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A Escolhida Do Logan

Capítulo 01

Queridos leitores, essa obra literária é apenas uma ficção. Qualquer semelhança com pessoas reais ou lugares é coincidência. A classificação indicativa dessa obra: +18.  Espero que vocês curtam, porque ela foi escrita com muito carinho. Antes que de fato vocês iniciem sua leitura, preciso apenas passar algumas informações

📌 A história que você está preste a ler poderá conter situações que podem gerar gatilhos mentais.

📌 Não sou formada em letras, apenas me aventuro em algo que realmente gosto. Esclarecido o fato, me perdoem se encontrarem erros ortográficos, estou tentando corrigir o máximo que posso.

📌 Caso encontre esses erros e queira me sinalizar, ficarei feliz em corrigir. Porém, não aceitarei críticas.

Aqui se inicia sua aventura nessa história emocionante de "A escolhida do Logan". Espero que gostem, curtam, comentem, favoritem, apoiem e principalmente presenteiem. O apoio de vocês é de suma importância para a continuação do meu trabalho. Desejo uma excelente leitura a todos e um enorme beijo no coração!

Enquanto estava em minha cadeira, repassando algumas matérias, escutei um grupo de meninas conversando sobre uma árvore, que parecia ser mágica, com folhas de um tom meio azulado, às margens do rio Relva. Fiquei pensando se essa seria a mesma árvore da qual minha mãe me falou anos atrás. A questão era que essa árvore estava localizada em nossa propriedade, em um terreno privado. Isso me fez questionar o motivo daquela garota estar lá.

Nunca acreditei muito em histórias de magia. Era bastante cética em relação a tudo isso. No entanto, algo naquela conversa despertou meu interesse. Uma delas estava contando que testemunhou um ritual que estava sendo realizado naquele local durante a madrugada. As outras a questionaram por qual motivo ela estava lá naquele horário. Afinal, era um lugar isolado, não há muito o que ver além da paisagem, mas durante a madrugada, isso certamente era algo bastante incomum.

— Não importa o que eu estava fazendo lá. O que realmente importa é que foi bastante estranho presenciar aquelas mulheres vestidas de branco, segurando velas e dançando ao redor da árvore. Tenho certeza que aquela árvore é mágica. A cena me deixou arrepiada e, até agora, quando lembro do que acontecia lá, sinto a mesma sensação. Parecia que a canção estava sendo gravada na minha alma.

— Você está sendo muito supersticiosa. Daqui a alguns dias, provavelmente aparecerá um vídeo na internet com essas mesmas características. É bem possível que estivesse filmando algo com algum propósito específico.

— Posso assegurar que não havia ninguém filmando. Elas simplesmente dançavam e cantavam uma canção que eu nunca tinha ouvido antes, em uma língua que eu jamais ouvir falar. E a árvore parecia brilhar.

Nesse momento, o professor entrou, e todas se silenciaram, retornando aos seus lugares. No entanto, aquela situação continuou a ocupar meus pensamentos. E se essa árvore fosse realmente mágica? Se ela pudesse de fato conceder desejos? Tudo que eu precisaria era de uma única oportunidade. E eu estaria disposta a arriscar tudo por ela, inclusive a minha própria liberdade, sabendo que essa era a possível consequência se eu fosse pega.

Meu pai me confinaria em casa, e eu só teria permissão para sair no dia do meu casamento. Fiquei me perguntando por que tive que ser a primogênita. Tudo teria sido tão diferente se fosse minha irmã. Ela estava empolgada com a ideia de meu pai escolher um pretendente para ela, o que só poderia acontecer após o meu casamento, de acordo com outra regra idiota.

Minha irmã estava, nesse caso, contando os dias para que eu me casasse o mais rápido possível. Minha família tinha uma lista interminável de regras, e, mesmo estando em um século tão avançado, algumas delas permaneciam inalteradas, algumas são notavelmente arcaicas.

Fazemos parte de uma organização fechada, na qual os membros se casam entre si. Não há parentesco direito entre os casais, eliminando qualquer possibilidade de casamento consanguíneo. No entanto, essa ainda é uma tradição profundamente arcaica. Desde o nascimento, o filho primogênito era prometido a alguém escolhido pelos líderes da organização. Mesmo quando atingimos a idade adulta, não temos a liberdade de quebrar esse compromisso, pois isso traria desonra à nossa família e os colocaria em risco de serem expulsos da organização.

Nunca concordei com essa prática, no entanto, recursar o marido escolhido pela organização representaria a destruição de toda a vida que minha família conhecia. Além disso, implicaria na perda de tudo o que conquistamos até o momento.

O rapaz a quem eu estava prometida mal era conhecido por mim. Embora ele nunca tivesse me tratado mal, eu ansiava por um casamento baseado no amor. Queria estar com alguém por escolha própria e não devido a um acordo idiota que fora feito no momento do meu nascimento.

Eu desejava experimentar o frio na barriga, a sensação de mãos suando, o arrepio na espinha, e a constante ânsia de estar perto de alguém, como os livros que eu lia secretamente descreviam. Não queria apenas deitar em uma cama e me entregar a um marido que não havia sido minha escolha.

Ansiava por aquele fogo, aquela paixão, a urgência que só se sente quando está perto de alguém que ama. No entanto, a cada dia que passava, isso parecia ficar mais longe para mim, e eu estava começando a perder as esperanças… até que ouvi aquela conversa.

Eu nunca tive amigos. Era conhecida como uma aluna exemplar, sendo rotulada pelos outros estudantes como "nerd", por não me misturar. Fui proibida de criar laços com pessoas que não estivessem dentro do nosso círculo, e a amizade era considerada um desses laços proibidos. Até hoje, não entendo o que tanto eles queriam esconder.

Após o jantar, esperei até que todos estivessem dormindo. No entanto, quando me preparei para sair, percebi que minha mãe se despedia do meu pai, vestindo um longo vestido branco. Aguardei até que meu pai entrasse em seu quarto, e sair em direção à tal árvore mágica. Fiquei surpresa ao ver uma comitiva de mulheres vestidas da mesma forma que minha mãe, segurando velas acessas e seguindo na mesma direção para a qual eu me dirigia.

Mantive uma distância para evitar ser descoberta. Era uma caminhada considerável e havia inúmeras mulheres, entoando uma canção com vozes suaves que, como a garota na minha turma mencionou, parecia tocar a alma. No entanto, era uma língua que eu desconhecia, algo que eu nunca soube que minha mãe falava.

Depois de algumas horas ali, cantando aquela cantiga, elas apagaram as velas e voltaram em direção às suas casas. Só depois disso, quando tive certeza de que elas já estavam bem distante, me aproximei daquela árvore e a admirei de perto. Busquei no meu coração o único desejo que eu esperava realizar e o pronunciei em voz alta. No entanto, nada aconteceu de fato, nenhum sinal de ventania como eu esperava, nenhuma agitação nas suas folhas, nada fora do comum.

Fiquei profundamente desapontada por arriscar tanto em vão, e meu desgosto foi tamanho que acabei não prestando atenção nas raízes da árvore. Tropecei e, para evitar cair no rio, me apoiei em seu tronco, sentindo uma energia avassaladora me drenando. Tentei me afastar, mas quanto mais resistia, mas intensa se tornava essa energia, até que, finalmente, fui arrastada para a escuridão.

Capítulo 02

Não tenho certeza quanto tempo permaneci desacordada, mas quando finalmente abri os olhos, ainda estava deitada próximo daquela árvore, e o som da água corrente do rio me indicava que estava em apuros. Eu teria que explicar aos meus pais onde estava tão tarde da noite, mas, naquele momento, minha preocupação havia se dissipado, pois estava convencida de que eles também estavam ocultando coisa de nós, coisas que tínhamos o direito de saber.

Ainda deitada ali, comecei a ouvir uivos raivosos, sons de algo genuinamente assustador. Poderia ser um animal feroz, e ele estava muito próximo. Comecei a correr dali quando, ouvir gritos distantes, mas não conseguia identificar de onde vinham. Só naquele momento me dei conta que a árvore era a mesma, mas o local onde eu estava não.

Aquela situação me deixou desesperada, e me perguntei por que não havia escutado minha mãe. No entanto, eu precisava correr e encontrar um lugar seguro, longe daquela fera, que eu tinha certeza que me consideraria um aperitivo.

Corri em direção à floresta que se estendia diante de mim, e quando minha respiração ficou ofegante, parei e me apoiei em uma árvore, tentando recuperar o fôlego. Ao mesmo tempo, examinei o local à minha volta. Tudo estava escuro, e apenas a luz da lua iluminava o caminho por onde eu andava. As copas das árvores eram altas, mas eu considerava a possibilidade de escalá-la como uma maneira de me manter segura.

Ouvi alguns gemidos de dor, o que me fez pensar que alguém estava ferido nas proximidades. Ainda assustada, comecei a procurar a origem daqueles sons e, para minha surpresa, deparei-me com um homem totalmente despido, sentado e apoiado no tronco de uma das árvores. Fui me aproximando dele lentamente, questionando-me sobre o que teria acontecido para ele estar sem roupas. Mesmo a uma distância considerável, ele percebeu minha aproximação.

Ele me lançou um olhar estranho, algo ameaçador que me deixou temerosa. No entanto, consegui visualizar, de alguma forma, o ferimento em seu ombro, que sangrava bastante. Meu instinto profissional entrou em ação rapidamente. Embora ele tenha tentado se levantar, consegui agir mais rapidamente, colocando minha mão em seu ombro ileso e o instruindo a permanecer sentado.

Surpreso, ele me encarou em silêncio. Procurei algo que pudesse usar para rasgar uma parte de minha roupa e estancar o sangramento do ferimento. Logo ao lado dele, encontrei uma faca. Por um momento, hesitei, me perguntando se ele poderia ser um agressor, mas no campo da medicina, não podemos julgar um ferido dessa maneira. Peguei a faca e, automaticamente, ele segurou minha mão em um aperto forte.

— Eu não vou te machucar. Preciso usar a faca para cortar o tecido. — Apontei para meu próprio vestido, e ele me observou antes de soltar minha mão.

Peguei a faca e notei o quão ela estava afiada, além de ser mais pesada do que o comum para uma faca. Cortei um pedaço considerável de tecido da parte de baixo do vestido, dobrei-o e coloquei sobre o ferimento. Ele gritou de dor quando pressionei o tecido contra o corte.

— Me perdoe, mas preciso estancar o sangramento, do contrário, você poderá morrer de hemorragia.

Pedi a ele que segurasse o pano contra o ferimento, enquanto cortava a outra parte do vestido. O pano que ele segurava já estava encharcado de sangue, mas notei que o sangramento havia diminuído um pouco. Com o pano limpo em mãos, segurei o que estava cobrindo o ferimento e o retirei para analisar a lesão. Era um corte profundo, possivelmente causado pela própria faca que estava ali, e quando a removeu, isso causou a hemorragia. Ele observava meu rosto atentamente.

— Você vai precisar de pontos. Precisa de um hospital. Você conhece algum nas proximidades para onde eu possa te levar? — Ele me olhou como se eu estivesse falando em uma língua estranha e ele não entendesse nada do que eu dizia. — Você entende o que estou falando? Sabe a minha língua?

— Afaste-se dele, a menos que queira provar de minha ira! — Escutei uma voz ameaçadora vindo de trás de mim.

Aquela voz enviou calafrios pela minha espinha, pois de alguma forma sabia que cada palavra era verdadeira. Eu estava de costas e não tinha visto ninguém se aproximar. Peguei a mão do homem ferido e a coloquei sobre o curativo de pano, enquanto estendia minhas duas mãos para mostrar que não representava ameaça. Em seguida, me levantei e me afastei do homem que estava no chão. Observei que o outro homem também estava completamente despido, e me perguntei em que lugar estava para que eles estivessem andando pelados como se fosse algo plenamente normal.

— Irmão, ela estava apenas me ajudando. — O recém-chegado me examinou dos pés à cabeça, como se eu fosse uma espécie de peça de exposição. No entanto, seu olhar incisivo me queimava por dentro, despertando sensações que eu nunca havia experimentado antes.

— O que aconteceu? — Perguntou o homem recém-chegado.

O rapaz ferido encarou o recém-chegado como se estivessem compartilhando um segredo, algo que apenas eles compreendiam. O homem mais alto aproximou-se do ferido e auxiliou-o a levantar-se, apoiando o braço ileso em seu ombro. Realizei uma análise rápida do homem ferido, e quando ele tentou ficar de pé, soltou um grito agudo, surpreendendo o outro homem, que o observou sem compreender.

— O pé dele está machucado, provavelmente torcido ou fraturado. Ele não vai conseguirá andar com o pé nessas condições. Se vocês estão fugindo de alguém, eu aconselho que encontrem outra maneira de carregá-lo. — Ele me olhou e, em seguida, trocou um olhar com o outro homem, como se estivessem compartilhando alguma informação em segredo.

Enquanto eu estava distraída, olhando ao redor em busca de uma possível saída para mim, o segundo homem se abaixou e levantou o homem ferido, o carregando nos ombros como se fosse um saco de batatas. Se o homem ferido tivesse alguma lesão interna, aquilo poderia ser fatal para ele. Eu me perguntava em que lugar estranho e desconhecido eu havia parado.

— Você não pode carregá-lo desse jeito, pode piorar a lesão dele! — Quase gritei para o homem mais alto. Ele me encarou com uma expressão que me fez ficar em silêncio, então começou a se distanciar, enquanto eu fiquei ali parada, observando.

— Acredito que seja melhor nos acompanhar se quiser sobreviver aqui, mulher! — Ele disse rudemente, enquanto já estava a alguns metros de distância. Sem muita escolha, tentei acompanhá-lo.

Capítulo 03

Após caminharmos bastante pela floresta, eles entraram em uma caverna. Só poderiam estar loucos se pensassem que eu entraria lá. Quando o homem maior percebeu que não o estava seguindo, ele me lançou um olhar.

— Não vou entrar nessa caverna, não faço ideia de que tipo de bicho pode estar aí, e não sou muito adepta de lugares escuros. Aposto que você nem enxerga a um palmo do seu rosto. — Disse me justificando.

— Espero que você saiba acender uma fogueira, pois esta região tem muitos lobos, e eles não são tão amigáveis quanto nós. Quanto à minha visão, ela é excelente no escuro. — O rapaz ferido riu, embora eu não entendesse o motivo.

Analisando minhas opções, decidi que tinha uma melhor chance de sobrevivência do lado de fora daquela caverna, onde pelo menos podia enxergar alguma coisa. Simplesmente sentei-me à entrada da caverna, enquanto o rapaz me observou uma última vez antes de seguir seu caminho e me deixar para trás.

Como eu não podia ter amigos na faculdade, passava meu tempo na biblioteca lendo diversos livros, alguns deles sobre sobrevivências. Portanto, eu estava ciente de que, após encontrar água, minha prioridade deveria ser o fogo. No entanto, eu não tinha nenhum equipamento que me ajudasse a acendê-lo, então teria que tentar a forma primitiva, como o atrito entre dois gravetos. Não tinha certeza se conseguiria, mas precisava tentar.

Fiquei aliviada por guardar aquela faca comigo, pois ela seria muito útil naquele momento. Raspei algumas madeiras para criar a palha e escolhi dois gravetos, começando a friccioná-los juntos em um movimento de broca. No entanto, após várias tentativas, meus braços estavam cansados. Fiz uma última tentativa, e, com muita sorte, finalmente consegui.

Um grande sorriso se espalhou pelo meu rosto. Aquele homem das cavernas ficaria surpreso comigo agora. Ao lembrar de sua voz, um arrepio percorreu minha pele. Após algumas horas ali, percebi o clima esfriando. Fiquei o mais próximo possível do fogo para me manter aquecida.

No entanto, o lugar parecia ainda mais assustador. Não conseguia enxergar nada dentro daquela caverna e do lado de fora, com as árvores muito próximas umas das outras, não passava muita luz vindo da lua. Comecei a escutar uivos e as palavras daquele homem começaram a me assombrar, peguei um pedaço maior de madeira da fogueira e deixei mais próximo de mim, me defenderia com ele se fosse preciso.

Comecei a ouvir rosnados e isso me assustou, fazendo meu corpo tremer. Peguei o pedaço de madeira com fogo em uma mão e a faca na outra. Quando percebi, cinco lobos maiores do que os cães comuns estavam diante da minha fogueira. Quando me notaram, os lobos começaram a rosnar de forma ainda mais ameaçadora. Comecei a dar passos para trás, tentando me afastar deles e entrando cada vez mais na caverna, mas aquelas criaturas acompanhavam meus movimentos.

Um dos lobos tentou me atacar, mas eu empurrei o pedaço de madeira em chamas na direção dele, o que o assustou e o fez recuar. Como eu iria escapar disso? Eu estava entrando em desespero, sem saber como escapar daquela situação, quando senti meu corpo colidir com alguém atrás de mim. Imediatamente, me virei com a faca em mãos, pronta para enfrentar qualquer agressor. No entanto, mãos ágeis seguraram as minhas, fazendo a faca cair no chão. Não sabia o que aquele indivíduo havia feito, mas os lobos recuaram rapidamente. Não sabia se meu corpo tremia mais de frio ou de medo.

Desde o momento que vi aquela mulher, soube que ela não era uma mulher comum. Meu lobo sentiu seu cheiro, o aroma de pêssego, a quilômetros de distância. Fiquei surpreso ao vê-la ao lado do meu irmão, pois o ciúme que senti foi descomunal. Quando a mandei ficar longe dele, não foi com medo do que ela poderia fazer com ele, mas sim do que eu poderia fazer com os dois.

Estava sendo difícil conter meu lobo. Ele queria se apresentar a ela, desejava marcá-la como sua. Não podia acreditar que ele havia escolhido justamente aquela mulher para si. Ela nem parecia ser daqui, mas meu lobo rugiu desejosamente dentro de mim.

“Minha” — Era o que ele afirmava, sem parar.

Ela estava praticamente nua, e eu conseguia imaginar todo seu corpo sob aquele vestido rasgado. Estava sendo difícil me controlar, estando eu mesmo despido. Normalmente, quando nos transformávamos, as roupas eram perdidas, e quando senti que meu irmão precisava de ajuda, não pensei duas vezes em vir até ele.

Decidi concentrar minha atenção em meu irmão primeiro, e, quando estivesse mais controlado, lidaria com ela. Por ora, eu a ignoraria completamente e a manteria distante de mim, visando sua própria segurança. Meu irmão estava encantando por aquela mulher, não de forma romântica, mas pelo gesto altruísta com o qual ela o tratou quando imaginou que ele poderia morrer devido ao ferimento, mesmo sem o conhecer.

Meu irmão ficou completamente indignado quando a deixei na entrada da caverna, mas aquela foi a escolha dela, não minha. Eu a tinha alertado sobre os lobos, e mesmo assim, ela optou por permanecer lá. Após algumas horas, meus pais pediram que eu a verificasse, e eu já estava indo fazer isso, mas mantive essa informação para mim. Para minha surpresa, ela havia conseguido fazer fogo, mas não sobreviveria aos lobos, nem ao frio que estava se intensificando.

Bastaram os lobos sentirem minha presença para se afastarem rapidamente. Quando seu corpo encostou no meu, uma poderosa energia percorreu meu corpo, sentir o cheiro do seu medo misturado ao pêssego. No entanto, não me renderia a ela tão facilmente.

— Você não sobreviveria sozinha uma única noite nessa floresta. — Falei irritado pela idiotice dela em querer ficar sozinha, sem sequer saber como se defender. — Onde conseguiu essa faca? — Meus olhos a identificou antes que ela pudesse me ferir acidentalmente. Aquela faca era de prata. Eu não poderia simplesmente pegá-la.

— Com seu irmão! — Ela respondeu, embora não conseguisse me enxergar claramente. O fogo iluminava apenas parcialmente a caverna, e ela parecia bastante assustada.

— Me dê essa faca antes que cause um acidente. — Tirei minha blusa e a envolvi na faca. Pegá-la diretamente me causaria uma queimadura grave. Agora eu entendia por que o Paul ainda não havia se curado. — Está disposta a me acompanhar agora? — Perguntei de forma rude, e nem sei por que estava com raiva. Talvez fosse pelo simples fato de ela ter se exposto em perigo daquela forma. Ela apenas acenou com a cabeça, concordando.

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