Máximos Trajano.
Essa história nem de longe é um conto de fadas,não é algo leve cercado pela magia de um reino perfeito regido por reis e rainhas, na verdade podemos dizer que tudo começou com um terrível vilão, Malik Trajano é um homem cruel, um sheik Árabe que se mudou para um lugar esquecido no deserto, Malik jamais aceitou ser confrontado, não achava necessário merecer o amor para recebê-lo, se casou com Jade por conveniência e a obrigou se submeter de todas as formas a ele, os anos passaram, o casamento que já era um pesadelo piorou mil vezes mais, para não ver os filhos apanharem Jade permitia ser subjugada e torturada das piores formas possíveis, Máximo era incapaz de fechar os olhos para isso , ainda criança se levantava da cama para impedir as surras dadas por Malik em sua mãe, quando tinha apenas 15 anos arrancou o pai de cima do corpo dela desacordada no chão, não se lembrava de como havia conseguido forças para Isso mais não tinha dúvidas de que o teria matado se não fosse a interferência dos homens que trabalhavam para ele, Jade não suportou as inúmeras surras que levou, um dia simplesmente não se levantou da cama e os filhos ficaram a mercer dos "cuidados" de um louco.
Máximo não era o tipo que acatava ordens, que esquecia mágoas, quando finalmente se tornou capaz de se virar sozinho saiu de casa, o menino obrigado a amadurecer antes do tempo se tornou um homem cruel, maldoso, não se lembrava de uma única vez em que deixou o sentimento tomar a frente de suas atitudes e foi isso o que o fez poderoso como era, Máximo não tinha amigos, não firmava vínculos, abriu mão do contato com seu único parente vivo para não carregar em sua consciência e mãos o sangue de mais um membro de sua família afinal se culpava todos os dias de sua infeliz existência pela morte de sua mãe.
Em um lugar muito, muito longe da civilização ele construiu o seu reino, uma enorme mansão cercada não somente por seguranças mais pela areia do deserto, máximo era como um sultão em seu harém, mulheres o serviam como concubinas ao seu rei e elas jamais se deitavam em sua cama mais de uma vez, Máximo não cultivava sentimentos, só trazia consigo um vazio capaz de consumir toda bondade que o cercava, naquela manhã ele acordou em meio aos corpos adormecidos de três mulheres, exaustas as mesmas não se levantaram quando ele abandonou os lençóis, era um homem insaciável e que fazia do sexo seu passa tempo favorito, quando telefone tocou ele sabia exatamente de quem se tratava, o nome na tela pulsando insistentemente era de um dos líderes mercenários que comandavam o tráfico de mulheres na Arábia, a maior parte dos chefes dos carteis que comandavam o país temiam e evitavam Máximo pela reputação que tinha, não, o grande rei do Egito não era um bandido mais tinha consigo o que a maioria daqueles que o cercavam não possuía, poder e disposição para transformar em pó qualquer que cruzasse seu caminho, Máximo não era o tipo de homem a quem se deve favores , Elliot Sancler sabia disso, havia precisado de sua ajuda mais de uma vez e não era idiota ao ponto de esperar ser cobrado.
— Max? é o Elliot.
Disse com a voz arrastada, uma noite inteira regada a álcool e drogas era responsável por seu desmantelo.
— Não deveria estar ligando para mim.
— Tenho uma mercadoria, uma das boas habib, do tipo que sanaria todas as nossas dividas.
Máximo arfou, não era do tipo paciente e não precisava de muito para mandar ao espaço o pouco controle que tinha.
— Não me lembro de ter lhe encomendado nada, não sei em que diabos está pensando Sancler já disse milhões de vezes que não sou um do seus amiguinhos, fizemos negócios e eu deixei bem claro, te procuro quando precisar de mais alguma coisa.
Já desligava o telefone quando do outro lado da linha uma voz delicada gritou em desespero.
— Socorro, me larga.
Máximo estagnou no lugar, as noites acordado ouvindo as torturas que a mãe sofria o golpearam de forma perturbadora, era como se fosse ela clamando pelo socorro que nunca chegou, Máximo não sentia pena, não era isso, não se importava com o próximo apreendeu isso com o mais cruel dos homens o que lhe fez recuar foi o quanto tudo lhe deixou intrigado, o que a tal mercadoria tinha de tão especial para trazer a Sancler a falsa sensação de lhe estar agradando?
— Estarei no Egito até o final de semana, venha ao meu bordel, garanto que não irá se decepcionar.
Máximo desligou o telefone, em silêncio caminhou até o banheiro entrando no boxe, a água caía sobre sua cabeça quando sentiu mãos macias acariciarem seu peito, não precisava se virar para saber que se tratava de Marina, umas das mulheres vindas da Sérvia para servi-lo em seu harém, Maximo já havia se acostumado com sua presença, com sua carcaça vazia vagando pela casa, não lhe incomodava sua insignificância então destinou a ela a função de se livrar daquelas que não lhe interessava mais.
— Posso servi-lo papai?
Perguntou não recebendo de volta nenhuma resposta, Marina se ajoelhou diante dele, no início Máximo odiava a forma como ela e as outras garotas se refiriam a ele, "Papai" era a palavra de segurança usada durante as dominações fetichistas que faziam e acabou se tornando o tratamento usado por elas para se referir ele, Máximo se encostou contra a parede de azulejos, não impediu quando as mãos de Marina tocaram seu mastro, o olhar de imponência e desdém enfeitava seu rosto quando ela colocou seu c@ralho na boca.
— Não use os dentes dessa vez odalisca.
A voz rouca que fazia de inimigos a aliados tremerem ecoou pelo comôdo, Marina o engoliu com força, deslizava a língua pela cabeça rosada e brilhante de seu membro chupando até que tocasse profundamente sua garganta, Máximo não emitia nenhum som, era preciso muito mais que um simples bouquet para satisfaze-lo, estava entediado com a mesmisse de sempre e por mais que Marina fosse experiente e boa no que fazia sabia que o contato trazia muito mais prazer a ela que a ele, os olhos da jovem brilhavam ao olhar para Máximo, era excitante senti-lo dentro dela, era a única forma permitida por ele de sentirem seu gosto já que nenhuma das garotas podia beija-lo, quando muito tempo depois ele gozou se derramando em sua boca fazendo vazar pelos lados ela sorriu.
— Engula!
Ele ordenou severamente se lavando embaixo d'agua, sentada no chão marina o observava em silencio, faminta por mais, Máximo saiu do boxe a deixando sozinha, não tinha consideração por qualquer um que lhe servia e naquele momento só tinha um pensamento em sua cabeça, o que encontraria quando chegasse ao bordel que iria.
Máximos Trajano
Daphny Ortega
Depois das horas de choro abafadas pelas paredes de um quarto escuro Daphny se permitiu dormir, fechou os olhos e se viu ainda criança deitada sobre a grama verde do esplendoroso jardim da mansão em que foi criada, a jovem estava ali por um terrível acaso, Daphny era italiana considerada um prodígio foi aprovada em todas as universidades nas quais se candidatou, com apenas dezesseis anos já se destacava nos primeiros semestres do curso de medicina como a melhor aluna da turma e isso lhe rendeu algumas oportunidades que ela ferozmente agarrou, Daphny Ortega e um grupo grande de profissionais foi escolhido para integrar o primeiro comboio médico enviado ao Iraque pós guerra, o intuito era cuidar dos feridos e evitar então o maior número de baixas possíveis , a princípio a ideia não foi bem aceita pelos Ortega, Vinda de um berço de ouro Daphny tinha um futuro promissor pela frente, tudo caminhava para que ela assumisse os negócios prósperos e bem sucedidos da família mas por algum motivo isso nunca a interessou, a jovem linda e altruísta jamais se beneficiou do poder aquisitivo da família para conseguir algo, após a morte do irmão mais velho, Kenny, nas mãos da máfia italiana a família ruiu e a jovem menina não se permitiu afundar com ela.
Era o início de um inverno longo quando Daphny e o comboio médico deixou a Itália, ao pisar pela primeira vez no ocidente ela soube que jamais se esqueceria das coisas que veria no Iraque, soldados desmembrados, amputados e com traumas que transcendiam seu entendimento, Daphny se dedicou o quanto pode, talvez até mais do que sua pouca idade permitia, dizem que pregos que se destacam levam marteladas e isso não era mentira, Daphny chamou a atenção das pessoas erradas,para ser mais específica de um grupo de guerrilheiros e mercenários do exército inimigo que viram com bons olhos trazer para si a bela mulher a quem chamavam de "Sekhmet" A deusa da cura na mitologia egípcia.
Aquela era uma noite fria como qualquer outra nos desertos do oriente, Daphny não havia se acostumado com o clima do lugar, se sentia muito melhor nas tendas de atendimento médico que nos alojamentos preparados para receber a equipe, já cochilava em uma das macas vazias quando o acampamento foi invadido, o barulho alto dos tiros e os gritos de desespero dos feridos não assustaram a jovem, a menina ainda muito ingênua para perceber o perígo emitente diante de seus olhos sequer exitou ao enfrentar os líderes do ataque, naquela noite Daphny conheceu de perto o que era a crueldade humana, as dores e torturas, os abusos que sofreu nas mãos daqueles homens seriam traumas que carregaria por uma vida inteira.
Já havia se passado duas semanas quando Daphny e os outros prisioneiros de guerra foram levadas do Iraque a uma cidade no Egito chamada Dahab, vendidos a mercenários egípcios foram trancados nos fundos de uma taberna, enquanto os homens foram separados e levados para trabalho escravo nas minas de ferro, Daphny e outras três mulheres do grupo de médicas vindas da Itália aguardavam amarradas a cordas de alpinismo as sessões de abuso e torturas diárias que sofriam , os corpos marcados por manchas roxas e mordidas profundas eram a prova de todas as atrocidades pelas quais haviam passado, Daphny lutava para se manter acordada, não tinha mais forças para permanecer de pé, os pouco mais de cinquenta quilos distribuídos em seu pequeno corpo mion estavam se esvaindo rapidamente, os enormes olhos azuis em sua face pareciam ainda maiores por sua expressão assustada, quando a porta se abriu e por ela entrou três homens jovens ela quis chorar, não eram os habituais soldados que estavam ali para subjuga-la como faziam no Iraque, esses homens eram diferentes, assustadores ao ponto de temer por sua frágil vida, os olhos de Daphny varreram sultilmente os três, a coragem que possuía antes de todo aquele pesadelo ainda estava ali, enraizada em sua alma, Daphny sentiu seu rosto ser tocado, ergueu a cabeça vendo diante dela um enorme homem," Habib" como era chamado pelos dois outros rapazes tinha o corpo completamente tomado por tatuagens, cobria o rosto com um hijab deixando a mostra apenas os sombrios olhos negros.
Daphny tremeu ao olha-lo, de todas as atrocidades pelas quais passou desde que foi sequestrada, abusada e vendida, a possibilidade de estar em posse daquele homem foi o que mais a desesperou, a muralha de músculos coberta por rabiscos em um tom escuro tinha mãos enormes que se usadas para espanca-la como muitos fizeram nos últimos dias iria mata-la, Daphny fechou os olhos, implorou para que aquilo fosse apenas um pesadelo e foi arrancada de suas súplicas pela voz rouca que ecoou pela taberna como um estrondoso trovão.
— É minha.
Ele disse, não precisou abrir os olhos para saber que ele se referia a ela, como um bárbaro ele a içou do chão, cortou com uma adaga as cordas que envolviam seu pulso e a jogou sobre os ombros, Daphny tentava a todo custo cobrir a nudez que envergonhava, os olhos de todos os homens naquele lugar estavam sobre ela mas se deciparam quando "Habib", arrancou de sua cabeça o hijab, o homem que carregava nos olhos um vazio malefício a cobriu com seu manto, o gesto semelhante a um animal marcando seu território foi compreendido imediatamente por todos, ninguém com um pingo de sanidade e inteligência se arriscaria a olhar tempo demais para algo que pertencesse ao rei do Egito, Daphny não disse nenhuma palavra, não adiantaria, no fundo se preparava para o que acreditava ser o seu fim eminente o que ela não esperava era que o rei estava ali por um motivo, havia chegado a hora do dono das areias do deserto trazer ao mundo o herdeiro que um dia governaria em seu lugar, e ela, por ironia do destino ou não havia sido escolhida para gerar o filho do mais poderoso homem do Egito.
Daphny Ortega
Enquanto Máximos ou " Habib" como era conhecido caminhava até o Lexus preto estacionado em frente a taberna olhos curiosos o seguiam, uma mistura de descrença e medo estampava seus rostos afinal nenhum deles jamais havia visto o rei do Egito em companhia de uma mulher fora das boates fetichistas do Cairo, Daphny estava praticamente nua exceto pelo hijab de Máximo que cobria parcialmente seu corpo, Máximos era um homem respeitado, temido por sua imponência e força, quando abriu a porta do carro como o bárbaro que era praticamente rosnou para aqueles que o encaravam fazendo assim com tremessem ao seu olhar, máximo não disse nenhuma palavra a Daphny, apenas apontou o banco de trás do luxuoso carro o que fez com ela entendesse imediatamente o que deveria fazer, a jovem mulher estava amedrontada, se encolheu entre os bancos, se sentou no chão do veículo como um animal acuado prestes a ser devorado pelo predador, mais de um vez pensou em abrir a porta e se jogar em meio aos carros que cruzavam em alta velocidade a rodovia, de certo seu fim seria menos doloroso e cruel que o destino que lhe aguardava, as lembranças de todos os abusos, das torturas que havia sofrido queimavam como brasa em sua pele, Daphny se sentia suja, se culpava pelo que havia acontecido e não conseguia tirar da cabeça os rostos dos vários homens que a haviam subjugado, o breve caminho de Dahab ao Cairo parecia durar uma eternidade, exausta Daphny sucumbiu ao cansaço de seu frágil e delicado corpo adormecendo profundamente, acordou sendo pega no colo por Máximo, anestesiada pelo irracionalidade de seu despertar ela o bateu, bateu com força repetidamente no peito retirando dele as primeiras palavras dirigidas a ela.
— Não sei os tipos de homens com os quais está acostumada odalisca, mas essa não é uma boa ideia, desafiar um louco como eu é o mesmo que abraçar a morte e seus olhos assustados me dizem que não anseia por ela.
Daphny fechou os olhos com força, seu corpo inteiro estremeceu ao som da voz rouca como um estrondoso trovão, Máximo abriu as portas de sua mansão, deitou o corpo de Daphny sobre o aconchegante sofá a olhando de forma assustadoramente frívola por alguns minutos, a mulher em pânico se agarrou com força ao fino tecido que lhe cobria a pele, tentou conter a dor lacerante que o medo produziu em seu ventre.
— Fique de pé.
Máximo ordenou, Daphny implorou em silêncio para que aquilo fosse um pesadelo , permaneceu estagnada no exato lugar em que estava.
— Quando dou uma ordem espero que ela seja atendida menina, não digo uma coisa duas vezes então obedeça e livre você mesma de mais problemas.
Daphny se obrigou a obedecer, mesmo sem qualquer controle sobre seu corpo que parecia ignorar seus comandos se pôs de pé, máximo se aproximou, tocou o fino tecido do hijab puxando para si a deixando completamente nua.
— Isso é meu.
Segurava o hijab mais os olhos em Daphny não deixavam dúvidas de que não se referia a ele, a bela mulher se assustou, bateu com força no rosto do homem a sua frente vendo uma chama se acender em seus olhos.
— Olhe para mim criança.
Ele rosnou em sua face.
— Quantos homens já lhe arrancaram a roupa, puseram-lhe nua e aproveitaram-se da sua carne?
Os olhos de Daphny se encheram de lágrimas, haviam sido muitos mas não com seu consentimento, nenhum deles tiveram sua permissão.
— Responda.
Ele gritou.
— Muitos.
Ela engoliu não só o orgulho mas o choro para não desabar diante dele.
— Quando fizeram isso, esbofeteou algum deles?
Ele segurou sua pequena face entre as mãos, seus olhos negros fitaram friamente sua recusa, conhecia bem os motivos de Daphny estar naquela taberna quando a conheceu pois havia arrancado a informação de uma forma dolorosa dos soldados de Elliot antes de tirá-la de lá, usou isso para abate-lá, era vingativo e cruel como nenhum outro.
— E porque diabos acha que pode estapear meu rosto? Lhe tirei do inferno, lhe trouxe a minha casa e retribui minha gentileza fazendo de mim a porra do seu saco pancadas?
Daphny estava assustada, sempre foi alguém forte mas haviam arrancado isso dela, de um jeito doloroso e brutal.
— Me tirou do inferno, me trouxe a sua casa.
Ela sussurrou.
— A troco de quê? O quanto isso irá me custar?
A voz era quase inaudível, Máximo caminhou até o móvel, se serviu de uma bebida se sentando a poltrona, em silêncio varreu o corpo de Daphny com os olhos, o líquido do copo queimou em sua garganta mais não tanto quanto o desejo que ardeu em sua alma, por um segundo se viu exatamente como era um monstro perverso e pecaminoso, mesmo que seus olhos fitassem o corpo de Daphny coberto por hematomas ele conseguiu se excitar, ela era exatamente o que ele havia procurado durante toda sua vida, era meiga e tinha um ar de pureza que despertou o mais irracional dos demônios em seu seu ser, seria capaz de devora-la até que não restasse completamente nada e isso fez seu subconsciente psicótico gargalhar.
— Acha que tem algo a me oferecer?
Ele perguntou sabendo exatamente o que queria, o que desejava da pequena mulher, quando o pai Malik o ligou meses atrás deixando incumbido a ele um herdeiro para os Trajano ele o mandou ao inferno, não queria contato com aquele homem, porque diabos acataria uma ordem sua? Bem, essa ideia mudou no exato momento em que soube que exatamente tudo pelo o que a mãe havia batalhado seria entregue ao irmão Hefestos se fosse ele o primeiro a dar um herdeiro a família, Máximo não fazia questão do dinheiro, das vantagens que teria era rico o suficiente para nunca mais trabalhar em sua vida e devia isso ao seu próprio esforço, era a competição e mágoa que cercava a relação com irmão o que o fez repensar sua decisão, iria dar ao maldito Malik o neto que ele tanto desejava, arrancar dele a alegria de conhecê-lo e receber cada centavo da fortuna que pertencia a Jade, vingaria a memória da mãe fazendo exatamente aquilo que sempre desejou fazer, destruindo o pai e o irmão a quem ele culpava por sua morte.
— Não, eu não tenho senhor, arrancaram-me a alma, seja lá o que espera receber de mim já foi tomado por outro.
Máximo sentiu o sangue em sua veias ferver como larva, como alguém teria coragem de machucar uma coisinha pequena e frágil como aquela? Era um monstro? Sim ele era, mas se orgulhava por jamais ter machucado uma mulher.
— Por favor, pode me devolver o hijab? Não quero que me vejam assim, já me humilharam o suficiente.
Máximo se levantou,
inconscientemente Daphny se encolheu, cobriu o corpo com as mãos deixando que lágrimas escorressem por seu rosto, Máximos a cobriu, sua expressão era uma mistura de indiferença e desdém.
— Suba, a primeira porta ao fim do corredor será seu quarto, tome um banho está imunda, vou pedir a uma velha conhecida que venha tratar de suas féridas, o que quero de você saberá em breve, tenho uma proposta a fazer, não é que tenha escolha menina é apenas uma gentileza, eu sou seu dono, farei de você aquilo a eu quiser que seja.
Daphny engiliu seco o nó que se formou em sua garganta, subiu os degraus em silêncio e já no quarto se lavou embaixo de água e lágrimas, estava tão exausta que implorou pela morte mais de uma vez, quando finalmente seu corpo tocou os lençóis ela se permitiu descansar, talvez estivesse no inferno, sob os olhos do demónio como lhe parecia, mais para onde fugiria? o que isso lhe custaria? A morte seria um presente mais como o homem assustador lhe havia dito não estava pronta para ela, pegou no sono sem se dar conta de que era observada por olhos repletos de obsessão e uma pitada macabra de cobiça, Máximos não sabia o motivo de estar ali mais zelou por seu sono, atento e paciente, estarrecido com a beleza da bela preciosidade diante dele, exatamente como Sancler havia dito que ficaria estava hipnotizado e isso lhe custaria a sanidade que não tinha, não se dá há um louco a cura de seus devaneios sabendo que ele enlouqueceria ainda mais ao conhecer o que poderia ser sua redenção, Daphny estava ali por um propósito e mesmo sabendo que isso provavelmente a destruiria Máximo não recuou, era o monstro que sempre acreditou que fosse e a teria para o seus propósitos mesmo que isso lhe afundasse completamente no inferno em que ele vivia.
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