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Fêmea

O primeiro encontro

...NOTA INIAL...

* os personagens que aparecem nas imagens são criados por mim. Eu não saí pegando da internet não, então eu não aceito alguém pegando a imagem pra fazer sla o que sem minha autorização. A imagem dos personagens foi criada por mim e pronto. Obrigada pela atenção. *

— Você precisa se comportar, Ruby. Você não é mais uma menina, tem que aprender a lidar com a sua responsabilidade pela matilha, por mim e pelo seu pai.

— Isso não é um assunto para se discutir quando estou sendo obrigada a sair da minha casa, do meu lar, do meu povo, para me casar com um maldito qualquer!

— Deveria agradecer. Tudo que precisará fazer é se deitar com ele e deixá-lo te por filhotes em um quarto isolado da sua casa. No meu tempo eu precisei me entregar para seu pai na frente da-

— Matilha toda. Sim, você já disse isso milhões de vezes, e eu sinto muito que tenha que ter passado por isso apenas para ficar com o papai. Sinto muito que tenha que passar por essa humilhação, mas eu não sou você. Nunca desejei me casar com alguém, acasalar, namorar ou seja lá o que há de existir.

— Você não tem escolha — ela agarra seu braço com força, puxando-a com ainda mais pressa, seguindo o caminho pelo meio das árvores.

O lugar é bonito, porém quente, muito quente, o suor não para de escorrer e Ruby se sente tonta com o tempo pela falta de costume e por não se alimentar corretamente apenas por birra.

Mas mesmo reclamando com sua mãe sobre isso ela não se importou e continuou o caminho do mesmo jeito. Ruby a seguiu contra gosto, tirando os malditos sapatos dos seus pés para sentir a grama passar sobre as solas dos seus pés.

O lugar é localizado entre as montanhas e no meio do nada, ao passar pela abertura no meio de uma das montanhas que dar passagem para o outro lado o calor desapareceu, e tudo que sentiu foi o vento mais gelado do que imaginava. As enormes montanhas protegem todos do sol com as sombras gigantes que criam e cobrem a cidade toda.

Também há um aglomerado de pessoas bem vestidas em frente a saída da passagem, eles sorriem gentilmente quando os avistam.

— Estamos muito felizes que Finalmente chegaram, e espero que o lugar seja do agrado de vocês. Infelizmente nosso filho não conseguiu comparecer para cumprimentar sua noiva, então desde já nos desculpamos.

— Parece que não sou a única que detesta esse casamento...

— Ruby! — ela repreende.

— Ela é uma garota nova, entendemos seu comportamento, então não se preocupem.

Segundos depois a atenção de todos vai até um homem, ele tem seu cabelos bagunçados e seu peito a mostra na camisa de botões mostra os arranhões recentes e finos que possue. O cheiro não mente, ele é só mais um alfa que não pode controlar o que tem no meio das suas pernas, saindo enfiando em qualquer buraco que parecer convincente ou atrativo o suficiente.

— Desculpem o atraso — ele diz, sorrindo de escárnio.

— Nojento... — Ruby sussurra com nojo, e aquilo atrai os olhos do homem, e não de uma forma boa.

— Esse é Khrnos ... — o casal parece tão envergonhados pelo filho que parecem que desejar sumir nesse exato momento, o que de fato seria bom, evitaria que tivesse que se casar.

— Achei que os lobos do norte se guardassem para seus escolhidos, mas vejo que são como πόρνες.

O casal volta a engolir em seco olhando para Khrnos, mas visto que nem ele entendeu o que foi falado ficaram um pouco mais tranquilos.

— Espero que não seja tão chata quando nos casarmos, será um problema foder com uma mulher irritante como você.

Os olhos de Ruby brilham em fúria quando ouve aquilo, e quase se joga na direção dele se não fosse por sua mãe segurando seu braço firmemente para que a situação não se tornasse uma catástrofe ainda maior do que já estava sendo desde o momento em que os dois se encontraram.

Aquele casamento não seria fácil...

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...Aparência...

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Nome: Khrnos Corban

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idade: 21 anos

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Alfa de sangue puro

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Nome: Ruby Isolde

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Idade: 18 anos

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Fêmea de sangue puro

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O casamento

— Então está tudo certo para amanhã. Eles dois estarão oficialmente casados, e a união das alcatéias acontecerá sem problemas — diz a mãe de Ruby, Jena, enquanto saboreia o chá recentemente servido.

— O casamento pode até acontecer, mas será realmente bom? "Bom" é uma palavra forte para descrever um relacionamento com um homem tão... — ela o avalia de cima a baixo.

— Gostoso, bonito, atraente — ele sugere, mas é interrompido por ela.

— Nojento, egocêntrico, babaca — ela corrige, sem esconder seu desprezo na frente dos pais dele.

A tensão retorna ao ambiente, e nenhum dos dois está disposto a desviar o olhar, ambos determinados a vencer, já que são dominantes, sendo ela a fêmea e ele o macho.

— Enquanto vocês se conhecem, vamos discutir alguns detalhes sobre a cerimônia de amanhã.

— Me diga uma coisa, sua raposa traiçoeira — Chrnos começa.

— Sou uma loba como você — ela rosna, provocando um sorriso malicioso.

— A cor vermelha pode estar em todo o seu corpo, mas me lembra mais uma raposa do que um lobo.

— Infelizmente para você, sou uma loba, a fêmea que seu bando precisa, embora tenha sido trazida apenas para servi-lo na cama.

— Você terá preocupações mais importantes quando eu estiver no controle — ele retalia.

— E você terá preocupações mais sérias quando tentar compartilhar minha cama. Será um prazer me tornar uma viúva recente.

Khrnos se levanta do sofá e se aproxima dela, causando um calafrio repentino e desconfortável. Apesar do medo, ela mantém a cabeça erguida, percebendo a vasta diferença de poder territorial entre eles.

Ele a agarra pelo queixo com firmeza, mergulhando nos seus olhos azuis.

— Não sou um homem bom, Ruby. Sou capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quero. É melhor começar a abaixar essa cabeça e tirar esse nariz empinado do seu rosto, ou teremos problemas, muitos problemas, antes desse maldito casamento.

Ele a solta com brutalidade e deixa a sala sem olhar para trás para ver os danos que seus dedos causaram na pele dela.

Desde jovens, as fêmeas são ensinadas a obedecer aos seus maridos, a satisfazer todas as suas necessidades e a procriar incessantemente. Uma fêmea que não cumpre suas obrigações é uma vergonha para toda a família, e se não consegue gerar filhos, é ainda pior, podendo levar à sua expulsão da matilha.

Ruby se levanta do sofá quando suas pernas finalmente recuperam a força. Ela decide explorar os arredores antes de descansar em seu quarto, que foi preparado para sua chegada.

Ela encontra uma mulher sentada em um banco, segurando seu filho. Apesar do cansaço evidente, a mulher sorri e brinca com o bebê.

— Olá... — Ruby cumprimenta de longe, esperando ser notada antes de se aproximar.

— Oh... Olá. Você é nova por aqui? Nunca te vi antes.

— Infelizmente, serei a futura esposa do líder da alcatéia.

— Infelizmente? — a mulher ri suavemente. — Parece que vocês não se deram bem.

— Não mesmo, nunca conheci um homem tão...

— Eu sei, mas ele é uma boa pessoa apesar disso. Será o líder de que precisamos.

— Mas não será o marido que eu preciso — o sorriso da mulher desaparece com essa afirmação.

— Os machos aqui são um pouco mais rudes, mas eles cuidam de nós, nos protegem, nos alimentam e nos amam.

— Proteção? As fêmeas não podem se defender?

— A última vez que uma fêmea tentou aprender a lutar, foi forçada a cumprir suas responsabilidades como esposa antes mesmo de atingir a maioridade.

— Você está dizendo que uma criança foi obrigada a...

O bebê começa a chorar, aumentando a angústia de Ruby ao ouvir aquela história horrível.

— Eles não permitem que se consuma o casamento, mas ele acontece para que ela aprenda a preparar comida, cuidar da casa e...

— Se tornar uma escrava! — Ruby aperta os dentes. — Que tipo de lugar permite que uma criança se case?

— LIZ! — um rosnado ecoa na direção delas.

A mulher de cabelos negros treme só de ouvir a voz.

— Preciso ir... — ela se levanta e se apressa na direção do homem. — Boa sorte...

Ruby volta para casa transtornada e enfrenta Khrnos, que parece estar ainda mais irritado do que antes.

— Você sabia? — ela pergunta com fúria. — Sabia que eles casam crianças apenas para que aprendam a ser a mulher perfeita para homens como você?

— É mais como um treinamento extra para a vida delas. Além disso, elas não podem ter relações até completarem 18 anos.

— Mas elas se casam antes disso. E, enquanto deveriam estar brincando, estão aprendendo a cozinhar!

— Elas ainda podem brincar, mas precisam entender que estão casadas apesar disso.

— Isso é errado, Khrnos.

— Elas não são tocadas por ninguém, nem sequer se beijam antes do casamento. É apenas um compromisso marcado! — ele diz, começando a se irritar com o assunto.

— E tudo isso porque elas não podem aprender a se defender — Ruby diz com incredulidade.

— É para isso que nós existimos — ele aponta para si mesmo. — Enquanto tiverem um macho, não precisarão levantar um dedo.

— De onde eu venho, qualquer mulher pode decidir seu próprio destino.

— É mesmo? — ele se aproxima, agarrando-a pela cintura. — Então por que você não decidiu o seu destino, como tanto afirma?

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...Aparência...

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Nome: Liz

idade: 19 anos

( mestiça)

( esposa de Gregory )

...•≈•...

Nome: Gregory

Idade: 24 anos

(Marido de Liz)

Cerimônia

É de manhã cedo e já foi acordada para se preparar para o " dia mais feliz da sua vida". Todos correm de um lado para o outro, é o banho, é a roupa, é a maquiagem, é o cabelo, e todas aquelas coisas patéticas de cerimônias. Ruby mal experimentou o que é casamento e já deseja correr para longe.

Mas não pode, ela permaneceu sentada, de cabeça erguida e alma despedaçada enquanto se olhava no espelho vendo a pessoa que ela não era.

A pergunta que Khrnos fez mexeu consigo porque no fundo ela também se pergunta a mesma coisa. Mas sempre que pensava nisso a voz do seu pai ecoava em sua mente.

" Uma ou um líder de verdade faz o que é necessário pelo bando, pela alcatéia, pela matilha"

Então como herdeira legítima e por ter sangue puro ela não recuaria. Faria o que precisava ser feito, mas não abaixaria a cabeça.

A coroa de flores foi colocada sobre sua cabeça e suas orelhas estão enfeitadas com jóias dadas pelo seu noivo.

— Não deveria se preocupar, você não será a única mulher dele — a mulher que terminava de ajudar ela disse sem nem ao menos olhá-la.

— Não bastasse crianças sendo casadas, agora os maridos traem suas mulheres? Que lugarzinho...

— As que não os satisfazem direito sim — ela sorri.

— E você será uma das putinhas pra quem ele vai correr primeiro? — coloca a mão no queixo enquanto finge ficar pensativa — Terá sérios problemas se tentar se meter no que não deve. Não sei como as mulheres aqui são ensinadas, mas de onde eu vim são como feras, as mais perigosas possíveis e se mexer no que é meu por direito... — Ruby se vira rapidamente, surpreendendo a mulher enquanto a segura pelo pescoço, cravando suas garras em seu pescoço — Terá problemas. Estamos entendidas?

Ela confirma rapidamente enquanto choraminga e o sangue escorre pelo seu pescoço.

— Agora minhas unhas estão sujas — resmunga, levantando da cadeira e saindo do local sem se importar com a mulher.

Ruby não é uma garota má, mas também não é o tipo de garota que foi ensinada a controlar suas emoções, principalmente a do ódio. Ela nasceu e cresceu para governar, esse foi seu maior destino, queira ela ou não.

Todos esperam no salão de cerimônia. A coroa em sua cabeça reluz quando as luzes atingem e refletem de volta. Os cabelos ruivos parecem chamas acesas e os olhos mostram o mais belo céu sem haver nuvens para atrapalhar.

Ela tem uma postura ereta e cabeça erguida, mesmo estando cercada por pessoas indesejadas e até mesmo inimigos. Está em território desconhecido, um território que terá que governar, e ela não vai abaixar a cabeça.

Ruby anda até o altar e é recebida pelo seu noivo, que lhe estende a mão e contragosto a pega e encara ele em seus olhos.

— Apesar de odiar isso, devo confessar que está muito bonita — os olhos dele vão até sua mão, onde por baixo das unhas ainda há as marcas do sangue daquela mulher. Ele sobe seus olhos até os dela novamente com curiosidade — Aconteceu algo?

— Nada que eu já não esperava desse lugar e das pessoas com quem você costuma se relacionar.

~ É um prazer estar aqui para juntar mais um casal...

Ainda que a cerimônia tenha começado, eles continuam a falar baixo com irritação.

— Talvez o problema não seja as pessoas e sim você.

~ Vamos começar...~

— Diga isso para as mulheres que você transou, μικρή σκύλα.

Ele a agarra com força pela cintura, levando-a até o centro do altar, onde lhes é entregue um cálice com água da árvore sagrada e um punhal de prata.

Ele começa, faz um corte em sua própria mão e coloca sobre o cálice, entregando o punhal agora para ela, que faz sem hesitar e sem desviar os olhos dele. Eles juntam a mão em um aperto e os sangues misturados pingam sobre a água.

— O meu corpo, meu coração, meu sangue e minha vida são completamente seu — ele sela os lábios nas suas mãos unidas.

— Meu corpo... — seu corpo falha aos seus comandos e seus olhos estão inundados por lágrimas, aquilo a deixa ainda mais com raiva. Se sentir vulnerável a deixava com raiva — meu ventre, meu sangue e coração são completamente seu.

Ela sela seus lábios nas suas mãos. Eles finalmente se separam e Khrnos é o primeiro a beber do cálice e em seguida entrega para ela beber.

— Μέχρι να μας χωρίσουν ο θάνατος και οι θεοί. Από σάρκα σε στάχτη.

Todos que pareciam cochichar pararam quando sua voz melodiosa pronunciou aquelas palavras na língua antiga dos lobos. A língua dos reis.

Ela vira o cálice de vez e todos que antes estavam em espanto gritam de alegria. Khrnos beija seu pescoço e o toque que a causa repulsa não é afastado. Ela precisava deixar.

— Querida, você está linda — sua mãe se aproxima apenas para dizer falsamente.

— Obrigada mãe... — retribue o sorriso falso.

— Khrnos, não deixe sua mulher ficar cansada antes da hora. Hoje é uma noite muito importante para vocês dois.

— Agradeço a preocupação, mas estou bem — Ruby tenta ser o mais gentil possível ainda que quisesse pular no pescoço deles.

— Ficamos realmente impressionados ao ver que você fala fluentemente a língua dos reis. Faz muitos anos que não escutamos ela, achamos até mesmo que estava extinta.

— Fui criada para ser uma rainha, seja de onde for, eu e meu irmão fomos ensinados a falar e futuramente nossas linhagens também aprenderão.

— Oh, que interessante! — eles falam com animação — Falando em seu irmão, onde ele está?

— Ele é péssimo em ser pontual, Provavelmente nem chegue h-

Sua atenção é atraída ao ver um homem ruivo e bagunçado entrar no salão de cerimônia.

— Irmã!

— Luke? Luke! — ela corre na direção dele e ele na dela, os dois se abraçam forte e riem um com o outro.

— Puta que pariu. Você fica horrível de branco — ele assanha seu cabelo — Minha ruivinha realmente se casou, eu achava que isso acontecia só depois dos quarenta.

— Aconteceria mesmo se nossos pais...

— Desculpe por não estar lá... — ele cola suas testas — Se eu não tivesse saído e-

— Cale a boca e apenas me conte por onde andou.

— Você não vai gostar de saber disso — ele ri — Talvez eu conte quando não for mais apenas uma menina.

— Eu já sou maior de idade, sou uma mulher.

— Você entendeu o que eu quis dizer — ele se afasta.

— Entendi... — ela abaixa a cabeça e esfrega levemente o corte em sua palma. Hoje é sua noite.

— Se ele te machucar me conte, tudo bem? Ele não tem o direito de te forçar a fazer nada com ele.

— É a minha responsabilidade querendo ou não, Luke. não posso negar.

— É o seu corpo! — ele rosna baixo e Ruby segura em seu braço para acalma-lo.

— É o meu destino, irmão. Não posso fugir disso, não posso abaixar a cabeça e chorar. Eu preciso ser forte ou todos pisarão em mim como se não fosse nada além de uma fêmea que precisa apenas abrir as pernas e ter seus herdeiros. Eu sou uma rainha.

Luke surpreende não só ela, mas todos, quando ele se ajoelha e beija a mão de sua irmã.

— Devo dizer então minha rainha? — ele ri e ela nega com a cabeça sem acreditar no que ele fez, mas rindo junto a ele.

...PERSONAGEM...

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Nome: Luke Isolde

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Idade: 26 anos

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alfa de sangue puro

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