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O SÁDICO E A EXCLUÍDA

O INÍCIO

NARRADOR

Edith foi uma mulher a anos atrás que lutou contra o mal. Ela era uma grande guerreira, uma lenda entre todos. Ela foi criada para fazer o mal, e acabou se tornando alguém que salvou milhares de pessoas sem perder o seu lado assassino. Ela matava e degolava suas vítimas como uma verdadeira caçadora. Havia pessoas que a admiravam, mas a maioria a temia. A maneira como ela lutava e tratava suas vítimas, eram cenas completamente horríveis para a visão de um ser humano.

Ela era uma criatura chamada Luminith. Uma criatura de grande força, que sempre fazia e trazia o mal para o mundo. Elas vinham com poderes e forças capazes de destruir um país inteiro de uma só vez se assim quisessem. Mas Edith não era assim. Ela queria ser justa com todos os seres.

 Numa certa batalha, Edith teve que usar tudo de si para vencer. Ela lutou contra um demônio muito poderoso. Mas para matar aquele demônio, ela teria que morrer no processo. E assim ela fez. Morreu bravamente. Muitos ficaram muito triste pela morte dela.

O que ninguém sabia, era que Edith não havia morrido. Seu corpo morreu. Porém sua alma ainda estava viva.

Antes dela morrer, um cientista sobrenatural  colocou a sua alma numa caixa mágica.

E durante anos, depois de muitos testes, esperavam um corpo hospedeiro para ela. Teria que ser um corpo de um humano que nascesse sem a alma. Um corpo vazio.

40 anos se passaram. E aconteceu. Deu certo!

Uma garota nasceu num hospital na Argentina, depois de várias testes, sem explicação alguma, ela realmente nasceu sem uma alma. É quando os humanos dizem que alguém nasce com um distúrbio de psicopatia, que na verdade é quando a pessoa nasce sem uma alma.

Eles colocaram a alma de Edith no corpo deste bebê. Essa criança não poderia crescer num laboratório. Seria melhor ela ficar com a família. Já que era uma família rica, ela teria uma educação adequada.

Em breve em alguma parte da sua adolescência ela iria descobrir o que realmente era. E fazer o que deve ser feito. Proteger a humanidade do mal sobrenatural.

6 ANOS SE PASSARAM.

EDITH

Tenho 6 anos de idade. Vivo numa mansão com a minha mãe chamada Emma, e meu pai chamando Herbert. Tenho uma irmã mais nova agora. Estou esperando no hospital a minha mãe ter ela. Eu estou junto com a minha tia Alexandra.

Alexandra, tia da Edith

Status social: Solteira. Nenhum filho. 24 anos. Mora num apartamento em Buenos Aires. Trabalho atual: Arquiteta

Alexandra- Ansiosa para conhecer sua nova irmãzinha?

Edith- Tô sim. Bastante!

Depois de algumas horas o meu pai chama para mim conhecer minha nova irmã.

Chego no quarto de hospital. Vejo minha mãe com a minha irmã no colo.

Emma, mãe da Edith

Status Social: Casada com Herbert. 2 filhas. 32 anos. Mora numa mansão. Trabalho atual: Modelo

Emma- Venha conhecê-la Edith.

Chego perto.

Edith- Que linda!

Meu pai se aproxima de nós

Herbert, pai da Edith

Status social: Casado com Emma. 2 filhas. 34 anos. Mora numa mansão. Trabalho atual: Psiquiatra

Herbert- Essa é a sua nova irmã. Agora você terá o cargo de irmã mais velha.

Edith- O que uma irmã mais velha faz?

Herbert- Uma irmã mais velha protege e defende a sua irmã mais nova.

Edith- Ela vai poder brincar comigo?

Emma- Agora ela é muito novinha, querida. Mas daqui um tempo ela vai poder brincar com você sim.

Edith- Que legal! Qual o nome dela?

Emma- Ainda não decidimos. Quer ajudar?

Edith- Siim!

Olhei para o rosto dela. Fiquei pensando num nome.

Me veio umas imagens na minha mente. Uma moça, muito bonita. Parecia ser próxima a mim, seu nome era Elisa. Eu estava indo até ela gritando o nome dela.

Depois de ter esses flashs. Eu decidi.

Já sei!

Edith- Elisa!

Emma- Que belo nome. Onde achou?

Edith- Me veio na cabeça.

Emma- Então será Elisa.

Olho para minha irmã, que mexia a mãozinha.

Emma- Parece que ela gostou. Bem vinda ao mundo Elisa!

Edith- Oii Elisa! Eu sou sua irmã!

10 ANOS SE PASSARAM.

EDITH

Status social: Solteira. 16 anos. Estudante.

Tenho cabelos pretos e olhos azuis esverdeados.

Meu nome é Edith. Tenho 16 anos.

E eu tenho a irmã mais chata desse mundo.

Edith- Elisa, eu já falei para não mexer nas minhas coisas!

Elisa, irmã da Edith. Idade: 10 anos

Elisa- Eu não mexi!

Edith- Mexeu sim! Cadê as minhas maquiagens? Você é uma pirralha, não pode usar maquiagem!

Elisa- Eu não sou uma pirralha!

Edith- É sim! Agora me devolve!

Edith e Elisa- Ooo mãee!

Emma- Meninas! Eu já falei para não ficarem gritando.

Elisa- Edith me chamou de pirralha.

Edith- Ela mexeu nas minhas coisas!

Emma- Parem já! Vocês já tem idade o suficiente para resolverem os seus problemas de forma civilizada.

Edith- Mas mãe...

Ela me interrompe.

Emma- Sem mas! Se eu ouvir mais gritaria vou descontar da mesada de vocês.

Bufo de raiva me trancando no quarto.

Que saco. Não tenho paz nenhum segundo com a chata da minha irmã.

Eu estava me preparando para ir ao colégio.

Coloco meu uniforme e vou.

Já estou no segundo ano do ensino médio. Eu sou e sempre fui a excluída de tudo. Na maioria do tempo sou tímida, e dificilmente consigo conversar com as pessoas. Faço de tudo para não ter que apresentar um trabalho de colégio.

Chego na sala e já vou sentando no fundão.

Todos estavam conversando fazendo barulho.

A professora de história chega na sala botando moral.

Professora Amelia- Olá alunos. Espero que tenham terminado o dever que passei ontem.

Todos ficam calados pegando seus deveres.

A professora olha para mim e eu torço para ela não me trocar de lugar como sempre faz, como se eu fosse uma marionete.

Professora Amelia- Senhorita Edith Téllez. Seu lugar não é aí. Sente-se aqui fazendo o favor.

Ela aponta para uma das primeiras cadeiras bem de frente para o quadro. Que porr@!

Toda tímida vou para a cadeira que ela mandou.

Me sento no lugar me sentindo uma boneca. Eu só queria estudar de boa. Eu gosto de estudar. Mas fica tendo que interagir com gente é demais para mim.

Depois de horas torturantes, vou para o intervalo. Me sento num canto longe de todos como sempre. As garotas populares passam perto de mim e começam a rir. Sussurrando coisas como "esquisita"

Na sala era coisas como "Ela é muda?" Por eu não falar muito.

Sentei no meu cantinho com o meu lanche. No fim do intervalo volto para sala.

No meio do caminho um garoto esbarra em mim.

Garoto- Olha por onde anda!

Ele olha para mim com frieza no olhar.

Eu nunca tinha visto ele por aqui, nem ele e esses amiguinhos dele. Acho que eles eram novatos, as garotas pareciam estar caidinhas por eles.

Esse povo chato.

Eu não falei nada só o ignorei e virei as costas.

Ele com raiva me pega pelo braço me virando para ele.

Garoto- Não me ignora!

Qual o problema dele??

A briga

EDITH

Ali com aquele garoto segurando o meu braço. Me veio um ódio fora do normal.

Ouvindo aqueles sussuros em volta, daquelas garotas chatas. "Nossa, o gato do último ano vai acabar com a esquisita, haha."

Com toda a raiva acumulada. Eu puxei meu braço com toda a força que eu podia, mas eu não conseguia me soltar. E todos ficavam rindo.

Até eu resolver falar.

Edith- Me solta, seu idiota!

Garoto- Como ousa me chamar de idiota?

Vou tentando puxar o meu braço, até que chega uma hora que eu o empurro com força fazendo o cair no chão.

Ele olha para mim assustado com a minha força. Até eu estava assustada.

Vindo a professora

Professora- O que está acontecendo aqui??

Ele vai se levantando e seguindo para sua sala.

As garotas populares começaram a me culpar, entre uma delas a líder do grupinho Jéssica, que adorava fazer da minha vida um caos.

Jéssica

Status social: Solteira. 16 anos. Estudante

Jéssica- A esqui... Digo, aquela garota ali, estava caçando briga com um dos novatos professora.

Professora- Isso é verdade senhorita Edith?

Eu queria me defender e falar que não. Mas eu simplesmente paralisei, sem conseguir dizer uma palavra.

Professora- Não vai dizer nada?

Jéssica- Que engraçado que quando é pra caçar briga ela sabe falar.

Que raiva dela. Mas o que eu poderia fazer? Eu não estou conseguindo falar. Ataque de ansiedade... Começo sufocar...

Professora- Senhorita Edith? Está bem?

Visão ficando turva.

E eu apago.

Acordo numa cama de hospital. Com minha mãe logo ao lado conversando com o médico.

Ela vem até mim.

Emma- Oii minha filha! Como está se sentindo?

Edith- Acho que... Bem.

Emma- O médico falou que foi só uma ansiedade. Temos que te levar num terapeuta.

Edith- O que? Vou ter que falar com um desconhecido?

Emma- Provavelmente...

Edith- Então não! Não quero.

Emma- É para o seu bem, minha querida.

Edith- Mãe, você sabe o quanto é difícil para mim interagir com outras pessoas.

Emma- Mas você já está bem grandinha. Esta na hora de aprender.

Edith- Não consigo.

Emma- É claro que consegue

Não falo mais nada.

Sempre tenho que me calar, tendo que falar.

No outro dia não fui a aula. Mas fui para a terapia.

Estou sentada de frente para uma mulher, com um caderno e uma caneta na mão, me perguntando coisas pessoais sobre mim.

Psicóloga- Você tem dificuldade de falar com outras pessoas?

Eu falo baixinho.

Edith- Um pouco...

Psicóloga- Dificuldade de se expressar?

Edith- Eu não sei...

Ficamos uma sessão inteira ela me perguntando as coisas e eu não respondia. Ou respondia com não sei.

Quando sai daquele ambiente, minha mãe já estava me esperando do lado de fora. A psicóloga foi falar com ela. Não parecia estar muito positiva.

Entrei no carro e fomos para casa.

Vou direto para o quarto.

Emma- Edith! Espere! Preciso conversar com você.

Dou meia volta para falar com ela.

Emma- Temos que falar sobre sua dificuldade em falar com as pessoas.

Edith- E o que tem?

Emma- Você tem que se ajudar. E tentar levar a terapia a sério.

Edith- Eu sei.

Emma- Não quero que me fale o que acha que eu quero ouvir. Quero a verdade!

Edith- Está bem então! Não quero fazer terapia, não confio naquela mulher, melhor! Não confio em ninguém.

Vou correndo para o quarto.

Emma- Edith!

Não dou ouvidos, coloco os meus fones e fico de baixo das cobertas.

Chegando de noite, resolvo dar uma volta para respirar.

Saio de casa escondida

Vou caminhando, respirando, me acalmando. Chega um momento que eu caminho tanto que acabo me perdendo. Onde estou? Era um lugar mais isolado da cidade. Um lugar cheirando a cigarro. Pego o meu celular para me localizar e voltar para casa.

Até que uns moleque aparece me perturbando.

Muleque- Fiu, fiu. Que gatinha! O que faz sozinha por essas ruas linda?

Eu não sabia como falar ou agir. Fiquei um pouco assustada.

Um deles toca no meu cabelo, deslizando a mão pelo o meu braço.

 Fiquei furiosa com aquilo. Então acabei falando no impulso.

Edith- Se me tocar de novo eu arranco a sua mão fora.

Eles ficam surpresos

Até eu fiquei surpresa comigo mesma. O que estava acontecendo comigo? De onde vinha essa determinação?

Muleque- A princesinha não deve ter força nem para cortar as unhas, imagina arrancar uma mão.

Eles riam da minha cara. Fiquei muito furiosa. As vezes eu sentia que havia um ser dentro de mim que sente raiva e ódio o tempo inteiro.

Eles começam a se aproximar e um deles pega o meu celular da minha mão. E outro pega os meus braços.

Muleque- Bora leva ela lá pra casa. Vou mostrar pra ela o quão fraca ela é. Vou usar você como minha bonequinha!

Eu fico enojada ouvindo aquilo. Eles vão me empurrando, e eu vou puxando não querendo ir com eles.

Edith- Me solta seus idiotas!

Muleque- Fica quieta sua put@!

Num estado de puro ódio, sinto um poder dentro de mim, que me fez empurrar eles com toda a força que eu tinha. Uma onda de poder se formou pelo ambiente, empurrando todos eles fazendo caírem no chão. Senti um poder tomar posse do meu corpo. Então fui naquele que estava me insultando, peguei ele no chão pelo pescoço com uma só mão, e comecei a apertar a garganta dele até ele sufocar. Ele já dando seus últimos suspiros com as veias de sua cabeça preste a explodir, eu continuo apertando até minha mão passar pela pele dele entrando no pescoço e arrancando a cabeça dele fora, respingos de sangue caem no meu rosto, o corpo e a cabeça dele cai no chão só sobrando o sangue e a faringe  na minha mão escorrendo para o meu braço.

Olho para os outros que ficam paralisados me olhando assustados. Vou em direção a outro deles dando um muro no rosto dele. Um muro que atravessa a sua cabeça, deixando um buraco no seu crânio, fazendo o cair no chão como se fosse um boneco.

Os outros continuam me olhando assustados. E eu falo.

Edith- Quem é a bonequinha agora? Hahahaha

Falo rindo descontroladamente

Os outros moleques sem perder tempo saem correndo de lá.

Eu estava toda ensanguentada. Respingou muito sangue em mim.

Me recuperando da raiva que tinha tomado posse do meu corpo, eu acabo percebendo o que eu fiz. Eu não acredito! Volto a ser a garota tímida, e agora desesperada!

O que eu faço?

Fugindo da verdade

EDITH

Correndo e correndo, suando muito, toda ensanguentada. O que eu fiz? O que eu faço? E agora?

Continuo correndo no meio da noite quase de madrugada, com as ruas vazias. Entro escondido pela janela do meu quarto.

Vou tirando as minhas roupas, escondendo elas numa sacola de baixo da cama.

Vou direto para o banheiro tomar banho tirando todo aquele sangue de mim.

Estou com tanto medo. Mas não me sinto culpada. Por que? Eu sou uma assassina agora. É como se eu já tivesse feito aquilo antes. Tão estranho.

Depois de tomar banho coloco o pijama.

Provavelmente já encontraram os corpos. E eu sou a culpada. Vou ser presa!

Passei a noite em claro pensando no que poderia acontecer. Fui logo cedo ver o jornal na TV. E claramente estava lá.

Repórter- Encontramos os corpos de 2 jovens numa parte isolada da cidade. Uma cena estranhamente horrível, que impressionou a todos que viram. Quem poderia ter feito tal crime? A polícia suspeita que os 2 jovens foram alvos de uma gangue poderosa da cidade, pela maneira como foram mortos. A investigação continuara em andamento até descobrirmos o culpado...

Desligo a TV.

Meu coração estava acelerado. Coloquei na minha cabeça que ninguém iria descobrir.

Emma- Edith! Hora de ir ao colégio.

Minha mãe grita do corredor.

Edith- Tá bom! Só estou me arrumando.

Improvisei.

Coloquei meu uniforme e fui.

Chegando no colégio. Foi a mesma chatice de sempre. Só que eu ainda estava um pouco tensa.

As meninas passavam por mim, continuavam a rir e me zuar por aquele dia. E eu não sabia como revidar sem perder o controle. Eu não poderia confiar em mim!

Tentei ficar na minha até a professora me chamar para conversar.

Professora- Você tem que apresentar esse trabalho se quiser a nota. Uma hora você terá que falar em público.

Edith- Eu... Eu não sei

Professora- Tem que aprender a ser firme em suas palavras. Tomar as decisões certas de cabeça erguida. É para o seu próprio bem senhorita Edith.

Edith- Sim senhora Lúcia.

Era a professora mais de boa do colégio.

Professora- Pode voltar a seus afazeres agora. E pense bem sobre o trabalho.

Edith- Certo.

Saio da sala. O intervalo já estava acabando. Ao caminhar para a minha sala, as chatices vem até mim.

Jéssica- Olha só quem estava na sala da professora. Foi o que você fez ontem não foi? Deve ter ganhado uma advertência. Hahahahahha

Continuo andando para a minha sala. E ela entra na minha frente.

Jéssica- Que foi? Vai dar uma de mudinha agora? Esquisita!

Ela me empurra fazendo eu cair no chão.

Jéssica- Tenta se levanta agora esquisita. Hahaahhaha

Todas riem de mim. Apontando seus dedos na minha cara.

E só sentia ódio dentro de mim. Mas com medo de fazer merd@. Eu fiquei na minha.

Logo a professora chega e elas fingem não ter feito nada, saindo do lugar.

Professora- O que faz no chão, senhorita Edith?

Eu ainda não conseguia falar, estava muito envergonhada.

Só me levanto e vou correndo para a sala.

Tento fazer as atividades, mas era difícil me concentrar, com tudo que estava acontecendo.

Vou embora para casa.

E a empregada estava limpando os quartos.

Foi aí que eu lembrei...

As roupas de baixo da cama!

Fui correndo para o quarto, e vejo ela já entrando para limpar.

Edith- Só um minutinho. Vou me trocar primeiro.

Empregada- Seja rápida, tenho muita coisa pra limpar ainda.

Eu balanço a cabeça indicando que sim. E entro pegando o saco de roupas de baixo da cama. Tenho que arranjar um jeito de esconder isso. Posso queimar elas mais tarde. Então pego e escondo na minha bolsa do colégio.

Depois das horas se passarem e chegar de noite. Eu acabo pegando no sono, acordando só no outro dia de manhã.

Acordo indo para o colégio. E hoje tinha a pior matéria de todas, educação física! Eu nunca participava disso, o professor dava nota para todos, mesmo sem fazer nada. Só que nesse lindo dia infeliz recebemos a linda notícia de que ouve uma troca de professores. A nossa nova professora de educação física era uma mulher chata para o car@lh* que obrigou todos a participar daquela m*rd@

Fui para a quadra obrigada a jogar em troca de nota.

E pra começar, era jogo de queimada. Como eu odiava aquele jogo. Um garoto chamado Jay, e a Jéssica foram escolhendo suas equipes.

Eu fui a última a ser escolhida, como de esperado.

Fiquei na equipe do Jay.

Jay

Status social: Solteiro. 16 anos. Estudante

Jay- Fica atrás e não atrapalha.

Ele fala para mim entrando na minha frente e se posicionando para jogar.

Fiquei mais pro canto da quadra. Com todos jogando. O time que eu estava, tava quase perdendo, só sobrando 4 pessoas, comigo junto.

Foi aí então que o inferno começou.

Jéssica me notou ali no canto, se preparando para rumar a bola em mim com toda força que ela tinha. E eu nem tentei desviar. Num impulso fora do normal minha mão se ergue pegando a bola com uma só mão. Todos olham impressionados, fico olhando para a bola. Como eu fiz isso?

Eu teria que jogar a bola em alguém. Eu estava muito tímida. E agora?

Olho para Jéssica, vindo um ódio dentro de mim, e de novo no impulso eu jogo a bola em direção a ela com muita força.

Ela tenta desviar, mas a bola acerta ela bem no seu abdômen, fazendo ela voar para trás, e cair no chão. Todos ficam olhando de olhos arregalados.

Jay olhou para mim surpreso. Vindo em direção a mim, ele estende o punho.

Jay- É isso aí! Toca aqui!

Eu fiquei confusa, nunca tinha chegado nessa parte.

Então eu estendo meu punho, batendo no dele.

Enquanto isso Jéssica estava jogada no chão com ódio. A amiga dela Aby, vai correndo socorrer.

Aby

Status social: Namorando. 16 anos. Estudante.

Aby- Você está bem Jéssica?

Jéssica- Não! Tô com ódio daquela piranh@!

Ela fala com a mão segurando seu abdômen de dor.

Jéssica- Aby! Eu quero que você acabe com ela enquanto eu estiver fora do jogo.

Aby- Pode deixar!

Jéssica sai do jogo. Jay pega a bola e tenta queimar o time rival.

Aby pega a bola e vai em direção a mim. Tentando me acertar no rosto. Mas eu desvio. Car@i! Eu sou boa nisso! Como?

Vejo Jéssica de longe, só o ódio.

Todos esquecem os outros do meu time tentando atacar somente a mim.

Eu desviava de todos. Teve um que eu dei um mortal para trás só para poder desviar. Depois de eu pegar a bola, e o jogo ir se passando, eu fui queimando um por um. Até só sobrar a Aby no time rival. Ficamos nos encarando igual num filme de faroeste. Ela com a bola e eu com o ódio. Ela rumou de uma vez tentando me acertar e eu desvie pegando a bola, rumando nela, acertando o rosto dela com tudo, fazendo ela cair no chão.

Jéssica sai de lá com muita ódio batendo o pé.

Todo o time de Jay me pegam e erguem para cima comemorando.

NARRADOR

Após a vitória de Edith, Jéssica com puro ódio vai para sala, e chuta uma cadeira expressando seu ódio. Ela olha para a cadeira de Edith com a mochila. Agindo pelo impulso ela pega a bolsa de Edith,  espalhando as coisas dela pelo chão.

Ao espalhar as coisas de Edith ela percebe que havia uma roupa suja de sangue lá dentro. De quem era aquele sangue? Ficou fluindo pela cabeça dela.

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