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Adorável Médica

Capítulo 1

O dia está lindo, ensolarado. As flores desabrochavam. O girassol contrastava a luz do sol, as rosas daquele jardim...hum como tinham um cheiro bom. O som dos pássaros, o ventinho batendo as folhas. A brisa miúda. As nuvens escassas. Oh!! O dia começou bem. Isso me garante uma boa disposição.

Eu estava aí apreciando cada detalhe da vida, cada obra perfeita de Deus. Até que uma enfermeira vem correndo e minha direção.

— Doutora Lara, Doutora Lara...

Lara: O que houve Nora?

Nora: Doutora, temos um caso de emergência. Um paciente deu entrada em estado grave, ele levou tiros.

Lara: E o que estamos esperando? Vamos logo.

Eu saí apressadamente daquele local, fui correndo até o paciente que acabara de dar entrada.

Ao ver o estado dele, eu fiquei chocada, admito!! Ele estava uma bagunça. Diria até que estávamos prestes a perder ele, mas graças a Deus. O homem sobreviveu, ele foi um guerreiro e lutou por sua vida.

Escolher ser médica, foi a melhor coisa que eu pude fazer em toda minha vida; Salvar vidas, é minha paixão. Desde menina eu sempre sonhei com isso e graças a Deus eu estou realizando esse sonho.

Meu nome é Lara Meyer, eu tenho 36 anos e sou uma médica geral. No caso eu faço tudo. Eu amo cuidar das pessoas, salvar vidas. Tanto que quando eu me tornei médica eu jurei salvar vidas, não importa quem fosse. E é isso que eu estou fazendo agora.

Lara: Nora, como está o paciente?

Nora: Ele está melhorando na medida do possível, doutora. Graças a sua prontidão naquele dia, o homem sobreviveu.

Lara: Não é para tanto, Nora. Eu só fiz o meu trabalho. Assim como todo médico faria.

Nora: Eu admiro muito a senhora. Tão cheia de vida, e dá tudo de si para salvar outras vidas.

Lara: Ser médico é escolher salvar vidas e cuidar das pessoas. Esse sempre foi meu sonho. Você não imagina o quão eu sou grata por poder salvar a vida das pessoas e vê-las felizes voltando para casa.

Nora: Mas convenhamos, a senhora pensa tanto nos outros, mas e em você? Quando vai pensar?

Lara: Como assim, "e eu"?

Nora: Doutora, você passa a maior parte da sua vida aqui. Você não tem uma vida pessoal lá fora. Não acha que deve começar a criar planos para isso? Se casar, ter filhos. A sua vida está estabilizada e eu acredito que financeiramente é muito bem resolvida.

Lara: Você sabe, Nora. Depois da traição do meu ex noivo, eu não tenho mais forças para ter um amor.

Nora: Mas isso aconteceu há 06 anos atrás doutora. Se jogue, tem muita gente querendo um compromisso sério.

Lara: Nora, você sabe que eu não tenho mais idade para isso. Quem nessa altura do campeonato vai querer uma mulher de 36 anos?!

Nora: Para, doutora. Você está se diminuindo. Eu te garanto que esse ano não termina sem que você tenha um boy.

Lara: Nora, olha lá hein.

Nora, uma garota doce e amável, é enfermeira, tem 29 anos e é minha amiga. Nora é uma garota simples, adora ser livre. E vive cantando que os outros devem ser felizes.

Vê se pode isso.

...

Era mais um dia de trabalho para Alex. O seu dia já começou ruim e ele não tinha um lado bom pra tudo. Infelizmente. Ele andava sempre emburrado, mas ele não era assim. Desde que sua noiva o abandonou no altar para fugir com outro, Alex já não via o mundo com tanta perfeição que ele via antes.

— Bom dia Alex.

Alex: Bom dia pra quem? Só se for pra você.

— Qual foi mano? Que mau humor é esse?

Alex: Cara me deixa em paz tá? Vai cuidar da sua vida. Liga pra sua namorada ou faz sei lá o quê. Só me erra.

O colega de Alex ao ver o mesmo irritado, decide fazer uma provocação.

— Não se preocupe, eu já falei com minha namorada. A gente fez uma rapidinha bem gostosa antes de eu vim para o trabalho.

Alex: Tá me contando isso porque Caleb?

Caleb: Ah, é falta de assunto mesmo. Não me diga que está com inveja!!

Alex: Inveja? De você? Nem fodendo. Se eu quiser alguém eu saio e vou pegar uma. Sem compromisso nenhum.

Caleb: Me engana que eu gosto. Você tá há dois anos na seca, e não adianta negar. Desde que a Hannah largou você, você nunca mais quis se abrir para o amor. Cara se joga. Tem muita mulher bonita por aí, mulheres maduras e que sabem o que querem. Não dá pra ficar nessa para toda a vida.

Alex suspira ao escutar seu amigo. Ele não gostava de falar sobre aquele assunto, então decide o dispensar o mais rápido possível.

Alex: Caleb faz o seguinte. Pega seus conselhos e enfia no teu c*. Larga do meu pé e vai fazer teu trabalho. Eu hein.

Caleb: Você é impossível, Alex. Impossível.

Alex revira os olhos e se afasta de seu colega. Ele vai buscar um café, mas caminha pensando no que seu amigo disse.

Alex: Será que ele tem razão? Eu devo mesmo fazer isso?

— Falando sozinho???

Alex: Ah, apenas pensando alto. Nada mais.

— Alex, você está desgastado. O que acha de sair hoje a noite?

Alex: Obrigado pelo seu convite Claire. Mas eu não estou disposto hoje. Me desculpe.

Claire: Claro, eu entendo você. Ah, já ia me esquecendo. Eu trouxe isso para você.

Alex: Muito obrigado, Claire.

Claire: Eu mesma que fiz.

Alex: Aposto que estão muito bons.

Claire: Ah, só provando pra saber.

Alex: Sim, claro...

Alex Marini, 26 anos. É Policial militar e serve o exército há 05 anos.

Claire Damasceno, 22 anos colega de Alex e no fundo apaixonada por ele...

...

Estava de plantão, era quase meio dia e era o horário do almoço. Eu estava prestes a ir comer, mas Nora vem desesperadamente até mim pedindo que eu vá atender um caso de emergência. Um casal e filho que sofreram acidente grave de carro.

Nora: A mãe está em estado grave, os ferimentos do pai do menino são ligeiros.

Lara: E quanto ao menino?

Nora: Ele só teve alguns cortes na testa, mas está fora de perigo. Só não posso dizer o mesmo da mãe dele.

Lara: Não vamos perder a esperança, vamos lutar por mais uma vida, Nora!

Prepare a sala de cirurgia!!

Nora: Sim, doutora.

Nora saiu correndo, ela foi preparar a sala de cirurgia. Alguns enfermeiros e ajudantes corriam de um lado para o outro, eu escutava alguns zumbidos. Minha visão estava embaçando, Céus está tudo escurecendo. Eu escutei alguém me chamar e enfim, eu apaguei...

Horas depois...

Lara: Nora? A cirurgia. Meu Deus a cirurgia. O que eu estou fazendo aqui?

Nora: Calma doutora. Apenas descanse. A senhora teve uma queda de pressão.

Lara: Eu estou bem Nora, já passou.

Nora: Você anda muito estressada esses dias doutora. Precisa de repouso.

Lara: Para com isso, nós temos uma cirurgia por realizar.

Nora: Lara, a paciente já foi operada e está no estado de coma. Está tudo bem.

Ao ouvir aquelas palavras, fiquei no estado de alívio. Eu me sentiria culpada se a paciente tivesse morrido, seria uma sentimento de culpa e impotência.

Nora: Está tudo bem agora doutora. Apenas descanse, tire o dia de folga e durma bastante.

Lara: Eu realmente não preciso disso.

Capítulo 2

Nora franze a testa com a persistência da médica.

Ela suspira e então tenta mais uma vez convencer Lara.

Nora: Doutora, você anda muito estressada. Você trabalha arduamente e não tem descansado o suficiente. Você está se matando sabia? Como você quer continuar cuidando dos outros se não está cuidando de si mesma?

Lara: Ah Nora. É que eu...

Nora: Não tem "eu" doutora. Vai para casa, tire o dia de folga, cuide de si mesma.

Ao escutar aquelas palavras, Lara parece refletir. Ela suspira e então decide fazer o que sua amiga está lhe dizendo.

Lara: Está bem, Nora. Você tem razão. Eu vou fazer como disse, vou tirar o dia de folga e descansar.

Nora: É isso mesmo doutora. Vai ficar tudo bem. Hoje está o doutor Leandro e ele é um ótimo médico. Ele vai cuidar dos pacientes.

Lara: Está bem, Nora. Você já me convenceu. Eu vou pra casa.

Nora: Ótimo, vem eu te ajudo a levantar.

Lara: Nora, eu não estou doente. Foi só um mau estar. Eu consigo me mover.

Nora: Se você estivesse namorando alguém, eu diria que você está grávida.

Lara: Não, não. Nem pense nisso. Foi só uma queda de pressão, como você mesma disse.

Nora: Não precisa ficar assustada, eu sei que sim.

Agora se levante doutora.

Lara dá um leve suspiro e então se levanta da maca. Já de pé, Lara tira seu jaleco e dobra. Seguidamente entrega para Nora e segue rumo ao seu escritório onde pega seus pertences e segue rumo ao seu carro.

Lara: Nora, eu estou indo. Se cuida.

Nora: Oxe doutora. Eu que deveria pedir para você se cuidar. Chegue bem e por favor coma muito.

Lara: Ah Nora. Só você mesmo hein. Está bem, eu vou fazer isso mesmo.

Nora: Até amanhã doutora. Estarei te esperando.

Lara: Até amanhã, Nora. Beijo.

Lara destrava o carro e adentra no veículo. Após fixar a chave, Lara liga o veículo e dá partida saindo assim do estacionamento. Ela sai do hospital e assim se posiciona na estrada.

••••

Alex, estava comendo os biscoitos que sua colega ofereceu, até que aparece o comandante, indo ao seu encontro.

— Agente Marini?

Alex: Sim senhor?

— Eu tenho uma missão para você.

Alex: Claro comandante, do que se trata?

— Os nossos soldados estão precisando de reforços na província de Bavaria, para combater aqueles insurgentes. Os soldados que foram eram muito poucos e o responsável pela equipe levou um tiro, eu preciso que você lidere uma outra equipe e os leve até lá.

Alex: Entendido senhor. E quando devemos partir?

— Amanhã de manhã. A equipe estará no carro do quartel, e você pode ir no seu carro se quiser para o aeroporto, vocês irão no avião militar.

Alex: Obrigado senhor. Eu vou já arrumar minhas coisas.

— Tome cuidado, Alex. E traga boas notícias. Estamos contando com você.

Alex: Eu farei o meu melhor senhor. Prometo não lhe decepcionar.

— Eu sei que não vai.

Enquanto conversava com o comandante, alguns colegas de Alex estavam num canto conversando.

— Então? Você sabotou os freios do carro dele?

— Claro que sim. Agora só resta saber se ele vai levar o carro, ou vai junto com os outros no carro militar.

— Pode crer que ele vai levar o carro. Ele não vive sem aquela lata velha.

— Então vamos só ver o que vai acontecer.

— Finalmente aquele idiota vai sair do meu caminho.

Alex mesmo sendo uma ótima pessoa, tinha vários inimigos ao seu redor, principalmente em seu trabalho.

Alex finalmente terminou de arrumar as suas coisas. Ele vai até o comandante para avisar que estava pronto para sair de viagem no dia seguinte.

Alex chega na sala e bate a porta.

Alex: Senhor?

— Sim Alex?

Alex: Só vim avisar que estou pronto. Amanhã cedo sairemos de viagem.

— Isso é ótimo, Alex.

Eu já mandei preparar o equipamento para vocês levarem.

Alex: Muito obrigado senhor.

Eu vou me retirar agora, vou continuar o meu trabalho.

— Não, não precisa. Tire o dia de folga. Porque a partir de amanhã o seu dia vai ser longo.

Alex: O senhor tem certeza?

— Sim, faça isso Alex. Descanse.

Alex: Obrigado senhor. Eu vou ficar por aqui mesmo hoje.

— Está bem. Está dispensado.

Alex sai do escritório do chefe e volta para o local onde estava. Ele volta a comer ouvindo música.

••••

Manhã seguinte...

Lara se levantou no mesmo horário de sempre. Ela arruma sua cama e então vai ao banheiro, onde faz suas higienes matinais.

Depois de uma boa arrumação, Lara desce e faz seu café. Após comer, Lara arruma suas coisas e então vai para o trabalho.

...

Alex se levantou mais cedo do que o normal naquele dia. Ele se levanta da cama, vai se lavar e escovar os dentes. Depois de a higienizar, Alex pega suas coisas e arruma em seu carro.

Um hora depois estavam todos a posto. Ele se despede do comandante mais uma vez e então saem todos em missão.

Alex dirigia seu carro como sempre, já estava na metade do caminho quando seu carro começa a dar problemas com os freios.

...

Lara finalmente chega no hospital, onde é recepcionada por Nora.

Nora: Doutora. Você chegou.

Lara: Sim, cheguei Norita.

Nora: Como se sente ?

Lara: Me sinto revigorada. Eu estava mesmo precisando daquela folga.

Nora: Eu sabia.

Lara estranha a movimentação, pois não estava vendo a maioria dos médicos naquele horário.

Lara: Cadê os outros?

Nora: Ah, acontece que houve um acidente grave hoje, e todos os médicos estão ocupados com os pacientes.

Lara: Meu Deus, porque não me ligou?

Nora: Acredite, foi melhor assim. Já que a maioria dos médicos está trabalhando com eles, você será a médica disponível para cuidar dos pacientes do dia.

Lara: Ah meu Deus Nora. Eu só vou aceitar a proposta por causa dos pacientes do dia.

Nora: Você estará ajudando. Mesmo que não seja lá.

Lara: Está bem. Eu vou lá me arrumar.

....

Alex estava estranhando o problema em seu carro. Ele nunca teve problemas com os freios. O que estava acontecendo naquele momento? Ele já estava perdendo o controle, oh meu Deus! Como era possível?

Alex começou a perder o controle do carro, mesmo tentando várias vezes ele não conseguia. Depois de várias tentativas, Alex bate com o carro e acaba capotando.

Os seus parceiros no outro carro, estavam mais adiante e não viram a cena, apesar de terem escutado o estrondo.

Alex estava acordado ainda, seus ouvidos zumbiam. Sua visão escurecia. E finalmente, tudo ficou escuro.

Homem: Por favor me ajudem, por favor ajuda.

Lara: O que está acontecendo aqui?

Nora: Um homem chegou com um paciente gravemente ferido. Os médicos estão cuidando dos outros pacientes, Lara parece que você é a única que pode ajudar.

Homem: Doutora por favor ajuda. Esse homem está gravemente ferido, ele pode morrer.

Lara: Uma maca por favor.

Ele é algum parente seu?

Homem: Na verdade não. Ele sofreu um acidente de carro, e está sozinho a mercê de Deus. Se eu tivesse passado e o deixado lá, sabe se lá o que teria acontecido.

Lara: O senhor conseguiu algum documento dele?

Homem: O carro explodiu minutos depois de tirá-lo de lá. Eu não pude levar nada. Por favor cuide dele.

Lara: Farei tudo que estiver ao meu alcance para o salvar. Com licença senhor...

Capítulo 3

Lara prometeu ao homem que trouxe Alex para o hospital que faria os possíveis para salva-lo. Lara se retira depois de falar com o homem e então vai a sala de cirurgia, pois tinha que opera-lo ou ele perderia a vida.

Lara: Anestesia general por favor.

Ao fazer o pedido, o ajudante prepara a seringa e entrega para Lara que injeta em Alex.

Lara: Bisturí por favor...

Mais uma vez, o ajudante pega no objeto e entrega para Lara que faz o corte no local preciso.

Lara: Me passe a pinça por favor.

E mais uma vez o ajudante entrega o que Lara pediu. Foram mais de duas horas realizando a cirurgia. No final do processo, ao ver que o paciente estava estável, mas em coma Lara decide não mandá-lo para UTI e sim para o um dos quartos do hospital.

Nora: Como foi a cirurgia doutora?

Lara: Correu tudo bem. O paciente está em coma, mas não está em estado grave.

Nora: Isso é ótimo doutora.

Quando o vi naquele estado, confesso que pensei que ele não fosse resistir. Ele estava bem mal.

Lara: Ele sofreu vários cortes pelo corpo. Inclusive um caco grande do pára-brisa encravou no peito dele, causando um corte assustador. Mas ele reagiu bem e lutou pela vida.

Nora: Mais um trabalho bem sucedido. Parabéns doutora.

Lara: Obrigada Nora. Você sabe me dizer onde está o homem que o trouxe para cá?

Nora: Ele foi embora doutora. Ele disse que não conhece o paciente e que não sabe nada sobre ele. Ele só ajudou ao ver o estado dele naquele acidente.

Lara: Oh meu Deus. O paciente está sem identificação alguma e não temos como acessar a família dele para avisar o ocorrido.

Nora: Eu irei ver nas roupas dele se não tem algo que possa nos ajudar. Talvez eu encontre algum contacto de algum familiar ou amigo.

Lara: Vamos esperar até amanhã para ver se ele acorda. Não podemos mexer nas coisas coisas dele. Se ele acordar e descobrir, pode se chatear.

Nora: Mas é por uma justa causa doutora.

Lara: Eu sei. Mas mesmo assim não deixa de ser invasão de privacidade.

Nora: E o que vamos fazer então?

Lara: Vamos esperar até amanhã. Se o paciente acordar, nós conversaremos com ele. Caso não a gente procura na roupa dele, algo que nos faça chegar em seus familiares.

Nora: Você tem razão doutora. A senhora sempre sendo sábia.

Lara dá um leve sorriso acariciando o ombro de sua amiga, Nora.

Lara: Não é para muito, Nora. Eu só faço isso pensando na integridade privacidade de cada paciente. —Lara olha para o relógio—

Lara: Já é 01h da tarde. Vamos almoçar?

Nora: Infelizmente eu não vou pedir ir. Eu tenho que cuidar do paciente do quarto 403. O senhor Bolton.

Lara: Esse senhor é o patriarca da família Bolton e o presidente das empresas Bolton's industries?

Nora: Sim, é ele mesmo.

Lara: O que aconteceu com ele? Eu não entendi muito o caso dele.

Nora: Então, ele teve um AVC isquêmico transitório. E acabou perdendo o movimento e o sentido tátil de todo o corpo. Ele acabou ficando tetraplégico.

Lara: Meu Deus. Isso é muito triste.

Nora: Você nem sabe do pior hein.

Lara: Como assim? Tem algo pior que isso?

Nora: A família o jogou aqui e o abandonou. Na verdade, eu escutei vários boatos dizendo que a família o largou aqui para poder usufruir do seu dinheiro e se apoderar de suas empresas. Os dois filhos dele só o visitaram nos primeiros dias, e nunca mais voltaram.

Lara: Isso é mais triste ainda. Quanta maldade. E você sabe da esposa dele?

Nora: A senhora Bolton mesmo sabendo que seu marido está internado, ela fez uma viagem e foi tirar férias no Havaí.

Lara: Que família maldosa. Cadê a consideração por ele?

Nora: Quem está cuidando dele, é uma sobrinha que é filha da irmã.

Lara: Pelo menos ele tem alguém nem.

Nora: Não quero nem imaginar a confusão que vai dar, se esse velho se recuperar.

Lara: Com certeza o bicho vai pegar. Bem eu já vou almoçar. Até daqui há pouco, Nora...

Lara dá um leve tapa no ombro de Nora e vai em direção a saída. Lara não gostava de comer no hospital, prefería comer em restaurantes.

Lara vai até seu carro que está no estacionamento e depois de o destravar, adentra no veículo.

••••

— Como assim ele não chegou no aeroporto? Ele não estava com vocês?

— Ele estava com o carro bem atrás de nós senhor, mas sumiu de vista.

— Como isso foi acontecer? O Alex não é assim.

Claire: Eu liguei várias vezes para ele, mas só dá caixa postal.

— Vai ver, ele amarelou comandante.

— O Alex nunca faria isso. Ele jamais abandonaria uma missão por medo ou capricho.

— Às pessoas mudam, né comandante.

— Sumam todos daqui, procurem Alex em todos os cantos. Seja hospitais, prisões, clínicas, tudo.

Caleb: Senhor, eu já fui para a casa dele. Mas a recepcionista do prédio disse que Alex não foi pra casa desde que saiu ontem de manhã.

— Céus, mas onde diabos o Alex se meteu‽¿

Claire: Será que não aconteceu alguma coisa com ele?

Caleb: Como o quê Claire?

Claire: Eu não sei, um acidente talvez?

Caleb: Vira essa boca pra lá, mulher. Que tipo de pensamento é esse?

Claire: É só uma possibilidade. Temos que pensar em qualquer hipótese agora.

Enquanto o comandante, o Caleb e Claire pensavam no que terá acontecido com Alex, um soldado entra no escritório sem nem mesmo bater de tão desesperado que estava.

— Que forma é essa de entrar? Não sabe bater na porta?

— Desculpe comandante Luís, mas acontece que eu lembrei de uma coisa. Eu não sei se vai servir de grande ajuda.

Luís: Do que se trata?

— É sobre o Alex.

Claire: Fala logo. O que está esperando?

— Então, quando nós estávamos indo para o aeroporto, o carro do Alex estava a frente, mas não sei o que aconteceu e nós o ultrapassamos, ele ficou atrás. Quando estávamos mais adiante dele, eu via o carro dele ficar mais distante. Do nado o carro dele sumiu da nossa vista e ouvimos um estrondo, o som de algo explodindo. Só que eu não sei dizer se era o carro dele.

Luis: E só agora você está nos contando isso? — Luís pega o soldado pelo colarinho—

— Desculpa senhor, mas eu...

Caleb: Quando vocês perceberam a ausência dele?

— Quando chegamos no aeroporto.

Claire: Isso quer dizer que... O Alex está morto?

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