo ele gritar de dor!

Eu estava preparada para matá-lo se necessário...

Meus olhos não vacilaram em nenhum momento!

Katherine- Se você soubesse quem eu sou, você não moveria nem a porr@ de um dedo. Estou preparada para matar se for necessário! Não tenho medo de psicopatas, tenho uma pilha dessa gente na minha lista de morte.

Gael- O que você quer dizer com isso?

Foi quando desviei minha atenção para ele e ele estava me olhando com os olhos cheios de um desejo ardente e ao mesmo tempo tentando me decifrar. Não culpo ele, estou tentando me controlar vendo aquele abdômen!

Foi aí que cometi o meu primeiro erro.

Maycon veio com tudo, me derrubou no chão e me esfaqueou na barriga... Não tive escolha e atirei!

Gael veio com tudo jogando seu pai para longe, seus olhos estavam com lágrimas e desesperados... Comecei a ficar tonta e uma dor enorme me invade. Havia sangue por todo lado! Como eu pude cometer essa fraqueza tão estúpida, eu não posso. Ficar perto de Gael me faz perder os sentidos e isso é perigoso... Que patética eu sou, meu primeiro erro foi tão estúpido!

Escuto a voz de Gael porém já estava ficando tudo escuro...

- Fica comigo! Por favor não me deixa de novo amor!

Uma dor pontiaguda aperta o meu coração. Eu não quero deixa-lo, ele é o homem que eu amo e sempre amei...

(Gael)

Mais que porr@ isso não deveria ter acontecido, não, ela não! Por favor que isso seja um pesadelo... Eu desejo aquela garota a ponto de me matar se algo acontecer com ela! Ela é tudo na minha vida.

Momentos antes...

Quando cheguei na sala vi meu pai tentando golpear Miguel com uma faca, minha mãe estava ferida no braço e gritando para aquele verme parar...

Não vi nada, parti para cima e derrubei ele no chão. Fui correndo ajudar minha mãe e quando olhei para trás ele começou a correr em nossa direção com a faca, mas a merda piorou quando Miguel entrou na minha frente e foi ferido nas mãos tentando segurar a lâmina da faca. Ele segurou Miguel e usou meu irmão como refém...

Eu não podia fazer nada!

Estava me sentindo um bosta, foi quando Miguel se soltou e eu agi derrubando o miserável no chão. Ele me cortou no braço mas aquilo não era nada comparado com a minha raiva acomulada... Desferi vários socos na cara dele e estava preparado para matá-lo quando....

Lana- POR FAVOR PARA FILHO!! ELE É SEU PAI!

Olho para trás incrédulo, foi quando ele aproveitou essa oportunidade e me jogou no chão. Ele estava prestes a cortar minha garganta quando a porta se abre abruptamente!

Minha menina estava vestida com uma camisola sexy preta, com uma arma na mão.

* Mais que porr@! Eu estou sentindo um tesão absurdo em um momento como esse! Qual é o meu problema? *

Katherine- Abaixe essa faca AGORA PORR@!!

Ela me olha e vejo em seu rosto faíscas de desejo...

* Mais que merd@ Kate! *

Foi quando o pior aconteceu!

Em um instante o desgraç@do partiu para cima dela... Meu corpo gelou e eu vi o pior acontecer!

Katherine estava sangrando.

Entrei em desespero, eu não podia perde-la de novo!!

Isso é culpa minha. Não pensei muito e disse:

- Fica comigo! Por favor, não me deixa de novo amor!

Só de pensar em perde-la um sofrimento enorme me toma por inteiro...

Seu corpo estava sangrando muito, não pensei duas vezes e a-peguei no colo.

Sentir sua pele com a minha é uma tortura porém não tenho tempo para matar meus desejos sombrios, então ainda segurando seu corpo a levei para o meu carro e corri em alta velocidade para o hospital!

Chegando lá corri com ela em meus braços, eu já estava enlouquecendo de dor.

Ela foi levada para a sala de cirurgia e me impediram de ir junto!

Me sento no chão e começo a desabar em choros e esmurro a parede com raiva...

passou um tempo e sua família chegou junto com o pai dela.

Ana- Você precisa ir descansar! Não precisa se preocupar, qualquer informação eu te ligo.

Gael- Você acha que eu tenho cabeça para isso? Eu quero estar aqui para ver ela acordar.

Miguel- A Ana tem razão você precisa ir pra casa.

Percebo na hora o olhar dos dois, acabei de confirmar minhas suspeitas...

Gael- Cuida dos seus próprios assuntos c@ralho e me deixa em por favor!

Miguel- você é quem sabe...

De repente o médico que estava fazendo a cirurgia sai da ala.

- Vocês são os familiares de Katherine George Salazar?

Todos respondem com sim, ele então diz com um olhar alegre:

- Tudo correu bem! A faca não atingiu nenhum órgão vital. Porém...

Gael- O quê??

- Ela ficará internada por uma semana. A região em que foi atingida, pode desencadear um paralisia na região do sistema nervoso...

Maria- Como assim doutor? Minha filha vai ficar paralisada??

- Não precisa se preocupar. É só passar por uma semana de tratamento que ela vai voltar nova em folha...

Assim que ele sai eu passo as mãos no cabelo. Já estava muito estressado e com essa notícia de que ela poderia ficar paralisada me deixou louco!

2 dias depois...

(Ana)

Já estou indo embora do hospital quando sou parada por Miguel.

Miguel- Não vai me dizer nada?

Ana- O que eu tenho para te dizer Miguel?

Miguel- Me diz você.

Ele me olha como me olhava quando éramos crianças/ adolescentes...

Esse fogo não diminuiu! Conforme ele se aproximava o meu coração acelerava drasticamente a ponto de eu ter que me afastar.

Ana- Conversamos depois.

Assim que entro no meu carro ele bate na janela.

Eu abro a janela e sinto em meus lábios um toque suave que começou a esquentar e foi quando vi que ele estava me beijando, trocamos um beijo molhado e lento cheio de malícia e um amor mortal, aquilo me fez paralisar enquanto sentia o gosto que tanto senti falta. Olho em seus olhos e percebo neles um tesão enorme... Ele envolve suas mãos grandes e fortes no meu pescoço e me trás mais uma onda de calor quando toca seu polegar em meus lábios e morde o meu pescoço, arrepios percorrem o meu corpo...

Coloco minhas mãos em sua boca, empurro ele e fecho a janela com o coração disparado feito louco.

Continua...

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!